Graça Fonseca, Ministra da Cultura de Portugal, deslocou-se a Guadalajara (México) para inaugurar a já famosa Feira do Livro, em que Portugal foi o convidado de honra.
Pois não é que ali mesmo, aos jornalistas portugueses, mais preocupados em dar visibilidade aos trogloditas socialistas, do que à Cultura Literária, em Guadalajara, deram-lhes para perguntar à Ministra o que pensava sobre a proposta, ainda a ser (ainda a ser) dos socialistas, para mudar a selvajaria tauromáquica de cruelmente bárbara, para simplesmente bárbara, com a introdução do tal de velcro, como se isso resolvesse o problema da tortura dos desditosos Touros. Ao que a Ministra respondeu lucidamente que «uma coisa óptima de estar em Guadalajara é não ver jornais portugueses».
Grande resposta. Merecida resposta. Um bom jornalista não vai a Guadalajara falar de propostas trogloditas, num evento Cultural, que nada tem a ver com barbárie. Um bom jornalista, iria à Feira do Livro de Guadalajara, perguntar à senhora Ministra se a Literatura Portuguesa está no bom caminho, quando se sabe que a Língua Portuguesa está um caos, com a aplicação ilegal da grafia brasileira; ou se existe alguma política para a ajuda da tradução e divulgação de autores portugueses, para línguas estrangeiras; enfim, algo que condissesse com o que ali estava a passar-se. Porém, ir para ali falar das propostas de trogloditas foi a coisa mais a despropósito e parva que se possa imaginar. E a resposta só dia ser aquela.
E veja-se a tinta que corre por aí a este propósito, distorcendo o que Graça Fonseca quis dizer.
Só s de má-fé interpretariam o que se interpretou da declaração da senhora Ministra.
Na realidade, não ter de ver os jornais portugueses quando se está fora do País, é a melhor coisa do mundo, para quem, por ossos do ofício, diariamente tem de ler os jornais portugueses e de ver os noticiários televisivos.
Mas isto que a Ministra disse, qualquer pessoa diz quando vai para o estrangeiro. É o que eu digo quando vou para Espanha, para as minhas tertúlias literárias e artísticas, que alívio, estar longe dos noticiários televisivos e dos jornais portugueses, com as suas polemicazinhas alienantes, que têm como objectivo afastar o povinho dos grandes problemas que afectam o País.
E quando Graça Fonseca disse o que disse, compreendia-a perfeitamente. E o que entendi da declaração dela, foi que ela estava em Guadalajara numa missão CULTURAL, e como era bom estar, por uns dias, longe da INCULTURA, difundida exaustivamente pelos jornais e canais televisivos portugueses, aliás, quase todos descaradamente defensores da barbárie tauromáquica e mortinhos por ajudar os aficionados na sua cruzada de atirar a Ministra para a fogueira, visando a sua demissão.
Como a compreendi. Para mim, que não sou ministra, mas que também, por ossos do meu ofício, tenho de ver, ouvir e ler o que dizem os jornalistas portugueses, quando saio do país, é um alívio, não ter de os ver, ouvir e ler. É um alívio poder FUGIR à mediocridade instalada na comunicação social, que nos entra casa dentro diariamente. E isto é tão óbvio! E se os jornalistas enfiaram carapuças, o problema é deles, não é da senhora Ministra.
Uma vez mais, a senhora Ministra da Cultura, Graça Fonseca, esteve à altura do seu cargo, respondendo à letra, o que os jornalistas portugueses mereceram ouvir.
Isabel A. Ferreira
… como se as touradas “à americana” não fossem touradas, e dessem mais dignidade a esta prática abominável: ou seja, divertir um bando de sádicos à custa da violência (ainda que mais PSICOLÓGICA do que física, mas também física) exercida sobre um ser vivo indefeso, retirado do seu habitat e metido, à força na arena (sim porque o bovino não vai para ali por sua livre vontade), não lhe restando a mínima possibilidade de fuga, obrigando-o a andar às voltas, desorientado, acossado por trogloditas aos gritos, histéricos, ululantes, como se isto fosse um divertimento normal, natural, civilizado…
Faço minhas as palavras de Arsénio Pires
… como se as touradas com velcro, protagonizadas pelos trogloditas norte-americanos (sim porque lá também os há), fossem os bailados “Quebra Touros” ou “Lago dos Touros”, nas mentes deformadas e subdesenvolvidas, que se recusam a evoluir, e não conseguem divertir-se com espectáculos civilizados, porque nem tudo o que vem dos EUA é civilizado. E tourada com velcro é tão boçal e imbecil como a tourada com bandarilhas, porque os Touros são animais sencientes, não são coisas que se levem para uma arena, para divertir um punhado de broncos.
E por mais que se prove que nenhuma modalidade de tourada é viável e adequada à modernidade, as mentes encolhidas dos socialistas e afins, não conseguem encaixar a realidade.
… como senão soubéssemos que o que aqui está em causa é o LUCRO dos ganadeiros, que teriam de ir trabalhar, como todos os portugueses, que os subsidiam, para porem comida no prato. Mas também é aquele gosto macabro e anormal pela dominação de um animal indefeso e enfraquecido, se bem que de maior porte do que os seus carrascos, e que dá a ilusão, e apenas a ilusão da valentia destes últimos sobre o primeiro.
Andam os Portugueses a pagar os salários deste tipo de gente que está no Parlamento português, para servir lóbis e os próprios instintos sádicos, sem um pingo de inteligência, que lhes permita discernir e evoluir, sem um pingo de bom senso e sensibilidade.
E não me peçam para ser politicamente correcta, porque gente assim não merece a mínima consideração.
Nestes últimos dias, os jornais online encheram-se de textos lúcidos que demonstram que as touradas, quaisquer que sejam as modalidades, são uma prática que não dignifica o Homo Sapiens Sapiens.
Mas os socialistas e afins, portadores de mentes mirradas, optam por não ler estes textos e ficam-se pelo que dizem os três trogloditas de serviço da protório, que insultam até a inteligência das pedras, e não vejo a Ordem dos Veterinários e a Ordem dos Sociólogos tomar medidas para que tais personagens não andem por aí a atirar à fossa o bom nome das profissões dos Médicos Veterinários e dos Sociólogos.
Propor touradas com velcro é propor a continuidade da barbárie na versão mais soft, e do negócio da tortura, porque touradas, seja qual for a modalidade, são touradas, ou seja, o uso e abuso de animais sencientes, arrancando-os à força dos prados, o que só por si já constitui uma VIOLÊNCIA, para divertir os sádicos.
O que faz falta a esta gente é Cultura, que só a muita LEITURA proporciona. Não são as universidades ou os altos cargos governamentais.
Veja-se a incongruência desta ideia, que nem de jerico é, porque se fosse de jerico, de certeza que seria boa ( e o caçador socialista Manuel Alegre acha a ideia "interessante"):
«A ideia é aplicar velcro no touro, como se faz noutros países. Este modelo segue aquilo que já se faz nos EUA (e não é por acaso que isto existe apenas na Califórnia e Texas), Canadá e Grécia (?????)por exemplo. É colocada uma capa de velcro sobre o dorso do touro onde são coladas as bandarilhas. O touro não é espetado e não há sangue».
Acontece que na Grécia não há touradas nem com velcro nem sem velcro; a única tourada que se realizou na Grécia teve lugar nos anos 70 organizada (adivinhem por quem), isso mesmo: por um troglodita português. Só podia ser.
E eles acham que lá por não haver sangue, não há tortura psicológicae também física. Os bovinos são seres sencientes. Mansos e tão delicados que se incomodam com as moscas.
E dizem mais:
«Por outro lado, como o touro não sangra, não enfraquece, e investe com mais força nos forcados. O touro bravo que não é picado também perde reacção, o que pode dificultar a arte do toureio a pé ou a cavalo».
Ora isto implica admitir que quando o Touro (simplesmente Touro, o BRAVO é invenção dos carrascos, porque não existem Touros bravos na Natureza) sangra, fica enfraquecido, aliás fica mais enfraquecido ainda, pois enfraquecido já ele entra na arena. Isto é admitir a COBARDIA dos forcados. Pois o Touro, para ficar bravo e reagir (ou seja, para se DEFENDER) tem de ser picado, rasgado por dentro, sangrado, e ficar com dores horrorosa (lembrem-se da função da música estridente na hora da lide, que é para abafar os urros desesperados de dor dos Touros) porque se não é picado, estraga a exibição das bailarinas enchumaçadas.
E é assim que mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo. Tudo no toureio é completamente falso.
Como também é falso estarem preocupados com o bem-estar animal. Se estivessem preocupados com o bem-estar do animal, deixá-lo-iam a pastar tranquilamente nos prados, como é da sua natureza.
Tudo nesta coisa da tourada é falácia. A única coisa que não é falácia é este desesperado vale-tudo, para dar azo aos instintos sádicos dos aficionados.
Isabel A. Ferreira
NÃO PASSA, POIS, DE UM COVARDE
Atente-se nesta imagem: o bovino (fabricado na ganadaria), está impossibilitado de se defender com as suas próprias armas: os cornos estão embolados; tem cravada no corpo uma série de ferros que lhe rasgaram as carnes e o fez sangrar copiosamente; o bovino (fabricado na ganadaria), está obviamente enfraquecido, cheio de dores; e veja-se a atitude “desafiante” do forcado, pronto para TORTURAR ainda mais um animal já tão torturado.
A isto chama-se “coragem” ou COVARDIA?
Gostaria de ver essa “coragem” diante de um leão esfomeado, não diante de um bovino (fabricado na ganadaria), ao qual lhe embolaram os cornos e o estraçalharam.
É grave TODA A TORTURA. É grave e desumana.
E se a um forcado, que fosse ferido numa rixa, um bando de energúmenos lhe saltasse para cima e andasse com ele à roda, lhe puxasse os braços, as pernas, e ele ali, a sangrar, cheio de dores, a sofrer como um Touro...
A CENA É A MESMA.
Não pensem que o bovino SOFRE MENOS.
Só um ignorante pode dizer uma tal barbaridade.
E o que vemos numa arena, quando os forcados, metidos a “valentes”, caem sobre um bovino furado por bandarilhas, carnes rasgadas e a sofrer barbaramente, estamos diante de uma cena absolutamente repugnante, que até revolta as pedras.
É isso que os forcados e aficionados não vêem porque não passam de BRONCOS.
Não gostam do termo? Paciência!
Mas o termo é exactamente esse. É o que na realidade são.
***
Pretendem, alguns, substituir a tourada tradicional pela tourada e lide com bandarilhas providas de ventosas para pressionar sobre velcro.
Mas isto, segundo o Médico Veterinário Dr. Vasco Reis, «continua a ser uma fonte de violência, sofrimento e risco para o touro. Basta acompanhar a captura, transporte, condução, lide do touro, etc., para se verificar isso mesmo.
O transporte é dos momentos mais stressantes na vida de um animal. No caso dos touros de lide só não é o mais stressante porque nada supera a embolação e o corte das hastes. Há animais que morrem durante a embolação! Imagine-se o grau de sofrimento...» conclui o Dr. Vasco Reis.
E depois querem que se utilize “palavras suaves” para dizer desta selvajaria…
Queremos os Touros assim... nos pastos, entre as flores, tranquilos e belos... Como merecem...
GOSTEI DESTE TEXTO, E FAÇO MINHAS AS PALAVRAS QUE SE SEGUEM
«Tropeçámos num artigo intitulado “Touradas sem Sangue”, escrito por um indivíduo que é ex-forcado.
Segundo esta alminha “iluminada”, se as touradas fossem feitas sem sangue:
“Os sensíveis persistentes e ordinários anti taurinos, os “contra”, já não poderão esconder as verdadeiras razões do seu comportamento, servindo-se do sangue do toiro como argumento. Os taurinos, terão uma forma de resguardar e estimular a bravura do toiro sem terem necessidade de o fazer sangrar”.
Tira-se deste modo o pretexto do derramamento de sangue aos piedosos anti taurinos. Satisfaz-se a sua delicada sensibilidade, sempre pronta a insultar quem aprecia touradas, olhando com indiferença as privações dos sem abrigo, dos carenciados, e preserva-se e estimula-se a bravura do toiro”.
Senhor aficionado petulante, as touradas sem sangue, são touradas com velcro e são praticadas em dois países Canadá e Estados Unidos, porque a lei proíbe que sejam feitas de outra forma.
São touradas que os aficionados consideram um circo e indignas, mas isso não impede que toureiros e cavaleiros tauromáquicos participem nas mesmas, porque o dinheiro fala mais alto. A tauromaquia é um negócio, com sangue ou sem ele, se dá dinheiro, os vossos pruridos da pureza da verdadeira tourada onde o touro é torturado e morto, deixam de existir. Cifrões falam mais alto, nem que lhe chamem circo.
No entanto, os sensíveis persistentes e ordinários anti taurinos, como nos apelida, não estão só contra as touradas com sangue, estão também contra as touradas sem sangue, vulgo, com velcro.
Touradas, são touradas, quer se derrame sangue ou não. O que está em causa é usar e abusar de um animal num espectáculo.
Por isso também estamos contra os circos e qualquer tipo de espectáculo que use animais, porque mesmo que não haja derramamento de sangue, os animais são abusados e humilhados para divertimento de uns quantos.
Vocês têm uma mente tão estreita que ainda não conseguiram perceber uma coisa que qualquer criança consegue perceber, os animais não existem à face do planeta para serem usados a nosso belo prazer.
Nós animais humanos, podemos ter a capacidade de fazer várias coisas que os animais não humanos não podem, mas isso não nos dá o direito de os escravizar, humilhar, torturar e matar.
Para nós, o futuro das touradas não passa por touradas sem sangue, para nós as touradas têm que ser abolidas sejam elas com sangue ou com velcro.
Ficou esclarecido ou será que precisamos de fazer um desenho?»
Fonte: