Mas a Golegã, uma terrinha onde a evolução ainda não chegou, infelizmente, pertence a Portugal, onde as autoridades não cumprem o que está consignado na Constituição da República Portuguesa no que respeita ao respeito pelos Direitos das Crianças.
Todos os portugueses cultos sabem que a cultura da violência é inconstitucional, uma vez que põe em risco o desenvolvimento harmonioso da personalidade das crianças.
Apenas as autoridades não sabem, e continuam a permitir esta INCONSTITUCIONALIDADE IMPUNEMENTE.
Pois… Clint Eastwood tem toda a razão, mas não é intenção de quem pode e manda em Portugal, deixar filhos melhores para o nosso futuro… Pelo contrário, querem fabricar monstrinhos violentos, a coberto do que dizem ser uma “tradição” e que não passa de um costume bárbaro, a cair de podre…
A violência selvagem (no mau sentido da palavra selvagem) anda nas ruas, nas escolas, dentro das famílias (com filhos a matarem os pais), em cada beco, em cada esquina… nas televisões, enfim… em todo o lado…
Sabemos os estragos morais e psicológicos que a violência provoca na vida de uma criança, de um adolescente, de um jovem, que ainda estão a formar as personalidades deles.
É absolutamente criminoso o que estão a fazer com estes menores de 18 anos, que frequentam as várias escolas de toureio que existem no país.
O Senhor Provedor de Justiça estará a par desta situação?
Desta inconstitucionalidade?
E o Senhor Procurador Geral da República?
Na Golegã, uma terra taurina, existe uma escola de toureio desactivada, e agora que a tauromaquia está morta, as autoridades municipais, munidas de uma inconsciência colectiva, querem reactivar esse antro de violência, de tortura, de crueldade, de sementeiras de sadismo e de psicopatia, contrariando o que está consignado na Constituição da República Portuguesa.
Lê-se no Jornal O Mirante:
«Queremos reactivar a Escola de Toureio
No global os documentos foram bem aceites por todas as bancadas, registando-se alguns pedidos de esclarecimentos sobre as verbas inscritas em algumas rubricas. A CDU aludiu à inscrição de uma verba de cerca de três mil euros para a Escola de Toureio, que está desactivada, e quatro mil euros para actividades taurinas, tendo ficado esquecida a Instituição Olé Golegã. O que mereceu um comentário mais assertivo do presidente da câmara.
«Não olvidamos o Olé Golegã. Reconhecemos o bom trabalho efectuado pelo grupo e vamos continuar a apoiar as suas organizações. Mas também queremos reactivar a Escola de Toureio da Golegã, queremos que volte a trabalhar para que se mantenha a nossa tradição taurina», garantiu Rui Medinas.
Também o presidente da assembleia, Veiga Maltez interveio para saudar a vontade de reactivar a escola e também para informar que, apesar de desactivada, existem cerca de três mil euros no banco que podem ser colocados à disposição de quem fizer a reactivação. Veiga Maltez é também presidente da assembleia geral da Escola de Toureio.»
Fonte:
http://semanal.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=634&id=97178&idSeccao=11074&Action=noticia
Depois não querem estes senhores que se denuncie publicamente estas transgressões aos mais elementares direitos de cidadãos indefesos, tão indefesos e inocentes como os bezerros que são utilizados nessas escolas onde se ensina a torturá-los barbaramente sem razão alguma.
Esperamos que as autoridades judiciais ponham cobro a estes antros de violência, para salvaguardar a saúde mental de muitas crianças portuguesas, que não têm quem as defenda, estando à mercê de gente absolutamente inconsciente.
Não parece impossível?
Pois parece-me que esta será uma matéria para ser denunciada ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
Sim, porque as crianças são SERES HUMANOS e têm DIREITOS que Portugal tem o DEVER de defender, até porque assinou a Convenção referente a esses direitos.