Enviaram-me o seguinte comunicado:
«A Irmandade do Divino Espírito Santo dos Aflitos da Boa Vista lamenta informar que a "Vacada" programada para o próximo dia 24 de Maio, infelizmente, está cancelada por motivos de não ter sido concedida autorização/licença por parte do Executivo Camarário de Vila Franca do Campo. Agradecemos a compreensão de todos,
A Irmandade».
A irmandade do Divino Espírito Santo da Boa Vista, se na verdade fosse uma Irmandade católica apostólica romana, não lamentaria o facto de não poder “festejar” o Divino Espírito Santo com uma prática cruel contra uma criatura de Deus, indefesa, inocente e inofensiva.
Não lamentaria.
É lamentável que tenha lamentado.
O Executivo Camarário de Vila Franca do Campo, presidido pelo Dr. Dr. Ricardo Rodrigues, fez valer a autoridade que lhe compete.
Quem manda em Vila Franca do Campo?
O Executivo Camarário de Vila Franca do Campo limitou-se a cumprir uma Postura Municipal, que não permite a selvajaria tauromáquica dentro do seu município. E muito bem.
A irmandade do Divino Espírito Santo da Boa Vista deveria envergonhar-se de ter proposto uma tal iniciativa, numa localidade limpa da conspurcação que é a tourada.
E não lhe chamem “vacada”, porque “vacada” ou “tourada” é a mesmíssima coisa.
Vamos aguardar o dia 24 de Maio.
Ainda é cedo para deitarmos foguetes, porque há a possibilidade de a irmandade anti-cristã da Boa Vista torturar criaturas de Deus, em local privado, para desonrar o Divino Espírito Santo.
E se isso acontecer, ainda que em terrenos privados, não estarão a transgredir uma ordem do Executivo Camarário?
Não estarão a usar e abusar de bovinos para uma diversão inculta e anti-cristã em terras de Vila Franca Do Campo?
É que uma transgressão cometida na rua ou dentro de quatro paredes não deixa de ser uma transgressão.
O que fica a ecoar no espaço é a permissividade da diocese de Angra do Heroísmo, que não tem a capacidade moral e natural de evoluir, proibindo terminantemente estas práticas cruéis, nos festejos dos santos católicos.