CHEGA DE ILEGALIDADES DESCARADAS
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Os bárbaros do sul, mais conhecidos por prótoiros, em comunicado, afirmam erradamente que a selvajaria que pretendem realizar em Viana do Castelo no próximo dia 24 de Agosto «já está autorizada pela Inspecção Geral das Actividades Culturais, a única entidade estatal que legalmente tem o poder de autorizar corridas de toiros em Portugal.».
Enganam-se os prótoiros.
Pois se está autorizada, terá de ser desautorizada, porque além de não cumprir a lei, quem tem a palavra final é a Câmara Municipal de Viana do Castelo, que este ano, não tem como fugir às suas responsabilidades legais.
Uma vez que em Portugal até para a prática da SELVAJARIA há regulamento (inacreditável, não? mas é verdade), então aqui vai:
Segundo o regulamento do espectáculo tauromáquico (o RET) só é considerada legal a selvajaria que se realiza em recintos licenciados para o efeito.
As selvajarias podem ser realizadas em arenas fixas ou ambulantes, sendo no entanto obrigatório o licenciamento prévio pela IGAC, no caso das arenas fixas, e pelas Câmaras Municipais no caso de arenas amovíveis, segundo fonte da própria IGAC.
Sendo assim, os prótoiros continuam a asneirar em público, para ver se pega (ou não fossem eles especialistas em pegas cobardes), uma vez que a IGAC não é única entidade governamental que legalmente tem o poder de autorizar a barbárie.
Mas uma coisa é os protóiros asneirarem em público, outra coisa é as AUTORIDADES (a IGAC e a Câmara Municipal de Viana do Castelo, neste caso) não cumprirem a própria lei.
Além disso há autarcas. E há AUTARCAS.
Os autarcas, talvez por serem aficionados ou INCOMPETENTES deixam-se levar pelas patranhices dos bárbaros do sul, e licenciam arenas amovíveis que não cumprem TODOS os requisitos legais.
Vamos aqui repetir o link do tal RET para confirmação (ATENÇÃO IGAC E CMVC)
https://dre.pt/pdf1sdip/2014/06/11100/0308003096.pdf
(Não será por falta de INFORMAÇÃO que V. Exas. PREVARICARÃO)
Os AUTARCAS, por sua vez, conscientes de que a sua competência é SERVIR A POPULAÇÃO LOCAL, e não fazer as vontades mórbidas dos bárbaros do sul, não licenciam tais selvajarias, por estas não cumprimirem os requisitos do RET.
Muito simples.
Foi o que aconteceu com os AUTARCAS de Cascais, no passado mês de Julho, os quais não permitiram que outros que tais bárbaros (os da ATCT) invadissem aquele território para lá deixarem a marca da ESTUPIDEZ.
Posto isto, vamos ver que tipo de autarcas tem ACTUALMENTE Viana do Castelo.
Serão autarcas? Ou serão AUTARCAS?
E a IGAC? É AUTORIDADE ou é autoridade?
A famosa Ponte de Trajano, sobre o Rio Tâmega, é um monumento romano que ainda persiste, emprestando a Chaves uma atmosfera extremamente romântica...
Acabámos de saber que a tourada prevista para o mês de Julho, na cidade de Chaves, já não vai realizar-se.
Por que haveria uma terra, tranquila e bela, como Chaves, ir conspurcar-se com um espectáculo degradante, que só lhe traria má fama?
Felicitamos os responsáveis por esta atitude INTELIGENTE, que salvaguardou o prestígio que sempre teve a Aquæ Flaviæ, designação romana da actual cidade de Chaves, que teve uma importância relevante na província romana da Galécia. Foi centro administrativo de um vasto território que ia do Douro até às nascentes do Rio Tâmega, dominando a exploração de importantes jazidas de ouro.
A cidade terá sido fundada a partir de uma mansio (edifícios construídos à margem das estradas romanas para albergar os oficiais), da via XVII do Itinerário de Antonino e ligava Bracara Augusta (actual cidade de Braga) a Asturica Augusta, (actual Astorga) tendo-se desenvolvido em torno de um importante balneário termal e centro religioso dedicado às Ninfas.
Foram encontrados vestígios deste balneário termal, no Largo do Arrabalde, que, pela sua monumentalidade, demonstram a importância deste centro religioso e terapêutico, que terá persistido até aos finais do século IV d.C.
A famosa Ponte de Trajano, sobre o Rio Tâmega, é um monumento romano que ainda persiste, emprestando a Chaves uma atmosfera extremamente romântica.
Claramente, uma tourada realizada num lugar com uma História tão rica como Chaves possui, seria desonrar os antepassados, que tanto fizeram para que a cidade mantivesse o prestígio de outrora.
O povo do Norte NÃO QUER ser invadido por rituais primitivos, programados por gente inculta, que como está a perder terreno no Sul, anda a “esticar-se” por terras nortenhas, numa tentativa de introduzir o TAURICÍDIO, onde ele não tem o mínimo cabimento.
CHAVES poderá, deste modo, continuar a ser uma cidade límpida e bela como sempre foi, erguida nas margens do Rio Tâmega, onde correm águas tranquilas...