Quando os cavalos saem da vista do público para o estaleiro (a curva onde eu moro) começam as coças. Os animais sabendo o que vem aí, antes da curva mandam-se desesperadamente contra os muros a tentarem livrarem-se do coche e do cocheiro e as tareias a sério começam, tentar filmar é um convite a levar um tiro. Por falar em tiro, é esse o método de abate utilizado por eles quando substituem um cavalo por um semelhante. Acontece 4 a 5 vezes por ano especialmente no Verão.» (Tiago Lamas de Oliveira)
As buzinas, o barulho, o chicote, o peso que é obrigado a suportar, o facto de estar preso sem poder fugir. Tudo é fonte de agonia para o Cavalo.
PETIÇÃO
ACABAR COM AS CHARRETES DE TRACÇÃO ANIMAL
Para:
Assembleia da República; Liga Portuguesa dos Direitos do Animal; Câmara Municipal de Sintra
Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República
Exmos. Senhores Membros da Liga Portuguesa dos Direitos do Animal Exmos. Senhores da Câmara Municipal de Sintra
Os cidadãos do município de Sintra e todos os demais cidadãos portugueses, em boa consciência, discordam com a forma como os animais têm sido tratados até aos dias de hoje. Estes, não devem ser tratados como objectos, mas sim como seres sencientes que são, merecedores da nossa atenção e cuidado.
Vimos solicitar a Vossas Excelências um pouco da vossa atenção para o sofrimento que, nós humanos, temos infligido aos animais.
As charretes de atracção turística têm sido utilizadas durante todos estes anos como forma de passeio, ignorando assim, que para que exista esta atracção colocamos os cavalos em condições pouco humanas. Eles estão expostos a alterações climatéricas, que geralmente são altamente desfavoráveis à boa saúde dos animais.
Não lhes é dado qualquer descanso durante todo o seu período de trabalho. Este tempo de trabalho que o animal exerce é prolongado por mais horas do que devia, expondo o animal a mais dores e cansaço.
O peso da charrete é sempre igual ou superior ao peso do próprio animal. Forçando assim a sua musculatura a fim de puxar os visitantes da nossa vila. Mas não é apenas o peso da charrete que eles puxam. É também o seu próprio peso, o peso do cocheiro, e o peso dos que estão sentados na viatura.
Estes animais estão também expostos num ambiente que não lhes é natural. Sofrem de stress com o trânsito á sua volta, o grito de crianças, ou o flash de algumas fotografias dos visitantes, o barulho de motores e das buzinas.
O sofrimento que lhes é causado quando o freio é colocado e utilizado na sua boca. Estas feridas são permanentes nas suas bocas, e em muitos casos tornam-se doenças mais graves. Os antolhos que os impedem de observar o ambiente para poderem mover-se em segurança, ao chicote com o qual são açoitados para atenderem aos comandos do cocheiro, tudo é fonte de agonia para o animal. Facilmente podemos reconhecer que são escravos das nossas vontades. Não existe necessidade de expormos animais que são sensíveis a este tormento. São animais dotados de sensibilidade, consciência, e inteligência.
Face ao exposto, vimos pedir a alteração da tracção animal para tracção motora. Desta forma, é possível manter os postos de trabalho, a atracção turística, e ainda fazer uma poupança na manutenção destas viaturas. Sendo que não será necessário as consultas de veterinário, e o motor eléctrico é menos dispendioso do que a alimentação destes animais. Sendo que não polui o ambiente.
Posto isto, vimos pedir a V. Exas. a tomada das seguintes medidas:
- A substituição da tracção animal, por tracção motora.
- Dar um prazo máximo de um ano (doze meses) para dar a oportunidade dos cocheiros poderem fazer as modificações necessárias às suas viaturas de passeio turístico.
- Manter os postos de trabalho, desde que estes cumpram as duas primeiras medidas.
(…)
***
Se é contra a tracção animal, e quer ajudar a acabar com ela, por favor, assine esta petição:
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT77670
Eis o que a Câmara Municipal de Sintra consente... um espectáculo indigno de seres humanos e cruel para com os seres não humanos...
Dizem-me que é uma questão política.
Dizem-me que é a pressão dos "perigosos" lobbies tauromáquicos, infiltrados na Câmara Municipal de Sintra.
Nada disso interessaria se o Senhor Presidente da Câmara, Sr. Fernando Seara, tivesse a coragem de dizer um rotundo NÃO a esses lobbies.
Por que não disse?
Talvez medo? Talvez outro motivo...
Mas que interessa o motivo do consentimento?...
Poderia não fazê-lo, se realmente quisesse.
Poderia apoiar-se no Artigo 3º do Regulamento de Protecção aos Animais, que está VIGENTE, e dignificaria o nome de Sintra, e o seu próprio nome.
E se houvesse pressões, e se a sua consciência o ditasse, demitir-se-ia. Era a atitude mais correcta.
Mas optou por enlamear o nome de SINTRA e o nome Fernando Seara.
Aliás, vejam este link:
http://www.publico.pt/Sociedade/sintra-proibe-touradas-e-espectaculos-de-circo-com-animais-1377028
Por que houve retrocesso? O normal não é a evolução?
Isabel A. Ferreira
Li o seguinte texto no Facebook, através da Página da Associação Animal:
https://www.facebook.com/groups/111269965578458/341817955856990/#!/ONGANIMAL/posts/10150624007832954
«Apesar do parecer negativo da Médica Veterinária Municipal ao pedido de licença para uma tourada na freguesia de Santa Maria, em Sintra, o Presidente da Câmara autorizou o referido espectáculo (a ter lugar no próximo dia 3 de Março).
Diz o Regulamento de Animais do Município de Sintra (datado de Abril de 2009), logo no seu artigo 3.º: “O Município de Sintra compromete-se, através deste Regulamento, com a promoção do bem-estar animal no Concelho, adoptando princípios de precaução contra actos que inflijam sofrimento físico ou psíquico”.
A nossa questão é: qual a parte de uma tourada infligir sofrimento físico e psíquico a animais é que o Sr. Presidente não compreende?»
***
Sim, também pergunto ao Sr. Fernando Seara, o que é que o senhor não compreendeu no artigo 3º, do Regulamento de Animais do Município de Sintra? Isto não tem qual qualquer valor? Isto não é para cumprir? Então por que existe? Apenas para constar? Anda a brincar aos presidentezinhos?
O parecer da Médica Veterinária Municipal não terá nenhum valor? Então por que lhe foi pedido um parecer? Para não se cumprir? É exemplo que se dê?
Sabe, Senhor Fernando Seara, o senhor devia ir preso, por incumprimento da lei. Um cidadão comum, se não cumpre as leis, é sancionado. Um senhor Presidente, não cumpre a lei, além de sujar o nome de uma vila que é Património Mundial da UNESCO, e não lhe acontece nada.
Tenha vergonha, Sr. Fernando Seara. Em que século vive? Que incultura é a sua? Não manche o chão de Sintra com o sangue de seres vivos, que nada fizeram de mal para merecerem tal tortura.
Com essa atitude decadente, acaba de colocar a bela Sintra ao nível de lixo.
Esperamos que volte atrás nessa sua decisão, que só pode ter sido tomada, num dia em que se esqueceu de que é o depositário das leis municipais.
Seja HOMEM. Seja cumpridor.
Isabel A. Ferreira
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«O Sr. Presidente, se fosse HUMANO, nem do Regulamento precisava. Bastava (se é que não sabe) informar-se sobre a tortura que é infligida ao Touro para, pura e simplesmente, não autorizar.
E a Veterinária, tão humilhantemente desautorizada que fez? Participou à DGV ou, dignamente, demitiu-se?
Carlos Ricardo»
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