Está terminada mais uma época em que os psicopatas e os sádicos saem das escuras cavernas em que vivem uma vida de miséria moral, cultural e social, para poluírem o mundo com a gosma repugnante da prática tauromáquica.
E é preciso que os cobardes, que atacam bovinos indefesos, numa arena, saibam que não passam de uma praga que o mundo civilizado rejeita e despreza.
O texto que se segue é de leitura obrigatória, porque conta a verdade total e absoluta acerca desta prática selvagem
Depois de o ler ninguém mais será o mesmo.
Ninguém mais poderá ficar indiferente.
Ninguém mais terá a coragem de apresentar uma desculpa para a ignorância de não saber o que é este ritual cruel e desumano, que dá pelo nome de “tauromaquia” e é apoiado pelos governos de oito tristes países terceiro-mundistas.
O que apresento é uma descrição horripilante do que sofrem os Touros e os Cavalos antes, durante e depois de serem cobardemente torturados numa arena.
Um relato que desmistifica, por completo, a “arte” e a “cultura” com que rotulam o tauricídio.
O que se lerá pertence ao domínio da mais ignominiosa crueldade.
E crueldade é crueldade, independentemente do país onde ela ocorre.
E ela ocorre também em Portugal.
E a crueldade praticada contra inocentes e indefesos animais não tem lugar numa sociedade moderna, em parte alguma do mundo.
***
O Touro dito de “lide” é fabricado por ganadeiros e nasce, vive e desenvolve-se unicamente para ser torturado numa arena.
Durante quatro anos seguimos os passos de um pequeno e frágil bezerro, que se transformou num animal forte, e mostrou a sua valentia numa praça da morte.
Imagens de TV mostraram o momento em que o chifre esquerdo do touro rasgou de maneira terrível a face de um toureiro chamado Padilla e chegou a deixar o seu globo ocular fora da órbita, num momento macabro do mundo das touradas.
Os espectadores gritaram de horror na cidade espanhola. O porta-voz do hospital disse que Padilla tinha sofrido danos nos olhos, músculos, ossos e pele, quando o touro o atirou ao chão e o feriu.
As imagens mostram também Padilla fugindo do anel, enquanto o touro foi distraído por assistentes na praça de touros. "Eu não posso ver, eu não posso ver nada", gritava o matador enquanto era levado ao hospital.
Cirurgiões utilizaram placas de titânio para reconstruir partes da sua estrutura óssea facial e a cavidade ocular. Um dos assistentes da praça de touros disse que Padilla teve sorte de o chifre não penetrar no seu cérebro.
E é a isto que os tauricidas psicopatas, diagnosticados por especialistas como tal, reduzem o magnífico animal que é um Touro
E não me venham dizer que isto não acontece em Portugal
Resumindo o percurso do Cavalo usado para toureio:
«Como animal de fuga que é, procuraria a segurança pondo-se à distância daquilo de que desconfia ou que considera ser perigoso.
No treino e na lide montada, ele é dominado pelo cavaleiro com os ferros na boca, mais ou menos serrilhados, puxados pelas rédeas e actuando sobre as gengivas (freio; bridão - com acção de alavanca, ambos apertados contra as gengivas por uma corrente de metal à volta do maxilar inferior – barbela), coisa muito castigadora.
É incitado pela voz do cavaleiro e por outras acções, chamadas hipocritamente de “ajudas”, como sejam de esporas que são cravadas provocando muita dor e até feridas sangrentas.
Ele é impelindo para a frente para fugir à acção das esporas, devido à dor que elas lhe provocam e a voltar-se pela dor na boca e pelo inclinar do corpo do cavaleiro ou a ser parado por tracção nas rédeas.
Resumindo: o cavalo é obrigado a enfrentar o touro pelo respeito/receio que tem do cavaleiro, que o domina e o castiga, até cravando-lhe esporas no ventre e provocando-lhe dor e desequilíbrio na boca. Isso transtorna-o de tal maneira, que o desconcentra do perigo que o touro para ele representa de ferimento e de morte e quase o faz abstrair disso.
É, portanto, uma aberração, comprovativa da maior hipocrisia, quando cavaleiros tauromáquicos afirmam gostarem muito dos seus cavalos e lhes quererem proporcionar o bem-estar.
Revoltante e vergonhoso é que tal crueldade seja permitida legalmente, feita "espectáculo" e publicitada.) (Dr. Vasco Reis - Médico Veterinário).
***
O que sofre o Touro dito de “lide”
É óbvio que os touros sofrem quer antes, quer durante, quer após as touradas. A deslocação do animal do seu habitat, a sua introdução num caixote minúsculo em que ele não pode mover-se e onde fica 24 horas ou mais, o corte dos chifres e as agressões de que é vitima para o enfurecer; ao que se segue a perfuração do seu corpo pelas bandarilhas que são arpões que lhe dilaceram as entranhas e lhe provocam profundas e dolorosas hemorragias; e finalmente, na tourada à portuguesa, o arranque brutal dos ferros; e tudo isto já sem se referir a tortura das varas e do estoque na tourada à espanhola — representam sem quaisquer dúvidas sofrimento intenso e insuportável para um animal tão sensível que não tolera as picadas das moscas e as enxota constantemente com a cauda quando pasta em liberdade.
A SIC exibiu, há tempos, um documentário sobre o que se passa na retaguarda das touradas. Quando chegou à fase final do arranque das farpas o funcionário da praça não permitiu a filmagem por considerar o acto demasiado impressionante. Mas pudemos ouvir os horrendos uivos de dor que o animal emitia do seu caixote exíguo e que eram de fazer gelar o sangue dos telespectadores. Na tourada à espanhola com picadores, o quadro ainda é mais cruel: o touro é perfurado ainda mais profundamente pela comprida e afiada ponta da "puya" que lhe rasga a pele, os músculos e os vasos sanguíneos, provocando-lhe intencionalmente uma dor intolerável e uma abundante hemorragia, enquanto um cavalo, de olhos vendados, é corneado pelo touro enraivecido e com frequência derrubado e ferido — e tudo isto para gáudio de uma multidão que a cada novo ferro cravado e a cada nova e mais profunda perfuração da vara, vibra com um gozo em que a componente sádica é óbvia.
A expressão “festa brava” não é uma expressão apropriada, pois em primeiro lugar, torturar e matar um animal não é uma “festa”, e em segundo lugar, o Touro quando entra na arena, está tão confuso, tão psicologicamente atormentado e tão fisicamente debilitado que é difícil rotulá-lo de «bravo». Estará, sim, desesperado pelo suplício a que foi sujeito durante vários dias, antes da lide, e tenta desesperamente fugir dali.
Por outro lado, como pode um herbívoro ser “bravo”?
Os aficionados justificam a tourada chamando-lhe “tradição”. Os opositores às corridas de Touros mantém que não importa qual seja a história, elas são um acto puramente cruel que já deveria pertencer ao passado.
O negócio da crueldade
Um dos grupos que mais apoia as corridas é a indústria do turismo. Dizem eles. Os agentes de viagens e os promotores das corridas de Touros descrevem a luta como uma “competição festiva e justa”.
O que eles não revelam é que os Touros não têm a possibilidade de defender-se, e muito menos de sobreviver. E estão sempre em desvantagem.
Muitos ex-toureiros reconhecidos referiram que se neutraliza os Touros, debilitando-os intencionalmente, golpeando-lhes os rins e prendendo-lhes pesos ao pescoço durante várias semanas antes do que eles chamam “luta”.
A Fundação Brigitte Bardot, um grupo francês opositor das corridas de Touros, descreve outros métodos utilizados para debilitar o Touro: «A maioria das vezes, os animais entram na arena cegos, porque são deixados na escuridão durante 48 horas, antes da lide. A seguir os Touros são golpeados na cabeça com sacos de areia, durante muito tempo e violentamente, para privá-los dos seus sentidos».
Uma prática também habitual é raspar os cornos dos Touros, retirando-lhes alguns centímetros. Os cornos dos Touros, tal como os bigodes dos gatos, ajudam os animais a orientarem-se, e qualquer mudança repentina altera a sua coordenação.
Raspar os cornos dos Touros é uma prática ilegal. Por isso, às vezes, depois das corridas, um veterinário examina-os. Contudo, em 1997 a Confederação de Profissionais de Corridas de Touros, incluindo 230 matadores em Espanha, fizeram greve, opondo-se a essas inspecções veterinárias.
Os manifestantes reclamavam que os veterinários não tinham a “experiência suficiente” para examinar os Touros.
No entanto, muitos reconhecem isto como outro dos aspectos da corrupção que se infiltra num negócio que proporciona a cada um dos matadores profissionais mais de um milhão de dólares por ano. Em 1996, Espanha registou um total de 1.400 milhões de dólares na venda de entradas.
Mutilação sistemática
Num "espectáculo" típico, o Touro entra na arena e é abordado por indivíduos que o esgotam, correndo ao seu redor em círculos e enganando-o para que se fira.
Quando o Touro já está cansado e lhe falta o ar, acercam-se dele os picadores. Estes são indivíduos montados a Cavalo, cujos olhos estão vendados, e os quais cravam lanças no lombo e músculos do pescoço do Touro.
Isto dificulta a capacidade do animal levantar a cabeça.
Os “cavaleiros” volteiam e pressionam as lanças para se assegurarem de que o Touro perde uma grande quantidade de sangue. Logo aparecem os bandarilheiros a pé, que se encarregam de distrair o Touro e se precipitam sobre ele, até que lhe cravam mais lanças. E o sangue sempre a jorrar.
Quando o Touro fica completamente debilitado em consequência da perda de sangue, estes bandarilheiros correm à volta do Touro novamente em círculos até que este fique tonto e a perseguição pára.
Finalmente aparece o matador, e depois de provocar algumas investidas contra o animal já moribundo, desfere-lhe um golpe com a sua espada.
Após a estocada final, e quando o Touro não morre logo, um novo verdugo é chamado à arena para apunhalar até à morte o esgotado, o sofrido e dócil animal.
A adaga deve cortar a medula espinal, porém por vezes, mesmo isto pode falhar, deixando o Touro plenamente consciente, mas paralisado, e se o público está contente com o tauricida, as orelhas e a cauda do Touro são cortadas e exibidas como troféus.
O Touro é depois arrastado para fora da arena, acorrentado pelos cornos.
Alguns minutos mais tarde, outro Touro entra na arena e o ciclo recomeça.
«Posso entender como as pessoas vêm isto como uma barbárie», disse um reconhecido matador francês de 19 anos, de nome Chamaco, mas, acrescentou «a morte do Touro é como a assinatura de uma pintura», com a diferença que esta “peça” é rapidamente esquartejada para vender a sua carne.
Este tauricida é famoso por deleitar a assistência: «Ele grita ao animal, fazendo-lhe gestos irracionais e apoteóticos, provocando-o, fustigando-o e pedindo que dance com ele», descreve um espectador.
Outras vítimas
Os Touros não são as únicas vítimas na arena. O editor de uma revista norte-americana aficionada admitiu que, aos Cavalos utilizados nas touradas, são-lhes administradas drogas atrás das orelhas, vendam-lhes os olhos para que não fujam do Touro (os quais temem por natureza), e batem-lhes com frequência. Fora as picadas das esporas que os fazem sangrar violentamente.
Estes Cavalos, que por vezes são corneados, geralmente têm as orelhas tapadas com jornais molhados para lhes enfraquecer a capacidade auditiva, e as suas cordas vocais são frequentemente cortadas para que os seus gemidos não perturbem a assistência.
Quem já assistiu a uma tourada ouviu alguma vez um Cavalo relinchar de dor?
Sabem para que servem as bandas de música enquanto a lide decorre? Para abafar os gritos dos Touros.
Os Cavalos são por vezes Cavalos de arado, muito velhos para serem úteis, e acabam por ser abatidos por Touros que chegam a pesar cerca de meia tonelada.
Em determinadas ocasiões os Touros corneiam os Cavalos e as suas feridas são tapadas com palha para que não se vejam nem o sangue nem as vísceras. Outras vezes, como aconteceu há pouco tempo, com Xelim, o Cavalo do tauricida Rui Fernandes, o qual ficou com os intestinos pendurados, depois de ter levado uma cornada, acabando por morrer.
A reprodução dos Touros
A criação selectiva permite aos ganadeiros criar um Touro que morrerá de um modo mais satisfatório para o público.
Os Touros são seleccionados para serem cruzados com vacas que, quando são atacadas com lanças, respondem investindo sempre da mesma maneira. Eles são criados para voltarem a ser torturados repetidamente.
Outros rituais reprováveis
A corrida de Touros mexicana também inclui a novilhada, ou corrida de novilhos. Os Touros bebés, alguns com apenas algumas semanas de vida, são transportados para a arena, onde espectadores, muitos dos quais crianças, os apunhalam até à morte.
Estes massacres finalizam quando os espectadores cortam as orelhas e a cauda às pequenas crias que geralmente estão totalmente conscientes e encharcadas no seu próprio sangue.
As chamadas “corridas de Touros não sangrentas”, que são legais em muitas cidades nos Estados Unidos da América, admitem a participação de pessoas que provocam e atacam o Touro. Enquanto que molestar e açoitar o animal fazem parte do "espectáculo", a matança deve ser realizada fora da arena.
Na Colômbia há um festival anual em que Touros solitários são atormentados por milhares de pessoas que crêem que estão a pôr à prova a sua “valentia” (ajudados por um ambiente festivo e grandes quantidades de álcool).
«Se não morre alguém é algo monótono» lamenta Carlos Pérez, presidente do comité que organizou o dito evento em 1966.
Mas o toureiro colombiano Luis Cuadrado admite «é apenas um Touro contra milhares de imbecis». Cuadrado prefere sentar-se no chão até que o Touro esteja suficientemente perto para cravar-lhe a lança, e foge logo para ficar em segurança.
Estes festivais duram entre 4 e 5 dias, e pelo menos 35 touros são mortos por dia.
A oposição
Em 1567, o Papa Pio V decretou que «as exibições de animais ou Touros que são torturados são contrárias aos deveres cristãos e à piedade», e pediu «que se pusesse um fim àquelas diversões sangrentas, miseráveis e mais apropriadas aos demónios do que aos homens».
Os próprios aficionados das corridas de Touros não podem negar que tal prática é uma barbárie.
O autor mexicano Eduardo del Río, que glorificou a morte dos Touros nos seus livros, descreveu as touradas como «um obstáculo para a humanização do homem».
Lyn Sherwood, editor de uma revista a favor das corridas de Touros declarou orgulhosamente, «não tenho nenhum problema moral de promover algo que considero moralmente injustificável».
Fonte:
http://www.petalatino.com/cmp/ent-toros.html
http://www.bullfightingfreeeurope.org/index_por.html
http://tourada-portugal.blogspot.pt/p/calendario-tauromaquico.html
Drogas utilizadas para enfraquecer os Touros nas arenas
Anti-inflamatórios
Apirinas, analgésicos e antipiréticos, cujo objectivo é minorar as dores e o coxear, mascarando assim as lesões antes do reconhecimento anterior à lide.
Estimulantes cardio-respiratórios
Anfetaminas com efeito de estímulo cardíaco, circulatório, respiratório e de reflexos. Em exemplares com pouca força ajudam a uma melhoria.
Estimulantes do Sistema Nervoso
Nicotina em doses baixas, vitaminas B1 e B2 que têm como finalidade incrementar a energia e os reflexos.
Estimulantes musculares
Vitamina E.
Hormonas
Hormonas sexuais e anabolizantes cujo objectivo é produzir efeitos anabolizantes e eliminar o stress para dar ao touro uma maior resistência durante a lide. Os animais tratados com estas hormonas são exemplares que apresentam lentidão de movimentos, falta de agilidade e reflexos de fadiga rápida.
***
Os aficionados chamam a isto “tradição”, “cultura”, "arte" “identidade”, “luta justa”, “valores”, "respeito pelo touro," entre outras designações absurdas.
Espanta-me nunca se terem lembrado de chamar acupunctura a esta suposta inócua, ou até mesmo benéfica, actividade. Para além do visível enorme sofrimento e agonia a que o touro é sujeito durante a catarse que é vivida na praça, já nos curros, longe das câmaras e dos ouvidos, estes instrumentos que perpetuam esta prática bafienta e medieval, são retirados, cortando -se a carne do animal. A frio.
Se dói? Se causa sofrimento? É dilacerante!
Por um mundo mais justo, por um engrandecimento da humanidade, pelo respeito e harmonia entre todos os seres, por um passo civilizacional: Abolição das touradas já!
«Retiram-me do campo, onde sou feliz. Onde como erva e onde convivo com a minha família e companheiros. Retiram-me do bem-estar e da felicidade, para depois, num transporte stressante e psicologicamente torturador, me levarem para onde vou ser vítima, da mais vil tortura, tanto física, como psicológica.
Lá chegado, o meu tormento continua e começa a aumentar. Durante dois dias, não como e não bebo. Durante dois dias, estou enfiado num local escuro, a onde mal me posso mexer. E durante esses dois dias, sou torturado, física e psicologicamente. Querem que eu chegue à arena da praça, 80% sem as minhas faculdades físicas e psicológicas para facilitar a lide daqueles que dentro da praça irão torturar-me. E por isso o fazem, durante essas horríveis 48 horas.
Cortam-me a ponta dos chifres, para diminuir a minha visão periférica, e dessa forma, facilitar, também, a lide daqueles que dentro da praça me irão torturar.
Depois entro nos curros, antes de entrar na arena da praça. Lá, para terem a certeza de que entro na arena 80% sem as minhas faculdades físicas e psicológicas, continuam a tratar-me barbaramente.
Quero ver-me livre de tanta dor; de tanto sofrimento; de tanta tortura. Nessa altura, vejo uma porta a abrir. Na hora, penso que finalmente me vão deixar em paz. Mas infelizmente não. Não é nada disso. Entro e deparo-me com um local circular. Procuro um canto pelo qual possa fugir, mas não encontro. Nesse momento, chamo os meus companheiros; peço-lhes ajuda, mas nada podem fazer para vir em meu socorro. Vejo gente e mais gente à minha volta, e em cima, ao redor desse local. Gente ávida de ver-me a ser barbaramente torturado. Gente ávida de ver o meu sofrimento. Gente ávida de ver pontas de ferros a serem espetadas no meu corpo e o sangue a jorrar e a escorrer.
Ao fim de tudo o que passei; depois de ter sido barbaramente torturado, o que quero é morrer, para parar de sofrer!
Mas eu, touro de lide, não posso deixar de fazer uma pergunta: se aqueles que me torturam, física e psicologicamente tanto me querem tourear, porque não o fazem de igual para igual, sem que eu tenha as pontas dos chifres cortadas, sem que eu tenha sido torturado, física e psicologicamente, para que depois de ter perdido 80% das minhas faculdades, físicas e psicológicas, facilite a lide deles, e sem que utilizem ferros para espetarem em mim???»
Assinado: “Touro de Lide”
Uma prática de cobardes para divertir sádicos
Está a começar a época em que os psicopatas e os sádicos saem das cavernas imundas e escuras em que vivem uma vida de miséria moral, para poluírem o mundo com a gosma repugnante que lhes sai de todos os poros.
E é preciso que esses cobardes saibam que não passam de uma peste negra que o mundo civilizado rejeita e despreza.
As touradas provocam muito sofrimento a dois pacíficos herbívoros. Não sejam cúmplices dessa tortura desnecessária. Não sejam responsáveis pela tortura. Não participem nem assistam a touradas.
A Tauromaquia é a terrível e venal arte de torturar e matar animais em público, segundo determinadas regras. Traumatiza as crianças e adultos sensíveis. A tourada agrava o estado dos neuróticos atraídos por estes espectáculos. Desnaturaliza a relação entre o homem e o animal, afronta a moral, a educação, a ciência e a cultura" (UNESCO, 1980)
O texto que se segue é de leitura obrigatória, porque conta a verdade total e absoluta acerca desta prática selvagem
Depois de o ler ninguém mais será o mesmo.
Ninguém mais poderá ficar indiferente.
Ninguém mais terá a coragem de apresentar uma desculpa para a ignorância de não saber o que é este ritual cruel e desumano, que dá pelo nome de “tauromaquia” e é apoiado pelos governos de nove tristes países…
O que apresento é uma descrição horripilante do que sofrem os Touros e os Cavalos antes de serem cobardemente torturados numa arena.
Um relato que desmistifica, por completo, a “arte” e a “cultura” com que rotulam o tauricídio.
O que se lerá pertence ao domínio da mais ignominiosa crueldade.
E crueldade é crueldade, independentemente do país onde ela ocorre.
E ela ocorre também em Portugal.
E a crueldade praticada contra inocentes, inofensivos e indefesos animais não tem lugar numa sociedade moderna em parte alguma do mundo.
***
O Touro dito de “lide” é fabricado por ganadeiros e nasce, vive e desenvolve-se unicamente para ser torturado numa arena.
Durante quatro anos seguimos os passos de um pequeno e frágil bezerro, que se transformou num animal forte, e mostrou a sua valentia numa praça da morte.
Imagens de TV mostraram o momento em que o chifre esquerdo do touro rasgou de maneira terrível a face de um toureiro chamado Padilla e chegou a deixar o seu globo ocular fora da órbita, num momento macabro do mundo das touradas.
Os espectadores gritaram de horror na cidade espanhola. O porta-voz do hospital disse que Padilla tinha sofrido danos nos olhos, músculos, ossos e pele, quando o touro o jogou ao chão e o feriu.
As imagens mostram também Padilla fugindo do anel, enquanto o touro foi distraído por assistentes na praça de touros. «Eu não posso ver, eu não posso ver nada», gritava o matador enquanto era levado ao hospital.
Cirurgiões utilizaram placas de titânio para reconstruir partes da sua estrutura óssea facial e a cavidade ocular. Um dos assistentes da praça de touros disse que Padilla teve sorte de o chifre não penetrar no seu cérebro.
E é a isto que os tauricidas psicopatas, diagnosticados por especialistas como tal, reduzem o magnífico animal que é um Touro.
E não me venham dizer que isto não acontece em Portugal.
Resumindo o percurso do Cavalo usado para toureio:
«Como animal de fuga que é, procuraria a segurança pondo-se à distância daquilo de que desconfia ou que considera ser perigoso.
No treino e na lide montada, ele é dominado pelo cavaleiro com os ferros na boca, mais ou menos serrilhados, puxados pelas rédeas e actuando sobre as gengivas (freio; bridão - com acção de alavanca, ambos apertados contra as gengivas por uma corrente de metal à volta do maxilar inferior – barbela), coisa muito castigadora.
É incitado pela voz do cavaleiro e por outras acções, chamadas hipocritamente de “ajudas”, como sejam de esporas que são cravadas provocando muita dor e até feridas sangrentas.
Ele é impelindo para a frente para fugir à acção das esporas, devido à dor que elas lhe provocam e a voltar-se pela dor na boca e pelo inclinar do corpo do cavaleiro ou a ser parado por tracção nas rédeas.
Resumindo: o cavalo é obrigado a enfrentar o touro pelo respeito/receio que tem do cavaleiro, que o domina e o castiga, até cravando-lhe esporas no ventre e provocando-lhe dor e desequilíbrio na boca. Isso transtorna-o de tal maneira, que o desconcentra do perigo que o touro para ele representa de ferimento e de morte e quase o faz abstrair disso.
É, portanto, uma aberração, comprovativa da maior hipocrisia, quando cavaleiros tauromáquicos afirmam gostarem muito dos seus cavalos e lhes quererem proporcionar o bem-estar.
Revoltante e vergonhoso é que tal crueldade seja permitida legalmente, feita espectáculo e publicitada.» (Dr. Vasco Reis (Médico Veterinário).
***
O que sofre o Touro dito de “lide
É óbvio que os touros sofrem quer antes, quer durante, quer após as touradas. A deslocação do animal do seu habitat, a sua introdução num caixote minúsculo em que ele se não pode mover e onde fica 24 horas ou mais, o corte dos chifres e as agressões de que é vitima para o enfurecer; ao que se segue a perfuração do seu corpo pelas bandarilhas que são arpões que lhe dilaceram as entranhas e lhe provocam profundas e dolorosas hemorragias; e finalmente, na tourada à portuguesa, o arranque brutal dos ferros; e tudo isto já sem se referir a tortura das varas e do estoque na tourada à espanhola — representam sem quaisquer dúvidas sofrimento intenso e insuportável para um animal tão sensível que não tolera as picadas das moscas e as enxota constantemente com a cauda quando pasta em liberdade.
A SIC exibiu, há tempos, um documentário sobre o que se passa na retaguarda das touradas. Quando chegou à fase final do arranque das farpas o funcionário da praça não permitiu a filmagem por a considerar demasiado impressionante. Mas pudemos ouvir os horrendos uivos de dor que o animal emitia do seu caixote exíguo e que eram de fazer gelar o sangue dos telespectadores.
Na tourada à espanhola com picadores o quadro ainda é mais cruel: o touro é perfurado ainda mais profundamente pela comprida e afiada ponta da "puya" que lhe rasga a pele, os músculos e os vasos sanguíneos, provocando-lhe intencionalmente uma dor intolerável e uma abundante hemorragia, enquanto um cavalo, de olhos vendados, é corneado pelo touro enraivecido e com frequência derrubado e ferido — e tudo isto para gáudio de uma multidão que a cada novo ferro cravado e a cada nova e mais profunda perfuração da vara, vibra com um gozo em que a componente sádica é óbvia.
A expressão “festa brava” não é uma expressão apropriada, pois em primeiro lugar, torturar e matar um animal não é uma “festa”, e em segundo lugar, o Touro quando entra na arena, está tão confuso, tão psicologicamente atormentado e tão fisicamente debilitado que é difícil rotulá-lo de «bravo». Estará, sim, desesperado pelo suplício a que foi sujeito durante vários dias, antes da lide.
Por outro lado, como pode um herbívoro ser “bravo”?
Os aficionados justificam a tourada chamando-lhe “tradição”. Os opositores às corridas de Touros mantém que não importa qual seja a história, elas são um acto puramente cruel que já deveria pertencer ao passado.
O negócio da crueldade
Um dos grupos que mais apoia as corridas é a indústria do turismo. Dizem eles. Os agentes de viagens e os promotores das corridas de Touros descrevem a luta como uma “competição festiva e justa”.
O que eles não revelam é que os Touros não têm a possibilidade de defender-se, e muito menos de sobreviver. E estão sempre em desvantagem.
Muitos ex-toureiros reconhecidos referiram que se neutraliza os Touros, debilitando-os intencionalmente, golpeando-lhes os rins e prendendo-lhes pesos ao pescoço durante várias semanas antes do que eles chamam “luta”.
A Fundação Brigitte Bardot, um grupo francês opositor das corridas de Touros, descreve outros métodos utilizados para debilitar o Touro: «A maioria das vezes, os animais entram na arena cegos, porque são deixados na escuridão durante 48 horas, antes da lide. A seguir os Touros são golpeados na cabeça com sacos de areia, durante muito tempo e violentamente, para privá-los dos seus sentidos».
Uma prática também habitual é raspar os cornos dos Touros, retirando-lhes alguns centímetros. Os cornos dos Touros, tal como os bigodes dos gatos, ajudam os animais a orientarem-se, e qualquer mudança repentina altera a sua coordenação.
Raspar os cornos dos Touros é uma prática ilegal. Por isso, às vezes, depois das corridas, um veterinário examina-os. Contudo, em 1997 a Confederação de Profissionais de Corridas de Touros, incluindo 230 matadores em Espanha, fizeram greve, opondo-se a essas inspecções veterinárias.
Os manifestantes reclamavam que os veterinários não tinham a “experiência suficiente” para examinar os Touros.
No entanto, muitos reconhecem isto como outro dos aspectos da corrupção que se infiltra num negócio que proporciona a cada um dos matadores profissionais mais de um milhão de dólares por ano. Em 1996, Espanha registou um total de 1.400 milhões de dólares na venda de entradas.
Mutilação sistemática
Num espectáculo típico, o Touro entra na arena e é abordado por indivíduos que o esgotam, correndo ao seu redor em círculos e enganando-o para que se fira.
Quando o Touro já está cansado e lhe falta o ar, acercam-se dele os picadores. Estes são indivíduos montados a Cavalo, cujos olhos estão vendados, e os quais cravam lanças no lombo e músculos do pescoço do Touro.
Isto dificulta a capacidade do animal levantar a cabeça.
Os “cavaleiros” volteiam e pressionam as lanças para se assegurarem de que o Touro perde uma grande quantidade de sangue. Logo aparecem os bandarilheiros a pé, que se encarregam de distrair o Touro e se precipitam sobre ele, até que lhe cravam mais lanças. E o sangue sempre a jorrar.
Quando o Touro fica completamente debilitado em consequência da perda de sangue, estes bandarilheiros correm à volta do Touro novamente em círculos até que este fique tonto e a perseguição pára.
Finalmente aparece o matador, e depois de provocar algumas investidas contra o animal já moribundo, desfere-lhe um golpe com a sua espada.
Após a estocada final, e quando o Touro não morre logo, um novo verdugo é chamado à arena para apunhalar até à morte o esgotado, o sofrido e dócil animal.
A adaga deve cortar a medula espinal, porém por vezes, mesmo isto pode falhar, deixando o Touro plenamente consciente, mas paralisado, e se o público está contente com o tauricida, as orelhas e a cauda do Touro são cortadas e exibidas como troféus.
O Touro é depois arrastado para fora da arena, acorrentado pelos cornos.
Alguns minutos mais tarde, outro Touro entra na arena e o ciclo recomeça.
«Posso entender como as pessoas vêm isto como uma barbárie», disse um reconhecido matador francês de 19 anos, de nome Chamaco, mas, acrescentou «a morte do Touro é como a assinatura de uma pintura», com a diferença que esta “peça” é rapidamente esquartejada para vender a sua carne.
Este tauricida é famoso por deleitar a assistência: «Ele grita ao animal, fazendo-lhe gestos irracionais e apoteóticos, provocando-o, fustigando-o e pedindo que dance com ele», descreve um espectador.
Outras vítimas
Os Touros não são as únicas vítimas na arena. O editor de uma revista norte-americana aficionada admitiu que, aos Cavalos utilizados nas touradas, são-lhes administradas drogas atrás das orelhas, vendam-lhes os olhos para que não fujam do Touro (os quais temem por natureza), e batem-lhes com frequência. Fora as picadas das esporas que os fazem sangrar violentamente.
Estes Cavalos, que por vezes são corneados, geralmente têm as orelhas tapadas com jornais molhados para lhes enfraquecer a capacidade auditiva, e as suas cordas vocais são frequentemente cortadas para que os seus gemidos não perturbem a assistência.
Quem já assistiu a uma tourada ouviu alguma vez um Cavalo relinchar de dor?
Sabem para que servem as bandas de música enquanto a lide decorre? Para abafar os gritos dos Touros.
Os Cavalos são por vezes Cavalos de arado, muito velhos para serem úteis, e acabam por ser abatidos por Touros que chegam a pesar cerca de meia tonelada.
Em determinadas ocasiões os Touros corneiam os Cavalos e as suas feridas são tapadas com palha para que não se vejam nem o sangue nem as vísceras. Outras vezes, morrem, como aconteceu há pouco tempo, com Xelim, o Cavalo do tauricida Rui Fernandes, o qual ficou com os intestinos pendurados, depois de ter levado uma cornada.
A reprodução dos Touros
A criação selectiva permite aos ganadeiros criar um Touro que morrerá de um modo mais satisfatório para o público.
Os Touros são seleccionados para se cruzarem com vacas que quando são atacadas com lanças, respondem investindo sempre da mesma maneira. Eles são criados para voltarem a ser torturados repetidamente.
Outros rituais reprováveis e bárbaros
A corrida de Touros mexicana também inclui a novilhada, ou corrida de novilhos. Os Touros bebés, alguns com apenas algumas semanas de vida, são transportados para a arena, onde espectadores, muitos dos quais crianças, os apunhalam até à morte.
Estes massacres finalizam quando os espectadores cortam as orelhas e a cauda às pequenas crias que geralmente estão totalmente conscientes e encharcadas no seu próprio sangue.
As chamadas “corridas de Touros não sangrentas”, que são legais em muitas cidades nos Estados Unidos da América, admitem a participação de pessoas que provocam e atacam o Touro. Enquanto que molestar e açoitar o animal fazem parte do espectáculo, a matança deve ser realizada fora da arena.
Na Colômbia há um festival anual em que Touros solitários são atormentados por milhares de pessoas que crêem que estão a pôr à prova a sua “valentia” (ajudados por um ambiente festivo e grandes quantidades de álcool).
«Se não morre alguém é algo monótono» lamenta Carlos Pérez, presidente do comité que organizou o dito evento em 1966.
Mas o toureiro colombiano Luis Cuadrado admite «é apenas um Touro contra milhares de imbecis». Cuadrado prefere sentar-se no chão até que o Touro esteja suficientemente perto para cravar-lhe a lança, e foge logo para ficar em segurança.
Estes festivais duram entre 4 e 5 dias, e pelo menos 35 touros são mortos por dia.
A oposição
Em 1567, o Papa Pio V decretou que «as exibições de animais ou Touros que são torturados são contrárias aos deveres cristãos e à piedade», e pediu «que se pusesse um fim àquelas diversões sangrentas, miseráveis e mais apropriadas aos demónios do que aos homens».
Os próprios aficionados das corridas de Touros não podem negar que tal prática é uma barbárie.
O autor mexicano Eduardo del Río, que glorificou a morte dos Touros nos seus livros, descreveu as touradas como «um obstáculo para a humanização do homem».
Lyn Sherwood, editor de uma revista a favor das corridas de Touros declarou orgulhosamente, «não tenho nenhum problema moral de promover algo que considero moralmente injustificável».
Fontes:
http://www.petalatino.com/cmp/ent-toros.html
http://www.bullfightingfreeeurope.org/index_por.html
http://tourada-portugal.blogspot.pt/p/calendario-tauromaquico.html
Drogas utilizadas para enfraquecer os Touros nas arenas
Anti-inflamatórios.
Apirinas, analgésicos e antipiréticos, cujo objectivo é minorar as dores e o coxear mascarando assim as lesões antes do reconhecimento anterior à lide.
Estimulantes cardio-respiratórios.
Anfetaminas com efeito de estímulo cardíaco, circulatório, respiratório e de reflexos. Em exemplares com pouca força ajudam a uma melhoria.
Estimulantes do Sistema Nervoso.
Nicotina em doses baixas, vitaminas B1 e B2 que têm como finalidade incrementar a energia e os reflexos.
Estimulantes musculares.
Vitamina E.
Hormonas.
Hormonas sexuais e anabolizantes cujo objectivo é produzir efeitos anabolizantes e eliminar o stress para dar ao touro uma maior resistência durante a lide. Os animais tratados com estas hormonas são exemplares que apresentam lentidão de movimentos, falta de agilidade e reflexos de fadiga rápida.
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Os aficionados chamam a isto “tradição”, “cultura”, “identidade”, “luta justa”, “valores”, “respeito pelo touro”, entre outras designações.
Espanta-me nunca se terem lembrado de chamar acupunctura a esta suposta inócua, ou até mesmo benéfica, actividade. Para além do visível enorme sofrimento e agonia a que o touro é sujeito durante a catarse que é vivida na praça, já nos curros, longe das câmaras e dos ouvidos, estes instrumentos que perpetuam esta festa bafienta e medieval, são retirados cortando a carne do animal. A frio.
Se dói? Se causa sofrimento? É dilacerante!
Por um mundo mais justo, por um engrandecimento da humanidade, pelo respeito e harmonia entre todos os seres, por um passo civilizacional: Abolição das touradas já!
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«Retiram-me do campo, onde sou feliz. Onde como erva e onde convivo com a minha família e companheiros. Retiram-me do bem-estar e da felicidade, para depois, num transporte stressante e psicologicamente torturador, me levarem para onde vou ser vítima, da mais vil tortura, tanto física, como psicológica.
Lá chegado, o meu tormento continua e começa a aumentar. Durante dois dias, não como e não bebo. Durante dois dias, estou enfiado num local escuro, onde mal posso mexer-me. E durante esses dois dias, sou torturado, física e psicologicamente. Querem que eu chegue à arena, com as minhas faculdades físicas e psicológicas 80% diminuídas, para facilitar a lide daqueles que dentro da praça irão torturar-me. E por isso o fazem, durante essas horríveis 48 horas.
Cortam-me a ponta dos chifres, para diminuir a minha visão periférica, e dessa forma, facilitar, também, a lide daqueles que dentro da praça irão torturar-me.
Depois entro nos curros, antes de entrar na arena, onde, para terem a certeza de que estou com as minhas faculdades físicas e psicológicas, 80% diminuídas, continuam a tratar-me barbaramente.
Quero ver-me livre de tanta dor; de tanto sofrimento; de tanta tortura. Nessa altura, vejo uma porta a abrir. Na hora, penso que finalmente vão deixar-me em paz. Mas infelizmente não. Não é nada disso. Entro e deparo-me com um local circular. Procuro um canto pelo qual possa fugir, mas não encontro. Nesse momento, chamo os meus companheiros; peço-lhes ajuda, mas nada podem fazer para vir em meu socorro. Vejo gente e mais gente à minha volta e em cima, ao redor desse local. Gente ávida de ver-me a ser barbaramente torturado. Gente ávida de ver o meu sofrimento. Gente ávida de ver pontas de ferros a serem espetadas no meu corpo e o sangue a jorrar e a escorrer.
No fim de tudo o que passei; depois de ter sido barbaramente torturado, o que quero é morrer, para parar de sofrer!
Mas eu, Touro de lide, não posso deixar de fazer uma pergunta: se aqueles que me torturam, física e psicologicamente tanto me querem tourear, porque não o fazem de igual para igual, sem que eu tenha as pontas dos chifres cortadas, sem que eu tenha sido torturado, física e psicologicamente, para que depois de ter perdido 80% das minhas faculdades, físicas e psicológicas, facilite a lide deles, e sem que utilizem ferros para espetarem em mim???»
Assinado:
“Touro de lide”
Se pretendem visitar países como Portugal, Espanha, França, Grécia, Chipre, Itália, Roménia, Bulgária, Sérvia, Albânia ou Turquia, cuidado! as imagens com que podem vir a deparar-se não são fáceis de digerir…
If you plan to visit a country such as Spain, Greece, Cyprus, Italy, Portugal, Romania, Bulgaria, Serbia, Albania or Turkey, be warned! The images that you may be facing are not easy to digest
O cavalo Xelim, do torturador português Rui Fernandes, estripado numa arena em Sevilha, acabou por morrer…
Xelim, the horse of the Portuguese torturer Rui Fernandes, gutted in an arena in Seville, eventually died ...
ABRAM O LINK E HORRORIZEM-SE COM O QUE PERMITEM NUMA EUROPA QUE SE DIZ CIVILIZADA
OPEN THE LINK AND SHOCK YOURSELVES WITH WHAT IS ALLOWED IN AN UNTRUTHFULLY CIVILIZED EUROPE
http://www.occupyforanimals.org/european-tourist-countries--the-ugly-truth.html
Os países europeus turísticos mais conhecidos são também aqueles com a mais marcante crueldade contra os animais
The best known European tourist countries are also those with the most important animal cruelty
BOICOTEM O TURISMO NESTES PAÍSES ONDE REINA A SELVAJARIA
BOYCOTT THESE COUNTRIES WHERE SAVAGERY IS USUAL
Fonte:
Esta publicação mostra toda a monstruosidade das touradas. Foi escrito por quem sabe da matéria por experiência in loco, além de ser Médico-Veterinário, e, portanto, e sabe o que é um animal, coisa que a maioria dos governantes portugueses não sabe, e muito menos a minoria inculta que essa maioria protege desavergonhadamente.
A tourada, património? Só se for património da mais monumental estupidez!
Um ser vivo no maior sofrimento
Por Dr. Vasco Reis (Médico-Veterinário)
Um exemplo:
Vive uns 4 anos na campina na boa companhia de outros da mesma espécie em espaço largo e com boas condições.
Desenvolve-se.
Um dia é escolhido para a lide numa tourada. Enxotam-no, com ou sem medicação, para uma manga e enfiam-no numa caixa apertada onde mal se pode mexer.
O stress da claustrofobia é tremendo, ao passar da liberdade e tranquilidade da campina para o caixote onde fica confinado, brutalmente afastado da companhia importante dos outros bovinos.
A seguir cresce a ansiedade/pânico provocados pelo transporte. Depois a espera, provavelmente, com pouco ou nenhum alimento e bebida. Talvez sendo injectado, a ponta dos cornos será cortada até ao extremo vivo e muito enervado, ficando extrema e dolorosamente sensível ao contacto.
Consta que sofre outras acções destinadas a fatigá-lo, debilitá-lo, retirar-lhe capacidade para a lide. Mais tarde, a condução ao curro da praça de touros. Empurrado depois para a arena = beco cruel sem saída, suportando logo o enorme alarido, que ainda o assusta mais.
Depois a provocação, o engano, o cravar dos ferros, que o ferem e magoam terrivelmente, através da pele, de aponevroses, de mais ou menos músculos, atingindo tendões e, por vezes até pleura e pulmão (meu testemunho) e o fazem sangrar e sofrer.
Tudo isto o enfurece, magoa, deprime e esgota. Depois é retirado com as “chocas”. Brutalmente, tal como foram cravados, os ferros são agora retirados sem anestesia, arrancados ou por corte do couro. Depois o sofrimento cresce pela dor provocadas pelos ferimentos, infectando e provocando-lhe febre, ficando animicamente derrotado, até que o abate o liberte de tamanho sofrer.
Desgraçada vítima dos chamados humanos, “corrido” e torturado unicamente para diversão de aficionados, alimentar de vaidades, de negócios de tauromáquicos e no prosseguimento de uma cruel tradição.
É, portanto, uma aberração, comprovativa da maior hipocrisia, quando tauromáquicos e ganadeiros afirmam serem as pessoas que mais gostam dos touros.
Deixam-nos viver eventualmente bastante bem durante cerca de 4 anos, para que então sejam torturados na tourada e abatidos em sofrimento uns dias a seguir, em vez de viverem no seu meio natural os 20 anos em média da sua expectativa de vida.
Revoltante e vergonhoso é que tal crueldade seja permitida legalmente, feita espectáculo e publicitada.
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Desconfiança, medo e dor são essenciais e condição de sobrevivência para o indivíduo e para a espécie
Repare-se na extrema violência desta imagem
Plantas não têm sistema nervoso, não têm sensibilidade à dor, não têm consciência.
Animais são seres dotados de sistema nervoso mais ou menos desenvolvido, que lhes permitem uma herança genética instintiva e sentir e tomar consciência do que se passa em seu redor e do que é perigoso e agressivo e doloroso. Este facto leva-os a utilizar mecanismos de defesa e de fuga para poderem sobreviver.
Sem essas capacidades não poderiam sobreviver individualmente e enquanto espécie.
Portanto, desconfiança, medo e dor são essenciais e condição de sobrevivência para o indivíduo e para a espécie.
A ciência revela que a constituição anatómica, a fisiologia e a neurologia do touro, do cavalo e do homem e de outros mamíferos são extremamente semelhantes.
As reacções destas espécies são análogas perante a ameaça, o susto, o ferimento.
O senso comum apreende isto e a ciência confirma.
Mas nesta “arte” não são somente touros e cavalos que sofrem.
São muitas as pessoas conscientes e compassivas, que por esta prática de violência e de crueldade se sentem extremamente preocupadas e indignadas e sofrem solidariamente e a consideram anti educativa, fonte de enorme vergonha para o país, atentório de reputação internacional, obstáculo de dissuasão do turismo de pessoas conscientes, que se negam a visitar um país onde tais práticas, que consideram "bárbaras", acontecem!
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Resumindo o percurso do Cavalo usado no toureio à portuguesa
O cavalo Xelim estripado numa tourada à portuguesa, acabou por morrer
Como animal veloz que é, procuraria a segurança pondo-se à distância daquilo que lhe pareça estranho ou que considere ser perigoso.
Mas, no treino e na lide montada, ele é dominado pelo cavaleiro, seja pelo “Hackamore”/ serreta / serrilha, “jaquima” em espanhol, actuando contra o chanfro e provocando maior ou menor incómodo, seja pelos ferros na boca, puxados pelas rédeas e actuando sobre a língua e as gengivas (bridão - com acção de alavanca - e freio, ambos apertados contra as gengivas por uma corrente de metal à volta do maxilar inferior, a barbela), artefactos susceptíveis de se tornarem muito castigadores.
É incitado pela voz do cavaleiro e por outras acções, chamadas de “ajudas”, como sejam as esporas que são cravadas no ventre, provocando dor e, frequentemente, feridas sangrentas.
É impelido para a frente pela acção das esporas, devido à dor que elas lhe provocam, e a voltar-se ou parar pela tracção das rédeas, devido ao incómodo ou dor que provocam, seja no chanfro, ou na boca e, também, pelo inclinar do corpo do cavaleiro.
Ao ser utilizado pelo cavaleiro como veículo para combater e vencer o touro, o cavalo é submetido a enorme ansiedade e esforço, o que até lhe pode causar a morte por colapso dos aparelhos respiratório e circulatório.
Resumindo: o cavalo é obrigado a enfrentar o touro pelo respeito/receio que tem do cavaleiro, que o domina e o castiga, até cravando-lhe esporas no ventre e provocando-lhe dor e desequilíbrio na boca. Isso transtorna-o de tal maneira, que o desconcentra do perigo que o touro para ele representa de ferimento e de morte e quase o faz abstrair disso.
Portanto, a afirmação de cavaleiros tauromáquicos de que gostam dos seus cavalos e que lhes querem proporcionar bem-estar, soa estranha e hipócrita.
A lei é omissa quanto ao controlo de dopagem, o que permite manipulações e abusos para serem mascaradas situações dolorosas e problemas de saúde, especialmente dos membros do cavalo.
Revoltante e vergonhoso é que tal crueldade seja permitida legalmente, feita espectáculo e publicitada.
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"Espectáculos" com Touros
Retirada das bandarilhas a sangue frio e com o auxílio de uma faca que corta as carnes, já maceradas, do bovino.
Meias soluções não servem, porque, todos os espectáculos com touros (incluindo as touradas com velcro e com "bandarilhas" sem arpão, mas com ventosas) exigem a captura violenta do touro ao ser retirado do campo e da companhia dos bovinos, passando a sofrer ansiedade, claustrofobia, pânico, fúria, risco de contusão e esgotamento em luta por se libertar, metido e apertado em caixa de transporte e assim transportado, posto em curro, depois na tourada ou outro espectáculo.
Tudo isso representa agressão, risco e sofrimento intenso emotivo, psicológico, físico para o touro. O cavalo continua obrigado a sofrer e a arriscar, se for obrigado a intervir.
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(Pormenor importante)
«O touro perde 15% do seu peso durante o transporte para a praça.
Chegado à praça, é brutalizado, física e psicologicamente, durante 24 horas, com o propósito de o enfraquecer, para facilitar a sua lide na arena.
E entre os actos brutais de que o touro é vítima durante os dois dias anteriores à corrida, está o corte dos seus chifres. O corte dos chifres do touro retira-lhe 80% da sua visão periférica. E essa é a razão pela qual cortam os chifres do touro.
O touro quando, ao fim de mais de 2 dias, em que foi vítima de cruéis actos para o desgastar, física e psicologicamente, quando entra na arena, entra 80% diminuído, física e psicologicamente »
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Ler mais aqui:
Percurso do Touro usado para toureio (II)
E o Touro, que era branco, pintou-se de vermelho do sangue que lhe escorre das entranhas...
Crónica
Até que ponto, em nome da “cultura” de um país, devemos aceitar, de braços em riste e com um sorriso escancarado, a tortura e a morte de um animal indefeso?
Texto de Ana Chaves • 03/05/2012 - 16:46
No passado domingo, dia 29 de Abril de 2012, o cavalo Xelim de Rui Fernandes morreu durante a corrida Real Maestranza, em Sevilha, vítima de uma cornada tão violenta que lhe deixou as vísceras de fora. Posto isto, Rui Fernandes, digno de um notável respeito pela vida animal, decidiu matar o touro, cortando-lhe uma orelha, com petição de segunda.
Disseminada a imagem em que o toureiro segurava a orelha do touro que acabara de sacrificar, os comentários na página oficial de Facebook do próprio começavam a multiplicar-se. Se para uns gerava a mais profunda comoção pela perda de um animal “tão nobre quanto o cavalo”, lia-se por lá, por outro, a indignação multiplicava-se na caixa de comentários do “herói” da Caparica. Mas as críticas não haviam de lá permanecer por muito tempo, mesmo as não insultuosas.
Crendices seculares, tradição, herança cultural ou simples desfile cruel e venal, a tourada representa uma das facetas mais sombrias da natureza humana.
O que muitos não sabem (ou fingem não saber) – e atenção que isto pode conter “spoilers”! – é o que se passa antes da cena que move os aficionados à praça. Cerca de 24 horas (muitas vezes mais) antes da tourada, o touro é colocado num recinto minúsculo, fechado, sendo privado de água e comida, ao mesmo tempo em que lhe são colocados pesos hiperbólicos nas costas e administrados laxantes que originam a rápida desidratação.
Como se isso não bastasse, e não raras vezes, as pontas dos cornos são serradas, ficando o animal sensível ao mais leve toque, agudizando a sua dor. Para além disto, os olhos são molhados com um líquido que lhe dificulta a visão. É assim que o touro, debilitado, é levado para a praça. É assim que o touro é, ainda, perfurado por bandarilhas que lhe dilaceram as entranhas para gaúdio e regozijo de muitos.
E antes que as críticas a esta crónica se iniciem, parece-me pouco justo dizer que a tourada é similar à exploração de gado para consumo, ao negócio das peles, ou outros que tais. Há ainda quem diga que se não fossem os toureiros já não existiam touros, dada a extinção da raça tourina brava. Esta afirmação está na mesma linha de raciocínio de que quem defendia as vítimas de tortura era o torcionário.
Mas se queremos manter as tradições, voltemos à Inquisição e à morte na fogueira, voltemos ao Circo Romano onde os cristãos cantavam, sem temor, enquanto aguardavam a morte.
O cavalo chamava-se "Xelim" e pertencia ao torcionário português Rui Fernandes. Morreu (o cavalo) na Arena de Sevilha abandonado pelo seu dono…
O que aconteceu ao Xelim não deveria repetir-se com mais nenhum outro Cavalo, se houvesse consciência entre aqueles que apoiam e promovem tal selvajaria.
Em que país vivemos? Que consciências temos no Governo?
Vejam os vídeos. Eles dizem o que as palavras não podem exprimir.
Esta imagem indignou o mundo das pessoas sensíveis e amantes de Cavalos. Xelim, o cavalo do torcionário Rui Fernandes, foi desventrado numa corrida de touros à portuguesa e acabou por morrer...
Este é o verdadeiro mundo subterrâneo da tauromaquia, aqui como em França, como em qualquer parte do mundo, onde a diversão, baseada no SOFRIMENTO DE SERES VIVOS, é coisa de SÁDICOS.
França
28/07/2012
«Cerca de quatro dezenas de militantes da Animavie, uma federação de organizações de defesa dos animais, manifestaram-se neste sábado contra a realização de uma corrida de toiros à portuguesa nas festas de Bayonne, sudoeste de França.
"Durante uma corrida à portuguesa, por vezes o cavalo é esventrado, uma vez que não é protegido, neste género de tauromaquia particularmente cruel", declarou à agência noticiosa francesa AFP o porta-voz da Animavie, Christophe Leprêtre.
"Foi o que aconteceu a um cavalo chamado 'Xelim', em abril, em Sevilha. Prestamos-lhe homenagem", acrescentou.
Os manifestantes denunciaram ainda a política do presidente da câmara de Bayonne, Jean Grenet, que consiste em "subvencionar corridas que dão um prejuízo de 400 mil euros, suportados pelos contribuintes".
As corridas de toiros são a principal atracção das festas de Bayonne, levando à cidade, ao longo de cinco dias no final de Julho, mais de um milhão de pessoas».