Como a cegueira mental estrangula a capacidade de discernir de um aficionado.
E dizer que Moita Flores já pertenceu à Polícia Judiciária e não aprendeu nada com a violência que lhe passou pela frente…
«Uma imagem vale mais que mil palavras para descrever o seu júbilo ao ver um animal ser torturado»…
Bem Prega Frei Tomás ou Melhor Moita Flores
Moita Flores, escreveu um artigo no jornal “Correio da Manhã”, datado de 16 de Junho, intitulado “Matança”.
O artigo é um ataque à escalada de violência a que todos assistimos hoje em dia. É um facto que vivemos numa sociedade cada vez mais violenta e é um facto que essa violência deve ser analisada em todos os contextos. Um deles, é o do machismo e marialvismo que é inerente a todos que são aficionados.
Esse machismo, que se traduz não só na dominação das mulheres mas também dos animais, é sem dúvida responsável pela sociedade violenta que temos hoje em dia.
Três afirmações de Moita Flores e que destacamos a negrito, mostram a hipocrisia de alguém que ataca a violência, mas que propositadamente se esquece que uma das causas dessa violência, se deve ao facto de continuarmos a permitir a tortura de animais para entertenimento de alguns.
Primeira: “As mulheres propriedade, as mulheres com dono eterno, as mulheres sem direito aos seus direitos.”
Na realidade, essa é a sina de muitas mulheres que são namoradas, casadas ou vivem em união de facto quer com toureiros quer com aficionados.
Segunda: “Nuno Crato, tão pressuroso em reformas, há muito que deveria ter percebido que é na escola que se exercem as primeiras palavras que podem expurgar esta violência maldita vinda do Portugal primitivo.”
Ora nem mais, é a escola que educa e que forma as crianças a serem adultos responsáveis e não violentos, mas quando um país permite que tauricidas invadam as escolas para formatarem essas crianças a serem violentas, então não podemos esperar que a violência maldita seja expurgada!!!
Porque de facto a educação para a cidadania passa pela compaixão e essa compaixão passa por ensinar as crianças a serem sensíveis com o seu próximo e com os animais. Ora quando se ensina a uma criança que torturar animais numa tourada é fixe e é aceitável, então, não estamos a expurgar a violência mas sim a fomentá-la.
Terceira: “E enquanto não for assim, continuaremos a produzir putativos doutores da violência, do analfabetismo e do terror. Pois a ignorância é a maior inimiga da dignidade humana, a crueldade assassina o mais grave sinal deste primitivismo boçal que faz do País um caldeirão de sangue e morte.”
Sr. Moita Flores, com essa afirmação, tirou-nos as palavras da boca e sabe porquê, porque V.Exa., descreve na perfeição o porquê de termos um primitivismo boçal, porque quando uma minoria da qual o senhor faz parte, pretende impingir a este país uma forma de estar na vida que passa por rejubilar com a tortura de animais numa praça de touros, então, está aberta a porta para a crueldade assassina.
Você melhor que ninguém sabe que um criminoso não nasce criminoso, forma-se. Tal deve-se não só ao meio em que foi criado mas também à educação que lhe foi dada. Se educamos as futuras gerações a serem insensíveis ao sofrimento animal, rapidamente se tornarão insensíveis ao sofrimento humano, daí até se tornarem assassinos é meio caminho andado.
Porque o senhor sabe, tal como nós sabemos, que violência gera violência e que alguém educado sob o signo da violência se tornará violento e que o mundo que você tanto admira e defende, ou seja o mundinho aficionado, é um poço de violência.
Prótouro
Pelos touros em liberdade»