Vamos lá a ver por partes, senhor João-Afonso Machado.
Primeiro: jamais porei os pés em Mourão, porque não tenho por hábito frequentar terreolas civilizacionalmente atrasadas, onde um povo, que se recusa a evoluir, se diverte a TORTURAR seres vivos, que é algo que mexe com a minha sensibilidade, com a minha racionalidade, com a minha intelectualidade, com a minha CULTURA CULTA.
Segundo: onde vê “desprezo” veja INDIGNAÇÃO. Sim, Mourão não passa de uma vilória, que tem práticas cruéis, violentas e brutas, que INDIGNA até a mais pequena pedra das ruas. E eu como não sou pedra, logo, tenho todo o direito de sentir REPUGNÂNCIA por essas práticas de bárbaros. E SIM, sinto o MAIOR DESPREZO pelas ATITUDES de criaturas (não pelas criaturas) que já deviam ter evoluído, porque informação não falta, e ficaram paradas na Idade das Trevas.
Terceiro: tenho de me queixar de quê? Queixo-me, sim, de Portugal ser governado por gente medieval, cavernícola, que apoia uma prática bárbara, cruel, estúpida, para fazer o jeito a sádicos e psicopatas. Disto é que tenho de me queixar, e tenho toda a legitimidade de me queixar, porque sou uma cidadã do Século XXI d. C.. Porque pôr os pés na vilória de Mourão é algo que nunca farei, enquanto Mourão não entrar para o rol das Vilas CIVILIZADAS.
Quarto: por último, senhor João-Afonso Machado, tenho a dizer-lhe que NÃO sou eu que torturo Touros e Cavalos, nem aplaudo a tortura de Touros e Cavalos, nem apoio a tortura de Touros e Cavalos. Daí que tudo o que os cavernícolas digam com a intenção de me calar, ou derrubar, ou apequenar, vale muito menos do que a bosta que os Touros e Cavalos, impelidos pelo MEDO e pela DOR que lhes infligem, deixam na arena.