«Álvaro Covões organizador de festivais de música como o Nos Alive é um dos compradores da espelunca que dá pelo nome de Campo Pequeno e será ele que vai gerir a praça de touros e o centro comercial.»
in Blogue Prótouro, pelos touros em liberdade
«Se alguém pensa que este é o homem que pode acabar com as touradas no bordel está completamente enganado, uma vez, que em 2013 numa entrevista dada à Visão o mesmo afirmou e citamos:
“Gosto de tourada, mas não sou aficionado. Não gosto de touros de morte, mas o toureio a cavalo e a pega acho um espectáculo. Se mandasse, investia nas imagens das pegas de caras para divulgar Portugal no mundo. Mostra bem o que é o povo português, a nossa coragem. Ainda não tive tempo para isso, mas até gostava de trabalhar com touradas. Do ponto de vista turístico, é um produto fantástico. Temos de valorizar as nossas tradições, e se pudermos ganhar dinheiro com isso…”.
«Álvaro Covões a tauromaquia não é produto fantástico para turistas, bem pelo contrário, a tauromaquia afasta turistas quer estrangeiros, quer nacionais. Será que este tipo sabe que muitos dos espectáculos musicais que têm lugar no Campo Pequeno e que são organizados por ele são boicotados por uma grande maioria exactamente porque os portugueses sabem que ao gastarem dinheiro na praça de touros este é injectado na tortura animal.
Se depois desta compra ele continuar a ter na programação do espaço touradas vai acabar por perder dinheiro, e provavelmente a dobrar, porque as pessoas acabarão também por boicotar todos os outros festivais por ele organizados noutros locais.»
Prótouro
Pelos touros em liberdade
André Silva denuncia na sua página do Facebook:
«Após uma reportagem da VISÃO que denunciava um universo opaco de treinos com choques eléctricos, dopagem e um desgaste brutal, por trás das corridas de galgos que se realizam todos os fins-de-semana em pistas de Norte a Sul do País, o PAN dirigiu oito perguntas ao governante que tutela o bem-estar animal. Do ministro Capoulas Santos, só obteve uma resposta: "Não tem conhecimento da existência das corridas referidas."
(Na imagem: Corrida de galgos na Póvoa de Varzim (Terroso) que se junta à realização de touradas, tiro aos pombos e batida às raposas)
«Capoulas Santos argumentou que o seu ministério "não tem quaisquer competências no controlo de corridas de qualquer tipo", sendo essa "uma função das autoridades policiais".
Moral da história: Capoulas Santos quer tentar convencer-nos que agora a matéria de bem-estar animal passou a estar tutelada pelo ministério da administração interna. Bem sei que sou novo nisto mas acredito mais facilmente em vacas voadoras. (André Silva)
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No passado dia 19 de Maio a revista Visão publicou uma reportagem sobre a proliferação das corridas de galgos de Norte a Sul de Portugal e do aumento das suspeitas de graves maus-tratos a esses cães.
A este propósito o PAN dirigiu oito perguntas ao ministro Capoulas Santos, que tutela, através da Direcção-Geral de Veterinária, o bem-estar animal e o registo de canídeos.
«Além de referenciar mais de duas dezenas de pistas em todo o País nas quais se realizam corridas de galgos, o PAN queria ser esclarecido sobre a regulamentação legal e sanitária destes eventos. As respostas chegaram há dias ao Parlamento, com o assunto a morrer logo na primeira afirmação do ministro Capoulas Santos, que disse desconhecer a "existência de corridas de galgos" em Portugal. Quanto às restantes sete perguntas, o governante despachou-as com a menção de que estavam "prejudicadas pela resposta anterior".»
Perante esta espantosa falta de conhecimento de uma matéria que pertence à tutela do Ministro da Agricultura, o PAN anunciou que "vai continuar a pressionar o ministro, mostrando-lhe os factos".
Entretanto, a revista Visão interpelou Capoulas Santos, enviando-lhe um pedido de esclarecimento que sobretudo pretendia clarificar a aparente contradição entre a afirmação do ministro de que "não tem conhecimento da existência de corridas de galgos" no nosso país, e um apanhado de notícias publicadas na Imprensa e de reportagens transmitidas na TV sobre o assunto, de 2010 a 2016, que a revista lhe mostrou, incluindo a matéria mencionada na reportagem e alusões a um campeonato nacional. Estas lutas estendem-se de Famalicão à Maia, da Póvoa de Varzim a Castro Verde e a Cuba.
Em resposta à questão colocada pela Visão, Capoulas Santos teve a ousadia de dizer que «o seu ministério não tem quaisquer competências no controlo de corridas de qualquer tipo, sendo essa uma função das autoridades policiais».
Fonte:
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Pois... Capoulas Santos só sabe o que lhe interessa. Até as pedras da calçada sabem da existência de corridas de galgos e de outras raças de cães em Portugal. Apenas o ministro é que não.
Algo vai mal na República de Portugal.
A “humanidade” no seu pior
Crédito da foto: Visão
Avançamos hoje com uma denúncia de crime público ao Ministério Público devido à forte suspeita de graves maus tratos aos animais envolvidos nas corridas de Galgos. Conforme avançou também o resultado de uma investigação jornalística, o universo dos aficionados desta actividade de “entretenimento humano”, representa um negócio altamente lucrativo que vive à custa da exploração da alta performance destes animais, pela exigência dos violentos treinos a que são sujeitos, com choques eléctricos, administração de drogas estimulantes altamente prejudiciais para a sua saúde e um desgaste brutal. Para além disso, existe também a suspeita de que a esta actividade esteja associado o crime de apostas ilegais, havendo um igual desconhecimento sobre se estas corridas estão a ser licenciadas.
Na tentativa de obter mais informação, questionamos hoje o Ministro da Agricultura e do Mar, sobre o seu conhecimento da actividade de corridas de galgos, se já existiu alguma acção de fiscalização a estas corridas, se sim quando, quantas e qual o resultado das acções, se tem conhecimento dos métodos de treino utilizados nesta actividade e se tem conhecimento da administração de drogas estimulantes como cocaína, cafeína, eritropoetina, anfetaminas, entre outros, bem como anti-inflamatórios não esteróides ou corticosteróides.
Estas substâncias têm impactos negativos ao nível da saúde dos animais com fortes sintomas de abstinência devido à habituação e podem estar associados ao desenvolvimento de cancro, de graves problemas cardíacos, doenças renais, hepáticas, dermatológicas, odontológicas e outras patologias emocionais e comportamentais.
“Num momento em que se inflamam as inquietações sobre posturas radicais, este lucrativo e impune negócio, faz com que o conceito de respeito por todas as formas de vida não signifique absolutamente nada. Existem automóveis tratados com mais cuidado do que estes animais.
O PAN defende o fim do antropocentrismo, ou seja, a ideia de que o Ser Humano está no centro de tudo e de que pode utilizar todas as formas de vida indiscriminada ou inconscientemente. O que não significa que coloque os animais à frente dos humanos, conforme se tem comentado.
A defesa dos direitos humanos tem já uma longa e admirável narrativa, sendo a defesa daqueles que connosco partilham o espaço uma extensão natural deste movimento. As pessoas têm direitos, garantidos e reconhecidos constitucionalmente e instâncias criadas para os assegurar. A defesa dos direitos dos animais, no respeito pelos princípios mais básicos, apenas agora está a começar, eles ainda estão no fim da linha”, avança André Silva.
Os defensores deste negócio afirmam publicamente que se trata de uma actividade social e cultural que enche os restaurantes das regiões e afirmam que quem “usa” os animais é quem mais “gosta deles”. Uma declaração comum a todos os profissionais das indústrias que utilizam animais para entretenimento.
As autarquias continuam a inaugurar pistas municipais para corridas de galgos e a investir na manutenção e recuperação de praças de touros. Estes eventos violentos, para humanos e não humanos, reflectem o paradigma do lucro e a indiferença de um nicho da sociedade que ainda considera aceitável a utilização e maus tratos de animais para divertimento humano, chamando-lhe cultura. Não fazem parte do paradigma social para o qual o PAN gostaria de contribuir, baseado na promoção de uma cultura da empatia e também não acompanham o desejo da maioria dos cidadãos nem da Constituição Portuguesa.
PAN aguarda respostas do Ministro da Agricultura e do Mar:
- Denúncias e fortes indícios de graves maus tratos aos animais envolvidos nas corridas de Galgos
- Actividade de “entretenimento humano” representa um negócio altamente lucrativo que vive à custa da exploração da alta performance destes animais
- Autarquias continuam a inaugurar pistas municipais para corridas de galgos e a investir na manutenção e recuperação de praças de touros
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(AVISO: uma vez que a aplicação do AO90 é ilegal, não estando efectivamente em vigor em Portugal, este texto foi reproduzido para Língua Portuguesa, via corrector automático).
A 19 de Março de 2015, o suplemento Sete da revista Visão, da responsabilidade dos enviados Miguel Judas (Faial, Pico e São Jorge) e Vanessa Rodrigues (Terceira, São Miguel e Santa Maria) apresenta 100 razões para ir aos Açores.
Isto será um "divertimento" de gente?
Para além do esquecimento de duas ilhas, Corvo e Flores, a razão número 22 é uma não razão já que se refere ao espectáculo decadente, arcaico e desumano que são as touradas à corda na Ilha Terceira, anualmente são responsáveis por mortos e feridos tanto em bovinos como em seres humanos.
Os autores do texto (ou a autora?) possivelmente não tiveram acesso aos vídeos das marradas profundamente difundidas na ilha Terceira e na Internet que mostram a bestialidade e desumanidade da "festa tauromáquica, tradicional dos Açores", nem aos dados dos gastos de saúde derivados das idas e internamentos nos hospitais por causa das touradas à corda e dos apoios, inclusive europeus recebidos pelos criadores de gado bravo, de tal modo que a importância das mesmas é, segundo eles, aferida pela existência de 13 ganadarias registadas.
Enfim, é lamentável uma revista conceituada (?) tratar este assunto com uma ligeireza nada digna dos seus “pergaminhos”.
Com a minha mais veemente indignação,
Isabel A. Ferreira