Terça-feira, 27 de Abril de 2021

Que superioridade será a “superioridade” do homo que diz ser “sapiens” e não é mais do que um homo “predator”?

 

A superioridade de um ser humano não se mede por aquilo que ele diz ou pensa ou faz, mas pela sua capacidade de partilhar o Planeta com os outros seres; pela sua habilidade para se adaptar a um meio ambiente adverso, e pela sua competência de o preservar na sua singularidade.

 

Logo, não conseguindo o “homem” (*) partilhar o Planeta com as outras criaturas, e não se adaptando ao meio ambiente, e sendo incapaz de o preservar na sua singularidade,  será um ser superior aos seres não-humanos?


 
Quando muito, será um ser que desenvolveu algumas capacidades que, contudo, não coloca ao serviço nem da Humanidade, nem do Planeta.



Ele é tão-só o destruidor-mor de todos os reinos Animal, Vegetal e Mineral.



Que superioridade será a “superioridade” do Homo que diz ser “sapiens”?

 

(*) Refiro-me ao homem-predador.

 

Isabel A. Ferreira

 

Cãozinho.jpg

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:53

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Sexta-feira, 16 de Fevereiro de 2018

Em Portugal, existe uma lei que permite aos psicopatas torturarem em público um ser vivo

 

Como se isto, por si só, já não fosse uma anormalidade desmedida, existe ainda um regulamento tauromáquico, que nos remete para um passado muito, muito remoto, caracterizado por uma descomunal ignorância, que pretende atirar areia aos olhos de quem os tem abertos para a modernidade.

 

 

Esta é a máscara da crueldade

 

Um destes dias ouvi um psiquiatra forense caracterizar um psicopata deste modo: uma criatura que não tem empatia pelo outro, pelo sofrimento do outro, e pior do que isso, sente um prazer mórbido com o sofrimento do outro.

 

Isto a propósito do psicopata inglês que assassinou brutalmente, cruelmente, com todos os requintes de malvadez (inclusive filmando os estertores de dor da vítima, enquanto a massacrava), um português que sofria de esquizofrenia “passiva”, isto é, um ser humano que não reagia agressivamente a coisa nenhuma.

 

Pois este “outro” pode ser um ser humano ou um ser não-humano. A psicopatia é a mesma.

 

Os psicopatas tauromáquicos (os que praticam, os que aplaudem, os que legislam e os que promovem e apoiam esta selvajaria) não têm empatia pelos seres vivos, nem pelo sofrimento atroz que se inflige aos seres vivos, e pior do que isso, sentem um prazer patológico com o sofrimento dos seres vivos torturados (neste caso os Bovinos e os Cavalos), excluídos do Reino Animal, não se sabe bem a que propósito.

 

Estes psicopatas tauromáquicos são portadores de uma desordem de personalidade, caracterizada por um comportamento anti-social, uma diminuição da capacidade de sentir empatia/remorso e um baixo controlo comportamental. E estão-se nas tintas para a dor dos outros. São extremamente egoistas. E o que interessa são eles, eles e depois eles, nada mais do que eles.

 

Dito isto, e sabendo que estes psicopatas podem fazer o que fazem publicamente, protegidos por uma lei parva e ilegal, mas aprovada pela Assembleia da República e (ainda) vigente, como podemos respeitar ou aceitar uns governantes que transformam a psicopatia em algo viável socialmente?

 

Isto não é de doidos?

 

***

Touradas com novo regulamento a meio da época ou o despudor governativo  

 

Cliquem no link e leiam:

http://expresso.sapo.pt/touradas-com-novo-regulamento-a-meio-da-epoca=f885674

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:15

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Sexta-feira, 6 de Outubro de 2017

«Carta dos Deveres do Ser Humano»

 

Einstein.jpeg

 

«Carta dos Deveres do Ser Humano»

por Filomena Marta

 

«Considerando que existe, e muito bem, uma Declaração Universal dos Direitos do Homem, que deverá sempre ser defendida e cumprida;

 

Considerando que o Homem é um ser imperfeito e muitas vezes inquinado pela maldade, mesquinhez de espírito e ignorância;

 

Considerando que o Homem é o maior responsável pela destruição do Planeta e das espécies que nele habitam, com os mesmos direitos à vida como o próprio Homem;

 

Considerando que o Homem tem a capacidade e habilidade de matar e torturar por prazer, quer sejam elementos da sua própria espécie ou de outras espécies habitantes do Planeta;

 

Considerando que o direito à existência deve estar intimamente ligado à dignidade e excelência de carácter;

 

Considerando que toda a vida animal e vegetal deve ser respeitada e protegida, independentemente da espécie;

 

Considerando que o ser humano é o factor de maior destruição e desequilíbrio ambiental à face da Terra;

 

Considerando que o Homem se considera supostamente um Ser Superior e dotado de racionalidade, deve essa superioridade e racionalidade impor também os seguintes deveres:

 

  1. É dever do Homem ser uma criatura digna, consciente e compassiva;
  2. É dever do Homem evoluir e tornar-se todos os dias um ser humano melhor;
  3. É dever do Homem erradicar de si próprio e da sua sociedade humana a maldade, a tortura e o terror;
  4. É dever do Homem cuidar da sustentabilidade do Planeta e de todas as criaturas que nele habitam;
  5. É dever do Homem não destruir florestas;
  6. É dever do Homem recuperar e reflorestar as áreas destruídas por si ou por catástrofes, quer sejam naturais ou infligidas por humanos sem escrúpulos;
  7. É dever do Homem manter vivos e saudáveis os oceanos, rios e lagos;
  8. É dever do Homem recuperar e limpar todos os cursos de água por si prejudicados e destruídos;
  9. É dever do Homem respeitar os habitats de outras espécies animais do Planeta;
  10. É dever do Homem não colocar em risco a existência e sobrevivência de outras espécies animais, que consigo partilham o Planeta Terra;
  11. É dever do Homem garantir que as espécies animais, colocadas em risco pelo aumento e avanço do território humano, possuam meios e locais suficientes para sobreviver e florescer, sem ser colocada em perigo a sua existência;
  12. É dever do Homem não maltratar, perseguir, caçar e matar outros animais por desporto, prazer individual ou de grupo, por maldade ou para obter benefícios económicos com a morte ou exploração de outros animais, de todas as espécies;
  13. É dever do Homem proteger e cuidar de todos os animais, tanto da sua espécie como de outras espécies, domésticas ou selvagens;
  14. É dever do Homem prestar assistência a todos os seres doentes ou feridos;
  15. É dever do Homem proteger e cuidar das espécies que domesticou, quer para sua companhia, quer para utilização no trabalho ou na sua alimentação;
  16. É dever do Homem tratar todos os animais com a consciência de que todos os animais são seres vivos, que como o Homem têm cérebro e coração, sangram, sentem dor, medo, angústia e alegria, e que como o Homem têm a capacidade de amar e como ele morrem;
  17. É dever do Homem punir outros seres humanos que se revelem indignos da sua espécie, provocando sofrimento e morte a outros seres vivos, de todas as espécies animais;
  18. É dever do Homem proteger e tratar os fracos e os indefesos, sejam humanos ou não-humanos;
  19. Todos os seres humanos que não cumpram estes deveres colidem com a Declaração Universal dos Direitos do Homem;
  20. Para ter direito à vida e à dignidade é preciso cumprir o dever de dar a todas as espécies, igualmente, o direito à vida e à dignidade.»

 

Lisboa, 01 de Fevereiro de 2011

Filomena Marta

Fonte: http://animasentiens.com/carta-deveres-ser-humano

 

***

Comparemos agora esta Carta dos Deveres do Ser Humano com a Carta dos Deveres do Homem, do Corpo Nacional de Escutas (Escutismo Católico Português) neste link:

http://www.agencia.ecclesia.pt/dlds/bo/CartadosDeveresdoHomemVersoIntegral.pdf

(Entretanto, este link foi desactivado, provavelmente depois de a publicação deste texto)

 

E não podemos deixar de notar a abismal diferença de princípios humanos: na primeira Carta, na da Filomena Marta, vemos o ser humano global, integrado no Cosmos, onde nós somos apenas uma parte responsável pela outra parte.

 

Na carta dos Escuteiros, o “homem” é a medida de todas as coisas, deixando de fora os animais não-humanos. Só esse “homem” conta.

 

Por isso o mundo é o que é: um lugar insólito, cheio de gente insólita e macabra sem qualquer interesse. E ser católico não significa ser humano, na sua mais profunda essência.

 

Quem exclui os outros seres da sua própria existência é hipócrita, e pratica um falso humanismo.

 

Daqui podemos concluir que a maioria daqueles que exercem cargos de governação, seja onde for, não cumprem o seu DEVER mais profundo: o de Ser Humano.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:05

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Segunda-feira, 28 de Agosto de 2017

Mensagens nobres a todos quantos praticam, aplaudem, apoiam e promovem a tauromaquia em todas as suas vertentes sádicas e selváticas

 

Porque a insanidade e o sadismo não fazem parte de uma sociedade que se quer saudável, limpa e humana, aqui deixo alguns elementos para reflexão, principalmente dos governantes, que teimam em manter uma lei completamente insana, onde a crueldade, a violência e a tortura de seres vivos são permitidas, unicamente para encher os bolsos de trogloditas e divertir “gente” com graves deformações mentais.

 

Isto não é da Civilização, nem da Cultura, nem da Humanidade.

 

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Por isso, nós, os anti-tourada, não nos calamos:

 

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Seja esse outro um ser humano ou um ser não-humano. O sofrimento é o mesmo.

 

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E por fim, aquela máxima que, se todos os seres humanos seguissem, o Planeta Terra seria um verdadeiro Paraíso.

 

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Pensem nisto, senhores governantes, únicos culpados do caos social, cultural e educacional em que Portugal está mergulhado.

 

E vós, Portugueses, abri os olhos, e nas próximas eleições autárquicas penalizem quem tanto tem penalizado o nosso país.

 

Isabel A. Ferreira

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:51

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