Uma perspectiva sobre o insucesso nas eleições.
É do senso comum que a política em Portugal está a ser exercida, na sua generalidade, sem dignidade, sem honestidade, sem ética, sem a mínima vergonha na cara, não servindo os interesses prioritários dos Portugueses. É uma política essencialmente lobista. Mente-se descaradamente. Prometem-se mundos e fundos, que nunca são cumpridos. São todos abraços e beijos antes das eleições, e depois das eleições são xutos e pontapés, quando, democraticamente, exigimos, até porque somos nós que lhes pagamos os salários, que se cumpram direitos consignados na Constituição da República Portuguesa, os quais são deliberadamente desprezados porque não vão ao encontro dos interesses políticos dos políticos.
Assim sendo, as populações tendem a afastar-se da farsa eleitoral.
E o que é necessário fazer, para recuperar a confiança nos nossos políticos?
Desta vez passou-se um cartão quase-vermelho ao Partido Socialista, e um vermelho ao Partido Comunista (CDU) que, para o gosto dos comunistas, pende demasiado para o lado socialista, e isto paga-se nas eleições. Não querem deixar de ser um partido troglodita, para não perder votos nas terrinhas trogloditas, e perdem mais do que ganham, com tal atitude.
Outra coisa horrível, que afasta, pelo menos os cidadãos mais instruídos, é a linguagem utilizada pelos que se apresentam a votos.
É preciso que tenham a noção de que FALAR CORRECTAMENTE é meio caminho andado, seja para que lado for, e passar a mensagem requerida. E ai!!!!! como se falou mal nesta campanha eleitoral autárquica! palavras mal pronunciadas, que reámente nos deixam mal. E houve muitos que "tiveram" ali e acolá, sem o menor pejo. E uma quantidade mais de coisas destas. Quem pode confiar em quem assim fala?
Mas quando vemos António Costa, primeiro-ministro de Portugal, a dizer (dando um péssimo exemplo) “todas e todos”, “portuguesas e portugueses”, “elas e eles”, e dirigir-se apenas aos CIDADÃOS (então e as cidadãs não são para aqui chamadas?) numa clara verbosidade incoerente, é de bradar aos céus, com a ignorância que demonstra, sobre a Língua oficial do País que representa.
Os dos outros partidos, principalmente do BE e PAN são outra desgraça, com este linguajar pervertido, que não eleva as mulheres, não leva a lado nenhum, e só os desprestigia. E tudo isso, pode também pagar-se nas eleições. Porque a pergunta é esta: valerá a pena investir em políticos que não sabem falar nem escrever correCtamente? Terão eles alguma coisa de útil a dar-nos?
É óbvio que não votar é dar poder ao Poder instalado. Não votar é fazer o jogo de quem não quer mudanças. Não votar é manter o “statu quo”. Não votar é regressar ao passado. Não votar é a única via para manter a corrupção.
O ideal é que todos os eleitores inscritos fossem a votos e ousassem votar na MUDANÇA, quando vissem que a mudança tinha asas para trazer vantagens à governação do Páis.
É óbvio que há candidatos mais preparados do que outros, mais honestos do que outros, mais dignos do que outros, menos mentirosos do que outros, mas nem todos os eleitores conseguem separar o trigo do joio, e amedrontam-se. Então, ou votam nos que já conhecem, ou não votam.
Poucos são os que ousam votar na mudança.
Os cidadãos (não é necessário dizer “e cidadãs”, porque cidadãos significa um GRUPO de PESSOAS) precisam de acreditar no que os políticos dizem.
Eu, por exemplo, não acredito sequer numa palavra que os políticos, instalados no Parlamento, principalmente os tiranossauros, aqueles que fazem do Parlamento a sua sala-de-estar, dizem. Nenhuma.
Mas eu votei. Votei na mudança. Nos mais novos, porque há que deixar entrar AR FRESCO na política, que já cheira a mofo.
BASTA de tiranossauros!
Mas o principal e o mais urgente é DIGNIFICAR o exercício da POLÍTICA.
Pela frente temos um novo período de quatro anos. Veremos o que acontece.
E, já agora, Dr. António Costa, nesta campanha política, apesar de ter tirado a gravata, notou-se que foi o primeiro-ministro que andou por aí a prometer mundos e fundos, com fundos que não eram para ali chamados. E essas, e muitas outras coisas, pagam-se nas eleições.
E são coisas como essas, entre outras pior do que essas, que desprestigiam a Política e os políticos em Portugal.
Isabel A. Ferreira
Seja lá o que isto for… não sou eu que o digo…
Com todo o respeito, isto não é coisa que se chame a uma pessoa, ainda mais sendo primeiro-ministro de Portugal
Há dias li uma notícia em que se dizia que António Costa, o nosso mui ilustre primeiro-ministro, era um “socialista bem-sucedido”, entre os mais influentes na Europa, e quem o disse foi o Politico, um jornal norte-americano, que anunciou o ranking de 28 personalidades a ter em conta, por estarem a «moldar, a agitar e a fazer mexer a Europa». E o nosso primeiro-ministro surge em nono lugar, e é descrito como um “caso raro na Europa de hoje”, mas também como “um duro lutador político escondido atrás de um pronto sorriso de campanha”, além de ser considerado também «alguém que conseguiu impor-se como um campeão da mudança, capaz de reverter as medidas austeras da recessão».
Contudo, não há bela sem senão. Embora o jornal Politico salvaguarde a vitória do PS nas últimas eleições autárquicas, vai dizendo, como quem não quer dizer, mas diz, que António Costa perdeu popularidade com as críticas face à sua posição em relação aos incêndios de Pedrógão Grande, que, diga-se de passagem, foi de uma ligeireza atroz.
E aqui o Politico parece estar mal informado, porque António Costa não perdeu popularidade apenas devido ao modo como reagiu a uma tragédia que matou para cima de meia centena de pessoas (não contando com as de Outubro), mas está a perdê-la por outros motivos que, não envolvendo vidas humanas, envolve a honra, a dignidade e a identidade portuguesas, algo que não anda nas bocas do mundo, mas é de uma importância vital para um Estado que se quer de Direito e uma Democracia que se quer civilizada e culta.
Pois temos de ter em conta também o seguinte: a incapacidade, a incompetência, a ligeireza, a falta de consciência política demonstrada pelo governo de António Costa, diante de várias circunstâncias que estão a deixar o país de rastos. A saber (e obviamente) : os incêndios que devastaram Portugal, e que mataram mais de uma centena de seres humanos, ceifou milhares de animais não-humanos, destruiu extensões imensas de floresta, campos agrícolas, fábricas, habitações, e tudo porque o governo PS, deu continuidade ao desgoverno dos anteriores governos - PS, PSD, PSD/CDS, e só depois do abanão de Marcelo Rebelo de Sousa, é que se tomou uma atitude; o vergonhoso roubo de armas num paiol do Estado; o surto de legionella, que (para já) matou seis pessoas e infectou mais de 50, num hospital público; o uso do Panteão Nacional e a hipocrisia de António Costa, que foi convidado e mentiu ao País, quando se mostrou indignado com a jantarada do Web Summit; as vigarices, que se reproduzem como coelhos, envolvendo membros do governo e outros políticos, como a mais recente e grave vigarice da associação Raríssimas; a insistência em manter práticas trogloditas, para servir um lobby macabro, e nelas investir dinheiros públicos (refiro-me à tauromaquia e outras maquias); a vergonhosa subserviência ao Brasil, no que respeita à imposição ilegal da ortografia brasileira às inocentes e indefesas crianças portuguesas, que está a arrastar Portugal para uma babel ortográfica sem precedentes; isto entre muitas outras questões cruciais, que este governo não tem conseguido gerir com eficácia e inteligência. E enganam-se aqueles que pensam que este governo é um mãos-largas, quando está a tirar de um lado para pôr no outro. Isto não é governar. É servir lobbies. Pelo menos, foi isto que aprendi quando estudei História das Teorias Políticas. Além disso, de um governo que se diz de esquerda, EU, pessoalmente, espero muito mais, do que políticas de direita e subserviência.
Continuando com o que disse o Politico: este afirma que os apoiantes de Costa esperam que a rápida recuperação económica de Portugal “restaure rapidamente a posição do primeiro-ministro, assegurando que o objectivo é garantir uma maioria absoluta nas próximas eleições parlamentares, em 2019″.
O “taticista”
Bem, mas como não só de “economia e finanças” vive uma Nação, quem quiser ter a maioria absoluta, nas próximas eleições legislativas, terá de ter em conta também estes aspectos:
1 – Terá de devolver a Portugal a ortografia portuguesa. Os acordistas são uns poucos escravos do poder e alguns mercenários. Os que pugnam pela Língua Portuguesa, de matriz culta e europeia, que está em vigor (tudo o resto é trapaça) são aos milhares, e estes votariam em quem fizesse o seu acto de contrição e se propusesse a servir Portugal, com dignidade e respeito pela sua Cultura Culta. Não o estrangeiro.
E é aqui que entra o “taticista”. É que isto é uma consequência da invasão linguística estrangeira. Li isto no rodapé da SIC Notícias, quando estavam a debater o “socialista bem-sucedido” que é António Costa, distinguido pelo Político.
“Taticista”? O nosso primeiro-ministro é isto? Fiquei a magicar no significado da palavra. De repente pensei se não queriam dizer “esteticista”. É que nem toda a gente sabe pronunciar ou escrever determinados vocábulos, assim como helicóptero, que muitos dizem e escrevem “licóteros”, ou eucaliptos, que outros tantos dizem e escrevem “clipes”. Já ouvi estas pérolas na boca de senhores doutores, não inventei nada. “Taticista” será talvez esteticista na linguagem dos tatibitates? Consultei bons dicionários de Língua Portuguesa e nada de “taticista”. Bem, mas supondo que o nosso primeiro-ministro possa ser esteticista, será que se ocupa do belo e do sentimento que ele (o belo) desperta em nós, e nós não nos damos conta disso? As dúvidas são muitas, porque esta coisa de substituírem a ortografia portuguesa pela brasileira, deu origem ao nascimento de palavras hilariantes. E esta é uma delas.
2 – Terão de virar à esquerda na questão da tauromaquia. Os tauricidas ficam-se por uns 18%. Até agora o PS e o PCP (que se dizem de esquerda, têm alinhado com a política de direita (CDS, PSD), nesta matéria, e mais do que isso, retrocederam ao tempo da monarquia, porque isto de touradas é coisa de reis, betinhos, marialvas e sádicos. Um partido realmente de esquerda, não alinha com estas ancianias, que nada têm a ver com a verdadeira Democracia, em que o povo é quem mais ordena. Estas ancianias estão ligadas à lobbycracia instalada na Assembleia da República, onde quem verdadeiramente manda são os vários lobbies ali infiltrados. É que já dizia Gandhi que a grandeza de uma nação vê-se pelo modo como os seus animais são tratados, e Portugal tem uma noção de “animais” muito deturpada.
3 – Terá de mudar as más políticas dos governos anteriores (PS, PSD e PSD/CDS), e esta era a primeira coisa que o actual governo devia ter feito, se quisesse mudar de paradigma, no que respeita ao Ensino, à Educação, à Cultura, à Saúde, à Agricultura, à Pesca, enfim, mudar todo o sistema, para que este pudesse ser credível aos olhos dos Portugueses. Porque os estrangeiros, esses, pelo que se vê, não levantam o tapete que cobre Portugal, e não vêem o lixo que está acumulado debaixo dele, há anos.
Pode parecer pouco, mas este é o caminho da evolução que queremos para Portugal, e isto dará, com toda a certeza, a maioria absoluta a quem se propuser ousar ser diferente de todos os que já passaram por São Bento.
É que (como se canta na Chula) «Pr'a melhor está bem, está bem, pr’a pior já basta assim!»
Ou não basta?
Isabel A. Ferreira
Fonte da notícia do Político:
https://zap.aeiou.pt/costa-socialista-bem-sucedido-os-influentes-na-europa-183002