«(…) Foram divulgadas as estatísticas oficiais da Inspecção Geral das Actividades Culturais que nos dizem que as touradas perderam, mais uma vez, público em 2015.
Os números indicam ainda que só nos últimos 5 anos (2010-2015) as touradas perderam 42% do público em Portugal! É uma excelente notícia que temos muito gosto em partilhar convosco e que pedimos que divulguem o mais possível. É muito importante que a sociedade portuguesa perceba que isto está mesmo a acabar. Obrigado!»
Fonte:
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QUEIMA DAS FARPAS EM COIMBRA
«Cerca de 1.500 bilhetes vendidos ao público em geral em 2015. Mesmo que todos fossem estudantes, esse número representaria menos de 4% do universo total. Fará sentido o dinheiro de todos pagar os vícios de alguns?
Coimbra tem mais encanto sem garraiada na despedida.»
Assinem a petição:
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=QueimaDasFarpas
Fonte:
Texto de Josefina Maller
«Todos sabem (os meus leitores, claro!) que eu sou uma defensora acérrima dos animais (de qualquer animal, seja doméstico ou selvagem, do cão, do gato, da formiga ao hipopótamo, dos seus direitos, e de como os considero meus irmãos, porque somos seres da mesma Criação, com quem partilho o mesmo Planeta e a mesma Vida: respiramos o mesmo ar; bebemos da mesma água; alimentamo-nos do que a Natureza nos dá; temos as mesmas necessidades vitais, fome, sede, sono; sofremos as mesmas dores; somos fustigados pelo mesmo Vento; ilumina-nos o mesmo Sol; vela-nos a mesma Lua; abrasa-nos o mesmo Fogo; somos atingidos pelos mesmos flagelos da Natureza, pelas mesmas doenças, pelos mesmos martírios que nos infligem os animais humanos.
Porém, nem todos saberão porquê.
in «A Hora do Lobo», livro de Josefina Maller
Gosto dos animais não-humanos porque:
- São-nos fiéis em qualquer circunstância: nos bons e nos maus momentos; na fartura e na miséria; na saúde e na doença.
- Não têm vícios, não se embebedam, não se drogam...
- Não são rancorosos.
- Não usam da violência para maltratar os da sua espécie, a não ser em legítima defesa ou por uma questão de sobrevivência...
- Não matam por prazer.
- Não são cruéis.
- Não sentem ódio, nem escárnio.
- Não massacram.
- Não são terroristas.
- Não desprezam os seus.
- Não poluem as águas, o ar, o solo, o ambiente...
- Não fazem guerras.
- Não são bombistas-suicidas.
- Não destroem o seu meio ambiente.
- Não inventam armas mortíferas.
- Não sequestram os seus.
- Não violam os seus.
- Não torturam os seus.
- Não impingem o seu modo de vida a ninguém.
- Não são intolerantes.
- Não mentem nunca.
- São afectuosos.
- São pacifistas.
- Não são hipócritas, nem cínicos.
- São amorosos, perspicazes, laboriosos, inteligentes.
- Não agridem, se não os agredirem.
- Não são ladrões.
- Não são corruptos.
- Não são vigaristas.
- Não são traficantes de droga, nem de armas, nem dos seus.
- Respeitam as leis da Natureza e da Sobrevivência.
- Não andam no mundo só por ver andar os outros: intuem o verdadeiro sentido da vida, porque a vivem de acordo com a Lei Natural... que é forma mais inteligente de a viver...
Que motivos terei eu para não respeitar ou não gostar dos animais não-humanos ou de considerá-los inferiores a mim?»
Josefina Maller
Senhores candidatos:
O meu nome não importa.
Sou uma cidadã comum. De nacionalidade portuguesa. Faço parte do povo. Sou livre pensadora. Tenho os meus direitos e tenho os meus deveres.
Um dos meus direitos é votar.
E um dos meus deveres é denunciar os governantes que, tendo sido eleitos para servir o povo, servem-se a si mesmos e aos lobbies aos quais se vergam como uns lacaios.
Ainda estou indecisa. Votar ou não votar eis a minha questão, porque estou farta desta democracia podre. Estou farta das leis bastardas que uns legisladores, que nada percebem de leis, fazem aprovar, para depois não serem cumpridas.
Temos uma Constituição. E sabem o que descobri? Que nenhum governante neste país cumpre a Constituição. Nenhum.
Por que então o povo tem de cumprir leis bastardas e mal feitas e que são a vergonha do país?
Não li todos os programas políticos dos partidos concorrentes, mas não tenho dúvidas de que todos, de uma forma geral, mostrarão preocupações muito parecidas no que diz respeito às necessidades básicas da sociedade.
Falácias.
Será transversal a todos os partidos políticos que as preocupações e os objectivos prioritários sejam as crianças; os idosos; os desempregados; os mais frágeis; as questões sociais; saúde; a educação; a energia; o ambiente; enfim, tudo o que faz parte do quotidiano de uma sociedade que se quer harmoniosa, civilizada e evoluída.
Mas isto é transversal apenas nos discursos da campanha eleitoral.
Depois de eleitos fazem tudo ao contrário. A isso chama-se trapaça. E eu, como cidadã livre, e com direitos consignados na Constituição Portuguesa, não tenho de ser cúmplice dessa trapaça.
Portugal não tem caminhado para o futuro no que respeita a determinadas áreas, atrás referidas, como deveria ser normal, uma vez que está inserido na Comunidade Europeia. Não! Estamos na cauda da Europa. Um povinho pobre, a pedir uma esmolinha à Alemanha, e esta a colocar as suas mãozorras em cima de nós.
Enquanto isso os autarcas que se candidatam a estas eleições nos municípios taurinos gastam milhares de Euros a apoiar a actividade medieval da tauromaquia, algo que um povo evoluído rejeita. E o povo que passe fome. E as crianças que não tenham escolas. E os idosos que não tenham assistência. Que lhes interessa isso? O que importa é o lucro que a tortura dá a uns poucos.
Além de o nosso país estar atrasado em relação a muitas dessas aéreas, existe uma em que Portugal está integralmente atrás dos países mais desenvolvidos e evoluídos da Europa e do mundo: a falta de respeito e ética em relação aos animais não humanos.
Portugal resolveu parcialmente os seus problemas de racismo, de xenofobia, de sexismo, mas tem esquecido e ficado para trás na resolução do especismo, que ainda grassa na sociedade.
Somos um país da U. E. onde em pleno século XXI se continuam a praticar, a aplaudir e a apoiar costumes bárbaros, como as mais variadas modalidades de tortura de bovinos; a permitir circos com animais enclausurados; onde são abatidos milhares de cães e gatos todos os anos nos espaços de recolha municipais, apenas porque não existem leis que regulem os nascimentos descontrolados dos animais (que curiosamente fica mais barato que os abates); onde segundo o código civil, os animais estão equiparados a coisas (um animal será o mesmo que uma cadeira?); onde os touros e cavalos foram nesciamente excluídos do Reino Animal; onde é permitido o tiro aos Pombos, a luta de Cães, a caça e a pesca desportivas, enfim uma infinidade de crimes contra a Natureza, o chamado ecocídio, que estigmatiza o nosso país e coloca-o no rol dos países terceiro-mundistas.
Existem muitos candidatos às Câmaras Municipais taurinas cujo único objectivo é dar continuidade a esta política carniceira (que até dá os seus lucros) e servir os lobbies a ela ligada.
Outros já têm teias de aranha, e todos os vícios de quem está no poder há bastante tempo, como segundos...
Outros ainda, foram condenados por abuso de poder (como é o caso do candidato pelo PSD à Câmara Municipal da Póvoa de Varzim), outros por corrupção, mas continuam a insistir... E a lei permite que um cidadão, que tem o Certificado de Registo Criminal sujo, seja candidato a um cargo político...?
Estes candidatos não têm nada para oferecer ao povo, nem aos animais não humanos que vivem nos seus municípios. Apenas se impõem servir a si próprios e aos vários lobbies implantados nos municípios.
Dito isto, devo acrescentar que este é o momento de dizer NÃO aos candidatos que não se interessam pelo povo e pelos seus problemas.
Senhores candidatos, os senhores não podem ganhar estas eleições, porque se ganham, será o atraso de vida, a ignorância, um passado com cheiro a mofo e a violência que regressará o poder.
E esse poder podre, não o quero para o meu País.
Por isso o meu voto irá para as urtigas, são mais úteis do que os autarcas que se candidatam para servir lobbies.
Ser SELVAGEM é não ter os vícios do HOMEM-PREDADOR.
Logo, ser SELVAGEM é ser humano.
O homem-predador não é humano.
É um monstro que anda neste mundo, à deriva, a espalhar o fel que lhe sai pelas narinas como um jorro de ignorância.
Isabel A. Ferreira