O circo Nery está a anunciar “espectáculos inesquecíveis”, em Alverca do Alentejo, que exibirão TIGRES BRANCOS.
Ora acontece que o Tigre Branco é um animal da Selva, NÃO do circo.
Quem for ver estes degradantes espectáculos tem de saber que está a contribuir para a infelicidade de belos animais da Selva, confinados a gaiolas e torturados para fazerem aquilo para o qual não nasceram.
É lamentável que se continuem a transportar e exibir animais selvagens enjaulados de terra em terra. Qual é a pedagogia desta barbaridade?
Existe uma moratória para acabar com estes maus-tratos a animais selvagens, mas as autarquias têm de fazer a sua parte, actualizando os seus regulamentos, e não licenciar esta exploração de seres vivos. Se cidades Portuguesas e de todo o mundo já estão conscientes e já o proibiram, para quando Alverca do Ribatejo?
Os circos devem limitar-se às Artes Circenses protagonizadas por ARTISTAS HUMANOS. Os circos devem acabar com a exploração dos animais selvagens que mantém aprisionados e em grande sofrimento. Os circos devem entregá-los aos responsáveis por Santuários, que os acolherão, para mais tarde serem libertados nos seus habitats.
É hora de acabar com esta exploração que não dignifica a Arte Circense.
Por isso, BOICOTE o Circo Nery, se não quiser ser cúmplice do SOFRIMENTO dos Animais Selvagens.
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Apela-se a todos os que têm esta consciência, para que escrevam às seguintes autoridades a dizerem do vosso desagrado em relação a esta barbárie.
Enviar e-mail para:
Presidente da Junta de Freguesia de Alverca do Ribatejo e Sobralinho, Exmo. Carlos Manuel Gonçalves.
E-mail: presidente@jf-alvercasobralinho.pt
Delegação da Câmara Municipal em Alverca do Ribatejo
Telefone: 219 583 149/99
E-mail: del.alverca@cm-vfxira.pt
SEPNA: sepna@gnr.pt
E deixem mensagens de repúdio neste link do Circo Nery:
https://www.facebook.com/Circo-Nery-190175794849116/
Novo executivo diz “respeitar todos os seres vivos”, no que faz muito bem, pois o tempo é de evolução, não, de retrocesso.
Aparentemente, a notícia é boa.
Foto: O Mirante
A União de Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho tornou-se (…) a primeira freguesia do concelho de Vila Franca de Xira a admitir publicamente que não quer garraiadas – e consequentemente também touradas – nas festas da cidade. A opinião foi dada sem medos pelo presidente da Junta, Carlos Gonçalves (CDU), durante a última Assembleia de Freguesia, realizada no lugar de A-dos-Potes.
“Respeitamos todos os seres vivos e rejeitamos a violência pela violência. Não somos contra essas tradições, respeitamo-las, mas não a promovemos. Não haverá garraiadas nas festas de Alverca”, informou o autarca, depois de questionado sobre o assunto pela bancada do Bloco de Esquerda. A informação não suscitou oposição por parte das restantes bancadas. Já nas edições anteriores das festas da cidade as garraiadas foram sempre motivo de discórdia entre alguns moradores, sendo um tema fracturante. De um lado há quem defenda que a cidade não deve organizar garraiadas ou touradas porque nunca teve tradição tauromáquica tão forte como Vila Franca de Xira – quem tem inclusive uma praça de toiros – e do outro quem entenda que se trata de um único concelho e por isso as raízes tauromáquicas devem prevalecer e ser promovidas.
O autarca informou também que a organização das festas da cidade é complexa e que a junta de freguesia não pretende correr o risco de as organizar, admitindo abrir um concurso para que seja o movimento associativo local a organizar, como aconteceu no passado, pela mão da Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense (SFRA).
“Vamos meter ao dispor do movimento associativo a organização das festas da cidade. Esperemos que a SFRA queira voltar a organizá-las porque fizeram um excelente trabalho. A junta não tem capacidade para isso nem as organizará”, explicou o autarca.
Fonte:
https://omirante.pt/politica/2018-01-02-Alverca-nao-quer-garraiadas-nem-touradas-nas-suas-festas
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Aparentemente, a notícia é boa.
Resta saber se a Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense (SFRA) tem o mesmo pensar do autarca Carlos Gonçalves, no momento de organizar as festas da cidade.
Só depois de ver, acredito, porque ali pelo meio há um não ser contra e um respeito por essas tradições que em nada dignificam o ser humano e as cidades que as promovem ou respeitam.
«Respeitar todos os seres vivos» passa obrigatoriamente pelo não-respeito pelo desrespeito que essas práticas trogloditas (que nada têm a ver com tradição, mas com costumes bárbaros) têm pelos seres vivos.
Aguardemos, pois.
Isabel A. Ferreira