Dedicado aos Estudantes de Coimbra que acabaram de dizer NÃO a estas práticas trogloditas
Um texto escrito em 2012, pelo médico-veterinário, Dr. Vasco Reis, a propósito da inclusão de uma garraiada na semana de recepção ao caloiro, na Universidade do Algarve, anulada por Macário Correia, um Homem que evoluiu, ao contrário de outros governantes, que andam por aí a andar para trás como o caranguejo…
Isto é uma “vacada”. Observe-se que a vaca está manietada com uma corda. Os cornos estão impossibilitados de exercerem a função deles, isto é, DEFENDER a Vaca. A Vaca, que não é animal de água, está a ser torturada dentro de água, por COBARDES BRONCOS...
Hoje em dia só é ignorante quem quer ser ignorante
«Preocupa-nos profundamente a tauromaquia com o seu cortejo de crueldade exercida sobre animais (touros e cavalos) e os seus impactos sociais e sobre a reputação internacional do nosso país. Preocupa-nos a intenção de ser organizada uma garraiada pela Associação Académica da Universidade do Algarve.
(…)
Junto um texto meu a propósito de vacadas, garraiadas e tauromaquia.
Na tauromaquia são várias as modalidades de abuso de bovinos, tanto em âmbitos privados, como em espectáculos organizados para diversão, desde touradas até garraiadas, vacadas, etc.
Para quem não saiba do que se trata, pode informar-se por vídeo no YouTube.
O sofrimento começa na captura e possível “preparação” do bovino para o “espectáculo” com acções e intervenções para enfraquecer o animal.
Prossegue no transporte causador de pânico, claustrofobia, desgaste, até chegar à arena. O sofrimento prossegue aqui com susto, provocação por muita gente, ludíbrio por muita gente, violência física por muita gente, esgotamento anímico e físico, ferimentos (por vezes morte).
Prossegue depois com mais violência na recolha, no transporte, etc.
Em algumas intituladas garraiadas, acontece o cravar de bandarilhas, farpas.
É fundamental argumentar científica, ética, cultural, socialmente, ou seja, civilizadamente, para justificar o ponto de vista dos respeitadores dos animais e opositores da tauromaquia e, assim, contribuir para diminuir o sofrimento provocado pelo Homem sobre os animais não humanos.
É muito fácil rebater os argumentos do lobby tauromáquico, que para branquear o “espectáculo” cruel, faz uso de afirmações fantasiosas e não respeita o Senso Comum, a Ciência e a Ética.
Plantas são seres sem sistema nervoso, não sencientes e sem consciência.
Animais são seres dotados de sistema nervoso mais ou menos desenvolvido, que lhes permitem sentir e tomar consciência do que se passa em seu redor e do que é perigoso e agressivo e doloroso. Este facto leva-os a utilizar mecanismos de defesa, ausentes nas plantas. Portanto, medo e dor são essenciais e condições de sobrevivência.
A ciência revela que a constituição anatómica, a fisiologia e a neurologia do touro, do cavalo e do homem e de outros mamíferos são extremamente semelhantes.
As reacções destas espécies são análogas perante a ameaça, o susto, o ferimento.
Eles são tanto ou mais sensíveis do que nós ao medo, ao susto, ao prazer e à dor.
Descobertas recentes confirmam que animais, muito para além de mamíferos, aves, polvos, são seres inteligentes e conscientes.
O Senso Comum apreende isto e a Ciência confirma.
É, portanto, nosso dever ético não lhes causar sofrimento desnecessário.
«A compaixão universal é o fundamento da Ética» - um pensamento profundo do filósofo alemão Arthur Schopenhauer.
Na tourada, o homem faz “espectáculo” e demonstração de arrogância, de poder, de "superioridade", mas também de crueldade, provocando, fintando, ferindo com panóplia de ferros que cortam, cravam, atravessam, esgotam, por vezes matam o touro, em suma, provocam-lhe enorme e prolongado sofrimento, para gozo de uma assistência que se diverte com o sofrimento de um animal nesta aberração designada por “arte”, “desporto”, “espectáculo”, “tradição”.
O cavalo sofre enorme ansiedade, que por vezes lhe provoca a morte por paragem cardíaca, é incitado e castigado pelo cavaleiro para que enfrente o touro, sofre frequentemente ferimentos, que até lhe podem provocar a morte.
Mas nesta “arte” não são somente touros e cavalos que sofrem.
São muitas as pessoas conscientes e compassivas que por esta prática de violência e de crueldade se sentem extremamente preocupadas e indignadas e sofrem solidariamente e a consideram antieducativa, fonte de enorme vergonha para o país, lesivo de reputação internacional, obstáculo que dissuade o turismo de pessoas conscientes, que se negam a visitar um país onde tais práticas, que consideram "bárbaras", acontecem!
Muitos turistas aparecem nestes “espectáculos” por engano e por curiosidade.
De lá saem impressionados e pensando muito negativamente sobre o que presenciaram e sobre a gente portuguesa que, neste nosso permissivo país, tal coisa apoia.
Vacadas e garraiadas contribuem para insensibilizar, habituar e até viciar crianças e adultos no abuso cruel exercido sobre animais, o que pode propiciar mais violência futura sobre animais e pessoas. Por isso, elas não devem sequer realizar-se onde já não são novidade e, muito menos, em sítios onde não existe “tradição”.
A utilização de animais juvenis submetidos à violência de multidões, não pode ser branqueada como “espectáculo que não tem sangue e é só para as crianças se divertirem".
Mesmo que não tenha sangue, é responsável por muito sofrimento dos animais. Contribui, certamente, para a perda de sensibilidade de pessoas, principalmente de crianças, e para o gosto pela cruel tauromaquia.
É indissociável de futilidade, sadismo, covardia.
A brincar, a brincar, se viciam pessoas, como sabemos.
Até serve a estratégia dos tauromáquicos visando a manutenção e a expansão da tauromaquia.
Vasco Reis,
Médico-veterinário
Aljezur
21.08.2012»
Mas este ano, pela primeira vez, o presidente da Câmara Municipal desta ilha, que é adepto de selvajaria tauromáquica, pretende impô-las, com o apoio da igreja que se diz católica, e logo na festa do Senhor Santo Cristo, remando contra a maré da evolução, como se o Santo Cristo aprovasse a tortura de criaturas de Deus.
Por isso é importante que assinem e divulguem esta petição:
No próximo dia 30 de Julho está programada a realização de uma “vacada”, integrada no programa da festa do Senhor Santo Cristo, na freguesia da Fazenda, concelho das Lajes das Flores.
- Considerando que as touradas ou “vacadas” em nada contribuem para educar os cidadãos para o respeito aos animais, além de causarem sofrimento aos mesmos;
- Considerando que põem em risco, de forma absurda, a integridade física e até em algumas ocasiões a vida das pessoas;
- Considerando que não há tradição ou divertimento que justifiquem o sofrimento e maus tratos a um animal, não havendo nem sequer qualquer tipo de tradição para este tipo de “espectáculos” no Município das Lajes das Flores;
- Considerando que o Município das Lajes deveria corresponder aos critérios do galardão de reserva da biosfera, como um exemplo de respeito pela natureza, pelo ambiente e pelos animais, não ficando associada a sua imagem à prática deste tipo de eventos retrógrados;
- Considerando também que a Igreja Católica deveria ter uma posição clara relativamente às touradas, que foram condenadas e proibidas pelo Papa Pio V, que as considerava como espectáculos alheios de caridade cristã;
Vimos apelar a V. Ex.ª para que seja retirada a licença municipal à realização deste evento e que a “vacada” seja retirada do programa da festa do Senhor Santo Cristo.
Isabl A. Ferreira
Uma vez mais o ritual cruel celebra um Santo católico, junto ao convento dos frades… Que frades serão estes?
A duas senhoras insensíveis?
Quero crer que não.
Exma. Senhora Presidente da Câmara Municipal da Lagoa
Cristina Calisto Decq Mota,
Exma. Senhora Presidente da Junta de Freguesia de Santa Cruz
Adriana Falcão,
É verdade que no próximo dia 7 de Novembro irá realizar-se na Freguesia de Santa Cruz, uma vacada?
Não acredito.
Mas no caso de isto ser verdade, quero manifestar o meu total repúdio por tal acontecimento, que em nada dignifica o concelho da Lagoa, muito menos o São Martinho, um santo católico, que não merece tal aviltamento.
De acordo com o saber científico do Médico Veterinário, Dr. Vasco Reis, “Vacadas e garraiadas contribuem para insensibilizar, habituar e até viciar crianças e adultos no abuso cruel exercido sobre animais, o que pode propiciar mais violência futura sobre animais e pessoas”.
A utilização de animais juvenis submetidos à violência de multidões, não pode ser branqueada como «espectáculo que não tem sangue e é só para as crianças se divertirem».
Para crianças se divertirem com a crueldade?
Mesmo que não tenha sangue, essas práticas provocam grande sofrimento aos animais, e contribui para a perda de sensibilidade das pessoas, principalmente de crianças, e para o gosto pela crueldade e violência da tauromaquia.
Esta é uma prática fútil, sádica e cobarde.
Deste modo, sugiro a Vossas Excelências que não autorizem a realização desta vacada, e aproveito para alertar para os prejuízos que poderão advir para o Concelho da Lagoa, pelo facto do mesmo passar a figurar na lista de cidades e concelhos a serem evitados por todos os turistas e pessoas de bem que, para além de procurarem locais onde a natureza esteja imaculada, também dão preferência a populações que respeitem os animais.
Além disso, minhas senhoras, este tipo de “divertimento” demonstra o grande atraso civilizacional da Lagoa.
Em 2013, mobilizámo-nos para que esta prática fosse abolida na Lagoa, mas pelo que vemos, não houve evolução alguma.
Espero que, com duas senhoras no poder, a sensibilidade seja outra, e como mulheres e (possivelmente) mães, possam entender que esta não é a melhor forma de educar crianças, e gerir os destinos da Lagoa.
Atentamente,
Isabel A. Ferreira
Cliquem no link:
http://www.tvi24.iol.pt/videos/video/14139673/1
(O vídeo, por mostrar uma verdade vergonhosa e cruel, foi desactivado. É sempre assim. Se a "coisa" mostrada fosse ARTE e CULTURA, como querem fazerr crer, que necessidade haveria de desactivar o vídeo, não é verdade?)
***
Eis o estado em que os hooligans tauromáquicos das garraiadas e vacadas deixam os infelizes bovinos que caem nestas mãos carniceiras.
Os aldrabões da tauromaquia dizem que as garraiadas, vacadas e porcarias equivalentes são brincadeiras, mas na verdade são ferimentos, dor, stress, sofrimento e morte para os bovinos.
É assim que ficam os pobres animais depois das "brincadeiras" dos hooligans tauromáquicos.
Fonte:
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E são estes “jovens”, que já nasceram velhos, os candidatos à construção do futuro?
Que futuro?
Tenham vergonha e dispam as capas e batinas que não sabem honrar.
Rasguem os diplomas e reduzam-se à vossa insignificância.
Portugal não precisa de cobardes, mas de gente ousada que possa e saiba fazer frente às dificuldades que aí vêm.
Isabel A. Ferreira
Sejam estudantes, não ignorantes!
Leu-se num cartaz no ano passado.
Mas qual quê?
A inteligência destes pseudo-estudantes é igual à de uma porta: não dá para perceberem que torturar novilhos não é adequado a quem frequenta o ensino superior, e então optam pela ignorância.
(Imagem retirada da Internet)
Triste figura a dos cobardes.
Nada aprenderam desde o ano passado, em que foram bastamente enxovalhados por se portarem como broncos e não como estudantes.
E quem não aprende com os erros o que é?????
Pois!...
No entanto a culpa será dos autarcas poveiros que promovem e apoiam a "cultura" carniceira em várias frentes (touradas, garraiadas, vacadas, batida à raposa, circos com animais, tiro aos pombos, luta de cães, corrida de galgos… enfim…), e tinham o dever de dar o exemplo maior, uma vez que “conduzem” o destino da cidade.
Mas qual quê!
A nota principal que caracteriza a actuação dos autarcas da Póvoa de Varzim é a mediocridade.
Portanto, a estupidez de uns pseudo-estudantes junta-se à vulgaridade da política cultural da Póvoa de Varzim, e o que temos?
UMA VERGONHOSA E PRIMITIVA RECREAÇÃO DE BRONCOS, QUE SUJA O NOME DA UNIVERSIDADE DO PORTO E DA CIDADE QUE PERMITE TAL POBREZA MORAL E SOCIAL.
JÁ ERA TEMPO DE DEIXAREM DE SER BRONCOS.
Alunos da Universidade de Évora vão transformar ovelhas vivas em arte durante a Ovibeja, certame que decorrerá entre os dias 30 de Abril e 04 de Maio, no Parque de Feiras e Exposições de Beja. Esta é uma iniciativa conjunta entre o artista plástico Pedro Portugal e os alunos do curso de Artes Visuais e Multimédia.
Quando é que aqueles que ingressam numa Universidade vão entender que uma Universidade não é uma caverna pré-histórica, mas um lugar de Cultura Culta e Saber?
Tenham vergonha, aqueles que utilizam animais para garraiadas, vacadas, pinturas grotescas, coisas de um mau gosto patego, de gente mais do que primitiva, e abandonem o Ensino Superior, porque não andam aí a fazer nada.
Evoluam, e depois apareçam…
Mas a culpa será do sistema de ensino, caduco e pobre, e de leis que permitem esta estupidez.
Contudo, um estudante universitário que se preze, nunca se baixará a este nível rasteiro, da incultura grosseira, ainda que os governantes (ainda mais incultos e grosseiros) o permitam.
***
O que faz não ter personalidade nem espírito universitário crítico superior!
Não sei quem é a Ana Maria Carvoeiras, mas no ano passado, a propósito da minha crítica à estupidez da garraiada “académica” na Universidade de Évora, e da cumplicidade da Cruz Vermelha http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/114861.html
esta estudante (?) teve o desplante de dizer o seguinte:
«Em resposta ao comentário da Sra. D. Isabel Ferreira, que revela uma enorme falta de informação, cumpre esclarecer.
«A Garraiada Académica, espectáculo inserido na Queima das Fitas, é autorizado pelo IGAC (Inspecção Geral das Actividades Culturais).»
- Poderia até ser autorizado por todos os governantes do mundo, mas um estudante universitário que se preze, não é obrigado a seguir autorizações parvas.
«Assim sendo, uma vez autorizados por quem de Direito, devem ser legalmente fornecidos todos os meios necessários para que o evento ocorra em segurança, tal como apoio dos Bombeiros Voluntários e Ambulância para assistir eventuais feridos.»
- Sim, eventuais feridos, Bombeiros, e todos nós a pagar para esta estupidez voluntária.
«Aliás, o mesmo sucede com a meia dúzia de provocadores, nos quais a senhora seguramente se inclui, que se deslocam à porta das praças de toiros deste país para passar o tempo, que por pura cobardia solicitam "escolta policial", ocupando estes profissionais com assuntos menores, impedindo-os de combater a criminalidade deste país, ao passarem horas de trabalho a "aquecer as costas" a meia dúzia de provocadorzecos, que não têm a noção do que significa acabar com esta tradição da festa brava, com séculos de história no nosso País.»
- Este pedaço de prosa não é de uma universitária. É de alguém que não faz a mínima noção do que diz, nem do que é tradição, nem do que é cultura. Demonstra uma ignorância crassa para quem frequenta uma Universidade. É uma vergonha para o prestígio da Universidade de Évora. Devia ser expulsa dessa instituição que se diz de Ensino Superior, por desprezar os valores humanos.
«Quer queiramos, quer não, é assim que funciona, se a manifestação é autorizada, se solicitado, é concedido apoio policial. Um comentário dessa natureza, esse sim, choca a sensibilidade de qualquer pessoa de bem, sugerindo que uma instituição como a Cruz Vermelha se abstenha de prestar cuidados aos intervenientes e assistentes de um espectáculo que é legal em Portugal.»
- Não é “assim que funciona” coisa nenhuma. Se há manifestações contra as garraiadas, é porque estas são uma aberração social, e os cidadãos lúcidos têm o direito de protestar, e dar voz aos pobres animais, que vão ser torturados por cobardolas, a cair de bêbados, e que sujam o nome da Universidade com esta imbecilidade. E a Cruz Vermelha, sendo uma instituição de solidariedade social, não deveria apoiar estas iniciativas onde seres vivos vão ser torturados,física e psicologicamente.
A Cruz Vermelha perde toda a sua credibilidade e dignidade ao ser cúmplice desta estupidez.
«Por último, em face deste brilhante comentário, cumpre salientar que ao não patrocinar a Cruz Vermelha está, de facto, a assumir uma posição de neutralidade, abstendo-se de tomar uma posição, mas assegurando os cuidados de saúde aos cidadãos e abstendo-se de praticar o acto criminoso que esta senhora sugere, omitindo auxílio e cuidados de saúde a pessoas que, única e exclusivamente, têm uma opinião divergente da sua.»
- Este final seria para rir, se não fosse trágico. Se os ditos “cidadãos” querem expor-se ao perigo, ficar tetraplégicos ou mesmo morrer, o que temos nós que pagar por isso? Querem cuidados médicos? Paguem do vosso bolso. Ninguém vos obriga a ir para uma arena, a cair de bêbados, expor-se às investidas de um novilho, que não faz mais do que proteger-se, com toda a legitimidade, da estupidez de irracionais cobardes. E quem pratica actos criminosos é quem vai torturar os novilhos, que ficam maltratados e não têm cuidados veterinários adequados.
E isto não é uma questão de ter opiniões divergentes. Isto é uma questão de princípios éticos, de evolução, de educação superior, de humanismo, conceitos que a Ana Maria Carvoeiras desconhece, por completo.
Antes de escrever o que escreveu, devia ter pensado, e não faria a figura de parva que fez.
https://www.facebook.com/ana.m.carvoeiras/activity/10150865347532872
Estas coisas tiram-me do sério, porque não concebo uma sociedade do Século XXI d. C, com estas práticas e mentalidades ultra-primitivas.
Isabel A. Ferreira
Dedico este texto aos terceirenses fanáticos de touradas à corda, com esperança de que aceitem a realidade (I.A.F.)
Por Vasco Manuel Martins Reis,
(Médico-veterinário, Aljezur, Portugal)
Na tauromaquia são várias as modalidades de abuso de bovinos, tanto em âmbitos privados, como em espectáculos organizados para diversão, desde touradas até garraiadas, vacadas (touradas à corda), etc..
O sofrimento começa na captura e possível “preparação” do bovino para o espectáculo com acções, intervenções para enfraquecer o animal.
Prossegue no transporte causador de pânico, claustrofobia, desgaste, até chegar à arena.
O sofrimento prossegue aqui com susto, provocação por muita gente, ludíbrio por muita gente, violência física por muita gente, esgotamento anímico e físico, ferimentos (por vezes morte). Prossegue depois com mais violência na recolha, no transporte, etc..
Animais são seres dotados de sistema nervoso mais ou menos desenvolvido, que lhes permitem sentir e tomar consciência do que se passa em seu redor e do que é perigoso e agressivo e doloroso. Este facto leva-os a utilizar mecanismos de defesa, ausentes nas plantas. Portanto, medo e dor são essenciais e condições de sobrevivência.
Vacadas e garraiadas e touradas à corda contribuem para insensibilizar, habituar e até viciar crianças e adultos no abuso cruel exercido sobre animais, o que pode propiciar mais violência futura sobre animais e pessoas.
…
A utilização de animais juvenis submetidos à violência de multidões, não pode ser branqueada como “espectáculo que não tem sangue e é só para as crianças se divertirem". Mesmo que não tenha sangue, é responsável por muito sofrimento dos animais.
Contribui, certamente, para a perda de sensibilidade de pessoas, principalmente de crianças, e para o gosto pela cruel tauromaquia. É indissociável de futilidade, sadismo, covardia.
A brincar, a brincar, se viciam pessoas, como sabemos.
São muitas as pessoas conscientes e compassivas que por esta prática de violência e de crueldade se sentem extremamente preocupadas e indignadas e sofrem solidariamente e a consideram anti educativa, fonte de enorme vergonha para o país, lesivo de reputação internacional, obstáculo que dissuade o turismo de pessoas conscientes, que se negam a visitar um país onde tais práticas, que consideram "bárbaras", acontecem!
Muitos turistas aparecem nestes espectáculos por engano e por curiosidade.
De lá saem impressionados e pensando muito negativamente sobre o que presenciaram e sobre a gente portuguesa que, neste nosso permissivo país, tal coisa apoia.
Vasco Manuel Martins Reis,
Médico-veterinário
Aljezur
Portugal
É também o ano da morte das touradas, das garraiadas, das vacadas, da sordícia da tauromaquia…
E tudo continua a correr como o previsto: a arena do campo pequeno está a esvaziar-se. Pela terceira vez consecutiva teve mais de dois terços dos lugares vazios e apenas cerca de um terço dos lugares preenchidos, nas FESTAS DOS BRONCOS.
Só que hoje em dia, os broncos estão a diminuir. Ou por tomada de consciência, ou porque têm vergonha de serem fotografados e aparecerem escarrapachados na Internet, como os BRONCOS DO ANO!
Mas por todo o país, as Festas dos Broncos têm tido pouca afluência.
E não venham pôr a culpa na CRISE, porque não há crise na tauromaquia.
O que há é que a tourada ESTÁ MORTA.
E os tauricidas muito desacreditados.
Pois, se todo o mundo já sabe que não passam de psicopatas!
Isabel A. Ferreira
Os galgos não nasceram para ser explorados deste modo. Quando já não têm serventia, são abandonados, maltratados e muitos morrem à fome
Promovida pela freguesia de Terroso
Corrida de Galgos? Mais esta? Para juntar ao abominável tiro aos Pombos e às execráveis vacadas da freguesia de Rates?
E a abominável caça à Raposa, pelo clube de caçadores da freguesia da Estela, que está a organizar a 4ª tourada para Julho, com o apoio de um órgão de comunicação social local e dos autarcas?
A Póvoa de Varzim continua a ser o concelho mais carniceiro de Portugal. Acrescente-se os maus tratos aos cães do canil; os circos com animais que invadem a cidade com cartazes desprezíveis; touradas; garraiadas...
Que gente será esta?
O que pretende deixar como herança às crianças?
Isabel A. Ferreira
E aqui está um, dos bem GORDOS.
É inconcebível conceber a existência de alguém que consegue, de uma só assentada, dizer tantos disparates.
Primeiro convido-vos a ler os disparates.
Depois, a excelente análise que fez a PRÓTOURO, e que traduz exactamente aquilo que penso, e portanto uma vez que está escrito, escuso de me repetir. Faço minhas as palavras da PRÓTOURO, com a devida vénia.
A SOCIEDADE QUE CONDENA AS TOURADAS ESTÁ CONDENADA
Por VÍTOR LUÍS
«A Sociedade que condena as touradas está condenada a um olhar rápido e culto independente, esta nossa sociedade supostamente «avançada» não é nada avançada. Não passa de uma sociedade doente e decadente, tão relativa como todas as culturas, e sem nenhuma autoridade para se pretender «universal».
Francamente, funciona com um «software» básico, repleto de «bugs», que chega a ser insultuoso, quando, por exemplo, como no 1984 de George Orwell, considera uma espécie de «Crimideia!» as alegações dos defensores das touradas, já se vê...
Essa «sociedade democrática e progressista» em nome de quem falam aqueles que condenam as touradas é um «ecosistema degradado» político-economicamente arruinado e socialmente desconexo, que no entanto se alimenta «ideologicamente» do «politicamente correcto» em vias de se tornar totalitário, mais próprio de «andróides manipuláveis» que de seres humanos inteligentes.
Há quem considere as touradas «hábitos medievais» - tal como as missas e procissões, não? – e portanto «não mais aceites numa sociedade que se quer civilizada».
A Democracia Grega, muito mais antiga, também podemos considerá-la como «hábito obsoleto»? Também eu queria – que a sociedade fosse realmente civilizada e reconhecesse uma herança cultural que já vem desde da Alta Antiguidade, pelo menos dos tempos de Creta, e que se enraizou em toda a bacia do Mediterrâneo com expressões múltiplas e variadas...
À beira de se desintegrar, a nossa «sociedade avançada» só pode servir de modelo, no seu conjunto, para o que não deve ser feito.
Entretanto, vai revelando uma cobardia geral e organizada de quem está de mal com a Vida e com a Morte. Tem um medo terrível da Morte, do sangue e do combate - nem quer ouvir falar disso! Porque a «vida física» é tudo, «pensa», o que não a impede de definhar. Já nem consegue matar um coelho ou uma galinha, coitada, tão longe que anda a sua atitude e o seu carácter das linhas essenciais da Vida.
Uma insidiosa e gradual corrupção de ideias e conceitos-chave destruiu-lhe o plano Espiritual - que já deixou de considerar, por «pensar» que isso não existe, tal como a Verdade. E o mesmo foi sucedendo à Identidade, à Ética, à Honra, à Hierarquia, à noção de Dever, ao Sentido de Serviço, ao Sacrifício por Valores maiores e muitos outros «hábitos medievais» ou até muito mais antigos.
Está a autodestruir-se pelo «progresso» segundo o mesmo processo de degradação convergente. Por isso, entre muitas outras carências, já não percebe nada do «mundo dos toiros» - nem do mundo dos Homens, o que é ainda pior.»
Vítor Luís
FONTE:
***
«Não fosse o facto do senhor Vítor Luís ter escrito um artigo intitulado: "A sociedade que condena as touradas está condenada", jamais teríamos o "prazer" de o conhecer.
No seu artigo, o senhor afirma entre outras coisas que a "sociedade democrática e progressista" é um "ecosistema degradado", político-economicamente arruinado e que se alimenta "ideologicamente" do politicamente correcto. Que há quem considere as touradas como "hábitos medievais" e como tal "não mais aceites numa sociedade que se quer civilizada".
Obviamente o senhor não acredita em democracia, está no seu direito. Mas não acredita porque não lhe dá jeito, porque num estado democrático, a maioria prevalece sobre a minoria e neste caso, os aficionados são uma minoria. E assim sendo a maioria pode acabar com os vossos gostinhos perversos.
E de facto a maioria dos cidadãos consideram que as touradas são hábitos medievais e como tal não podem continuar a ser aceites numa sociedade que se quer civilizada e evoluída.
Esta gente, continua a não perceber que os seus argumentos para além de serem facilmente desmontáveis, são ridículos e em última instância insultuosos para a maioria dos cidadãos que têm cabeça para pensar, raciocinar e saber que um ser senciente tem o direito a não ser torturado e morto num espectáculo maquiavélico.
Diz ainda o senhor que a sociedade revela uma cobardia geral e organizada de quem está de mal com a vida e com a morte e que tem um medo terrível da morte, do sangue e do combate!
Meu caro senhor sempre que alguém nasce, sabe que um dia vai morrer, é o destino, não há nada a fazer até que um dia se descubra o elixir da vida eterna. E mesmo assim, provavelmente muitos não o quererão beber. As pessoas podem ter medo da morte porque para todas elas é o desconhecido, mas isso não faz com que as pessoas andem à procura da mesma, bem pelo contrário. Equiparar as touradas com a vida e a morte com o sangue e o combate, não é próprio de pessoas normais!
Senhor Vítor Luís, a sociedade que não condena touradas, está condenada e sabe porquê? Porque é uma sociedade sem valores morais. É uma sociedade que não se preocupa com a vida. É uma sociedade decadente e que caminha a passos largos para a auto-destruição. Porque quem não respeita a vida de outro ser mesmo que esse ser seja um animal, também não respeita a vida do seu semelhante.
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
http://protouro.wordpress.com/2012/11/28/uma-sociedade-que-nao-condena-touradas-esta-condenada/
***
Gostaria apenas de acrescentar um comentário a este parágrafo que achei o máximo:
Diz o Vítor Luís: Há quem considere as touradas «hábitos medievais» - tal como as missas e procissões, não? – e portanto «não mais aceites numa sociedade que se quer civilizada».
Pois você foi brilhante, Vítor Luís. «Há quem considere as touradas “hábitos medievais”, sim, e lembrou-se muito bem de as juntar às missas e procissões, que é isso que fazem os padres católicos. Até já vimos uma procissão a ser realizada numa arena, onde a seguir iam TORTURAR TOUROS.
Realmente usava-se muito isto na Idade Média. Mas se vamos aceitar esse medievalismo, diga-me, onde fica a EVOLUÇÃO? A Idade Moderna e a Idade Contemporânea nunca existiram?…
Mas se bem me lembro, estudei alguma coisa a propósito destas duas últimas Idades, na Faculdade…
Mas talvez eu esteja enganada.
Primeiro passámos pela Idade Moderna, depois pela Contemporânea, e agora é que estamos na Idade Média…
Não é isso, Vítor Luís? Com touradas, missas, procissões, vacadas, sangue, muito sangue, morte em praça pública, essas coisas todas na mesma arena… BRAVO!