Terça-feira, 26 de Janeiro de 2021

Quando a pandemia acabar, não queremos regressar à normalidade, nem a um novo normal, queremos regressar a um Mundo Novo…

 

… como o idealiza e reflecte a escritora e professora universitária Idalete Giga.

Ser emocionalmente racional é a palavra-chave, para o Mundo que aí vem. Esta é a mensagem.

Isabel A. Ferreira

 

Paraíso.jpg

 

«O Vírus Justiceiro, como eu lhe chamo, veio acordar o mundo e avisar a Humanidade inteira de que temos urgentemente de mudar de vida, ou seja, os nossos hábitos em todas as áreas do quotidiano. Mas não são só os nossos hábitos que terão de mudar radicalmente. É o paradigma económico, financeiro, educacional, cultural, etc. em todo o planeta que mudará para melhor.

 

Adeus capitalismo selvagem. Adeus reino da quantidade. Adeus exploração desenfreada. Adeus offshores. Adeus fabrico de armas. Adeus tráfico de seres humanos, de droga, de armas (!). Adeus prostituição. Adeus mercados bolsistas que se regulam pelo absurdo, pelo enriquecimento ilícito, pela completa IRRACIONALIDADE. Adeus mundo do ódio, das guerras absurdas que são alimentadas pelo negócio criminoso, altamente repugnante e desumano da venda de armas. Quem as vende aos países em guerra? Os EU, a China, a Rússia, a Alemanha, a Itália, a França, a Espanha, etc. , etc.. Portugal não vende, mas compra. E eu pergunto: para quê?» (Idalete Giga)

 

***

 

brain-vs-heart.jpg

 

Emoção versus banalidade

 

Ser banal

É ser vulgar

E não se emocionar

Quando passa

No caminho da vida

E apenas vê

De fugida

O chão que pisa

 

Ser banal

É ser vulgar

E não se emocionar

Com o assobiar

Do vento

O canto dos pássaros

O canto do mar

O cintilar das estrelas

A lua cheia

A beijar o oceano

Com a sua luz prateada

O sol a nascer

No fim da madrugada

Ser banal

É ser vulgar

E não se emocionar

com os campos em flor

O ouro das árvores

Os poentes de fogo

As lágrimas da chuva

 

Ser banal

É ser vulgar

E não se emocionar

Com a ternura

De um canto de embalar

 

Ser banal

É ser vulgar

 E não se emocionar

Com a profunda tristeza

No olhar

De uma criança abandonada

 

Ser banal ´

É ser vulgar

É não ter compaixão

É ter medo de amar

Tudo o que pulsa

Em constante vibração

Subindo

E convergindo

Para o Infinito. 

      

Idalete Giga

Paço de Arcos, 17/ Dezembro/2020

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:23

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Quarta-feira, 9 de Dezembro de 2020

Covid-19: «Do Pânico e Outros Monstros»

 

Até que enfim que encontro alguém que, nesta questão da Covid-19, põe os pontos nos is, com a lucidez requerida.  

 

Um texto do Dr. Pedro Girão, Anestesiologista na empresa Hospital da Luz Arrábida e responsável de Anestesiologia na empresa Hospital de Magalhães Lemos, E.P.E.

 

PÂNICO - DR. Girão.jpg

 

Por Pedro Girão

 

«DO PÂNICO E OUTROS MONSTROS»

 

O tema do Covid cansa. Após uns dias de pausa, venho resumir o essencial das minhas posições.

 

Sou médico há 31 anos. Acredito em doenças infecciosas, em bactérias, vírus e fungos, acredito nos tratamentos e soluções que a Medicina “clássica” foi e vai encontrando: anti-sépticos, antibióticos, anti-víricos, vacinas, etc. Acredito na eficácia das máscaras e no seu uso obrigatório em situações específicas. Acredito na necessidade de isolamento de doentes em situações concretas. E acredito que cada tratamento e cada medida têm o seu lugar próprio, o seu tempo próprio e o seu uso sensato.

 

Dito isto, defendo (desde o início, conforme está escrito e gravado) que o modo como se encarou e geriu o Covid é profundamente insensato e errado, a nível global. Houve um erro de análise e um erro de resposta, como sempre acontece quando se entra em pânico. E o que temos visto, desde o início, é isso mesmo: o mundo a ter um ataque de pânico. E eu, como médico, pelos mesmos motivos que me fazem acreditar em tudo o que listei acima, acredito também que um ataque de pânico é uma resposta patológica e que necessita de tratamento. Mas faço parte de uma minoria, pois a maioria das pessoas permanece no pânico ou alimenta o pânico.

 

O principal mediador desse ataque de pânico foram e continuam a ser os media. Desde o início, o foco não está nos doentes nem em quem precisa, o foco está em quem tem medo de ficar doente, que é naturalmente toda a gente (e em Portugal isso foi fácil pois o exemplo veio de cima, desse expoente máximo da cobardia hipocondríaca que temos como presidente). Desde o início, o foco não está em proteger a saúde das pessoas, o foco está em aplicar medidas de efeito duvidoso, ainda que indirectamente atacando a saúde das pessoas. Desde o início, o foco não está na sociedade, está no indivíduo que se vê a si mesmo como o centro do mundo.

 

Na minha opinião, a única saída era e ainda é manter a calma, proteger os vulneráveis, apostar no sistema de saúde, preparar as pessoas para a normalidade do que se ia passar e do que se está a passar. Anormal é considerar que uma doença auto-limitada coloca em risco todo o mundo. Anormal é impor medidas sem saber as consequências (com a tranquilidade de saber que, tenham ou não efeito, no final se pode sempre ter a desfaçatez de dizer que sem elas teria sido pior). Anormal é procurar saídas rápidas e mal estudadas (e sim, as prometidas vacinas estão nesse grupo de coisas excelentes mas que não foram suficientemente avaliadas). Anormal é esperar o Messias quando a solução está em nós.

 

Lamentavelmente, este assunto tornou-se num campo de batalha entre extremos, o que não faz qualquer sentido, e cansa também. Uns e outros, contra e a favor, em tudo e por tudo. Discussões, agressões e insultos. Máscaras, confinamentos, vacinas, tudo serve para o mesmo fim inútil. Lembra-me um casal que discute, sem sentido, a propósito de todos os assuntos. Mas a discussão num casal, em cujos pormenores cada um pode mostrar que tem mais razão, esconde apenas uma verdade: a falta de amor. E o que eu vejo à minha volta, nas medidas e regras estúpidas, nos encerramentos do atendimento ao público, nas limitações de deslocamentos, no impedimento de visitas, nas proibições mesquinhas, o que eu vejo em tudo isso não são medidas científicas (porque não as são, mas isso é outra conversa), é desprezo pelos outros, é individualismo selvagem, é insensibilidade, é falta de amor.

 

É pena que seja essa a política oficial, é pena que seja essa a vontade apoiada pela maioria. Quem está doente nunca toma boas decisões, mas o ataque de pânico tornou-se crónico e estou cansado de alertar o(s) doente(s) para o que não quer(em) ver. Parafraseando Almada Negreiros, se isto é Portugal, eu quero ser espanhol - mas neste caso Espanha está igual, todo o mundo está igual, e o Inverno em Marte está desagradável. Resta, portanto, deixar passar o tempo, e esperar que o mundo, doente e em pânico, não se suicide na ânsia de uma cura que é impossível, porque o monstro é a sua própria sombra.

 

Fonte: https://www.facebook.com/photo/?fbid=10225725208415942&set=a.3119140256439

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:37

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Segunda-feira, 14 de Setembro de 2020

Há alguma coisa errada no pandemónio gerado pela Covid-19

 

Que há alguma coisa errada nisto tudo, é uma grande verdade. Também tenho confiança no desmascaramento desta "coisa", que traz o mundo refém do medo.

 

A ver se eu entendo! – um texto de João M. Félix Galizes para ler e reflectir.

 

CONFINAMENTO.jpg

 

«A ver se eu entendo!

 

Então em Fevereiro a Directora-Geral da Saúde. Graça Freitas dizia que o vírus da China não ia chegar a Portugal.


E afinal, dizem que chegou em Março.
Agora, em Agosto, já sabem que vão precisar de encatrafiar as pessoas novamente em prisão domiciliar, no Natal!? 🤔


Já sabem isso com tanta antecedência!? 🤔
Ou vão falhar novamente, ou se acertarem, então, é porque o plano terá conseguido ser posto em acção, não o vírus.


As pessoas mais distraídas deveriam despertar e perceber que há um plano para desestruturar a ordem natural. Então, trancam as pessoas em casa, disseram que era para protegê-las, e agora vêm, outra vez, assustar as pessoas, dizendo que "a maioria dos novos casos surge no seio familiar"? Isto é de loucos, e não tem razoabilidade científica. As regras que são alteradas a cada momento não têm lógica. Mas as pessoas acreditam na receita dos mentirosos.


Já vos retiraram a Páscoa, e vocês acreditaram que era para o vosso bem. Mais tarde, adeus Natal! E tu com medo do vírus mortal. O vírus está no Poder, na AR, na PR, na Magistratura, e nas sociedades secretas que dominam a sociedade e as instituições, e não em cada uma das habitações da população.


Se acreditarem nisto, eles vão criar outros vírus sempre que precisarem disso, para vos manter em prisão.


Garanto-vos, que se eu não tivesse confiança em que esta farsa vai ser revelada em breve, preferia MORRER por causa do vírus, ou doutra treta qualquer, do que continuar a viver com medo de morrer, e sem liberdade. ;)

Vivam sem medo de serem felizes! ;)»

JmfG

 

Fonte:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1469505129906094&set=a.115100005346620&type=3&theater

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:01

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Sexta-feira, 12 de Junho de 2020

O Padre António Vieira, erguendo a sua voz contra os colonos europeus, dedicou a sua vida aos escravos, negros e indígenas brasileiros

 

Mas a ignorância é a mãe da estupidez. Sempre foi, em tudo.

 

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Quem, ontem, vandalizou a estátua do Padre António Vieira, erguida no Largo Trindade Coelho (Bairro Alto - Lisboa), além de vândalo(s) é (são) ignorante(s) ao mais alto grau.

 

É no que dá os governos menosprezarem o ESTUDO DA HISTÓRIA, que querem apagar, por motivos dos mais estúpidos, até porque a Humanidade tem uma História, e goste-se ou não das barbaridades que se cometeram, em nome dos homens ou em nome dos deuses, elas existiram, e têm de ser recordadas para que as gerações futuras não as repitam, se bem que haja quem não consiga aprender o mínimo dos mínimos.  

 

E uma coisa é erguer-se estátuas a indivíduos que na sua época foram “heróis”, outra coisa é perpetuar a memória dos actos que esses "heróis" cometeram contra a Humanidade, e isso faz-se através do estudo da História, sem a apagar e não a lendo à luz dos valores do século XXI d. C. Num futuro muito longínquo, isto é, se houver futuro,  talvez os "heróis" do nosso tempo também sejam desconsiderados e anulados pelos crimes cometidos contra os seres humanos, contra os seres não-humanos e contra o Planeta.

 

Não foi o caso do Padre António Vieira, que ergueu a sua voz contra os colonos europeus, e dedicou a sua vida aos escravos, aos negros e aos indígenas brasileiros.

 

E a National Geographic, num texto escrito em Bom Português, dá-nos uma pequena lição de História, acerca do padre António Vieira, que qualquer um, que esteja interessado, pode aprofundar com a ajuda de uma Enciclopédia.

 

Espero que os nossos governantes tenham aprendido alguma coisa, com este triste episódio, e tratem de incluir, no currículo escolar, o estudo da História, e não apenas pedaços da História, que mais convêm a quem não tem uma visão global da Humanidade e do seu percurso, para que possamos ter um futuro livre de um vírus chamado estupidez, que anda a atacar países como os EUA e o Reino Unido e, ao que parece, Portugal também.

 

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«Padre António Vieira, defensor dos Índios»

 

A descoberta do Brasil provocou o choque entre duas culturas em diferentes estados de evolução. Entre conquistadores e conquistados, a voz do padre António Vieira ergueu-se contra os abusos dos colonos europeus.

 

Nasceu em Lisboa em 1608 e viajou muito novo com a família para São Salvador da Bahia.

 

Com 15 anos, iniciou o noviciado na Companhia de Jesus e, aos 26, foi ordenado sacerdote. Na hora de fazer os votos, Vieira terá acrescentado um quarto voto especial: o de dedicar a sua vida aos escravos, negros e índios do Brasil.

 

Com a Restauração, viajou para Lisboa e permaneceu na Europa durante os 11 anos seguintes. Tornou-se Pregador de Sua Majestade, confidente e amigo pessoal de Dom João IV, e os seus sermões cedo causaram sensação na capital. Em Novembro de 1652, o padre António Vieira trocou a vida cortesã da Europa pelas paragens remotas da selva amazónica, onde viu a oportunidade de realizar a sua verdadeira vocação num território que via os escravos, os índios e os negros como a sua principal riqueza.

 

Nove anos depois, o conflito com os colonos atingiu um ponto insustentável. Vieira foi expulso com os jesuítas do Maranhão e embarcado à força para Lisboa. Os índios perdiam um dos seus mais fervorosos defensores.»

 

Fonte:

https://nationalgeographic.sapo.pt/historia/actualidade/1719-padre-antonio-vieira-defensor-dos-indios?fbclid=IwAR3R6tNQOWU9_ZcaWoK8zCjsABrpyYgBv4H6D5X4vQ-OPbgGhKd3EV4VMtM

 

***

«Repondo alguns factos históricos:

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Sinceramente, até desconfio que quem vandalizou a estátua do Padre António Vieira, em Lisboa, foram os neonazis do "Bosta!" para incendiar os ânimos (uma técnica típica neonazi...); mas, seja como for, é importante repor aqui os factos históricos.



António Vieira foi um pensador muito avançado para o seu tempo. Não era um colonialista, até foi expulso do Brasil por se opor aos colonos, ao modo como escravizavam e oprimiam os ameríndios e os africanos, e pregou e escreveu copiosamente contra a escravatura. Foi também perseguido pela Inquisição por ter uma visão de síntese espiritual inclusiva e multicultural que se opunha ao anti-semitismo e anti-islamismo do 'santo ofício' português.


Em suma, se há uma figura histórica portuguesa que em absoluto não merece o rótulo de colonialista e esclavagista é precisamente o Padre Vieira.


É preciso afirmar aqui que, se fosse vivo, António Vieira, homem vertical e corajoso, estaria pregando e escrevendo contra o fascismo, o nacionalismo, o racismo e o monoculturalismo do extremismo ideológico.


Portanto, os neofascistas nacionalistas que tenham o pudor de não instrumentalizar essa figura que se situa nos antípodas da sua miserável visão fanática monocultura racista.



E os activistas anti-racistas que aprendam História, e canalizem a sua energia para o futuro, apreendendo as lições da História que nos diz que quem gosta de apagar, decapitar e vandalizar vestígios do passado são precisamente os fascistas... Não é através do niilismo destruidor que algo de evoluído e benéfico poderá ser construído. Os fins não justificam os meios; os meios devem já em si prefigurar os fins que desejam.



Ainda umas palavras sobre o derrube e decapitação de estátuas em vários países na esteira de 'protestos' ‘anti-racistas’.

O passado não pode, ou deve, ser apagado, seus aspectos negativos devem ser ultrapassados aqui e agora dentro do Espírito humano, criativamente e construtivamente sublimados e transmutados, apreendendo as suas lições, e evoluindo através delas.

A História é o longo percurso de aprendizagem da espécie humana, percurso feito de muitos erros e horrores, mas um caminho que também possibilitou que paulatinamente ideias luminosas como os direitos humanos, a democracia, o multiculturalismo, o universalismo, o anti-racismo, a inclusão, pudessem expandir-se e enraizar-se. Não deitemos fora o bebé com a água suja do banho!

Viva o exemplo espiritualista luminoso do Padre António Vieira! Abaixo todos os extremismos! Todos os fascismos (que existem em ambos os extremos ideológicos)!
Paz e Unidade!

Miguel Santos»

 

Fonte:

https://www.facebook.com/MiguelSantosescritor/photos/a.617760231734790/1540741862769951/?type=3&theater

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:21

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Quinta-feira, 11 de Junho de 2020

«Touradas em tempos de pandemia»

 

«O desespero destes tristes autodenominados "artistas", marginalizados pela maioria dos que fazem das artes, da criatividade e do talento o seu ganha-pão, é tal que decidiram expor-se da forma mais ridícula e ultrapassada que só as suas mentes limitadas conseguiram (…)»

 

Um texto de Teresa Botelho no Blogue Retalhos de Outono.

 

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Toureiros acorrentados, fazem pose em frente ao campo pequeno...

Imagem: Farpas Blogue

 

Por Teresa Botelho

 

«Vivemos tempos difíceis e inesperados!

 

A confiança que adquirimos ao longo dos tempos e a catadupa de novas descobertas científicas, tornou-nos afinal tão ignorantes que não nos deixou sequer imaginar que a Natureza nos iria penalizar com um vírus misterioso e incontrolável que nos limitaria as liberdades mais básicas, despertando em cada um de nós o medo e varrendo o mundo de cima a baixo! 

 

A destruição e o desrespeito tocou o insustentável e este Planeta, outrora azul, tornou-se cinzento, após todos os avisos que nos enviou, mas que sempre recusámos ver.

 

Destruímos espécies animais, florestas, ecossistemas, derrubámos e ocupámos tudo o que encontrámos pela frente, poluímos os oceanos e envenenámos o ar, transformando a nossa espécie, numa feroz predadora, empenhada em aniquilar-se a si própria através de selecções raciais, étnicas e especistas.

Mas será que um simples vírus invisível nos irá ensinar alguma coisa?

 

Acreditar em boas intenções, não é coisa que se encontre ao virar da esquina e até o Pai Natal, se calhar já comeu as renas, e prefere agora cruzar os céus de avião...

 

É evidente que o que agora interessa, é domesticar este vírus, sem pensar em qualquer outro, mais feroz que possa aí aparecer, retomando a vidinha de antes, porque a economia assim o dita e as tradições também... 

 

Portugal que é afinal o país que aqui nos interessa analisar, fechou-se,  tentando agora reabrir com máscaras e desinfectante, mas será que andar de máscara, consegue ocultar o íntimo de quem a usa, ou a desinfecção compulsiva é suficiente para limpar a baixeza dos sentimentos de quem sempre fez da tortura o seu espectáculo e desporto favorito?   

 

É sem sombra de espanto que se continua a verificar a ausência de qualquer aprendizagem, a continuação dos argumentos batidos e a pouca noção do ridículo que caracterizam uma certa fasquia menor do nosso povo!

 

Este vírus que afinal, fez questão de só infectar animais humanos, conseguiu a proeza de salvar as centenas de touros que durante alguns meses iriam divertir, à custa das suas vidas e do seu sangue, muitas sanguessugas ávidas dessa aberração a que chamam "arte"!

 

O desespero destes tristes auto denominados "artistas", marginalizados pela maioria dos que fazem das artes, da criatividade e do talento o seu ganha pão, é tal que decidiram expor-se da forma mais ridícula e ultrapassada que só as suas mentes limitadas conseguiram, mas perante esta comédia de protagonistas de meia tigela, talvez este fosse o  tempo dos nossos governantes pensarem que urge dignificar a verdadeira cultura, tão premente nos dias que passam para os portugueses, cada vez mais afastados dela, entre populismos baratos, futilidades, pobreza e profundas lacunas de literacia. 

      

 "A educação não transforma o mundo.  

 Educação muda as pessoas.  

 Pessoas mudam o mundo" 

Paulo Freire (inesquecível amigo dos serões de Bissau)»

 

Fonte:

https://retalhosdeoutono.blogspot.com/2020/06/touradas-em-tempos-de-pandemia.html?showComment=1591882254375#c4454274217042182839

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:27

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Segunda-feira, 11 de Maio de 2020

«O vírus, o Estado social e o nosso modo de vida»

 

«Fomos obrigados a deixar a “fast-vida”, a correria, o massacre da competição e do tempo sem tempo. Com burnout, agora, só os profissionais de saúde. E se pudéssemos aproveitar para mudar?»

 

Um texto de leitura obrigatória.

 

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Por:

Isabel do Carmo/Jaime Teixeira Mendes/João Durão Carvalho/Martins Guerreiro

 

«Médicos, um engenheiro hospitalar e um militar, integrados em respectivas associações, entendem juntar-se para em conjunto exprimir que esta pandemia nos coloca problemas políticos que dizem respeito ao Estado em geral e ao Estado social em particular, ao desempenho dos vários actores políticos nesta crise e ao nosso Serviço Nacional de Saúde (SNS). Colocam-se também questões sociais e até filosóficas mais latas, relativas ao ser humano no ecossistema e no modo de vida.

 

Vários pensamentos esperam do Estado coisas diferentes. Alguns esperam segurança e voz de comando. Outros, como nós, esperam, para além disso, o funcionamento do Estado social. O que é que este significou e significa. Foi a seguir à Segunda Guerra que o Estado Social se corporizou. As decisões dos governos das democracias foram tomadas após grandes movimentos das massas trabalhadoras em geral e dos sindicatos em particular. Portugal, Espanha e Grécia ficaram debaixo do tapete das democracias e bem sabemos as consequências. O espírito que atravessou as democracias, com liderança do Reino Unido e dos países escandinavos, consistiu na nacionalização das grandes indústrias e do caminho-de-ferro. Num levantamento de estruturas de habitação, de saúde e de educação a partir do Orçamento Geral do Estado. Constituído este a partir de impostos progressivos de acordo com o rendimento. Foi um grande salto para diminuir a desigualdade entre as pessoas, com a qual elas nascem. Foram precisos 30 anos para Portugal, após Abril de 1974, adoptar a mesma estrutura, estabelecendo-se informalmente após a revolução, mas só se tornando lei em 1978. O SNS estabeleceu-se e a sua concepção é idêntica à do Reino Unido e dos países escandinavos. Chama-se beveridgiana porque o seu legislador em Inglaterra foi Beveridge. Os outros países da Comunidade Europeia também têm cobertura universal mas na base de seguros obrigatórios ou segurança social.

 

O problema é que a nossa legislação foi na contra-onda que entretanto se estabelecia na Europa e nos EUA em 1979/80, com R. Reagan e M. Thatcher. Para esta última, segundo as suas palavras, não havia “sociedade”, só havia “indivíduos”. A partir daí o pensamento progressivamente hegemónico foram as privatizações das fontes de rendimento do Estado e a redução progressiva dos serviços públicos a favor da “concorrência” com os privados. Porque o espírito foi e é: mercado, concorrência, individualismo. Está expresso na Lei de Bases da Saúde de 1993, aprovada por um parlamento com maioria de direita.

 

O nosso medíocre cavaquismo foi o thatcherismo luso, inspiração para uma grande parte da direita portuguesa. Liberais, com várias designações, que falam contra a “carga fiscal” (ressalva-se as dificuldades das pequenas e médias empresas), sabendo que é daí que vem dinheiro para a educação e a saúde, falam contra as “taxas e taxinhas”, quando são aplicadas às bebidas açucaradas, são os que falam em “menos Estado, melhor Estado” (mas qual é que escolhem?). Infelizmente, a pandemia veio demonstrar o que é ter ainda algum Estado social ou não ter nenhum, como acontece nos EUA.

 

A resposta da Direcção-Geral da Saúde (DGS) e do Ministério da Saúde (MS) foi adequada, serena e resistente ao desgaste do trabalho exaustivo, e dos ataques directos ou enviesados. Duas mulheres sem experiência de uma pandemia, porque ninguém a tem, enfrentaram a crise com inteligência e coragem, tomando medidas proporcionais. O primeiro-ministro tem a liderança necessária com a mesma sabedoria. Realce-se o conhecimento transmitido por cientistas portugueses, virologistas, infecciologistas, pneumologistas, epidemiologistas ao nível do melhor pensamento internacional. Não é por acaso. Tiveram formação e experiência no SNS. Os profissionais de saúde têm feito um trabalho extraordinário com risco de vida, como se constata pelo número de infectados em percentagem superior ao da população em geral. Continuem nesse caminho de generosidade e profissionalismo.

 

Não é de estranhar, mas é de denunciar o aproveitamento político daqueles que acham o momento bom para atacar a DGS e o MS, evidenciando carências que existem e outras que poderão vir a existir. Mais não fazem do que alarmar, lançando o pânico. Não é boa altura para guerrilhas. É igualmente de denunciar todos os aproveitamentos comerciais de grandes empresas fornecedoras.

 

Nós sabemos que há muitas questões a colocar no futuro relativamente ao SNS: orçamentação, estrutura hospitalocêntrica, necessidade de auto-suficiência em grande parte dos meios auxiliares de diagnóstico nos Cuidados Primários e articulação destes com os centros hospitalares, retenção dos jovens especialistas no serviço público através de estímulo material (muitos estão agora nas urgências dos privados e bastante falta nos fazem no SNS), substituição e actualização tecnológica de equipamento. Destacamos a perda de 4000 camas de agudos no SNS desde 1995 (de 25.000 para 21.000), agora com 2,1 camas por mil habitantes, macas nos corredores e taxas de ocupação superiores a 90% em vez dos normais 85%. Camas públicas e privadas, temos 3,3 camas por mil habitantes, a França tem 6,2 e a Alemanha 8,2 (Fonte: Eurostat, 2017). Consequência de muitos anos de politica neoliberal com enorme investimento e crescimento dos serviços privados. Para que servem agora? Seria interessante perguntar porque só a 23 de Março os hospitais privados, Luz e Lusíadas, admitem doentes com covid-19 . O que é que têm feito aos doentes com covid que lhes aparecem? E os ventiladores da CUF vieram sozinhos ou com doentes? É certo que a CUF no Porto e na Infante Santo ofereceram-se para entrar na rede. Mas a que preço? E qual é o preço dos testes que fazem? Os serviços privados ofereceram-se também para receber doentes não contaminados para libertar camas do público. A que preço? E qual é o jogo do mercado no fornecimento de materiais de defesa da desinfecção? Tudo isto devia ser transparente.

 

Verifica-se também que a União Europeia só serve para regular mercados financeiros. Não tem nenhum mecanismo para actuar em casos de pandemia ou catástrofe humanitária. Acentuam-se já as assimetrias dos países do sul da Europa em relação aos do norte. A falta de solidariedade europeia contrasta com a solidariedade da China e Cuba. O tempo é de solidariedade e não de egoísmos nacionais ou de grupo.

 

No meio do infortúnio torna-se dia-a-dia evidente, através dos contactos à distância, que as pessoas estão a gostar de se sentir no colectivo, que encontraram tempo e paciência para a família, que os sentimentos bons ressurgiram, o desfrute da arte erudita e popular aconteceu. Fomos obrigados a deixar a “fast-vida”, a correria, o massacre da competição e do tempo sem tempo. Com burnout, agora, só os profissionais de saúde.

 

E se pudéssemos aproveitar para mudar?

 

É também altura para lembrar que não vivemos sozinhos na terra. Não somos os reis do Universo, nem este é humanocêntrico. Os vírus e muitos outros seres vivos coexistem connosco num ecossistema. Não é Satanás, nem uma conspiração. É o acaso ou é aquilo que cabe no nosso enorme desconhecimento. Mas será a ciência, a divulgação, a paixão de saber que, tal como o vírus, não podem ter preço nem fronteiras, a permitir que se vença este inimigo, tal como já foram vencidas muitas bactérias e como foi prolongada a esperança de vida nos países desenvolvidos.»

 

Isabel do Carmo, médica, professora da Faculdade de Medicina de Lisboa, associada da Associação de Médicos Portugueses em Defesa da Saúde (AMPDS); Jaime Teixeira Mendes, médico, presidente da AMPDS; João Durão Carvalho, Engenheiro, membro da direcção da Associação de Técnicos de Engenharia Hospitalar Portuguesa; Martins Guerreiro, almirante, militar de Abril

 

Fonte: https://www.publico.pt/2020/03/27/sociedade/opiniao/virus-estado-social-modo-vida-1909170

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:47

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Domingo, 19 de Abril de 2020

«O “vírus” esquecido…»

 

(Recebido via-email)

 

«Chegou a hora de todos os que governam a Terra se perguntarem porque razão há tanta desigualdade social, tanta miséria, tanta fome, tantas crianças a morrer de fome. Deste vírus, que foi esquecido, ninguém fala (!)»

 

Vírus esquecido.jpg

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:11

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Segunda-feira, 6 de Abril de 2020

«Enquanto as ruas estão vazias, as condições para o próximo vírus já estão a ser preparadas»

 

Um texto com pernas e cabeça e penas de aves…

Obrigatório ler.

Só os cegos mentais não conseguem ver o óbvio, que há tanto tempo entra pelos olhos dentro, de todos os povos do mundo.

 

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Por Paulo Veiga

 

«Entre 1918 e 1919 uma versão melhorada do Influenza H1N1 matou cerca de 50 milhões de sapiens, mais do dobro do que a recém-terminada I Guerra Mundial. Nessa altura não se sabia o que originava a chamada “gripe espanhola”, mas hoje sabemos o que são vírus e como surgiram entre nós. Vieram dos animais que comemos.

 

A ciência genética dá uma ajuda: o vírus do sarampo deriva de um seu primo que ataca os bovinos, o da peste bovina. Até hoje, nas áreas onde não há vacina, o sarampo mata mais de meio milhão de sapiens por ano. Imagine-se o "nosso mundo" sem vacina.


Se o sarampo veio da criação de vacas, a gripe é filha das pocilgas e galinheiros. O caminho do influenza começa nas aves selvagens que carregam o vírus sem ter como infectar sapiens. Mas estes arranjaram maneira de isso acontecer.

 

Durante as suas migrações, as aves selvagens acabavam por beber água nos reservatórios das criações de galinhas. E também faziam as suas necessidades por lá. Como galinhas e porcos sempre foram criados juntos, não demorou que surgisse um vírus mutante dessa gripe aviária capaz de atacar os suínos… Agora é imaginar a quantidade de mutações e combinações proteicas que ocorreram em milhares de anos nos laboratórios com pernas que são os porcos.


Neste momento em que os sapiens vivem quase tão assustados como porcos a caminho do matadouro, colocam-se algumas opções: ir para a janela bater palmas e cantar o hino nacional; dar ouvidos aos profetas do apocalipse que asseguram que iremos morrer todos (esta parte é verdade); encomendar pizzas pela Internet; testar os dotes matemáticos ou de adivinhação sobre o número de mortos do dia seguinte; pensar em acções verdadeiramente inteligentes e éticas.

 

Pronto, se não for pela ética, ao menos que seja pela inteligência.

 

Fonte:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=3035826786439152&set=a.101135483241645&type=3&theater

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:35

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Sexta-feira, 20 de Março de 2020

O homem-predador está ao nível dos vírus e das bactérias que flagelam a vida no planeta Terra

 

 

Uma das razões pela qual considero o homem-predador inviável como “espécie”, é porque ele é uma das poucas e raras criaturas, entre as demais, que precisa destruir para evoluir. O homem-predador mata, sacrifica e destrói tudo por onde passa, na sua busca inglória pela evolução, desejo, ganância e ambição... É uma espécie única, entre os milhares de criaturas existentes sobre a face da Terra,  com excepção dos vírus e bactérias, aos quais se iguala, uma vez que age da mesma forma!

 

Num momento em que a espécie humana está a ser posta à prova por um organismo invisível e todo-poderoso, que nos cerca, sem que saibamos por onde nos cerca, sugiro uma reflexão a partir deste texto, que nos leva a ter a certeza de que nada acontece por acaso, e que o novo coronavírus veio com uma missão muito clara: parar o mundo, para que o homem-predador deixe de ser predador e passe a ser apenas o HOMEM, ou seja, aquele que protege (não destrói) o Planeta e todas as outras espécies dos Reinos Animal e Vegetal, e as águas e os rios e os mares e os oceanos e o ar, enfim, todo o meio ambiente… 

 

Isabel A. Ferreira

 

HOMEM PREDADOR1.jpg

 

 «Pegada humana»

 

Pegada humana.jpeg

 

O impacto destruidor das nossas acções é visível no nosso Planeta.

 

A situação da Terra é desesperante. Um número reduzido de habitantes deste Planeta vai causando um dano potencialmente irreversível ao Planeta, esgotando os seus recursos e colocando em risco o futuro de todas as espécies, humanas e não-humanas.

 

Os cientistas dizem que se cada um de nós, não reduzir de forma significativa o impacto no meio ambiente, em duas décadas ultrapassaremos o ponto de não retorno, além do qual o Planeta mudará irreversivelmente, a despeito de todas as medidas.

 

O grande problema é que a vida não será nada agradável ou sustentável para a espécie humana. O estrago que estamos a fazer é resultado do nosso estilo de vida. Todas as nossas acções exercem um impacto sobre o mundo natural. Assim, qualquer mudança de rotina, desde que acordamos até à hora de voltarmos para a cama é uma oportunidade para podermos cuidar do planeta.»

 

Fonte:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=254356554632369&set=a.231292166938808.52391.100001740791934&type=1&theater

 

HOMEM PREDADOR3.jpg

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:17

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Terça-feira, 17 de Março de 2020

«Virulências [crónicas da peste]»

 

Um bem-humorado panorama viral, da autoria de Ricardo Álvaro, no Blogue Malomil, porque a brincar também se dizem coisas sérias.

 

[o autor destes arremedos febris não respeita o Desacordo Ortográfico, escreve segundo a ortografia antiga e testa negativo por natureza]  (Ricardo Álvaro)

 

Virulencia.jpg

Origem da imagem: https://queconceito.com.br/wp-content/uploads/2014/08/Virulencia.jpg

 

«Última Hora: Coronavírus fica de quarentena depois de contagiar classe política. Vírus pode não sobreviver ao contágio. 

*

Breve e inevitavelmente, os militares sairão à rua para tentar controlar o caos causado pela pandemia. Pelo sim, pelo não, distribuam cravos e cantem canções de resistência. Pode ser que desta vez corra melhor. 

* 

Governo pondera proibir ajuntamentos em hospitais e centros de saúde. Só serão recomendados e autorizados ajuntamentos em cemitérios.

*

Devido à pandemia, os bancos anunciaram que vão passar a funcionar à porta fechada. Não há nenhuma novidade nesta medida. Os bancos portugueses sempre funcionaram à porta fechada.

*

Autoridades decidiram encerrar centros comerciais, praias, feiras, missas, discotecas, etc., e suspender o campeonato de futebol. Se conseguirem cancelar as telenovelas e os programas da manhã dos canais nacionais, Portugal poderá ainda vir a ser um país civilizado.

* 

Imaginem que um cidadão preocupado, depois de apresentar sintomas, faz o teste da gravidade e que o resultado é positivo. Pergunta inevitável: o vírus, é menino ou menina? 

* 

Quarentena: mais vale quarenta dias encerrado na despensa de casa do que 15 dias deitado na cama de um hospital.

*

Álcool esgota em farmácias, supermercados, bares e lojas de conveniência. Afinal, os alcoólicos tinham razão. 

* 

Não se esqueça de manter os hábitos de higiene: lave as mãos com água e sabão e guarde o álcool para tirar as nódoas mais difíceis.

*

Será desta, finalmente, que os clássicos vão ser lidos?

*

PARA OS FANÁTICOS E IMBECIS DEPENDENTES DAS NOVAS TECNOLOGIAS

QUE ANUNCIARAM COM ESTRONDO O FIM DO PAPEL

Agora, ide pelos vossos dedos e limpai o cu aos vossos tablets.

*

Está provado que as invasões bárbaras do turismo não fazem bem à saúde de ninguém (excepto à Renova).

*

Quando o papel higiénico esgotar (que, acreditem, esgotar-se-á antes da nossa finita paciência), lembrem-se do Diário da República, dos contratos precários, dos recibos verdes e de todos os volumes obrados por autores bestsellers que circulam por aí.

* 

Calma, não é ainda o fim do Mundo, é apenas o fim do papel higiénico.

*

Procura-se: rolo de papel higiénico por estrear. Dão-se vísceras.

*

Pela nossa saúde, não deixem esgotar o álcool nem a ração para animais.

*

Da China, nem bons unguentos nem bons sacramentos.

*

Reconhecemos que vêm aí tempos difíceis quando vemos um tipo desesperado entrar num luxuoso Jaguar com duas latas de sardinha compradas ao preço de marisco vivo. 

* 

Depois de uma visita breve ao supermercado, concluo que a Civilização está de quarentena.

*

Conselho [glosa]:Mantenha os amigos sempre por perto e os víveres mais perto ainda.

*

Ando a dizer isto desde sempre: o melhor que podemos fazer para proteger os amigos e familiares é não os visitar.

*

Calma, não vos precipitais sobre o abismo da barbárie, o pior ainda está por vir.

*

A Existência é uma experiência de quase-vida.

* 

Recomendação [glosa]: sepultar os vírus, cuidar dos mortos e fechar os aeroportos.

____________________________

Ricardo Álvaro

 

[o autor destes arremedos febris não respeita o Desacordo Ortográfico, escreve segundo a ortografia antiga e testa negativo por natureza]

Fonte:

https://malomil.blogspot.com/2020/03/virulencias-cronicas-da-peste.html?spref=fb&fbclid=IwAR0uKZsUzgPVQOS6CsBOvpwp6h1dVd1OviMOwTv0VYWMxVtvufGQuBGq12g

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:04

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