Não há falta de médicos e enfermeiros em Portugal, o que há é falta de verbas para lhes pagar e evitar que emigrem para o estrangeiro.
E para onde vai uma boa fatia do dinheiro dos impostos pagos pelos portugueses?
Exactamente: para a tortura de touros.
E depois acontece o que aconteceu: cidadãos morrem nas urgências dos hospitais por falta de assistência médica.
Fotografia © DR
Entretanto, milhares de jovens médicos e enfermeiros licenciados e bem qualificados são obrigados a emigrar, porque os governantes portugueses decidem que apenas duas dezenas de famílias incultas e inúteis para a sociedade “merecem” apoio financeiro para o negócio da tortura e da morte de bovinos.
Também por falta de verbas, vários serviços em hospitais públicos foram encerrados.
Foram encerrados vários Centros de Saúde no interior do País, onde se encontra a maior percentagem de população envelhecida e mais necessitada de cuidados médicos.
Milhares de portugueses estão a ser “empurrados” para fora de Portugal em busca de melhores condições de vida.
Milhares de portugueses sofrem e muitos morrem à fome por não poderem alimentar-se e tratar-se como é de seu direito.
Muitos estudantes ficam sem bolsas de estudo, tendo de abandonar as escolas.
As Artes e as Letras são deitadas ao caixote do lixo como se fossem o rebotalho da sociedade.
Enquanto toda esta tragédia acontece, nas herdades de cerca de 24 famílias portuguesas vive-se à tripa-forra, circula-se em carros topo de gama, esbanja-se os dinheiros que deveriam ser canalizados para o essencial da vida dos portugueses, dos outros portugueses, daqueles portugueses que querem apenas o que é de seu direito: trabalho, assistência médica adequada, educação, habitação, enfim, uma vida condiga, que não colide com a existência pacífica dos outros seres vivos.
Origem da imagem: http://iniciativa-de-cidadaos.blogspot.pt/
Dezasseis milhões de euros esbanjados na tauromaquia, não será um atentado contra os direitos mais básicos dos portugueses?
Apetece-me gritar como Voltaire:
«Povo, desperta, quebra as tuas cadeias!»
Rejeita o governo que te traz cativo da ignomínia.
Com a esperança de que os governantes e dirigentes portugueses sintam o apelo do Bem, do Bom e do Belo
Depois de um interregno que me levou a lugares imaginários, longe do rebuliço mundano, onde não encontro alimento para o espírito, sempre desassossegado, sempre ávido do Bem, do Belo e do Bom, regresso a este meu lugar de passagem para a inquietude do verde, para dar continuidade à minha luta contra as ignomínias que me esmagam a existência.
Certo dia, um sábio ancião, que sabia da vida e das coisas da vida, lançando-me um olhar que entrevia para além de mim, disse-me que eu era um ser do futuro e nunca encontraria a paz e a felicidade tão desejadas, uma vez que nascera precocemente num tempo que não era o meu.
Esta sentença, proferida na penumbra do átrio de um hotel, onde havia marcado um encontro com aquele desconhecido, que desejava conhecer-me pessoalmente, pois apenas me intuía através das crónicas e contos que então escrevia para um jornal (estava eu ainda no início de uma carreira sobre a qual não sabia se tinha futuro) desconcertou-me, perturbou-me, amedrontou-me, porque na realidade, aquele ancião que eu nem sabia que existia e que, em princípio, nada devia saber de mim, conhecia-me melhor do que eu jamais poderia imaginar, através apenas daquilo que eu escrevia.
Este episódio mudou, por completo, a minha vida.
Até então eu desconhecia o poder das palavras.
É certo que, desde muito jovem, habituara-me a escrever contos em Inglês, para o jornal de parede da Escola Inglesa que frequentava, e o meu professor considerava amazing aquelas minhas digressões pelo imaginário. Contudo, nunca projectei fazer da escrita uma profissão. Escrevia aqueles contos apenas para exercitar a Língua de Shakespeare.
Bem… tudo isto para dizer que aquele encontro com o ancião que sabia da vida e das coisas da vida, levou-me a compreender o poder das palavras, colocando-as ao serviço de causas justas, uma vez que aqueles que se consideram superiores aos outros seres vivos que connosco partilham o mesmo Planeta e que a ele chegaram muito antes dos hominídeos que vieram dar origem ao presunçoso Homo Sapiens Sapiens, demonstram uma descomunal incapacidade, como mais nenhum outro ser demonstra, para gerir o normal fluir da existência dentro de parâmetros racionais e lógicos, obrigando os que vêem para além do visível a uma permanente luta para fazer valer os direitos mais óbvios e naturais de tudo e de todos os que se movem debaixo do Sol.
E naquele fim-de tarde, na penumbra do átrio de um hotel, depois de ouvir o ancião falar da força das palavras e de um futuro ao qual pertenço, decidi fazer delas a minha arma e colocá-las ao serviço dos menos privilegiados, dos que não têm voz para se defenderem, dos que são esmagados pela ignorância dos que deveriam ser sábios, dos indefesos que caem nas mãos de cobardes, pertençam à espécie humana ou a qualquer outra espécie.
No dia 31 de Dezembro de 2014 ficou concluída (com enorme sucesso) a primeira etapa da luta contra os algozes que mantém Touros e Cavalos fora do Reino Animal, para que duas dezenas de famílias portuguesas usufruam de privilégios que ninguém mais usufrui em Portugal.
Bem-vindos ao ano de 2105, ano em que terá início a segunda etapa do plano que conduzirá à Abolição da Tauromaquia.
A fonte de inspiração será Voltaire, um Homem que com uma só frase podia aniquilar um político, um Homem que transformou a sua época na Era da Razão.
O filósofo Voltaire, que afirmou «Deus est anima brutorum» («Deus é a alma dos animais»), tinha razão, mas não devia ter ficado por aí...
VEJAM OS VÍDEOS E ENCONTREM A RESPOSTA PARA A PERGUNTA FORMULADA NO CABEÇALHO