Ouviu-se demasiadas vezes, esta pergunta: «O que falhou nas candidaturas dos restantes nove candidatos?»
Mas a pergunta a fazer não era essa. A pergunta a fazer devia ter sido a seguinte:
O que funcionou para que Marcelo Rebelo de Sousa ganhasse as eleições?
- Funcionou os vários anos em que ele, como comentador político nas televisões portuguesas, fez campanha eleitoral, em horário nobre, já com o fito nesta candidatura, mostrando-se ao país, semanalmente, e tornando-se, desse modo, mais conhecido do que os tremoços.
- Funcionou o apoio que a comunicação social orquestradamente deu a um candidato que partiu para estas eleições com mais vantagem do que todos os outros, no que respeita ao conhecimento que o povo já tinha das suas ideias acerca da política e da governação, oferecendo-lhe, de mão-beijada, a primazia sobre os demais candidatos.
- Funcionou a falta de estratégia do Partido Socialista, que se mostrou desnorteado, facto que foi aproveitado, e muito bem, pela coligação PSD/CDS que desde logo e sem papas na língua, sugeriu ao seu eleitorado que votasse Marcelo.
- Funcionou a já enraizada falta de sentido crítico dos portugueses, e o facto de serem maria-vai-com-as-outras o que lhes dá apenas a visão de cores partidárias e não de competências.
- Funcionou a circunstância de não haver, nesta corrida a Belém, nenhum candidato realmente forte, com peso na política, e com a popularidade que anos de exposição pública dão a qualquer cidadão.
- Funcionou a táctica de enredar o povo na ilusão de um presidente que andará no meio dele (do povo) a tomar copos nas tascas, a engraxar sapatos na via pública, a viajar de comboio ou mesmo a visitar doentinhos nos hospitais, ou velhinhos nos lares, aos abraços e aos beijos, como se fossem amigos do peito.
O que falhou nas candidaturas dos restantes nove candidatos?
Não falhou nada. Foram candidatos iguais a si próprios. Disseram de sua justiça, mas partiram para estas eleições com uma grande desvantagem em relação ao vencedor: nenhum deles teve a oportunidade de fazer campanha eleitoral, em horário nobre, durante anos a fio.
Entretanto, dizem por aí que a escolha do povo é soberana.
De que povo se fala?
Dos nove milhões e tal de eleitores inscritos nestas eleições, apenas cerca de 2 milhões e 400 votaram Marcelo. A escolha soberana foi apenas de cerca de dois milhões, entre nove milhões. A escolha soberana foi de uma migalha de povo.
Milhares estão-se nas tintas para a política pouco transparente que parece ter criado raízes em Portugal, e para políticos que se vergam aos interesses dos vários lobbies económicos instalados na AR, os que verdadeiramente “governam” o país.
Logo, Marcelo não é o presidente de TODOS os Portugueses. Nem pouco mais ou menos. Simplesmente ganhou umas eleições, cujo sistema deve ser revisto, pois é tudo menos democrático.
Os dois milhões e tal de portugueses elegeram um presidente aficionado de selvajaria tauromáquica e vendilhão da Língua Portuguesa.
Marcelo é inteligente? É. Mas Bin Laden também era um sujeito com uma inteligência acima do normal.
No final do seu discurso de presidente eleito, Marcelo diz que é hora de refazer Portugal e honrar a memória.
Pois se é hora de refazer Portugal e honrar a memória, é hora de colocar Portugal no caminho da evolução, da civilização, da cultura culta, abolindo do território português a selvajaria tauromáquica que envergonha até as pedras da calçada à portuguesa, e de devolver ao País a sua Língua Materna, europeia e culta.
É que a propósito das outras matérias já sabemos nós o que fará Marcelo.
E uma coisa é certa, Marcelo Rebelo de Sousa só será meu presidente quando tiver a hombridade de, como representante máximo de Portugal, pugnar pela abolição da barbárie e pela preservação da Identidade Nacional, devolvendo aos Portugueses a Língua Portuguesa.
Fiascos, atrás de fiascos, eis o balanço da prática selvática, a que chamam tauromaquia, que está em franca decadência, se não mesmo morta.
Os únicos ainda vivos (mas não eternos) são os sádicos, os marialvas, os inúteis, os parasitas da sociedade que, para mostrarem que ainda existem (tal é a inutilidade da vidinha pobre e podre deles) vão ao campo pequeno e onde mais estiverem câmaras de televisão…
E apenas isso…
Eis a miragem da prótoiro:
Continuam a ser uns pobres coitados: não são inteligentes, não sabem fazer contas, iludem-se a si próprios, para poderem dizer que existem...
O que a prótoiro quer dizer neste cartaz falacioso é que em 2014 houve menos três milhões de telespectadores a ver a selvajaria tauromáquica, numa estação de TV pouco recomendável (a RTP) uma vez que confunde tortura com cultura, e esbanja dinheiros públicos, dinheiros dos impostos que os portugueses pagam com grande sacrifício, para que uma minoria inculta e selvática espumeje a baba viscosa da perversidade.
A selvajaria tauromáquica não está imparável. Está parada num tempo onde a ignorância e a boçalidade são lambarices comidas com as mãos sujas de sangue. E a seguir cospem para o lado.
O ano de 2014 mostrou que esta prática de broncos, para broncos tem os dias contados.
Foram prejuízos de milhares de Euros.
Nem com bilhetes de borla as arenas encheram.
Foram canceladas inúmeras selvajarias.
Perderam-se vidas “humanas” e outros ficaram estropiados.
O balanço é negro, e quem não for capaz de ler os números negros da selvajaria tauromáquica em 2014 não tem a mínima capacidade de discernimento.
Coitados! Consolem-se com as vossas mentiras. Com as vossas ilusões. Com as vossas miragens.
Porque a verdade verdadeira é que a selvajaria tauromáquica está a cair de podre.
Com a agravante de os autarcas locais se colocarem ao nível de bilheteiros… que será uma das maiores competências dos representantes do povo de Tomar.
Que vergonha! Que pobreza moral! Que baixeza de espírito!
Que falta de brio pessoal, de sentido crítico, de auto-estima!
Lê-se numa notícia:
«A Câmara de Tomar, numa lógica de ajudar iniciativas locaisde entidades ou organizações privadas, passou a vender bilhetes e ingressos. Assim, segundo fontes da câmara, “o município comprou 100 bilhetes de 10 euros e 200 a 15 euros, por 3.920€ (IVA incluído) da próxima tourada dedicada ao emigrante que o cavaleiro Rui Salvador, que tem a concessão da Praça de Touros de Tomar, vai realizar, para colocar à venda, que já estão no balcão único, piscinas e turismo, tal como havia comprado 300 bilhetes dos Bons Sons a 20 euros, à venda (…) e que esgotaram e mais recentemente 100 bilhetes a 30 euros, que estão à venda (…) também nos mesmos moldes.»
in
http://www.cidadetomar.pt/noticia.php?t=e&id=7033
***
Pois… numa lógica… da batata talvez!
Leia-se o cartaz:
Um montador de cavalos (cavaleiro é outro departamento); seis touros e 12 Cavalos, ou seja, um animal irracional para 18 animais racionais… sacrificados em nome do dinheiro e da imbecilidade.
E assim se suja o nome de Tomar, uma cidade com uma História grandiosa e com autarcas tão ao nível do rés-do-chão, e se destrói a vida de magníficos seres vivos…
Isabel A. Ferreira
Só gente muito alucinada e sem o mais ínfimo sentido crítico é que tem esta pretensão.
Tourada à corda Património da Humanidade, a que propósito?
Isto é uma anedota? Se é, é daquelas que até fazem rir as pedras.
Senhores autarcas e senhores mordomos, por favor, não sejam ridículos, nem façam passar os Açores por tal VERGONHA…
Vejam o que os autarcas e mordomos terceirenses querem candidatar a Património Mundial… não dizem de quê, mas será Património Mundial da Estupidez?... Se for… talvez tenham oportunidade de ganhar…
Reza a crónica que «o processo já está a ser preparado e baseia-se num novo conceito: o da "taurinidade" sustentado pela tradição, estreita ligação ao culto do Espírito Santo e o contágio na cultura terceirense».
Taurinidade? Ou seja a tortura de um bovino, amarrado a uma corda, sem defesa, baseada num costume bárbaro (que não tem nada a ver com tradição) introduzido no tempo dos Filipes espanhóis, e que os terceirenses, que não evoluíram, começaram a ligar ao culto do Espírito Santo (uma blasfémia que merecia a excomunhão dos padres católicos que com isto alinham) e a contagiar todos os broncos ali nascidos?
É isto a tal taurinidade.
E diz mais a crónica: «Sem certezas quanto à posição da Unesco a recolha histórica prossegue».
Sem certezas quanto à posição da UNESCO?
A UNESCO que afirmou em 1980 que «a Tauromaquia é a terrível e venal arte de torturar e matar animais em público, segundo determinadas regras. Traumatiza as crianças e adultos sensíveis. A tourada agrava o estado dos neuróticos atraídos por estes espectáculos. Desnaturaliza a relação entre o homem e o animal, afronta a moral, a educação, a ciência e a cultura»?
Querem mais? Podem esperar sentados. Vão passar uma vergonha descomunal, e pior do que isso, desmoralizar o Arquipélago dos Açores.
E os autarcas terceirenses, na sua miséria moral, dizem que «não duvidam da importância económica e turística da "taurinidade».
Pois… importância económica para os ganadeiros e mais alguns bolsos.
Quanto à importância turística… que turistas vão aos Açores assistir a uma manifestação de pura estupidez?
Não os turistas cultos, com toda a certeza.
Por favor, senhores autarcas e mordomos, não sujem o nome dos Açores com a vossa ignorância.
Envergonham os açorianos cultos e todos os portugueses.
Vá… é hora de se demitirem.
***
Fonte: Telejornal RTP/Açores
Terceira quer as touradas classificadas como Património Mundial (Vídeo)
http://www.rtp.pt/acores/?article=36964&visual=3&layout=10&tm=10
No ano passado foram seis para o hospital.
Estão-se nas tintas para mortos, feridos ou estropiados.
O que importa é que este hábito imbecil se mantenha… à pala de uma lei parva.
E o povo é que paga a conta do hospital destes que se atiram para debaixo dos cornos de um animal acossado, que está defender, legitimamente, a sua própria vida.
(O vídeo foi retirado da circulação para não testemunhar tanta estupidez)
Quantas mortes, estropiados e feridos são necessários mais, para que o governo português ponha fim a esta miséria moral, cultural e social terceiromundista?
Estava de “passagem” pela RTP, quando me chamou a atenção esta notícia insólita, e fiquei pasmada, porque as imagens transmitidas fizeram-me lembrar umas outras, que por vezes são mostradas, em países do terceiro-mundo, onde a civilização ainda não chegou.
Mas o acontecimento deu-se em Samora Correia, no concelho de Benavente, uma terreola portuguesa, com um atraso civilizacional acentuado. É que Portugal não é só Porto, Lisboa e Coimbra.
Quatro pantomineiros foram transportados para o hospital de Vila Franca de Xira, na madrugada de ontem, por terem sofrido ferimentos, um deles com gravidade, durante uma largada de Touros, que é o entretenimento máximo dos broncos.
Nenhum ficou estropiado ou morreu no meio da rua. Estavam a pedi-las. Mas não aconteceu o que poderia ter acontecido.
A RTP deu destaque a esta notícia “importante”, dando tempo de antena a um aficionado que demonstrou a falta de sensibilidade inerente aos torturadores de Touros, pouco se importando com o que aconteceu aos tais pantomineiros que foram levados para o hospital.
Se morresse algum, a festa (a que chamam “brava”) continuava. Enterrava-se o morto, e venha mais um Touro, mais um ferido grave, mais um morto.
Houve feridos. Levaram-nos para o hospital. Exigiram tratamento XPTO. Serviço Nacional de Saúde. Pago por todos os portugueses.
Ninguém os mandou dar o corpo ao manifesto.
Atiraram-se para debaixo do Touro por livre e espontânea vontade. Logo, não tinham direito a assistência pública. Querem correr riscos, corram, mas paguem a factura do seu bolso, e não do bolso dos portugueses.
Não temos obrigação de pagar a conta de psicopatas apoiados pelos governantes.
É que a estupidez tem limites. E a esmagadora maioria dos portugueses não aplaude este hábito primitivo e imbecil de se atirarem para debaixo de um Touro acossado.
Esta é a nona edição desta estupidez, em Samora Correia. Estes não foram os primeiros a ir parar a um hospital. Apesar desses feridos, esta parvoíce continuará até 05 de Maio. Todos os dias, uma largada de Touros. Para broncos verem.
Com esta coisa estranha: há uma largada para crianças (apesar das recomendações da ONU) e outra para mulheres (duvido que sejam Mulheres), e o tal que falou à RTP diz que é uma «pequena brincadeira, com um bezerro muito pequeno e sem riscos», como se os bezerros muito pequenos fossem de pau, e não seres sencientes, que sofrem horrores nas mãos deste refugo de gente.
A minha indignação (à qual tenho direito) vai para os governantes, que permitem este desconchavo; e para a RTP, que não teve a coragem de noticiar a Marcha Animal, mas dá parangonas à estupidez e à violência, sem o mínimo sentido crítico.
Pela aragem já se vê quem vai na carruagem. E tudo isto é de uma pobreza mental, moral, social e cultural de meter dó.
Que gentinha será esta?
Isabel A. Ferreira
Fonte
http://www.publico.pt/local/noticia/quatro-feridos-em-largada-de-touros-em-samora-correia-1633691
Ou seja, uma criança menor de 18 anos, que frequenta ou pratica touradas, poderá eventualmente crescer sã do corpo (?) e feliz (quanto mais ignorante, mais feliz), mas quando chega a adulto está mentalmente velha, embrutecida e alienada… incapaz de saber distinguir um boi de um palácio.
Isto está comprovado.
Basta analisar os aficionados adultos actuais, que cresceram no meio da bosta, do vinho e da violência, para conferirmos que até podem ter saúde física, mas sofrem de perturbações mentais graves.
E quanto à moral… Coitados!
Por isso, Juventude Taurina Portuguesa, uma vez mais apela-se para que não se metam a dizer em público aquilo que desconhecem, porque fazem muito má figura.
Ficam muito mal na fotografia.
Não emprenhem pelos ouvidos, porque os aficionados adultos nada têm a ensinar-vos senão parvoíces e mentiras.
Querem transmitir-vos a incultura que transmitiram a eles…
Mas isso é coisa de gente antiquada, ultrapassada. Gente que não evoluiu.
Vivem num tempo que já não existe, e arrastam-vos para esse mundinho medíocre, e vocês, que não têm o mínimo sentido crítico, deixam-se ir na onda da idiotice, e tornam-se tão alienados quanto eles.
E isso é péssimo.
A verdadeira Juventude Portuguesa é Culta, e tem capacidade de raciocínio, sentido crítico e lucidez.
O que não é, de todo, o vosso caso.