Em resposta a este texto, que ontem enviei aos deputados da Nação,
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/grande-tragedia-incendiada-pela-falta-722223
o Grupo Parlamentar “Os Verdes” acusou a recepção da minha mensagem electrónica, acrescentando que estão a acompanhar atentamente a evolução dos incêndios, através dos seus Colectivos Regionais, e têm se empenhado em dialogar com o Governo para defender novas políticas para as florestas, e travar a expansão do eucalipto, bem como promover o montado de sobro e outras espécies autóctones.
Para “Os Verdes” a floresta do futuro deve promover o desenvolvimento das comunidades locais, deve preservar a biodiversidade e deve combater o despovoamento do país.
Num comunicado “Os Verdes” expressaram a sua solidariedade para com as populações afectadas, e saudaram a coragem de todos quantos combatem estes incêndios, em detrimento dos perigos para as suas vidas, os Bombeiros e ainda os populares que se organizam para fazerem face a este flagelo, considerando este um momento dramático para o país, havendo até ao momento a lamentar já a perda de 64 vidas humanas, assim como dezenas de feridos, sendo previsível o aumento deste número, dado que só com o avançar do tempo se conseguirá ter noção da real dimensão de tamanha tragédia.
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Pois é!
O País espera que esta tragédia sem precedentes sirva para que os governantes portugueses abram os olhos e vejam a realidade, e sejam responsáveis. Porque até agora foram uns descomunais irresponsáveis.
É urgente banir os desmandos dos governantes, porque são as poderosas forças da Natureza que realmente mandam no Planeta.
E como questiona Manuela Nunes, que já trabalhou como Técnica Superior, nas Estradas de Portugal, SA: «Por que destruiu o Estado, as funções públicas, exercidas por guardas florestais, guarda-rios e nomeadamente as de cantoneiros, que desmatavam as bermas junto às estradas nacionais? Por que foram substituídos por empresas, que desertificaram as localidades?
Em consequência disso, desapareceram as escolas primárias, entre outras infra-estruturas que fixavam as populações (familiares desses funcionários). Por outro lado, a plantação quase doentia (visando apenas o lucro), do eucalipto, que para além de ser pasto fácil para a propagação de incêndios (quer sejam de origem natural, quer sejam de origem "animal"), secam o solo. Alguns "inteligentes" quiseram poupar, naquilo a que passaram a chamar "pequenos detalhes sem qualquer interesse". Claro que os interesses eram e são outros! E muito mais se poderia acrescentar! Estou desolada e chocada com o que aconteceu.»
Estamos todos desolados e chocados com o que aconteceu, cara Manuela Nunes.
Não podemos devolver à vida os seres humanos e não humanos que pereceram nestes incêndios. Mas podemos evitar que tamanha tragédia volte a acontecer em território português.
É tempo de novas políticas. Novos compromissos. Novas atitudes. Novas responsabilidades.
Há que defender os legítimos interesses da Nação, e não os ilícitos interesses dos lobbies.
Isabel A. Ferreira
Petição ao novo Governo de Portugal
Considerando que:
1- Os mais recentes estudos científicos comprovam, inequívoca e cabalmente, que os animais de várias espécies, incluindo Touros e Cavalos são seres sencientes capazes de sentir prazer, dor e sofrimento, físicos e psicológicos, e experimentar sentimentos de alegria, medo e angústia;
2 - Os Touros e os Cavalos experimentam um sofrimento atroz, físico e psicológico, antes, durante e depois das touradas, como atestam estudos da Universidade Complutense de Madrid e vários médicos veterinários subscrevem;
3 - A legislação portuguesa reconhece a necessidade de protecção dos animais («São proibidas todas as violências injustificadas contra animais, considerando-se como tais os actos consistentes em, sem necessidade, se infligir a morte, o sofrimento cruel e prolongado ou graves lesões a um animal»), mantendo uma inexplicável excepção para a tauromaquia;
4 - A tauromaquia é uma prática cruel e obsoleta que tem suscitado enorme repúdio e indignação na sociedade civil portuguesa e mundial. Massacrar animais gratuitamente para entretenimento não é próprio de sociedades evoluídas e envergonha muitos portugueses face a uma Europa que se distancia cada vez mais de práticas bárbaras e que causam sofrimento a seres sencientes;
5 - A tauromaquia é ainda uma prática perigosa para os animais humanos, a comprová-lo estão os incontáveis casos de lesões graves e muitos danos fatais entre os seus intervenientes;
6 - Estudos comprovam que a violência para com animais predispõe à violência para com humanos, sendo que no historial de muitos criminosos constam inicialmente episódios de maus-tratos persistentes a animais;
7 - A tauromaquia está em franco declínio e só subsiste nos dias de hoje graças a apoios mais ou menos explícitos por parte do Estado, quer através do poder central, quer através das autarquias, algumas endividadas e com populações em situação de carências várias em áreas vitais como a saúde, a educação, os apoios sociais;
8 - As autarquias, por se encontrarem numa situação vantajosa de proximidade das populações, têm um papel fundamental na construção de uma sociedade mais civilizada, evoluída e distante de práticas que deveriam ter ficado no passado e os executivos municipais têm por obrigação associar-se a eventos que promovam a evolução das pessoas e das regiões, ligando o seu nome a práticas positivas e construtivas de avanço civilizacional que o século XXI impõe;
Considerando que a ignomínia não pode ser exemplo para as crianças e os jovens portugueses, em nome do mundo humanizado, civilizado, culto e evoluído venho solicitar ao Governo de Portugal a ABOLIÇÃO, em todo o território português, de todas as práticas tauromáquicas, que causam sofrimentos indizíveis e desnecessários a animais sencientes como nós.
Isabel A. Ferreira
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(Texto da petição inspirado no conteúdo desta outra petição que todos devem assinar:)
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT79975
O PAN (Pessoas-Animais-Natureza) rebela-se contra a possibilidade de se voltar a permitir a prática da caça na Reserva Natural da Malcata, considerando isto um «crime desastroso contra a natureza»
O novo governo português continua a vergar-se aos lobbies
E nós, Defensores dos Direitos de TODOS os animais, estamos com o PAN e fazemos nossas as palavras de André Silva
Origem da Foto:
Em comunicado, à comunicação social, o PAN refere que "a decisão do governo é um retrocesso civilizacional e carece de fundamentação científica e política", defendendo que não há em Portugal necessidade de mais áreas cinegéticas e anuncia que quer ouvir no parlamento, com carácter de urgência, o ministro do Ambiente.
Em causa está a revogação de uma portaria com quase 23 anos, no dia 08, que interditava a prática cinegética na Reserva Natural da Serra da Malcata, decisão que na sexta-feira já tinha sido contestada pela Quercus, que acusou o Governo de ceder a pressões, considerando que «a decisão pode pôr em causa a recuperação de espécies como o corço, o veado, o coelho, o lince, o lobo ou o abutre-preto».
O Ministério, numa tentativa de justificar o injustificável, referiu que são "inequívocas" as vantagens do ordenamento cinegético para conservação dos recursos naturais, acrescentando que a promoção do ordenamento cinegético nas áreas onde tal prática se encontrava interditada, desde 1993, "constitui um instrumento fundamental" para promover a conservação da natureza e a biodiversidade, e "a articulação e a integração dos objectivos de conservação e de utilização sustentável dos recursos naturais na política de ordenamento do território e nas diferentes políticas sectoriais".
Estes argumentos, de quem defende a política da violência contra seres indefesos, não são partilhados pelo deputado do PAN, André Silva, que refere que a decisão do Governo foi «tomada à revelia da sociedade e carece de fundamentação científica e política».
«Continuamos a agir como se fossemos donos do mundo, mas, em vez de nos responsabilizarmos pelo equilíbrio ecológico do planeta e pelo direito de todos os seres vivos à vida e ao bem-estar, actuamos como cruéis predadores indiferentes ao impacto nefasto que estas decisões têm em toda a fauna e flora da cadeia ecológica», e acrescenta que «a caça é uma das actividades que mais perturba a vida selvagem» lembrando que «diversos estudos têm demonstrado que os distúrbios causados pela caça não só afectam as espécies-alvo, mas quase todas as espécies presentes no território de caça», salienta André Silva.
E fundamenta: «Neste caso, não existe qualquer necessidade ou fundamentação científica que justifique permitir a caça numa reserva natural, sobrepondo os interesses da caça aos da conservação da biodiversidade».
E o deputado do PAN evidencia ainda que «o abate a tiro é uma das principais causas de morte não natural do lince ibérico e do lobo ibérico", e refere que «a área em causa constitui um raro refúgio natural em território português possuindo interessantes valores botânicos e faunísticos».
André Silva já apresentou um requerimento a solicitar a audição do ministro, no qual destaca que a nova portaria "não tem sentido", acrescentando que «só pode ser vista como um crime contra os seres que habitam a Reserva Natural da Serra da Malcata, contra a natureza e a biodiversidade, sem qualquer fundamentação científica e política que só favorece o lóbi cinegético numa área crucial para a conservação da biodiversidade».
Acrescente-se que a Reserva Natural da Serra da Malcata tem como símbolo o lince-ibérico e estende-se ao longo de 16.348 hectares dos concelhos do Sabugal e de Penamacor, respectivamente nos distritos da Guarda e Castelo Branco.
É ele que o diz, ao Ilídio, com conhecimento de causa:
«Em Portugal, no fim da lide, inicia-se o maior processo de selvajaria que se possa imaginar. Sim, porque não é o Dr. Grave que está nos curros ou em cima das camionetas a arrancar bandarilhas, escarafunchar feridas, injectar desinfectantes coim seringas e borras de clister, puxar daqui e dali.
São normalmente pessoas sem preparação e impiedosas, que acham imensa graça aos urros de dor dos animais. Digo-to com conhecimento de causa, porque uma vez no Alandroal, fiquei num lugar com acesso visual completo aos curros. E o quem vi não foi bonito».
O que aqui lemos não é um acto de seres humanos. É um acto de monstros.
Então? O que há a fazer senhores governantes?
Isso mesmo: abolir imediatamente as touradas, em todas as suas cruéis vertentes, em território português.
«Citação do ex. Presidente da CM de Azambuja, esse "grande" aficionado e defensor das "touradas de morte". O que há a reter desta declaração não são esses detalhes - que não são novidade -, nem o facto de apenas ter escrito isto para defender a morte do touro na arena, é o resto. Ora leiam!
Fica claro como água... Depois não digam que somos nós que inventamos!»
Fonte:
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TOURADA É TORTURA, É SOFRIMENTO, É MORTE.
NÃO FREQUENTEM, NÃO FINANCIEM, NÃO CONTRIBUAM E BOICOTEM AS MARCAS QUE A PATROCINAM