Por Vasco Reis
(Médico Veterinário)
Será possível que os adeptos da tauromaquia não sabem que os touros e os cavalos sentem e sofrem de maneira semelhante aos humanos?
É quase impossível que possam estar em tal estado de ignorância!
É mais provável que saibam, mas que desprezem esse conhecimento, despidos que estão de escrúpulos e dominados que estão por outros condicionantes (sadismo, especismo, sobranceria, tribalismo, vício, seguidismo, vaidade marialva, exibicionismo) e interesses (postos de trabalho, negócios, ganância, protagonismos literários, artísticos, profissionais, ambições políticas, buscas de popularidade e de apoios, etc. e sei lá que mais).
Oxalá que se compenetrem quão errados estão nessa senda e evoluam para serem integrados numa sociedade pacífica, respeitadora de valores científicos, éticos e sentirem, no sentido de Arthur Schopenhauer quão benfazeja e admirável é a compaixão.
A verdade é que valores como conhecimento científico, compaixão, ética, parecem estar ausentes.
Aliás, parece que o mundo está a ser progressivamente dominado e escravizado por gente/grupos/redes/instituições gananciosas e sem escrúpulos.
Os Valores estão a ser ignorados.
Queixemo-nos, o que é compreensível, mas isso não basta!
Divulguemos ciência, compaixão, ética, demos exemplo de solidariedade, de compaixão, de ética, de lealdade, de coragem.
Devemos incidir numa bem organizada mensagem aos jovens.
Vasco Reis
Como diz um açoriano culto: «Uma escola de vergonha, de deseducação e de incentivo à violência e ao desrespeito pela vida, ao mesmo tempo que envergonha os Açores e o seu povo. Haja vergonha na cara!»
Fonte:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=790748714273057&set=gm.774650975896365&type=1&theater
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É preciso ter muito descaramento, nenhuma vergonha na
cara e muitos ZEROS abaixo de Zero de lucidez e bom senso.
Como é possível, alguém no seu juízo perfeito dizer que os “valores” da tauromaquia são um “exemplo” na sociedade actual?
Bem, esses valores deverão ser os monetários, que enchem os bolsos de poucos. Do mal, o menor.
Quanto ao “exemplo” só se for de estupidez.Não há outro modo de classificar esta total inversão de valores.
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«Enquanto o The Guardian dá destaque ao que verdadeiramente atrai o turista de qualidade aos Açores, lá vem a nódoa vergonhosa das touradas, estragar essa imagem e afugenta-los como aconteceu o ano passado com 50 ingleses e outros mais, que não toleram essas barbaridades, incompreensivelmente apoiadas com dinheiro dos nossos impostos.» (José Melo)
Abrir o link:
http://natur-mariense.blogspot.pt/2014/01/the-guardian-destaca-os-acores-como.html
Em causa estão os crescentes protestos contra as corridas de touros.
Os “valores” da tauromaquia é o tema do fórum.
De acordo com a organização, esses valores são económicos, educativos, culturais e, sobretudo, ecológicos.
É esta “cultura” que se vê na imagem que é preciso defender?
Que valor educativo, cultural e sobretudo ecológico tem esta “atitude” perante o bovino?
Os valores económicos sabemos que vão para os bolsos de alguns...
Mas gostaríamos de saber o que é que a tortura de um bovino manso e herbívoro tem de cultural ou educativo ou ecológico para merecer "defesa" num fórum, onde se gasta 90.000 Euros?
Podem fazer o favor de responder a estas questões?
Se nos responderem racionalmente, prometemos retirar a crítica que fizemos a este “evento”.
Fica aqui o desafio.
(O vídeo da defesa da tortura dos bovinos)
http://www.rtp.pt/acores/?article=35131&visual=3&layout=10&tm=7
Mais um caso insólito contra cidadãos que denunciam violações de leis, por parte de certas entidades, e são molestados pela justiça, com processos-crime.
Uma vergonhosa inversão de valores que não dignifica em nada a justiça (à) portuguesa.
Ivo Margarido diz: «Não me sinto e não sou criminoso... questionei várias entidades estatais sobre vários assuntos que me lesam a mim e toda a sociedade e não obtive respostas a nenhum deles ... houve uma clara violação da lei por parte dessas entidades ... a condenarem-me terão também que condenar os responsáveis por essas entidades ...
Vai ser interessante esta audiência...»
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Aproveite para desmascarar o que tem de ser desmascarado, Ivo Margarido.
Ainda estamos num Estado de Direito... Se bem que a caminho de uma ditadura fascista.
«A tourada é um acto de crueldade e cobardia de animais racionais que, incapazes de se comportarem como Homens, enfrentam ou usam animais para enfrentar outro animal previamente e violentamente enfraquecido e torturado.
É a completa ausência de valores e de princípios. Nada que seja digno de se chamar arte e cultura. A arte dignifica o Homem, eleva-o ao estatuto de criador e a cultura mantém esse estatuto ao longo do tempo». (Cândido Coelho)
Quem ousará contradizer esta verdade? Desafio os aficionados a fazê-lo.
Isabel A. Ferreira
Vou andando, por aí, em busca de um lugar onde possa sentar-me. Talvez à beira de um riacho, para ouvir o burburinho das suas águas límpidas e calmas, que me acalmam...
Nunca digo “não sei”, quando posso dizer “vou tentar saber”.
Ideias, ideais e ideologias, cada um com as suas.
A não ser que te destruam o cérebro ou sejas cremado e as tuas cinzas lançadas aos ventos, o teu pensamento e o espaço ocupado pelo teu corpo, no Universo, são os únicos bens verdadeiramente só teus. De ninguém mais.
Isto é uma das minhas ideias. Tu podes ter outra ideia.
Vou andando por aí em busca de um lugar onde possa sentar-me. Talvez à beira de um riacho, para ouvir o burburinho das suas águas límpidas e calmas, que me acalmam, e à hora em que o Sol, já cansado de me olhar, se afundar no oceano, trocar algumas impressões sobre a natureza das coisas, com o sábio mocho.
Este é um dos meus ideais. Tu podes ter outro ideal, tão válido quanto o meu.
Vou andando por aí e vou pensando... Que mais poderei fazer? Tantas coisas!... Não sou rei, não sou súbdito. Não sou pobre, nem sou rico. Não mando, também não desmando. Tenho ideias. Tenho ideais. Não sou pau, nem pedra. Nem cera que se derrete. Sou um simples ser humano. Respeito o meu semelhante. Considero de igual modo os meus irmãos animais, as minhas irmãs plantas. O ar, a água, a terra. Até as pedras dos caminhos...
Faço versos às águas do mar. Finjo que canto com as sereias, em noites de lua cheia, porque dou valor ao sonho.
Mas grito a minha indignação, quando tenho de gritar.
Choro, quando tenho de chorar.
Gosto de aprender. Nunca digo “não sei”, quando posso dizer “vou tentar saber”, uma vez que, deste modo, cresço, na minha própria consideração.
Abomino a violência, a covardia, a maldade, a tortura, o ódio, a inveja, a injustiça, a vingança, a raiva. Para mim, coisas menores, de seres ainda menores.
Não faço a guerra, simplesmente porque prezo a minha liberdade.
Sou corpo. Sou também espírito. E, embora talvez não te interesse, Cristo, Buda, Confúcio, Maomé fazem parte do meu mundo. Uso a rosa amarela como símbolo da minha espiritualidade. Gosto de sonhar e de brincar à maneira das crianças. Conheço o valor da amizade. Tenho um rato, uma cadela, um gato e três pequenas gatas entre os meus maiores amigos.
Venero os valores humanos, mas as leis dos homens nada me dizem. A minha lei é a Lei Natural. Além disso, não fui eu quem inventou a política.Esta é a minha ideologia. A tua ideologia é outra?
Óptimo! Eu sei ser tolerante. Aceitá-la-ei com todo o respeito que te devo.
Afinal, desprezo apenas a malvadez dos que são apenas “omens”.
Isabel A. Ferreira
in «Manual de Civilidade» - Texto e foto © Isabel A. Ferreira