Aconteceu em Lisboa, no passado Sábado, dia 11 de Abril, um facto ocultado pelos “grandes” media, vassalos do lobby tauromáquico, constituído por parasitas que vivem à tripa forra à custa dos impostos dos portugueses.
Eis um panorama do cordão humano pelos animais não humanos, realizado na Praça do Comércio, em que podemos ver, não 50 pessoas (como os da prótoiro apregoaram, não surpreendendo, pois a matemática não é o forte dessa “gente”), e também não dezenas de pessoas (como noticiaram dois diários online) mas algumas centenas de Seres Humanos que exercem o superior dever cívico de defender os indefesos.
Estiveram presentes vários grupos e associações e cidadãos a título individual, clamando melhor protecção para os animais em Portugal, e alterações legislativas que permitam alcançar esse objectivo.
Esta iniciativa teve o propósito de mobilizar a sociedade civil para esta causa, que também é nobre, e «educar e sensibilizar a população para o tema, embora essa tarefa devesse competir ao Estado. Porém, são as associações de protecção dos animais que estão a assumir esse papel do Estado, apesar de terem parcos recursos», salientou Rita Silva, presidente da Associação Animal, promotora desta acção.
Ora acontece que só se mobiliza a sociedade civil e se educa e sensibiliza a população se estes acontecimentos chegarem a todos os portugueses, e essa é uma tarefa dos órgãos de comunicação social, que aqui falharam redondamente, por estarem ao serviço não das populações, como é da ética jornalística, mas do abetesgado lobby tauromáquico.
Rita Silva esclareceu ainda que a Associação Animal «continua a condenar as touradas, não porque os Touros e Cavalos sejam mais importantes do que os outros animais, mas porque Portugal é um país em que muita gente, inclusivamente o legislador, ainda aceita que se barbarizem animais, cobrando bilhetes e ainda por cima dando subsídios encapotados, que são pagos pelos contribuintes, o que é inaceitável.»
Por sua vez, Ricardo Oliveira afirmou ter ido propositadamente de Vila Franca de Xira a Lisboa, acompanhado dos seus amigos, para participar nesta iniciativa e defender, entre muitas outras coisas, que «em Portugal é urgente acabar com as touradas, onde se maltratam seres vivos»; e Sheila Cristiano, com um dos seus cães ao colo, referiu «ser altura de agravar as penas para quem maltrata os animais e criticou o comportamento de certos criadores que maltratam as fêmeas e os machos unicamente a pensar no lucro da venda dos animais.»
Entre a multidão que, entretanto se foi avolumando, encontrava-se o deputado do PSD, Cristóvão Norte, um dos autores da lei de criminalização de maus tratos e abandono de animais de companhia, que confirmou «ainda haver um longo caminho a percorrer, em termos legislativos, nomeadamente em alterar o estatuto jurídico dos animais, de modo a distinguir os animais das coisas, o que lhes daria maior protecção, fazendo votos para que a Assembleia da República continue a legislar no sentido de uma protecção jurídica mais ampla para os animais, naquilo que seria um «passo civilizacional significativo».
Ora no passado Sábado, dia 11 de Abril, deu-se um passo significativo na luta pelos Direitos dos Animais, de todos os animais, não excluindo, como os legisladores portugueses excluem, os Touros e Cavalos, os animais utilizados nos circos e os que servem para a alimentação dos humanos, os quais são barbaramente, cobardemente, cruelmente torturados, uns para diversão de uma minoria inculta, e outros por mera maldade.
Esperemos que a Assembleia da República também dê o mais depressa possível, o passo civilizacional que é necessário dar, para que Portugal entre no rol dos países civilizados e evoluídos.
Até lá seremos o que somos: o Portugal das mentes pequeninas.
Fonte:
Agência Lusa