Hoje, dia 01 de Junho, comemora-se o Dia Mundial da Criança, assinalado pela primeira vez, em 1950 nas Nações Unidas, com o objectivo de chamar a atenção para os problemas que as crianças então enfrentavam, ou seja, os mesmos problemas que, passados 71 anos, ainda enfrentam.
Oficialmente, o dia é assinalado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 20 de Novembro, data em que no ano de 1959 foram aprovados pela Assembleia-Geral da ONU os Direitos da Criança. Na mesma data (20 de Novembro), mas no ano de 1989, foi adoptada pela Assembleia-Geral da ONU a Convenção dos Direitos da Criança, que Portugal ratificou em 21 de Setembro de 1990.
O que fez o mundo, desde então, pelas crianças? Festas e festinhas, prendas e prendinhas, para as que já têm tudo.
E as outras? As que realmente interessam?
O que os governos fizeram ou estão a fazer por elas?
Sabemos, que em pleno século XXI .d. C.:
guerras insanas matam e mutilam centenas de crianças todos os dias; todos os dias crianças são vítimas de abusos sexuais, de violência doméstica, de pedofilia, são assassinadas, demasiadas vezes, pelos próprios progenitores; são obrigadas a trabalhar horas a fio; são traficadas, usadas e abusadas; são mandadas para as guerras, transformadas em carne para canhão.
E o que é que os governos têm feito para acabar com todos estes crimes de lesa-infância?
Existe uma Declaração Universal dos Direitos da Criança, proclamada pela Resolução 1386 (XIV) da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 20 de Novembro de 1959, também conhecida como a Declaração de Genebra dos Direitos da Criança, um documento internacional que difunde os Direitos da Criança, elaborado por Eglantyne Jebb, adoptado pela Liga das Nações em 1924.
Recordemos o que diz a Acta da Criação da Declaração dos Direitos da Criança:
Preâmbulo
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, a sua fé nos direitos fundamentais, na dignidade do homem e no valor da pessoa humana e que resolveram favorecer o progresso social e instaurar melhores condições de vida numa liberdade mais ampla;
Considerando que as Nações Unidas, na Declaração dos Direitos do Homem, proclamaram que todos gozam dos direitos e liberdades nela estabelecidas, sem discriminação alguma, de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou outra, origem nacional ou social, fortuna ou outra situação;
Considerando que a criança, por motivo da sua falta de maturidade física e intelectual, tem
necessidade uma protecção e cuidados especiais, nomeadamente de protecção jurídica adequada, tanto antes como depois do nascimento;
Considerando que a necessidade de tal protecção foi proclamada na Declaração de Genebra dos Direitos da Criança de 1924 e reconhecida na Declaração Universal dos Direitos do Homem e nos estatutos de organismos especializados e organizações internacionais preocupadas com o bem-estar das crianças;
Considerando que a Humanidade deve à criança o melhor que tem para dar,
A Assembleia Geral Proclama esta Declaração dos Direitos da Criança com vista a uma infância feliz e ao gozo, para bem da criança e da sociedade, dos direitos e liberdades aqui estabelecidos e com vista a chamar a atenção dos pais, enquanto homens e mulheres, das organizações voluntárias, autoridades locais e Governos nacionais, para o reconhecimento dos direitos e para a necessidade de se empenharem na respectiva aplicação através de medidas legislativas ou outras progressivamente tomadas de acordo com os seguintes princípios:
Princípio I – Direito à igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade. A criança desfrutará de todos os direitos enunciados nesta Declaração. Estes direitos serão outorgados a todas as crianças, sem qualquer excepção, distinção ou discriminação por motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de outra natureza, nacionalidade ou origem social, posição económica, nascimento ou outra condição, seja inerente à própria criança ou à sua família.
Princípio II – Direito a especial protecção para o seu desenvolvimento físico, mental e social.
A criança gozará de protecção especial e disporá de oportunidade e serviços a serem estabelecidos em lei e por outros meios, de modo que possa desenvolver-se física, mental, moral, espiritual e socialmente de forma saudável e normal, assim como em condições de liberdade e dignidade.
Princípio III – Direito a um nome e a uma nacionalidade.
A criança tem direito, desde o seu nascimento, a um nome e a uma nacionalidade.
Princípio IV – Direito a alimentação, moradia e assistência médica adequadas para a criança e a mãe.
A criança deve gozar dos benefícios da previdência social. Terá direito a crescer e desenvolver-se em boa saúde; para essa finalidade deverão ser proporcionados, tanto a ela, quanto à sua mãe, cuidados especiais, incluindo-se a alimentação pré e pós-natal. A criança terá direito a desfrutar de alimentação, moradia, lazer e serviços médicos adequados.
Princípio V – Direito a educação e a cuidados especiais para a criança física ou mentalmente deficiente.
A criança física ou mentalmente deficiente ou aquela que sofre de algum impedimento social deve receber o tratamento, a educação e os cuidados especiais que requeira o seu caso particular.
Princípio VI – Direito ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade.
A criança necessita de amor e compreensão, para o desenvolvimento pleno e harmonioso de sua personalidade; sempre que possível, deverá crescer com o amparo e sob a responsabilidade de seus pais, mas, em qualquer caso, em um ambiente de afecto e segurança moral e material; salvo circunstâncias excepcionais, não se deverá separar a criança de tenra idade de sua mãe.
Princípio VII – Direito a educação gratuita e ao lazer infantil.
O interesse superior da criança deverá ser o interesse director daqueles que têm a responsabilidade por sua educação e orientação; tal responsabilidade incumbe, em primeira instância, a seus pais.
A criança deve desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras os quais deverão estar dirigidos para educação; a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão para promover o exercício deste direito.
A criança tem direito a receber educação escolar, a qual será gratuita e obrigatória, ao menos nas etapas elementares. Dar-se-á à criança uma educação que favoreça sua cultura geral e lhe permita – em condições de igualdade de oportunidades – desenvolver suas aptidões e sua individualidade, seu senso de responsabilidade social e moral, chegando a ser um membro útil à sociedade.
Princípio VIII – Direito a ser socorrido em primeiro lugar, em caso de catástrofes.
A criança deve – em todas as circunstâncias – figurar entre os primeiros a receber protecção e auxílio.
Princípio IX – Direito a ser protegido contra o abandono e a exploração no trabalho.
A criança deve ser protegida contra toda forma de abandono, crueldade e exploração. Não será objecto de nenhum tipo de tráfico.
Não se deverá permitir que a criança trabalhe antes de uma idade mínima adequada; em caso algum será permitido que a criança dedique-se, ou a ela se imponha, qualquer ocupação ou emprego que possa prejudicar a sua saúde ou a sua educação, ou impedir o seu desenvolvimento físico, mental ou moral.
Princípio X – Direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos.
A criança deve ser protegida contra as práticas que possam fomentar a discriminação racial, religiosa, ou de qualquer outra índole. Deve ser educada dentro de um espírito de compreensão, tolerância, amizade entre os povos, paz e fraternidade universais e com plena consciência de que deve consagrar as suas energias e aptidões ao serviço dos seus semelhantes.
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Princípios que não estão a ser cumpridos pela maioria dos governos do mundo, incluindo Portugal, onde os maus-tratos, a fome, a pobreza, as violações, a violência doméstica, a pedofilia, assassinatos, na maioria das vezes, perpetrados pelos próprios progenitores, ainda vitimizam milhares de crianças, e se a estes crimes, juntarmos o crime também de lesa-infância, que está a ser cometido nas escolas portuguesas, obrigando as nossas crianças a escreverem incorrectamente a Língua Materna delas, fica-se com uma visão bem NEGRA da actuação dos governantes portugueses, no que respeita ao respeito a ter pelos DIREITOS de todas as Crianças, em Portugal.
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Posto isto, deixo-vos com imagens que nos esmagam, permitidas pelos governantes deste mundo enlouquecido, onde umas crianças são mais crianças do que outras, e nada se faz para que todas as crianças do mundo, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade, tenham o DIREITO a uma infância vivida na sua plenitude, conforme consta da Declaração dos Direitos da Criança.
Isabel A. Ferreira
(Imagens retiradas da Internet)
A ligação entre a violência contra as pessoas e violência contra os animais está bem documentada e é objecto de pesquisa internacional desde há décadas. Na sua forma mais simples: a violência contra animais é um aviso de que o agressor pode tornar-se violento para as pessoas, e vice-versa.
The Link between violence to people and violence to animals is well documented by research. In its simplest form: violence to animals is a predictor that the abuser may become violent to people, and vice-versa.
Abuso é abuso não importa o género ou quem é a vítima.
Abuse is abuse no matter what the form or whom the victim.
Quando alguém maltrata um animal, a pergunta importante a fazer é: "Quem será o próximo?"
Os crimes contra as pessoas estão ligados a um conjunto de crimes contra os animais, e três tipos específicos de abuso de animais estão ligados a crimes contra as pessoas: agressão sexual contra animais (bestialidade), acumulação animal, e luta entre animais.
When someone harms an animal, the important question to ask is, “Who will be the next?”
Crimes against people are tied to a myriad of crimes against animals, and three specific types of animal abuse are linked to crimes against people: sexual attacks against animals (bestiality), animal hoarding, and animal fighting.
Quando múltiplas formas de violência ocorrem em casa, incluindo o abuso animal, a casa está em maior risco de violência contínua se todas as formas de violência não forem sanadas.
When multiple forms of violence happen at home, including animal abuse, the home is at increased risk of escalated and continued violence if all forms of violence are not resolved.
O abuso contra animais é mais prevalente em lares onde vivam crianças que tenham historial de abusos ou violência.
The animal abuse is more prevalent in homes where children who have a history of abuse or violence live.
A Crueldade Animal está referenciada como um dos sintomas do transtorno de personalidade.
Animal Cruelty is referenced as one of the symptoms of “personality disorder”.
Os animais de estimação da família podem ser alvos de ameaças, maus-tratos ou morte para se fazer "chantagem emocional" e forçar as vítimas humanas a obedecerem e a manterem-se em silêncio sobre o abuso.
Family pets may be targets of intimidations, harm, or killing to “emotionally blackmail” and coerce human victims to comply with and remain silent about abuse.
Os membros da família que sofrem de violência doméstica, podem ser mais propensos a permanecer num lar abusivo, ou voltar para casa, se não tiverem um lugar seguro para colocar os seus animais de estimação.
Family members who suffer domestic violence may be more likely to remain in an abusive home, or return home, if they do not have a safe place to put their pet.
Quando as crianças testemunham a violência no lar, ficam em risco aumentado de demonstrar violência para com os animais.
When children observe violence in the home, they are at increased risk of displaying violence toward animals
Aqueles que entendem essa relação de crimes em relação aos animais e as pessoas, estão em melhor posição para prevenir a violência futura e proteger a sua comunidade.
Those who understand this linkage of crimes towards animals and people are in a better position to prevent future violence and protect their communities.
Assim como as pessoas, também os animais de estimação podem ser vítimas de violência doméstica. Muitos donos, especialmente aqueles que são abusados, não podem querer separar-se do seu animal de estimação ao deixar o lar abusivo. Portanto, as vítimas humanas ficam propensas a permanecer no ambiente abusivo e expor-se aos seus filhos e seus animais de estimação para a continuação da violência. O treino dos socorristas às vítimas de violência doméstica deve incluir também a questão animal.
Just like people, pets can also be victims of domestic violence. Many pet owners, especially those who are battered, may not wish to be separated from their pet if they leave the abusive home. Therefore, they are likely to stay in the abusive environment and expose themselves, their children and their pets to continued violence. The training of first responders to victims of domestic violence should also include animal matter.
Um dos primeiros estudos internacionais que abordaram a relação entre o abuso infantil e o abuso de animais descobriu que 88% dos lares com crianças abusadas fisicamente também incluiu abuso ou negligência do animal de estimação da família.
One of the first studies to address the link between child abuse and animal abuse discovered that 88% of homes with physically abused children also included abuse or neglect of the family pet.
Crianças que crescem expostas à violência crónica podem desenvolver a crença de que lesar um animal, assédio moral, comportamento inadequado e outras atividades criminosas, são normais.
Children who grow up exposed to chronic violence may develop beliefs that harming an animal, bullying, misbehaving and other criminal activity is the norm.
O abuso pode incluir agressão ou violência contra a pessoa idosa e o seu animal de estimação, mas também pode incluir roubo de propriedade, dinheiro e informações financeiras. Se o animal de estimação está presente na casa da pessoa idosa, pode tornar-se um alvo para se exercer coerção sobre o ancião. Mas, devido a crenças geracionais ou isoladamente, o idoso não relata o abuso.
The abuse may include aggression or violence toward the elder person and their pet, but can also include theft of property, money and financial information. If a pet is present in the elder person’s home, the pet can become a target to exert coercion over the elder. But due to generational beliefs or isolation, the elderly person may not report the abuse.
Este é o resumo do Guia escrito por Allie Phillips (Directora e Fundadora do National Center for Prosecution of Animal Abuse at the National District Attorneys Association).
Fonte:
https://www.facebook.com/notes/826007704119635/
Apenas através do voto podemos mudar o rumo da Europa.
A abstenção, votos brancos e votos nulos dão razão a quem não a tem.
Por isso VOTEM! Não deixem na mão dos outros o que querem para o vosso futuro.
Mas votem com consciência, penalizando os que nada têm feito pela Europa e muito menos por Portugal.
Apenas quem anda desatento, ou virado para o seu próprio umbigo, ou a assobiar para o lado, ou protegido por uma redoma de vidros esfumados, ou é narcisista nato, ou cego mental, não vê, ou não quer saber do que se passa ao seu redor, a não ser que diga respeito ao futebol, claro.
Portugal está confinado a três lados.
De um lado estão uma enfiada de corruptos de colarinho branco, que pululam por aí como parasitas, subservientes, ocupando os mais altos cargos administrativos estatais ou a eles ligados, e na governação central e autárquica; ladrões e vigaristas e doutores e engenheiros que compram diplomas; testas de ferro a fingir que são deputados da Nação; os lobistas, os mascarados, os ignorantes optativos portadores do vírus da estupidez, que andam por aí, quais bobos alegres, a tentar enganar um povo desprovido de juízo crítico, que aceita tudo o que lhe impingem, com a ingenuidade dos recém-nascidos.
Ao meio está a massa amorfa, de um povo semianalfabeto, a arrastar-se por lugarejos, onde a civilização ainda não chegou, vivendo agarrado a “tradições” medievalescas, profundamente primitivas, situação que o Estado mantém protegida, porque um povo amorfo, amansado, ignorante não levanta ondas, sendo mais fácil de manipular.
Do outro lado estão aqueles que vão dando luta ao Poder, que são a pedras nos sapatos dos poderosos, que, no entanto, estão-se nas tintas para o juízo crítico que deles fazem. De tal modo estão agarrados ao “poder” e às vantagens e proveitos que daí retiram que viram as costas à honra, à dignidade, à honestidade, ao bom nome, à vergonha que deviam ter na cara, tudo o que eleva a espécie Homo, à categoria de Sapiens, e deixam-se arrastar pelo chão, reduzindo-se à expressão mais baixa da condição humana.
Entre todos estes mortos-vivos e feridos pela ignorância optativa, existe um Portugal para inglês ver: o Portugal da gastronomia gourmet, muito na moda, e da outra, farta e de engorda; das paisagens vinhateiras, das praias algarvias, do turismo de luxo, enfim, nada contra tudo isto, se tudo isto não fosse apenas para inglês ver.
Portugal é um país territorialmente pequeno, mas com uma alma que já foi grande e agora está a definhar, porque o que é estrangeiro é que é moderno, ainda que seja um lixo. E essa alma grande só não se mantém porque os políticos (salvo raríssimas excepções) praticam políticas baixas, rastejam ao menor aceno que venha de fora.
E andamos nós aqui a gastar a nossa Língua Portuguesa, na sua versão indo-europeia, dirigindo mensagens a blocos de cimento armado, onde não entra nem um fio de teia de aranha, quando mais ideias para fazer avançar Portugal!
O que se passa em Portugal, no que respeita à política, não se derruba com palavras, mas com atitudes, e com a arma do voto. O pior, é que Portugal é um país pequeno, mas cheio de cobardes e não-pensantes e alienados.
Governa-se o país como se os Portugueses fossem umas marionetas, pior do que isso, umas marionetas muito estúpidas.
António Costa diz que o país está melhor. O País não está melhor. O país engordou e a gordura não é saudável.
Roubo das armas em Tancos, incêndios com muitas mortes, pedreira de Borba, corrupção ao mais alto nível em quase todos os organismos públicos, a Língua feita em farrapos, o ensino de rastos, a roubalheira na banca, que querem mais para avaliar a governação?
A morte de mães e filhos no parto aumentou, a mortalidade infantil também aumentou em Portugal é isto é um indicador de um subdesenvolvimento ainda a latejar em Portugal.
A violência doméstica tem merecido penas de passarinho. A Convenção de Istambul falha estrondosamente.
Tudo isto e muito mais.
Andam por aí a vender Portugal aos turistas como um paraíso, mas peçam-lhes que espreitem debaixo dos tapetes…
Eu vou votar. Votarei no partido que tem visão de futuro, não serve lobbies, não está agarrado ao passado, nem anda no mundo só por ver andar os outros.
Isabel A. Ferreira
A maioria dos homens, jovens ou menos jovens, ainda não está preparada para fazer o caminho ao LADO da mulher, que é o lado certo. Ao lado. Nem à frente, nem atrás.
O índice de violência doméstica em Portugal é elevadíssimo. Será que assim é porque a mulher ainda não se libertou de certas amarras e desconhece que tem o direito à legítima defesa? Ou será que é porque vivemos num país que cultiva a violência, um país onde a violência é legitimada por lei (refiro-me à violência contra animais não-humanos, seres vivos como nós), e essa violência acaba por se estender aos humanos?
O que vou expor não será politicamente correcto, mas também não é politicamente correcto o que não se passa ao redor das queixas que se apresentam às autoridades, e as penas que não se aplicam aos violentadores.
Daí que ouse ser politicamente incorrecta no que vou dizer.
Origem da imagem: Internet
Numa relação, seja ela qual for, ao primeiro levantamento de mão (e nem precisa chegar-se a vias de facto) a reacção da mulher tem de ser imediata, com intolerância absolutamente ZERO. Levantou a mão com a INTENÇÃO de agredir, não serve para namorar nem um calhau com olhos, e muito menos viver uma relação fora ou sob o mesmo tecto. De modo que... RUA! Para todo o sempre, porque quem levanta a mão uma vez, levanta duas ou três. Sem margem para dúvida.
E o segredo do sucesso está na tomada de posição logo na primeira vez.
E se, por distracção, se é apanhada desprevenida, e se leva um estalo, nessas alturas para que servem as pernas, senão para dar chutos e pontapés no "lugar certo"? É remedinho santo. Mas existem ainda outros métodos que neutralizam a cobardia dos do sexo oposto, quando estes se metem a “valentões”, e aos quais nem chamo homens, porque ser HOMEM é outra coisa.
As mulheres têm o direito à autodefesa. E ao reagirem, não estão a exercer violência, mas tão-só a defender-se. E os cobardes violentadores têm de saber isto.
Fina d’Armada, escritora portuguesa que pugnava pelos direitos das mulheres, escreveu certo dia uma crónica, onde contou o que a mãe lhe havia contado sobre uma mulher da sua aldeia, saco de pancada de um marido cavernícola e alcoólico. Um dia, já farta de tanto levar, a senhora, enquanto o marido dormia, atirou-lhe para cima uma panela de água a ferver, que o marcou. A partir de então, o homenzinho nunca mais teve a cobardia de lhe tocar. E até deixou de ir à taberna da aldeia, pela vergonha de ter sido invalidado pela mulher. E continuaram a viver (não muito felizes, obviamente) sob o mesmo tecto.
Mas hoje, os tempos são outros.
É que os cobardes só são “valentões” diante dos mais frágeis. Mas diante de quem lhes faz frente, tremem dos pés à cabeça, e não se atrevem, sequer a pensar, em agredir a mulher.
E já agora, embora esta não seja propriamente uma história de violência doméstica, posso contar a minha experiência com um “valentão” do meu tempo de escola, o qual, embora com outro nome, naquela altura, praticava bullying com os rapazes e meninas do colégio. Era o terror da escola. Todos o temiam, porque era um rapaz enorme, forte e bruto, e muito, muito cobarde, porque só se armava em “valentão” com os mais novos e com as meninas.
Um dia chegou a minha vez. Mas eu sabia que aos cobardes devemos enfrentá-los de frente, e se levamos uma, damos três. Assim fui ensinada (e assim ensinei a minha filha e a minha neta). E foi o que fiz. Usei as minhas armas: pernas e mãos. Ao primeiro gesto levou um pontapé bem assente no sítio certo que o deixou no chão. Daí em diante foram tantos os chutos e pontapés, que o deixei a tremer debaixo de uma mesa. É que se eu apanho, quem me dá leva em dobro. Ou em triplo.
Escusado será dizer que daí em diante o rapaz nunca mais se meteu com ninguém, e a paz reinou na escola. Acabámos até por ficar amigos. Terminada a escola, a vida levou-nos para lugares diferentes. Um dia mais tarde, já na juventude, soube que ele estava internado no Sobral Cid, hospital psiquiátrico de Coimbra, cidade onde eu frequentava a Universidade. A vida foi-lhe muito madrasta, disseram-me. Não me surpreendi. Decidi ir visitá-lo. Chorou muito, agarrado a mim, quando me viu. Era raro receber visitas. E eu chorei com ele. Viveu alguns anos mais. Mas não muitos mais. Fui ao seu enterro, e o desaguisado da adolescência, tinha há muito sido perdoado. E ele pôde partir em paz.
Este não foi o meu único episódio de leva-e-dá, na escola. Na vida de adulta jamais suportaria ser vítima de violência doméstica, por isso nunca aconteceu. É que ser mulher implica, sobretudo, ousar ser livre, embora eu saiba que nem a todas as mulheres a vida concede esse privilégio, contudo, é algo alcançável quando se ousa querer ser realmente livre.
Isabel A. Ferreira
Ao cuidado de Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, e Rosário Farmhouse, presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção de Crianças e Jovens
O que aqui vou pôr em causa é o que está em causa no programa da SIC SuperNanny, o qual Rosário Farmhouse contestou. Pois bem, as crianças expostas numa e noutra circunstância, são portuguesas. Mas, ao que parece, umas são mais portuguesas do que outras.
Atentem bem nesta imagem:
Esta é uma imagem que diz do atraso civilizacional que ainda existe em Alcácer do Sal, cidade portuguesa, do Distrito de Setúbal, onde crianças dos 6 aos 10 anos são expostas a uma aula de crueldade e violência. Mas isto não interessa aos governantes. Quem são estas crianças, para merecerem um tratamento igual às que foram expostas no SuperNanny? Não são nada, não é verdade, senhores governantes?
Lá estou aqui outra vez, a repetir-me, mas quando os governantes têm dificuldade para entender o óbvio, não há outra alternativa senão repetirmo-nos até à exaustão.
A história que tenho para contar é de pasmar, porque em Portugal, continua a haver crianças com sorte e crianças sem sorte com o aval das autoridades portuguesas.
A história é a seguinte: a Oficina da Criança da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, com o apoio da responsável “educadora” (educadora?) Isabel Correia, convidou João Pedro Silva, o bandarilheiro, aquela figura macabra das touradas, o qual espeta bandarilhas no dorso de indefesos Touros e os esburaca ao ponto de os fazer sangrar sangue (e não sumo de tomate), para dar a conhecer a crianças, com idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos a “arte” de torturar um ser vivo indefeso, inocente e inofensivo, tal como aquelas crianças, indefesas, inocentes e inofensivas, à mercê de predadores.
A macabra personagem do bandarilheiro mostrou às crianças as parafernálias com que, eles, torturadores de Touros, os torturam numa arena, como se isto fosse uma aula de artes plásticas.
Esta “educadora” (?), Isabel Correia, terá a noção do que é ser Educadora? Os progenitores destas crianças terão a noção do que é ser Pais? O autarca-mor de Alcácer do Sal terá a noção do que é ser Autarca?
Senhor Ministro da Educação, senhora presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção de Crianças e Jovens, o direito destas crianças foi vilmente violado, com o aval do autarca e de V. Exas., que nada fazem para extirpar este cancro da sociedade portuguesa, nomeadamente, das escolas, e libertar as crianças desta exposição à crueldade e à violência, uma agressão à integridade moral delas.
Estamos fartos de alertar para isto. Para isto e para a existência de antros tauromáquicos, a que chamam “escolas de toureio” onde crianças de tenra idade e adolescentes são iniciados na “arte” da violência crueldade.
Depois admiram-se que haja tanto bullying e violência doméstica por aí…
Isabel A. Ferreira
Fonte da imagem e da notícia:
https://protouro.wordpress.com/2018/01/18/a-vampiragem-tauromaquica-continua-a-doutrinar-criancas/
«Os que criticam aqueles que lutam por uma causa são os parasitas da sociedade, os inúteis que, além de não fazerem nada por ninguém, andam no mundo só por ver andar os outros… São uns tristes, uns apoucados, uns pobres diabos…»
(Isabel A. Ferreira)
Há uns dias encontrei várias publicações, tanto de indivíduos como de organizações, a criticarem quem defende os animais: segundo eles, quem defende os animais não se interessa pelas pessoas, os animais são inferiores aos seres humanos e não merecem a ajuda que recebem, mas-que-estupidez-vem-a-ser-esta e sou-tão-bom-a-argumentar-que-preciso-de-insultar. Para ratificar ainda mais a indignação, adicionaram à declaração furiosa uma montagem com duas imagens: a de Aylan Kurdi, a criança síria-curda de três anos que morreu afogada, e a de uma baleia encalhada a ser ajudada por dezenas de pessoas.
Primeiramente, preciso de referir como é barbaramente execrável utilizar um registo trágico para criticar uma causa: é uma falta de respeito atroz para com a vítima exposta, visto que estão a aproveitar-se do sucedido para ganhar atenção suficiente e conseguir expor massivamente a sua visão negativa em relação à defesa dos animais. Pelo que eu sei uma causa não prejudica outras, bem como nenhuma causa deve sobrepor-se às outras. As causas não servem para alimentar egos - algo que, infelizmente, não é levado a sério e pode ser perfeitamente visualizado neste tipo de atitudes.
Para além disso, quem está a criticar deve conhecer, e muito bem, todos os defensores dos animais deste planeta: é a conclusão que eu tiro, visto que só desta maneira é que pode regurgitar afirmar, com toda a segurança, o que diz em relação aos supracitados.
O que vale é que ninguém, mas mesmo ninguém, fica satisfeito quando alguém milita por alguma coisa. Encontra sempre defeitos, torce o nariz, a causa não é nobre o suficiente, mas há coisas mais importantes, e por aí fora.
Se luta contra a desflorestação e planta novas árvores é porque não se interessa pelos animais;
Se ajuda animais é porque não se importa com as pessoas;
Se participa na distribuição de alimentos e roupas para os sem-abrigo é porque despreza as mulheres vítimas de violência doméstica;
Se ajuda as mulheres é insensível com as crianças, porque as crianças são mais indefesas do que as mulheres;
Se ajuda as crianças é porque esqueceu-se dos órfãos, e esses sim, é que precisam verdadeiramente de atenção;
Se vai cuidar de crianças que perderam os pais é porque está a lixar-se para as crianças com cancro;
Se visita crianças com cancro é porque deixou a própria família de parte;
Se passa algum tempo com a família é porque não quer saber dos outros;
Se quer saber dos outros, porque não dá o raio de um rim para alguém que precisa de um para sobreviver;
E, francamente, porque diabos deu um rim a um desconhecido quando, sabe-se lá, alguém da sua família poderá futuramente precisar;
Isto assim não pode ser;
E isto assim também não pode ser;
E blá blá blá...
Moral da história: preso por ter cão e preso por não ter.
Segunda moral da história: nenhuma causa é mais importante do que a outra. Isto não é uma competição para ver quem merece mais a nossa solidariedade.
Os animais têm os seus direitos e as suas necessidades, bem como os seres humanos têm os seus direitos e as suas necessidades, e ninguém tem o privilégio divino de dizer o contrário e de menosprezar um, ou outro, ou ambos, só porque possui um determinado juízo de valor.
As causas não se movem por esses juízos: movem-se porque há quem sinta compaixão, quem sinta amor e quem se preocupe genuinamente - e quem não compreende e não aceita isso, pura e simplesmente, não empate. Não concorda com a causa, seja ela pelas pessoas, pela natureza ou pelos animais? Então fique sossegado e não arrelie. Vá ler um livro, jogar ping-pong, lavar a loiça, mas deixe de ser troll nas redes sociais e pare de atacar pessoas que não conhece de lado nenhum.
É que já não há paciência.
Fonte: http://grito-silenciado.blogspot.pt/
Hoje, no telejornal da SIC, a propósito da notícia sobre o polícia norte-americano que puxou os cabelos a uma jovem negra, a jornalista disse: aviso que as imagens são agressivas.
E as outras imagens, das outras violências, que correm nos ecrãs da televisão não serão agressivas também?
Violência contra negros
Violência contra crianças
Violência contra cristãos
Violência contra cavalos
Violência nos matadouros
Violência nas touradas
Violência em rituais religiosos
Violência contra animais
Violência contra focas bebés
Violência contra baleias
Violência na escola
Violência doméstica
Violência da guerra
Violência do holocausto nazi
QUE SE PASSA COM ESTE MUNDO?
Isto não é uma brincadeira inocente. É algo inconcebível.
Inacreditável.
Contudo, num distrito onde existe um antro (não lhe podemos chamar escola) de toureio, onde crianças de tenra idade aprendem a desrespeitar os seres vivos e a praticar a violência e a crueldade contra eles, com o aval dos governantes locais e nacionais, esperar o quê?
Mas isto?????? Isto????
É de bradar aos céus!
«A PSP de Portalegre e a Câmara respectiva, falhas de imaginação, inteligência e sensibilidade, no dia mundial da criança, encenaram este monumental disparate com as nossas crianças em Portalegre.
Chama-se a isto cretinice pura, difícil até de igualar...
Este meu (nosso) Portugal está mesmo doente...»
Fonte:
***
Qual seria a intenção da PSP e da presidente deste município Maria Adelaide Lebreiro de Aguiar Marques Teixeira (será mãe? será mulher?) que assim tanto desprezam as crianças?
Maria Adelaide Teixeira
Isto só num país profundamente atolado na ignorância e na falta de senso e sensibilidade, e de respeito pelos que ainda não têm consciência para poder discernir o que é bom e o que é mau.
Depois admiram-se do bullying praticado nas escolas, da violência de crianças contra crianças, da violência doméstica, da falta de respeito por professores e colegas, da crueldade contra animais não-humanos…
Que tipo de sociedade é esta?
O que pretendem para estas crianças?
Senhora Procuradora-Geral da República, Doutora Joana Marques Vidal, e Senhora Ministra da Administração Interna, Doutora Anabela Rodrigues, o que será isto?
Vossas Excelências não terão nada a dizer sobre este descalabro praticado contra as crianças de Portalegre, com o aval da PSP e da Presidente da Câmara Municipal?
Os Portugueses aguardam uma tomada de posição.
É que o que fizeram com estas crianças (e fazem com muitas crianças portuguesas) é muito, muito grave.
Ou não será?
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Portalegre celebrou Dia da Criança com polémica simulação de motim
Crianças divididas entre polícias e manifestantes, para simular situação de motim. Autarquia diz que houve um "propósito pedagógico".
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A ligação entre a violência contra as pessoas e violência contra os animais está bem documentada e é objecto de pesquisa internacional desde há décadas. Na sua forma mais simples: a violência contra animais é um aviso de que o agressor pode tornar-se violento para as pessoas, e vice-versa.
The Link between violence to people and violence to animals is well documented by research. In its simplest form: violence to animals is a predictor that the abuser may become violent to people, and vice-versa.
Abuso é abuso não importa o género ou quem é a vítima.
Abuse is abuse no matter what the form or whom the victim.
Quando alguém maltrata um animal, a pergunta importante a fazer é: "Quem será o próximo?"
Os crimes contra as pessoas estão ligados a um conjunto de crimes contra os animais, e três tipos específicos de abuso de animais estão ligados a crimes contra as pessoas: agressão sexual contra animais (bestialidade), acumulação animal, e luta entre animais.
When someone harms an animal, the important question to ask is, “Who will be the next?”
Crimes against people are tied to a myriad of crimes against animals, and three specific types of animal abuse are linked to crimes against people: sexual attacks against animals (bestiality), animal hoarding, and animal fighting.
Quando múltiplas formas de violência ocorrem em casa, incluindo o abuso animal, a casa está em maior risco de violência contínua se todas as formas de violência não forem sanadas.
When multiple forms of violence happen at home, including animal abuse, the home is at increased risk of escalated and continued violence if all forms of violence are not resolved.
O abuso contra animais é mais prevalente em lares onde vivam crianças que tenham historial de abusos ou violência.
The animal abuse is more prevalent in homes where children who have a history of abuse or violence live.
A Crueldade Animal está referenciada como um dos sintomas do transtorno de personalidade.
Animal Cruelty is referenced as one of the symptoms of “personality disorder”.
Os animais de estimação da família podem ser alvos de ameaças, maus-tratos ou morte para se fazer "chantagem emocional" e forçar as vítimas humanas a obedecerem e a manterem-se em silêncio sobre o abuso.
Family pets may be targets of intimidations, harm, or killing to “emotionally blackmail” and coerce human victims to comply with and remain silent about abuse.
Os membros da família que sofrem de violência doméstica, podem ser mais propensos a permanecer num lar abusivo, ou voltar para casa, se não tiverem um lugar seguro para colocar os seus animais de estimação.
Family members who suffer domestic violence may be more likely to remain in an abusive home, or return home, if they do not have a safe place to put their pet.
Quando as crianças testemunham a violência no lar, ficam em risco aumentado de demonstrar violência para com os animais.
When children observe violence in the home, they are at increased risk of displaying violence toward animals
Aqueles que entendem essa relação de crimes em relação aos animais e as pessoas, estão em melhor posição para prevenir a violência futura e proteger a sua comunidade.
Those who understand this linkage of crimes towards animals and people are in a better position to prevent future violence and protect their communities.
Assim como as pessoas, também os animais de estimação podem ser vítimas de violência doméstica. Muitos donos, especialmente aqueles que são abusados, não podem querer separar-se do seu animal de estimação ao deixar o lar abusivo. Portanto, as vítimas humanas ficam propensas a permanecer no ambiente abusivo e expor-se aos seus filhos e seus animais de estimação para a continuação da violência. O treino dos socorristas às vítimas de violência doméstica deve incluir também a questão animal.
Just like people, pets can also be victims of domestic violence. Many pet owners, especially those who are battered, may not wish to be separated from their pet if they leave the abusive home. Therefore, they are likely to stay in the abusive environment and expose themselves, their children and their pets to continued violence. The training of first responders to victims of domestic violence should also include animal matter.
Um dos primeiros estudos internacionais que abordaram a relação entre o abuso infantil e o abuso de animais descobriu que 88% dos lares com crianças abusadas fisicamente também incluiu abuso ou negligência do animal de estimação da família.
One of the first studies to address the link between child abuse and animal abuse discovered that 88% of homes with physically abused children also included abuse or neglect of the family pet.
Crianças que crescem expostas à violência crónica podem desenvolver a crença de que lesar um animal, assédio moral, comportamento inadequado e outras atividades criminosas, são normais.
Children who grow up exposed to chronic violence may develop beliefs that harming an animal, bullying, misbehaving and other criminal activity is the norm.
O abuso pode incluir agressão ou violência contra a pessoa idosa e o seu animal de estimação, mas também pode incluir roubo de propriedade, dinheiro e informações financeiras. Se o animal de estimação está presente na casa da pessoa idosa, pode tornar-se um alvo para se exercer coerção sobre o ancião. Mas, devido a crenças geracionais ou isoladamente, o idoso não relata o abuso.
The abuse may include aggression or violence toward the elder person and their pet, but can also include theft of property, money and financial information. If a pet is present in the elder person’s home, the pet can become a target to exert coercion over the elder. But due to generational beliefs or isolation, the elderly person may not report the abuse.
Este é o resumo do Guia escrito por Allie Phillips (Directora e Fundadora do National Center for Prosecution of Animal Abuse at the National District Attorneys Association).
Fonte:
https://www.facebook.com/notes/826007704119635/
«Governo reconhece que a protecção das crianças enfrenta ainda sérias dificuldades e quer intensificar a participação de entidades e sociedade civil num debate que conduz à revisão do sistema existente.
O Governo vai criar duas comissões para estudar a melhoria do sistema de promoção e protecção das crianças e jovens em risco.»
Ainda estão nesta fase? Ainda é preciso “estudar” a melhoria do sistema?
«Já agora, senhores governantes, tenham também em conta que esta criança, quase bebé, que vemos nesta foto, (e como ela muitas outras) está em risco, não por estar a “enfrentar” um bezerrinho esquelético e quase bebé também, mas porque pais negligentes, com a cumplicidade de “educadores”(?) para a violência, e de uma maioria de governantes incompetentes, consentem que ela vá para uma arena onde lhe destroem a inocência da infância e ajudam a formar um carácter violento e impiedoso, o que marcará negativamente, irremediavelmente e profundamente o seu futuro e a sua educação para uma cidadania baseada na Ética. E quem se importa? Daí que o encerramento das escolas taurinas deva ser uma das prioridades destas “comissões”.» (I.A.F.)
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Por Filomena Barros
A Renascença sabe que o despacho, assinado por cinco ministérios, vai ser publicado em breve em Diário da República.
Administração Interna, Justiça, Saúde, Educação e Solidariedade e Segurança Social são os cinco ministros que vão rubricar o diploma, que decorre de uma resolução do Conselho de Ministros aprovada em Junho do ano passado.
O despacho determina a criação de duas comissões, constituídas por personalidades já escolhidas e que terão como objecto de análise o sistema de protecção de menores em risco.
O Governo reconhece que há ainda sérias dificuldades na concretização do sistema, o que fragiliza a protecção das crianças, e entende, por isso, ser preciso intensificar a participação de entidades e sociedade civil, com um debate que permita a revisão do sistema existente, assim como do regime jurídico de adopção.
Uma das comissões será coordenada pelo procurador-geral adjunto Maia Neto, a outra pela procuradora-geral adjunta Lucília Gago. Os restantes elementos são representantes escolhidos nos cinco ministérios envolvidos.
As comissões vão funcionar em articulação com o ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, e o seu secretário de Estado Marco António Costa.
A criação das duas comissões dá seguimento ao grupo de trabalho formado em Abril de 2012, para estudar o que se chamou de Agenda da Criança.
Na prática, pretende-se melhorar a resposta das instituições para defender o superior interesse da criança.
Fonte:
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=136336
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É PREMENTE QUE NESTAS COMISSÕES NÃO ESTEJAM INFILTRADOS AFICIONADOS (COMO ESTÃO NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA), PARA QUE POSSA DEFENDER-SE, DE FACTO, O SUPERIOR INTERESSE DA CRIANÇA
SENÃO VEJAMOS: AS “ESCOLAS” DE TOUREIO SÃO LUGARES ONDE CRIANÇAS E JOVENS MENORES DE 18 ANOS ESTÃO EM ALTO RISCO. E QUEM SE IMPORTA?
Essas “escolas” são um antro, no qual predomina a violência gratuita, o desrespeito pela vida, um acentuado sadismo e prolíferas sementeiras de psicopatia, que poderão configurar-se num crime, tendo em conta o que vem consignado na Constituição da República Portuguesa.
Em Portugal existem milhares de crianças em risco, pelos mais variados motivos. Crianças expostas aos seus carrascos sem que as comissões criadas com o intuito de as proteger, pouco ou nada façam.
Existem crianças expostas a todo o tipo de violência física e moral, seja da violência doméstica, à violação sexual pelos próprios familiares, pedófilos, pais alcoólicos, disputas parentais, pobreza extrema, e também o ensino da tortura sobre seres vivos, enfim, situações onde todos os direitos lhes são negados e violados.
É preciso que estas “comissões”, no que respeita às “escolas” de toureio, tenham em conta que as crianças estão a ser vítimas de pais negligentes que, ao exporem os seus filhos à aprendizagem da violência e tortura gratuitas, estão a “castrar” o futuro deles, desintegrando-os de uma sociedade civilizada, até porque a tauromaquia morreu, e já não se justifica, de modo algum, a existência desses antros maléficos à saúde mental destas crianças e jovens.
Torturar bezerrinhos será algo que se ensine a uma criança de tenra idade? Ou a um jovem em pleno desenvolvimento da sua personalidade?
Estas crianças estão também em risco, e devem ser tão sinalizadas como as que são expostas à violência doméstica, pois frequentar uma “escola” de toureio também é uma forma de as violar moralmente.
Que palavras terão a dizer os psicólogos? Façam uma avaliação psicológica a estas crianças e surpreendam-se com os resultados negativos que encontrarão.
E quem é o principal culpado?
O Estado Português, obviamente, que não tem acautelados os direitos de crianças indefesas, que estão à merce dos seus algozes.