(Texto recebido via e-mail)
«AINDA TÊM A DESFAÇATEZ DE TEREM SINDICATOS E FAZEREM GREVES»
Origem da imagem:
https://pt.pngtree.com/freepng/judge-hammer_3240229.html
Os juízes na Suécia
Agora que tanto se comenta os absurdos e afrontosos ordenados, pensões
de reforma e um sem-número de privilégios de que desfrutam os juízes
portugueses, parece oportuno referir o exemplo de países evoluídos
onde, ao contrário do nosso atrasado Portugal, a justiça efectivamente
funciona e usufrui de inquestionável credibilidade.
É, nomeadamente, o caso da Suécia — um modelo de transparência e de
tolerância zero contra a corrupção nos serviços públicos.
Os seus 16 juízes do Supremo Tribunal de Justiça recebem unicamente um
salário fixo, sem direito a qualquer tipo de benefícios ou mordomias
extras, como automóvel, motorista, secretários pessoais, verbas de
representação ou seguros pagos pelo Estado, assim como residência
subsidiada.
E, tal como os ministros, deputados, autarcas e outros altos
funcionários do Estado, utilizam transportes públicos ou carro próprio
(alguns até usam bicicleta...) quando não estão oficialmente em
serviço.
O seu ordenado mensal oscila, ao equivalente em euros, entre cerca de
3000 e 5800. Não são adicionados suplementos exclusivos às suas
pensões de aposentação, que são rigorosamente enquadradas nos escalões
do regime geral.
A clareza é absoluta: os vencimentos e despesas de serviço dos
magistrados podem ser livremente consultados, a todo o momento, pelo
cidadão comum — como, de resto, todos os processos judiciais em curso.
Além de impedidos de aceitar viagens ou quaisquer outras ofertas, os
juízes suecos não dispõem de imunidade ou de estatuto privilegiado,
podendo ser processados e julgados como qualquer normal cidadão.
Não se conhecem, porém, casos de magistrados envolvidos em corrupção.
A ética imperativa do sector público da Suécia rege-se pelo princípio
de que “é imoral gozar de regalias pagas com dinheiro dos
contribuintes”.
Atente-se, pois, no chocante contraste entre a Justiça de um país
europeu abastado, desenvolvido, organizado, eficaz e transparente e
esta controversa e paradoxal Justiça portuguesa, arcaica, opaca,
vagarosa, corporativista e ineficiente.
Complicada, burocratizada e politicamente poluída. De fiabilidade duvidosa.
Forte com os fracos e fraca com os poderosos.
Que se arrasta de recurso em recurso, até à prescrição e ao arquivamento, à Ivo.
Que raramente decide em tempo útil.
Dolorosamente dispendiosa para uma nação empobrecida e gravemente
endividada e um povo crescentemente massacrado pela tirania fiscal.
César Faustino, Cascais
Expresso, 22 de Junho de 2019
Nota:
Se o acordo conseguido com os juízes for aplicado aos procuradores, o
subsídio de casa passa dos 775 para os 875 euros, é pago 14 vezes e
terá desconto da Caixa Geral de Aposentações.
Os aumentos do vencimento só se reflectem nos recibos dos procuradores
da República com mais de 15 anos de carreira que terão um aumento
bruto de 341 euros (de 5778 para 6119); e no dos
procuradores-gerais-adjuntos, que passarão dos actuais 6129 para os
6629.
A PGR passará a ganhar 6629 euros a que se juntam despesas de
representação e o subsídio.
Em Portugal mandam as crianças para escolas de toureio para aprenderem a torturar bovinos bebés, e serem bons aficionados.
Tudo isto com o aval do Ministério da Educação e Ciência, e a coberto de leis que não consideram os Bovinos e os Cavalos como pertencentes ao Reino Animal.
Comparar a Suécia com Portugal em termos de educação é a mesma coisa que comparar um Ferrari com um Fiat 500.
Na Suécia, o Direito dos Animais é matéria escolar das crianças.
Em Portugal, nem os Direitos das Crianças são tidos em conta, quanto mais os Direitos dos Animais serem matéria de estudo!
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«A Djurskyddet, uma organização sueca de proteção dos direitos dos animais, lançou uma espécie de “manual escolar” com um conjunto de 10 exercícios básicos para as crianças praticarem a capacidade de empatia com as outras pessoas, mas, sobretudo, com os animais.
Estes exercícios, os Mini-REDE, inserem-se num movimento mais amplo, o REDE – Respekt, Empati, Djur, Etik (Respeito, Empatia, Animais, Ética), e destinam-se a crianças que frequentam o ensino primário mas também aos mais jovens, que se encontram ainda em idade pré-escolar.
«Trabalhar com respeito, empatia, animais e ética para crianças devia ser uma prioridade e é do interesse público», defende a secretária-geral da Djurskyddet, Åsa Norderstedt, citada pela Agência de Notícias de Direitos Animais (ANDA).
«O modo como tratamos os animais é definido desde que somos crianças e é por isso que é importante começar tão cedo, ainda no jardim de infância», aponta a responsável, que salienta que «evidências científicas provam que existe uma ligação entre a forma como tratamos os animais e como tratamos as pessoas e que as crianças que são violentas para com os animais muitas vezes desenvolvem o senso de violência contra humanos».
O projeto Mini-REDE, financiado pelo Estado Sueco, tem despertado enorme interesse por parte dos professores e educadores de infância do país, que cada vez mais têm procurado estes materiais, disponibilizados gratuitamente.
«Estamos surpreendidos com o interesse que tem sido demonstrado e que começou a sentir-se ainda antes de o material ter sido lançado, o que comprova que este tipo de informação é realmente necessário», confessou, de acordo com mesma fonte, Sarah Lund, que tem a seu cargo a gestão da iniciativa.
Além dos exercícios, disponíveis para download online, o site da organização dá ainda aos mais novos uma série de outros recursos para os educar para os Direitos dos Animais, nomeadamente informações acerca do desenvolvimento da empatia, efeitos da relação entre animais e humanos, entre outros temas.
As crianças com idade entre 1 e 12 anos podem ainda participar no REDE Club, um grupo lançado no início do ano que convida os mais pequenos a contribuir com trabalhos artísticos como desenhos e a partilhar com o mundo as fotografias dos seus animais.»
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Em Portugal, fazem-se concursos de desenho para as crianças manifestarem os seus dotes artísticos em relação ao que vêem na tortura de bovinos.
Que abismo cultural entre estes dois países!
(Adaptado à realidade portuguesa)
Fonte:
http://mundos-animais.com/2013/07/03/suecia-ensina-respeito-pelos-animais-as-criancas-e-no-brasil/