Sexta-feira, 20 de Maio de 2016

Ainda a questão do protesto da Irmandade do Divino Espírito Santo da Ilha de São Miguel (Açores)ÇORES)

 

Recebi este comentário que não poderia deixar de analisar, porque é difícil fazer-se luz, onde as trevas são tenebrosas...

 

Bovino torturado em São Miguel.jpeg

 

Anónimo, deixou um comentário ao post Protesto da Irmandade do Divino Espírito Santo da Mãe de Deus, a propósito do meu texto «Denúncia ao cuidado do PAN (Açores)» às 13:28, 2016-05-20.

 

Comentário:

Olá Isabel, Sou continental e trabalho em Vila Franca do Campo, na Ilha de São Miguel, nos Açores. Admiro muito todo o teu trabalho em defesa dos animais. Durante vários anos tenho acompanhado esta tradição do Espírito Santo. Vivemos num país livre, e todos têm direito a uma opinião. A minha opinião é muito simples, tratou-se de um ato isolado, um acidente. Estas Irmandades recebem de graça para darem de graça, "recebei de graça, dai de graça". A sua missão é ajudar famílias, distribuindo "pensões" , é o termo utilizado cá. Cada "pensão" é composta por carne, pão, Massa sovada e vinho. Tudo isto é distribuído a mais de 300 famílias e a mais de 1000 pessoas, tudo de forma gratuita. Conheço os membros da Irmandade, são pessoas honestas e defensoras dos animais. Certamente não queriam que isto acontece-se ao tal animal. Porque desde que me lembro nunca aconteceu. Louvo o teu trabalho Isabel, mas também louvo o trabalho destas pessoas que trabalham no duro em prol de outras pessoas. Talvez as pessoas tenham exagerado em algumas afirmações, mas compreendo, visto que a imagem da foto é fala por si. Devo dizer também, que não considero o texto da Irmandade enviado para ti como protesto, mas como esclarecimento. Conheço muito bem o sr. Carlos Vieira, é um homem de fé, crente, muito honesto e defensor dos animais. Considero que algumas afirmações proferidas no blog sobre ele sejam injustas. Ele apenas tentou explicar o sucedido, talvez não tenha sido muito explícito. Isabel, digo-te que os animais neste dia vão em desfile, em clima festivo, sem violência alguma. Depois uns regressam aos seus pastos e os outros são abatidos, no Matadouro, para as tais "pensões". Isabel és uma pessoa de bem, mas eles, a Irmandade também são, posso comprovar isso. Falei com um dos membros da Irmandade, eles estão tristes, não queriam que isto tivesse acontecido. Ele disse-me que terão mais atenção na subida e na descida dos animais no próximo ano e que a questão das tais argolas nas narinas, vão informar-se junto das autoridades competentes na ilha se devem ou não ser aplicadas pelos agricultores. Ouvi relatos, que na ilha de São Miguel, já houve mortes de agricultores, em plena pastagem, de animais destas dimensões. Por isso o motivo da sua colocação. Devo dizer que alguns animais são mesmo agressivos, vi com os meus próprios olhos. Um outro animal este ano, não saiu do atrelado para não magoar ninguém, ordem a Irmandade. Sou Continental, mas respeito os Açorianos. Sei o que digo, espero que tenho esclarecido algo mais sobre este assunto. Isabel desejo-te tudo de bom. À Irmandade também desejo a maiores felicidades. Agora é tempo de paz... E tal como se diz aqui "VIVA O ESPÍRITO SANTO".

 

***

Infelizmente, não posso cumprimentar o autor deste comentário, porque não existe como pessoa. Não tem nome. Mas ainda assim vou responder, porque seja quem for que esteja escondido por trás do anonimato merece “ouvir” umas verdades, que apesar de estarem bem explicadas no meu texto, tenho de repetir, devido à iliteracia que é uma praga que afecta muitos alfabetizados.

 

Começo por dizer que não dei autorização a nenhum açoriano sem nome para me tratar por TU. Para me tratarem por TU, têm de merecer o meu respeito e a minha consideração. O que não é o caso, apesar de FINGIR que admira todo o meu trabalho. Se admirasse, dava a CARA. É assim que agem os HOMENS.

 

Pois vivemos num país livre que, infelizmente, ainda não se veio inteiramente para o século XXI d. C., mantendo em algumas (felizmente poucas) localidades, costumes que não se adequam aos tempos modernos. E basta isso para este país sofrer um atraso civilizacional ainda muito acentuado.

 

E é claro que todos podem expressar opiniões, mas quando se trata de maus-tratos a animais indefesos não-humanos, não há opiniões: há FACTOS, há ACTOS, há ATITUDES, e as opiniões perante factos, actos e atitudes primitivas VALEM ZERO.

 

Isto não se tratou de um acto isolado, nem de um acidente. Pelo que me deram a saber, é uso, por essas bandas, colocarem argolas nas narinas dos bezerros, por eles serem uma AMEAÇA (????)  para os tratadores/criadores. Mas a verdade é que um bezerrinho não constitui ameaça para ninguém. Isso é um ACTO de uma violência cruel contra um animal totalmente indefeso, que depois é levado, com a BRUTALIDADE típica de quem acha que os animais não-humanos são pedaços de PAU, para um lugar estranho, longe do habitat deles, e eles, muito HUMANAMENTE assustam-se, sentem medo, sofrem psicologicamente e fisicamente o FACTO de estarem amarrados e argolados e atirados para uma rua qualquer.

 

As irmandades já não se justificam nos tempos que correm. Se querem receber de graça, para darem de graça, que recebam batatas, milho, farinha, pão, vinho e outras coisas que tais e façam lá a sua caridadezinha, sem terem de estar a sacrificar animais, em cortejos medievais, que pertencem a um tempo onde reinava a mais profunda ignorância.

 

Hoje só é ignorante quem quer.

 

Querem fazerem caridadezinha façam. Eu também faço, mas não sacrifico nenhum animal. Não há necessidade disso. Dou de comer a quem tem fome, de beber a quem tem sede, visto os nus, mas sem sacrificar animais não-humanos.

 

E aqui, não será apenas a massa que é SOVADA. Os animais também são sovados.

 

Que os membros da irmandade sejam honestos, ninguém duvida. Agora que sejam “defensores” dos animais, existem todas as dúvidas possíveis e impossíveis. Se fossem defensores dos animais, garanto-lhe que não permitiriam que andassem argolados, que os retirassem do prado brutalmente, que os atirassem amarrados para uma rua qualquer, que os obrigassem a DESFILAR num cortejo medieval, porque para tal não nasceram.

 

Se louvasse o meu trabalho, daria a cara por ele. Não seja hipócrita.

 

A foto é bastante elucidativa da BRUTALIDADE com que os animais são tratados. E não me venha dizer que é apenas este. Os outros, amarrados a cordas, e argolados também, sofrem do mesmo TERROR por estarem fora do seu meio ambiente.

 

O texto da irmandade foi um protesto. Não esclareceu nada.

 

O senhor Carlos Vieira pode até ser um homem de fé, um crente, muito honesto, ninguém duvida, mas DEFENSOR DE ANIMAIS, NÃO É. Se fosse, não permitiria que os animais fossem retirados do campo, para servirem de “espectáculo” a um povo que ficou especado na Idade Média.

 

Além de que os maiores torturadores de bovinos (os cobardes toureiros, forcados, bandarilheiros e a miudagem das touradas à corda) são criaturas que vão à missa, papam hóstias, batem no peito e são uns verdadeiros diabos.

 

Eu não proferi nenhuma afirmação INJUSTA acerca do senhor Carlos Vieira, quem nem sei quem é, ou o que representa na irmandade.

 

Dizer que «os animais neste dia vão em desfile, em clima festivo, sem violência alguma», já é uma violência. Coloque-se no lugar dos animais. É isso que têm de aprender, porque a PIEDADE, a compaixão cristã, é colocarmo-nos no lugar dos animais não-humanos e não fazermos a eles o que não gostaríamos que fizessem a nós.

 

ISTO é o que os padres deveriam ensinar nas MISSAS. Teríamos uma sociedade mais humana e harmoniosa para com os nossos irmãos animais não-humanos, que também eram irmãos de São Francisco de Assis. Garanto-lhe que este Santo, se vivesse hoje, dar-me-ia toda a RAZÃO.

 

Sou uma pessoa do BEM, e por ser uma pessoa do BEM e da LUZ não posso aplaudir as pessoas que praticam o MAL e vivem nas trevas POR OPÇÃO.

 

A irmandade, o que tem a fazer é ACABAR DEFINITIVAMENTE com estes cortejos medievais, primitivos, desadequados à evolução dos tempos. Não estamos mais na Idade Média. Quantas vezes é preciso repetir isto? Querem fazer cortejos, façam, mas com pessoas a levarem OFERENDAS de pão, de farinha, de batatas, de vinho, mas NÃO DE ANIMAIS NÃO-HUMANOS AMARRADOS, porque mantêm o COSTUME e CIVILIZAM-SE.

 

Dizer que os agricultores morrem por causa de bovinos bravos é uma FALÁCIA. Em criança, eu passava as minhas férias numa quinta, onde havia gado bovino, a pastar nos campos, livremente. Convivi com vacas, bois, bezerros, como convivi com cães e gatos, e cabras e ovelhas e porcos, e nunca nenhum me fez mal a mim ou aos seus tratadores. Porque os tratávamos com carinho. E nenhum usava argolas nas narinas, nem eram marcados com ferros em fogo.

 

Os bovinos só são agressivos para quem lhes faz mal. Eu sou uma pessoa pacata, pacífica. Mas se se meterem comigo, viro uma MULHER BRAVA e sou capaz de dar xutos e pontapés, para me defender. Como qualquer animal não-humano faz. Porque não sei se sabe, mas EU TAMBÉM SOU UM ANIMAL.

 

E também sou continental. Tenho amigos açorianos, cultos, instruídos, bem-educados, que se envergonham desse primitivismo em que está mergulhada uma boa fatia do povo açoriano. E respeito-os. Só não respeito os broncos que se RECUSAM as deixar de ser broncos. Percebeu? Tenho amigos ANALFABETOS e respeito-os, porque ser analfabeto não significa ser BRONCO.

 

Será tempo de PAZ, quando deixarem em PAZ os indefesos animais não-humanos.

 

E tenho certeza absoluta de que o ESPÍRITO SANTO não está nada satisfeito com o que se passa nos Açores, cuja Natureza foi abençoada por Deus, mas o povo (algum povo) foi bafejado pelo Demo.

 

E o pior, é que por muito que iluminemos messe povo, ele recusa-se a aceitar a LUZ.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:09

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Quarta-feira, 11 de Maio de 2016

Denúncia ao cuidado do PAN (Açores)

 

Acabei de receber esta fotografia relacionada com o desfile de animais durante as Festas do Espírito Santo. No caso concreto, a fotografia foi tirada na Rua do Penedo, em Vila Franca do Campo, ilha de São Miguel, Açores.

 

Não será possível realizar festas sem fazer sofrer animais? A igreja católica tem a certeza de que o Espírito Santo aplaudirá esta barbárie?

 

Isto é a maior demonstração do atraso civilizacional em que ainda está mergulhado o arquipélago dos Açores, em pleno século XXI depois de Cristo.

TOURO (AÇORES).jpeg

 Touro a sangrar na Rua do Penedo - Vila Franca do Campo (Açores) tinha uma argola enfiada nas narinas. Isto será coisa de gente civilizada?

***

Eis a minha resposta às várias dezenas de comentários que fizeram a esta publicação:
Açorianos, esta é a vossa "cultura" que tanto defenderam nos comentários que me enviaram…

 

Isabel A. Ferreira

 

  

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:18

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Quinta-feira, 12 de Novembro de 2015

Sobre a dificuldade em abandonar tradições: o caso das touradas

 

(Um texto bastante interessante e elucidativo, recebido via e-mail)

 

 

tradições.jpeg

 

Nesta lista de tradições portuguesas, elaborada para publicitar Portugal lá fora, não consta a tourada. Nem podia, pois a tourada não é uma tradição, e muito menos portuguesa. É tão-só um costume bárbaro herdado do povo espanhol, aquando da implantação das dinastias dos três reis Filipes espanhóis, em Portugal.

(Origem da imagem: http://pt.slideshare.net/DuarteScia/portugal-e-a-cplp-geografia)

 

Texto de José Serrote da Vila

 

«As tradições, quer sejam boas quer sejam más, exercem uma indiscutível influência sobre as pessoas, de tal modo que, apesar de toda a evolução científica e cultural existente, tolhem os pensamentos e levam por vezes a que sejam mantidas práticas bárbaras e anacrónicas. Sobre este assunto, a seguinte frase de Karl Marx (***) é bastante elucidativa: «A tradição das gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos».

 

Mas se o peso das tradições é plúmbeo, por que razão na nossa terra há tradições que desaparecem e outras que persistem e expandem-se?

 

Para tentar responder à questão, vamos dar dois exemplos: as batalhas de flores que eram comuns pelo menos em São Miguel, no início do século passado e que caíram no esquecimento e as touradas que estiveram confinadas à ilha Terceira e que se expandiram para outras ilhas.

 

Tal como outras tradições que foram desaparecendo, as batalhas das flores não tinham a montante nenhuma indústria organizada que necessitava que o seu “consumo” aumentasse para poder viver, daí terem caído no esquecimento sem que houvesse alguém que lutasse pela sua continuidade.

 

No caso das touradas, vamo-nos restringir às touradas à corda, para além do vício que cria o dito espectáculo, que anda intimamente associado ao consumo de álcool, há a indústria tauromáquica que para sobreviver precisa que a tradição se mantenha e, por causa da concorrência entre ganadarias, necessita que a tradição se expanda. Para exemplificar o exposto, com o apoio indirecto da hipócrita Comunidade Europeia e directa dos Governos Regionais e das autarquias, em quarenta anos o número de touradas à corda quase duplicou na ilha Terceira, passando de 121, em 1975, para 226, em 2015.

 

Para além do referido, se não se tratasse de um negócio “sujo”, pois envolve maus tratos a animais e ferimentos e mortes a outros animais que se dizem superiores e racionais, que interesse teria o lóbi das touradas na sua expansão para outras ilhas?

 

Por que razão os aficionados terceirenses das touradas não se esforçam por alargar as famosas danças e bailinhos da sua ilha ao resto do arquipélago? Por que razão não se esforçam por classificar as danças e bailinhos como Património Cultural e Imaterial e andam a pressionar para que sejam as touradas classificadas como tal?

 

Por último, uma nota de humor. Embora sabendo que há outros critérios para a classificação de uma tourada como tradicional, o que obriga a que a mesma se realize há pelo menos 15 anos leva-me a pensar se deve ser tradicional tudo o que se repete.

 

Assim, é mais do que provado que desde que foi construído o edifício dos Paços do Concelho de Vila Franca do Campo há a tradição de durante os arraiais das festas religiosas utilizar as traseiras do mesmo como mictório.

 

Será que por já ocorrer há algumas centenas de anos, o urinar contra as paredes daquele edifício poderá ser considerado tradição e como tal, embora a contragosto dos moradores, uma acção a ser devidamente protegida e acarinhada?»

 

*** Como se trata de um autor polémico e com muitos críticos sobretudo entre os que nunca o leram, aqui vai uma citação de um autor mais consensual, Albert Einstein: «A tradição é a personalidade dos imbecis». (I.A.F.)

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:50

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Quinta-feira, 21 de Maio de 2015

TOURADA EM VILA FRANCA DO CAMPO (AÇORES) FOI CANCELADA

Enviaram-me o seguinte comunicado:

 

«A Irmandade do Divino Espírito Santo dos Aflitos da Boa Vista lamenta informar que a "Vacada" programada para o próximo dia 24 de Maio, infelizmente, está cancelada por motivos de não ter sido concedida autorização/licença por parte do Executivo Camarário de Vila Franca do Campo. Agradecemos a compreensão de todos,

A Irmandade».

 

IRMANDADE1.jpg

 

A irmandade do Divino Espírito Santo da Boa Vista, se na verdade fosse uma Irmandade católica apostólica romana, não lamentaria o facto de não poder “festejar” o Divino Espírito Santo com uma prática cruel contra uma criatura de Deus, indefesa, inocente e inofensiva.

 

Não lamentaria.

 

É lamentável que tenha lamentado.

 

O Executivo Camarário de Vila Franca do Campo, presidido pelo Dr. Dr. Ricardo Rodrigues, fez valer a autoridade que lhe compete.

 

Quem manda em Vila Franca do Campo?

 

O Executivo Camarário de Vila Franca do Campo limitou-se a cumprir uma Postura Municipal, que não permite a selvajaria tauromáquica dentro do seu município. E muito bem.

 

A irmandade do Divino Espírito Santo da Boa Vista deveria envergonhar-se de ter proposto uma tal iniciativa, numa localidade limpa da conspurcação que é a tourada.

 

E não lhe chamem “vacada”, porque “vacada” ou “tourada” é a mesmíssima coisa.

 

Vamos aguardar o dia 24 de Maio.

 

Ainda é cedo para deitarmos foguetes, porque há a possibilidade de a irmandade anti-cristã da Boa Vista torturar criaturas de Deus, em local privado, para desonrar o Divino Espírito Santo.

 

E se isso acontecer, ainda que em terrenos privados, não estarão a transgredir uma ordem do Executivo Camarário?

 

Não estarão a usar e abusar de bovinos para uma diversão inculta e anti-cristã em terras de Vila Franca Do Campo?

 

É que uma transgressão cometida na rua ou dentro de quatro paredes não deixa de ser uma transgressão.

 

O que fica a ecoar no espaço é a permissividade da diocese de Angra do Heroísmo, que não tem a capacidade moral e natural de evoluir, proibindo terminantemente estas práticas cruéis, nos festejos dos santos católicos.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:58

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Quinta-feira, 14 de Maio de 2015

VILA FRANCA DO CAMPO (AÇORES) ESTÁ PRESTES A PERDER A ESTRELA DE OURO QUE LHE FOI ATRIBUÍDA POR RECUSAR A TOURADA PREVISTA

 

Eu já estava à espera de uma viragem destas …

 

No continente estas reviravoltas estão sempre a acontecer. Por que haveria de ser diferente no Arquipélago dos Açores?

 

As posturas camarárias lá, como cá, não servem para nada, quando a ignorância fala mais alto, pois uma “vacada” ou “tourada”, ou “tourada à corda” vai tudo dar ao mesmo: a utilização de um BOVINO para divertir saloios.

 

Isto é, para quem sabe…

 

Para quem não sabe… não é…

 

Sr. Presidente da Câmara, Dr. Ricardo Rodrigues, faça V. Exa. valer a sua autoridade. Quem manda em Vila Franca do Campo? (IAF)

 

18376180_ISshU[1].jpg

A irmandade do Divino Espírito Santo continua com a Estrela de Ferro

 

Texto de Mário Roberto

 

Segundo informações fidedignas que tenho, voltamos à estaca zero na questão da tourada à corda anunciada para o dia 24 em Ponta Garça.

 

Como parece que as leis existem para serem contornadas, apesar da proibição, conforme o código de posturas da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, de touradas no concelho, os promotores do evento, a irmandade do Espírito Santo da Boa Vista, num lance de esperteza saloia passam a chamar-lhe vacada e aí já não há qualquer problema porque a lei é omissa em relação a vacadas. Como se em vez de animais estivessem a utilizar mesas ou qualquer outro objecto inanimado com quatro pés.

 

Apesar da boa vontade demonstrada pelo Sr. Presidente da Câmara, Dr. Ricardo Rodrigues, em fazer cumprir a lei, prevalece a brutalidade e a ignorância.

 

De qualquer maneira o aludido código de posturas não se limita a proibir as touradas. No seu artigo 41 diz:

 

(Protecção dos animais)

«É proibida a exploração dos animais proporcionando luta entre os mesmos ou jogos..

 

Portanto a questão continua em cima da mesa. Resta que as autoridades competentes façam cumprir a lei, mas peço a todos que estabeleçam uma corrente solidária com esta causa. Ajudem a evitar este espectáculo degradante. Protestem connosco.

 

in

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10205786929306007&set=a.1091593663623.14257.1639957029&type=1&hc_location=ufi

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:56

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Sábado, 9 de Maio de 2015

Vila Franca do Campo (Açores) recebe a Estrela de Ouro por ter recusado a tourada à corda

 

Vila Franca do Campo.png

 

Uma boa notícia.

Um exemplo maior.

 

A tourada à corda, agendada para o próximo dia 24 de Maio, em Ponta Garça (Açores) não irá realizar-se.

 

O presidente da Câmara de Vila Franca do Campo, Dr. Ricardo Rodrigues, do PS, indeferiu o pedido dos promotores – a Irmandade do Espírito Santo dos Aflitos (Boavista), uma vez que o Código de Posturas consignar ser proibido utilizar animais em touradas, em todo o concelho.

Fonte: 

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10205759206532955&set=a.1091593663623.14257.1639957029&type=1&theater

 

Presidente  de V F C.jpeg

 

Dr. Ricardo Rodrigues

 

Ora aqui está uma atitude coerente, inteligente e civilizada que devia ser seguida por todos os autarcas portugueses, nas outras ilhas dos Açores e no continente.

 

Nos Códigos de Posturas camarárias devia constar esta importante alínea, para salvaguardar os municípios das investidas incivilizadas dos aficionados de selvajaria tauromáquica.

 

Esperemos que o Senhor Dr. Ricardo Rodrigues mantenha esta postura erecta, fazendo jus dos princípios e valores de um verdadeiro socialista, que não compactua com diversões irracionais, mantendo inconspurcado o município que lidera - Vila Franca do Campo.

 

Neste ano de 2015, quando se decidiu atribuir a Estrela de Ouro aos municípios que rejeitem a prática da selvajaria tauromáquica, e a Estrela de Ferro àqueles que teimam em manter este costume bárbaro e indigno de seres humanos, Vila Franca do Campo é o primeiro município a receber a Estrela de Ouro, que lhe confere o estatuto de modernidade e evolução.

 

Assim saiba Vila Franca do Campo manter esta Estrela.

 

Aproveito para me congratular com o Senhor Presidente da Câmara Municipal, Dr. Ricardo Rodrigues, que também se mostra digno desta distinção.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:40

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Sexta-feira, 8 de Maio de 2015

CARTA ABERTA ÀS AUTORIDADES DE VILA FRANCA DO CAMPO (AÇORES)

 

TOURADA À CORDA12.jpg

 

Pelas tradições locais livres de selvajaria tauromáquica

 

Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo,

Presidente da Assembleia Municipal de Vila Franca do Campo,

Presidente da Junta de Freguesia de Ponta Garça,

Presidente da Assembleia de Freguesia de Ponta Garça,

 

C/c: Bispo da Diocese dos Açores,

Padre da Paróquia de Ponta Garça,

Presidente da AVIPAA

 

Exmos. Senhores,

 

Tomei conhecimento de que está prevista a realização de uma tourada à corda na freguesia de Ponta Garça, no próximo dia 24 de Maio, promovida pela Irmandade do Espírito Santo dos Aflitos (Boavista), e venho manifestar o meu mais veemente repúdio por esta iniciativa que, além de conspurcar as tradições do concelho de Vila Franca, que se manteve até ao momento livre de eventos degradantes, como são as touradas, conspurca também a acção de uma Irmandade que deveria seguir os preceitos cristãos, e opta por introduzir numa localidade limpa, costumes pagãos primitivos e de má memória.

 

No caso presente a situação é bem mais grave, pois o evento é organizado por uma instituição que irá desviar dinheiro dos ponta-garcenses, que devia ser utilizado em acções de solidariedade social e no são convívio, para alimentar um negócio obscuro, que em nada contribui para educar o povo local para o respeito que todos devemos aos animais não humanos, tanto como aos animais humanos, além de causar sofrimento inútil aos primeiros, e colocar em risco a vida dos que vão assistir a esta diversão completamente irracional e incivilizada.

 

Num concelho que quer ser respeitado pela sua modernidade, pelo seu apego e proximidade aos valores naturais, pelo desenvolvimento do turismo de Natureza e pelo seu cuidado e bem-estar dos animais, não deve existir lugar para este tipo de iniciativas degradantes para animais não humanos e também para os animais humanos, pelo que venho solicitar um acto de contrição por parte dos organizadores de tão indigna iniciativa, e a tomada de medidas para dar cumprimento ao estipulado no Código de Posturas da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo que menciona ser proibidoutilizar animais em touradas”.

 

Com a minha mais veemente indignação,

 

Isabel A. Ferreira

***

Enviem os vossos protestos para:

rcouto@cmvfc.pt, cmartins@cmvfc.pt, jfpontagarca@gmail.com, avipaa.associacao@gmail.com, info@igrejaacores.pt, diocese.angra@iol.pt, amigosdosanimaisvilafranca@gmail.com

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:09

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Quarta-feira, 12 de Fevereiro de 2014

OS PODRES DOS AÇORES E AS SUAS PRIORIDADES TAUROMÁQUICAS

 

Um concelho repleto de lacunas! Há que alegrar quem os elege! A grande prioridade da câmara de Angra do Heroísmo é a tauromaquia…

 

 

Fonte

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=630960053644205&set=a.451275978279281.101438.451257841614428&type=1&theater

 

***

A grande nódoa negra do Arquipélago dos Açores é sem dúvida alguma a tauromaquia.

 

Mas há muitas mais nódoas negras, que envergonham o povo culto açoriano.

 

Vejamos o que diz um micaelense, desgostoso com o que se passa na sua terra natal, nas suas ilhas, que poderiam ser as mais visitadas do mundo, e estão esquecidas e abandonadas, devido à má política que dá primazia à tortura de bovinos.

 

Diz o micaelense:

 

- Os Açores são a região de Portugal com o maior número de consumo de droga "per capita"!

 

- Tem um elevado índice de criminalidade!

 

- O maior número de insucesso escolar.

 

- Um índice de pobreza e desemprego dos maiores da União Europeia.

 

- A que mais depende dos empregos públicos (70%) em detrimento da iniciativa privada (30%).

 

 - Muito enganados ficam os Açorianos, que identificam os Açores com a sua luxuriante paisagem.

 

- A ilha do Pico, Sete-Cidades, Furnas, o Ilhéu de Vila Franca, tudo excelente, e mais que visto, de forma saturante em propaganda.

 

- Mas os Açores não vivem de paisagens.

 

- E as pessoas, a sociedade açoriana, dentro da região, de Portugal e da UE?

 

- Isto será o maravilhoso paraíso de que falam? 

 

- São Miguel é talvez a ilha mais bela do mundo.

 

- Mas a sociedade açoriana (principalmente a micaelense) sofre de muitos males, infelizmente, e para nossa vergonha e não orgulho.

 

- Vila Franca do Campo, esta cheia de criminosos.

 

- Ainda há 3 dias roubaram ao professor Calisto (que esta com cancro) a sua carrinha.

 

- Tem havido em Vila Franca, venda e consumo de droga em alta escala.

 

- Crimes de violência, fraudes, etc..

 

- A minha mãe, quando estava a dormir, acordou com um assaltante dentro do seu quarto.

 

- Três casas, de irmãos meus, foram assaltadas.

 

- Esta é a infeliz realidade.

 

- Uma mulher pode ser linda, mas pode não prestar e ter maus sentimentos!

 

- Tudo ficou mais perigoso, nem sombras do passado!

 

- Claro que temos gente boa também.

 

- Nas ilhas mais pequenas vive-se melhor e mais tranquilo, quase como antigamente.

 

- A sociedade de S. Miguel é a pior.

 

- Ponta Garça e Rabo de Peixe são das freguesias com mais problemas sociais e de insucesso escolar, de Portugal e UE.

 

E isto que eu escrevi é tudo verdade» afirma, com tristeza, o micaelense.

 

Pode faltar o pão para a boca, empregos, regalias sociais, mas não para a tauromaquia.

 

E o povo açoriano encarrega-se de colocar no poder quem garanta que a tauromaquia esteja acautelada.

 

O resto…? Que importa o resto?

 

Os Açores são o último reduto de um mundo primitivo.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:41

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