Leiam o que António Mota diz a este respeito. E eu não posso deixar de estar mais de acordo!
Os iludidos políticos portugueses vivem numa bolha onde a realidade não entra.
Isabel A. Ferreira
Origem da imagem: Internet
Por António Mota
in https://www.facebook.com/antonio.mota.12139
«OH, MARCELO! OH, COSTA! OH, PORCA MISÉRIA! IDE TODOS À.»
1.
Vi, algures aqui pela internet, umas fotografias publicadas por alguém que eu conheço. Santo Deus! Fiquei tão triste. É tão ridículo. Uns tanquinhos, uns jeepinhos, um helicópterozinho, mais umas merdas. Mas que raio de País. O que vão comemorar a 10 de Junho? E em Braga? Lá que façam isso em Lisboa, ainda vá que não vá. Mas em Braga?
2.
Vão comemorar o Dia de Portugal? Está bem. Mas que Portugal? Portugal o que é? É um país independente? Não. E hoje estou mal disposto, e não me venham com a merda de que hoje ninguém é independente. Não somos mais que um pequeno ignoto cantão, desprezado e abandonado por seus próprios dirigentes políticos, que se honram de serem terceiros secretários de Espanha, quartos de França e quintos da Alemanha, sendo Berlim a capital de toda a colónia dos EUA, chamada Europa. Não são as Forças Armadas as garantes da independência nacional? Por que se prestam a mais esta encenação circense? Ou basta-lhes aquela fitinha na boina, os desfilezinhos para engalanar qualquer anedota, ou para irem ganhar uns tostões doados caritativamente porque vão garantir a paz depois da guerra feita?
3.
Vão comemorar o Dia de Camões? Mas qual Camões, se todos os dias os nossos políticos assassinam a nossa cultura, incluindo a literária, retirando-a das escolas, reduzindo Os Lusíadas a meia dúzia de tretas, tiradas de episódios desgarrados, e sem uma conexão do todo? Mas qual Camões, se os nossos políticos não entendem sequer o valor literário e cultural de Camões e de Os Lusíadas em termos de Literatura Universal? Mas qual Camões, se já o sanearam do ensino, e querem sanear ainda mais?
4.
Vão comemorar essa riqueza inestimável que é a Língua Portuguesa? Como se atrevem a sugerir sequer isso apenas, estes políticos que temos travestidos de tudo, incultos, irresponsáveis, vadios, câmaras de ar cheias de metano, que aprovaram ilegalmente um Acordo Ortográfico, sem qualquer pudor, desprezando a história, a cultura, a tradição, o estudo, a democracia e, não contentes, o impuseram indignamente à socapa, impondo-o, de novo ilegalmente, nas escolas, na função pública, na merda dos jornais subservientes sempre à espera do subsídio, nos jornais particulares, prostitutas de esquina, que a tudo obedecem? E vergonhosamente, na televisão, até nas legendas, que qualquer detentor da quarta classe no tempo do fascismo faria melhor? Ai pensavam que o problema era o Sócrates? O Sócrates era apenas o Kan-klux-klan a quem tiraram a carapuça, mas os encapuzados lá continuam no seu caminho autocrático, fascista, sebenta, mentiroso, analfabeto e hipócrita.
5.
Vão comemorar a diáspora, como se isso fosse o orgulho de um desígnio nacional, quando, na verdade, desprezam a comunidade emigrante e a sua descendência? Na verdade, a diáspora elege quatro deputados, manda dinheiro para os bancos, que não fica protegido, organiza uns ranchos folclóricos como pode, e organiza umas festas para receber com algum estrondo o desprezo que os visita. E viva! E viva o senhor presidente! E vira, Maria. E até ó despois. Onde estão as escolas portuguesas? E as universidades portuguesas? E as escolas portuguesas para servirem as comunidades emigrantes, honrarem a Língua Portuguesa, e divulgá-la, honradamente, como merece?
Oh, Marcelo! Oh, Costa! Oh, porca miséria! Ide à!
O mês de Maio, o mês das Rosas e do renascer da Natureza, em Portugal, mancha-se com um comportamento imbecil, praticado por quem se diz “estudante do ensino superior” e demonstra instintos dos mais básicos, agravados por uma ignorância atascada, que envergonha os verdadeiros estudantes e as Universidades Portuguesas – as ÚNICAS NO MUNDO que apoiam a tortura de jovens e inocentes seres vivos, que sofrem a dor física e psicológica tal como nós.
Em nenhuma Universidade Europeia e do mundo, os estudantes, que têm o privilégio de entrar para o Ensino Superior, o qual, em princípio, serve para formar intelectualmente os que hão-de fazer EVOLUIR os países, se vêem estas iniciativas, que apenas dizem da inferioridade intelectual dos que nelas participam.
É a nódoa negra do Ensino Superior em Portugal, que em nada dignifica o país, e a classe estudantil.
E o que fazem os Reitores e os Dux Veteranorum, expoentes máximos da Academia, para travarem esta onda de estupidez universitária?
O que fazem os autarcas, como os da Póvoa de Varzim e da Figueira da Foz, para elevarem o nível da cultura que querem, para os concelhos que governam?
APOIAM ESTA ESTUPIDEZ.
E quem apoia a estupidez como se designará?
E eis o que temos no mês de Maio, o mês das Rosas e do renascer da Natureza:
Um bando de ignorantes, já bem bebidos (o que é outra demonstração da inferioridade intelectual desses interventores), vai para uma arena, onde garraios, ou seja, touros de 2 e 3 anos, são covardemente torturados psicológica e fisicamente, num jogo parvo, cruel e inútil, para o qual não estão preparados: puxam-lhes o rabo, obrigam-nos a andar à roda, molestando-os sem dó nem piedade. Parvamente.
Por vezes chegam a provocar-lhes a morte, como já aconteceu na arena da Póvoa de Varzim, (a cidade mais carniceira do Norte do País).
Ainda que a “garraiada” seja uma variante “light” da tourada, os tormentos pelos quais passam os pequenos bovinos, ainda inexperientes, provocam-lhes fracturas várias, lesões internas, e ataques de ansiedade, bastante nocivos ao bem-estar deles.
Tudo isto é de uma covardia e de uma falta de inteligência atroz.
Os “estudantes” que participam nesta estupidez académica deviam ser expulsos do Ensino Superior por não reunirem as faculdades mentais saudáveis requeridas para poderem frequentar tal Ensino, tais como espírito crítico, lucidez, consciência e posições esclarecidas, condizentes com o desenvolvimento científico e a evolução das mentalidades, para uma formação superior e capaz de fazer EVOLUIR um país.
É por estas e por outras que temos o País que temos: um pequeno paraíso terrestre cheio de gente inculta nos lugares-chave da governação.
Concluindo: se as garraiadas ainda persistem por ignorância dos “estudantes” que as incluem nos seus programas “académicos”, aqui deixamos este registo, para que saiam dessa ignorância e possam EVOLUIR.
Se persistirem na ignorância, melhor será desistirem de querer ser “doutores” porque simplesmente nunca passarão de parvos.
Nota marginal:
E para os que criticam a minha linguagem, aqui deixo uma nota marginal: eu não estou a dissertar sobre POESIA.
Estou a discorrer sobre GARRAIADAS, uma prática parva, cruel e inútil, por isso as palavras têm de ser adequadas às circunstâncias.
Isabel A. Ferreira
Uma imagem indigna de estudantes do ensino dito SUPERIOR, além de CONSPURCAR a capa e batina, símbolo do estudante universitário. Desventurado tourinho que caiu em péssimas mãos!
QUE VERGONHA! QUE MEDIOCRIDADE! QUE COVARDIA!
QUANTA IGNORÂNCIA!
Rasguem a roupa, pintem -se com lama, “encham a cara” numa qualquer tasca, e divirtam-se dessa maneira mais condizente com a índole que vos leva a participar num jogo estúpido e primitivo.
Mas deixem os inofensivos e indefesos animais EM PAZ.
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Eis uma petição que todos podem e devem assinar, para que se acabe de uma vez por todas e em todas as universidades portuguesas com estas brincadeiras parvas.
Eu já assinei, e acho asqueroso, estudantes que se dizem do "ENSINO SUPERIOR" descerem tão baixo, e serem tão medíocres.
http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2013N34953
Estes actos atentatórios dos direitos dos animais não dignificam nem os estudantes envolvidos nem a semana académica...
«Tomada de posição sobre a Garraiada
Tendo em conta que o encerramento das atividades da Semana da Queima é marcado por uma Garraiada, suposto “espetáculo” que consiste na humilhação e na prática de atos violentos sobre um animal, a direção da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (AEFLUP) vem por este meio repudiar fortemente atividades deste cariz.
Consideramos que a prática de atos atentatórios dos direitos dos animais não dignifica nem os estudantes envolvidos nem a semana académica.
Julgamos que os recursos canalizados para este “espectáculo” degradante seriam melhor aplicados em iniciativas culturais que fomentassem o espírito crítico do que em supostas tradições.
Porto, 9 de maio de 2012
A Direção da AEFLUP»
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UMA ATITUDE LÚCIDA QUE CONDIZ COM O ESTATUTO DO ESTUDANTE E O PROCEDIMENTO ÉTICO E HUMANO.
GOSTARÍAMOS DE VER DISSEMINADA ESTA INICIATIVA POR TODAS AS UNIVERSIDADES PORTUGUESAS.
SÓ ASSIM CAMINHAMOS PARA A CIVILIZAÇÃO.