Quarta-feira, 14 de Novembro de 2018

REFERENDAR A TORTURA DE TOUROS SERIA ADMITIR QUE A TORTURA DE TOUROS É POSSÍVEL

 

E não é. A tortura de Touros não é possível, numa sociedade evoluída.

O que é da ÉTICA não pode ser referendado. A tortura de Touros é uma questão da Ética, do Senso Comum, das Leis Naturais e Universais.

 Referendar a tortura de Touros é admitir que a tortura de Touros é possível.

Eis o que é a Ética, explicada de um modo simples, por Mário Sérgio Cortella (***) para que todos entendam:

 

ÉTICA1.jpg

 

Referendar a tortura de Touros é ACEITÁ-LA como algo que pode ser válido para a sociedade, e que uns querem, e outros não querem.

 

As questões da VIDA não são referendáveis. A VIDA é tão importante para o animal humano, como para o animal não-humano, por isso estes são tão cuidadosos com a vida deles, defendem-na corajosamente, não poluem o seu habitat natural, e são eles o equilíbrio racional do ecossistema, que o animal homem, irracionalmente, destrói.

 

ÉTICA.jpg

 

Ainda se a pergunta a fazer fosse directa e clara:

É A FAVOR DA TORTURA DE TOUROS E CAVALOS NUMA ARENA, PARA DIVERTIR SÁDICOS E PSICOPATAS?

… talvez (talvez) o referendo  pudesse ser aceitável...

 

Contudo, nos referendos, como todos nós sabemos, as perguntas nunca são directas e claras, precisamente para confundir os menos esclarecidos e, com isso, servir a política e não a sociedade.

 

De qualquer modo, um referendo sobre a tortura de Touros é admitir essa barbárie no seio da nossa sociedade, que se quer evoluída. Portanto, algo contraproducente.

 

(***) Mario Sergio Cortella é um filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro, mais conhecido por divulgar, com outros intelectuais como Clóvis de Barros Filho, Leandro Karnal, Renato Janine Ribeiro e Luiz Felipe Pondé, questões sociais ligadas à filosofia na sociedade contemporânea.

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:40

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Quarta-feira, 27 de Junho de 2018

Só mentes deformadas acham que os Touros não sofrem com a investida dos cobardes forcados

 

Recebi um comentário do Hugo Pinto, e que aqui destaco, para que, de uma vez por todas, fique demonstrado que os forcados são os maiores cobardes de uma tourada, porque atacam em bando, um Touro já moribundo. E isso nem é arte nem valentia. É a mais pura e repugnante cobardia.

 

Veja-se este vídeo com atenção.

 

(Vídeo indisponobilizado devido ao HORROR que nele é mostrado).

Ataque em bando a um Touro moribundo, cheio de farpas, a sangrar, indefeso (com os cornos embolados) com as carnes já rasgadas. Repare-se no “reforço” que mostra a invirilidade dos forcados. Aos forcados falta-lhes umas coisas que eu cá sei, para enfrentarem um Touro com todas as suas faculdades físicas INTACTAS. Por isso eles tentam disfarçar essa falha com umas "almofadinhas", e só atacando um Touro moribundo conseguem sentir-se machos (não disse homens). Este Touro conseguiu reunir as derradeiras forças e defendeu-se legitimamente, dando uma boa lição de valentia ao cobarde forcado que o atacou. É que VALENTIA é estar moribundo e a sofrer horrores e ainda assim conseguir reunir as derradeiras forças para neutralizar o carrasco. Isso é que é valentia. E aqui o HERÓI é o Touro.

 

Hugo Pinto comentou o post Cobardia dos forcados portugueses motiva a selecção iraniana através da visão deformada de Carlos Queiroz às 09:35, 27/06/2018 :

 

Independentemente de gostar ou não deste ressabiado, o texto escrito no blogue é completamente errático e escrito por alguém que não sabe o que diz. Nas touradas, tradição aceite ou não por alguns, os forcados são os únicos que não magoam o touro. Os forcados são aqueles que se formam em linha em frente ao touro e quando o animal faz a investida o forcado tenta manter-se seguro entre os cornos do boi. Arte de valentia e coragem, única no mundo. Com os forcados o animal não tem qualquer sofrimento

 

***

 

Hugo Pinto,

 

Quanta ignorância! Quanta estupidez! Quanta falta de saber! Quanta falta de sensibilidade! Quanta falta de discernimento! Este seu comentário tresanda ao mofo.

 

Primeiro: saiba que não está a dirigir-se a uma leiga, nestas coisas de crueldade e violência. Quem não sabe o que diz é quem diz que nas touradas (que NÃO É uma tradição, mas sim um costume bárbaro herdado dos monarquistas espanhóis) os forcados são os únicos que não magoam o Touro.

 

Segundo: quando os cobardes forcados formam em linha diante do Touro, estão diante de um TOURO JÁ MORIBUNDO. E quem investe contra o Touro são os cobardes forcados, porque o Touro, já ferido de morte, nem sequer tem forças para se defender. E quando o cobarde forcado tenta manter-se seguro entre os “cornos” do BOI (disse bem, porque o Touro não passa de um boi, e os bois são bovinos, herbívoros mansos que só investem contra qualquer coisa, unicamente para se defenderem) é preciso acrescentar que são CORNOS EMBOLADOS (queria ver um forcado a segurar-se em cornos à vista, bem afiados). E isso não é arte nem valentia. Insulta- se a Arte e a Valentia ao chamar arte e valentia à maior das cobardias do mundo: atacar um ser vivo já moribundo e a sofrer atrozmente. E mais: com o ataque dos cobardes forcados o Touro sofre em dobro, por já se encontrar moribundo e cheio de dores. E puxam-lhe o rabo, e atiram-se para cima dele, e rodopiam-no, com os corpos em cima das bandarilhas, fazendo pressão e provocando ao Touro ainda mais dores.

 

Depois não gostam que eu diga isto: todos os forcados deviam ser torturados, como os Touros são, se algum dia se encontrassem feridos de morte, a sangrar e moribundos, e alguém lhes viesse puxar o rabo, os cabelos e andar com eles às voltinhas, para saberem o que isto é. Não sofreriam nada? Se os touros não sofrem, eles também não sofreriam, porque nenhum deles é um animal? Ou não? Como poderiam sofrer?  Só mentes muito deformadas acham que os Touros não sofrem com a investida dos cobardes forcados.

 

Terceiro: posto, isto é, da Ciência Humana e do Senso Comum que os forcados são os maiores cobardes das touradas porque ATACAM, em bando (oito para um) um touro já moribundo, indefeso e inofensivo, sem forças, com os cornos (as suas defesas) embolados, perfurado por bandarilhas, a sangrar por dentro e por fora, a sofrer horrores, dores atrozes, como qualquer forcado sofreria (?) se lhe espetassem bandarilhas no lombo. E atacar um ser vivo nestas condições não é ser valente. É ser o maior cobarde à face da Terra. Atacar seres indefesos é a maior das COBARDIAS. Mais cobardes do que isto não há.

 

Valentia seria enfrentar um LEÃO esfomeado na arena, como faziam os desventurados gladiadores no Coliseu de Roma, para divertir os anormais daquela época. Agora, atacar um Touro moribundo e a sangrar, com as carnes rasgadas, e cornos embolados, só mesmo de grandes cobardes sem um pingo de virilidade. E os sádicos aplaudem, porque os sádicos gostam de ver sangue e sofrimento. É da natureza doentia deles.

 

Por vezes, os Touros, ainda que moribundos, reúnem as suas derradeiras forças e defendem-se valentemente (e aqui sim, há valentia) e mandam um forcado desta para melhor, com toda a legitimidade. Porque morrer, por morrer, ao menos, leva o carrasco com ele.

 

Percebeu Hugo Pinto?

 

Não há valentia nenhuma num forcado. Isso é a maior mentira da tauromaquia. E uma mentira repetida muitas vezes até pode parecer verdade, mas continua a ser uma grande mentira.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:56

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Quinta-feira, 3 de Maio de 2018

A TOURADA É UMA PRÁTICA TROGLODITA QUE NADA TEM A VER COM DEMOCRACIA

 

Tauromaquia rima com monarquia, e foi o passatempo dos alienados desse tempo e do tempo da ditadura fascista.

 

Contudo, tourada não rima com Democracia.

 

Mas nós viveremos em Democracia?

 

A esmagadora maioria do povo português não se revê nesta prática medievalesca, e ainda assim, “democraticamente”, a esmagadora maioria dos deputados da Nação não ouve o povo, mas dá ouvidos à minoria troglodita.

 

TOURADA.png

 Um “festival” tauromáquico, realizado em 2018, para uma multidão… de assentos vazios…

 

 Li, num lugar onde se divulga esta prática medievalesca, o seguinte título numa crónica: «Legislação portuguesa encerra debate e protege touradas».

 

Isto é algo que jamais leríamos num país civilizado e evoluído. Lemos isto em Portugal, que ainda é um país muito atrasado civilizacionalmente.

 

E a crónica diz o seguinte:

 

«Está encerrado o debate. A tauromaquia está protegida pela legislação portuguesa e o Estado tem de garantir o acesso de todos à tourada, enquanto actividade cultural integrante do património português.

 

A crónica não vem assinada. Desconheço quem a escreveu, mas por esta aragem, vê-se quem vai na carruagem: alguém que vive mergulhado nos tempos medievais, envolto na mais tenebrosa ignorância e alienação.

 

Que, embora inacreditavelmente, nos tempos que correm, século XXI D.C., a legislação portuguesa proteja tauromaquia, é verdade. Agora que o Estado tem de garantir o acesso de todos (quem serão esses todos? os que se vêem na imagem acima?) à tourada, é a alucinação de um alienado. O Estado tem de garantir o acesso à educação, à saúde, ao bem-estar, à segurança, enfim, a algo mais premente do que o acesso à selvajaria tauromáquica. E se lhe juntarmos a pretensão de que a tourada é uma actividade cultural, passamos da alucinação para a insanidade, e ao chamar à tortura de um ser vivo património português, então entra-se num estádio de profunda demência.

 

E a crónica prossegue:

 

«A ideia levantada pelo jornal Público, de que as touradas podem ser proibidas, em função das recentes alterações ao Código Civil, cai por terra pela força da própria Lei, bastando para isso a leitura do nº 2, do artigo 3º da Lei 92/95: “As touradas são autorizadas nos termos regulamentados". O Decreto-Lei nº 89/2014, que aprova o Regulamento do Espectáculo Tauromáquico, define que a "tauromaquia é, nas suas diversas manifestações, parte integrante do património da cultura popular portuguesa".

 

 

E alguma vez, uma lei obtusa, como é a lei que autoriza a tortura de seres vivos para divertir sádicos, pode sobrepor-se às leis que protegem a Vida e os Seres Vivos? E alguma vez uma prática cruel e violenta contra seres vivos é “espectáculo”? E alguma vez a bem da verdade, tal selvajaria é património da cultura popular portuguesa? Isto até pode estar nesta lei abjecta que suja o nome dos legisladores portugueses, mas tal não significa que seja algo racional ou digno da humanidade.

 

E os absurdos continuam:

 

«Também o Decreto-Lei nº 23/2014, que aprova o regime de funcionamento dos espectáculos de natureza artística, protege a realização de touradas: "Integram o conceito de espectáculos de natureza artística, nomeadamente, as representações ou actuações nas áreas do teatro, da música, da dança, do circo, da tauromaquia e de cruzamento artístico".

 

Repare-se como a tauromaquia, ou melhor, a selvajaria tauromáquica é aqui metida à força, por quem não tem a mínima noção do que é a natureza artística. Comparar o teatro, a música, a dança, o circo (os que não usam animais, porque os outros são tão selvagens como a tauromaquia) todas estas artes elevadas, com a tortura de seres vivos indefesos, é de uma incomensurável ignorância. E enchem a boca com isto, e acham que falam bem e que têm razão. Se soubessem o que esta comparação realmente significa, teriam vergonha de a alardear, porque fazem figura de parvos.

 

E então o cronista conclui:

 

«Só isto seria suficiente para impedir que formadores de Justiça incitassem os seus formandos à 'desobediência legislativa' com base em interpretações pessoais. A intenção do legislador, que promoveu as alterações ao Código Civil, não visa nem abre caminho à proibição da actividade tauromáquica pois isso seria inconstitucional.»

 

Como se engana o cronista. Entre uma lei baseada na crueldade e ignorância, e outra lei baseada em valores humanos e de protecção à vida animal, o legislador, se tiver um pingo de racionalidade, optará pela segunda. Por outro lado, os legisladores, ardilosos, como são, deixam sempre uma nesguinha, para que possam levar a água suja para o moinho dos trogloditas.

 

Mas um bom interpretador de leis, competente e inteligente, saberá como dar a volta ao texto, e privilegiar a Vida, a Evolução, a Civilização, e não a crueldade e a violência medievalescas.

 

E o cronista, ignorantemente, vai à CRP, apelar para artigos, que nada têm a ver com apoio à crueldade, à violência e à brutalidade contra seres vivos indefesos, para divertir sádicos:

 

«A Constituição da República Portuguesa é clara. Refere o nº 2 do artigo 43º da CRP: "O Estado não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas". O nº 1 do artigo 73: "Todos têm direito à educação e à cultura". E os nºs 1 e 2 do artigo 78: "Todos têm direito à fruição e criação cultural, bem como o dever de preservar, defender e valorizar o património cultural" e "Incube ao Estado (…) Promover a salvaguarda e a valorização do património cultural, tornando-o elemento vivificador da identidade cultural comum".»

 

Senhor cronista, realmente a CRP é muito clara, e nestes artigos que citou nada abona a favor da selvajaria tauromáquica.

 

Para que a selvajaria tauromáquica estivesse abrangida nestes artigos seria necessário que a crueldade e a violência intrínsecas à prática tauromáquica fossem do domínio da Educação e da Cultura; fossem património cultural e fizessem parte da identidade cultural comum. Mas não fazem.

 

Acontece que os aficionados de touradas até podem achar que a tauromaquia é isso tudo. Estão no seu direito. Mas o senso comum diz o contrário. E o senso comum tem mais força do que a vontade de uma minoria alienada.

 

E o cronista termina deste modo hilariante:

 

«Significa isto, preto no branco, que, por Lei e nos termos da Constituição da República Portuguesa, as touradas devem ser protegidas e o Estado deve garantir o acesso de todos os cidadãos – se estes assim o quiserem – às touradas

 

Pois engana-se redondamente. Significa isto, preto no branco, que jamais a crueldade, a violência e a tortura de seres vivos farão jurisprudência num tribunal, se para as rebater existir uma outra legislação, mais condizente com a dignidade e valores humanos e com a defesa da Vida.

 

A selvajaria tauromáquica está condenada à extinção.

 

Isabel A. Ferreira

 

Fonte da crónica:

http://www.touradas.pt/noticia/legislacao-portuguesa-encerra-debate-e-protege-touradas

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:23

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Quarta-feira, 14 de Março de 2018

«SE PENSAR MUITO, MUITO, MUITO, MUITO, MUITO, CONSIGO COLOCAR-ME NO LUGAR DO OUTRO»

 

Um artigo de André Silva (deputado do PAN) com o qual concordo plenamente… e junto-me ao coro das críticas à candidata a primeira-ministra de Portugal, que não tem o mínimo senso comum...

 

«Cristas afirmou que "talvez" tenha pena dos animais se pensar "muito, muito, muito, muito, muito". Para além deste enorme esforço cognitivo, reforçou ainda que olha para a tourada "como um bailado" e que no CDS a tauromaquia é uma tradição com um elevado número de aficionados. Vejamos: talvez esta visão estratégica nem sequer esteja assim tão apurada»

 

ANDRÉ SILVA.jpg

 

Pan (o) p´ra mangas

Por André Silva

13-03-2018

 

«Assunção Cristas teve um fim-de-semana muito ocupado com a realização do congresso do CDS em Lamego, no qual enviou muitos recados políticos que materializam a estratégia do já habitual e tradicional tango entre o jogo político e o jogo mediático. Até aqui, nada de novo. O que é mesmo bizarro é que alguém que afirma ver-se como Primeira-Ministra de Portugal reduza a realidade dos assuntos sensíveis a afirmações a "preto e branco".

 

Sobre a crueldade das touradas, Cristas afirmou que "talvez" tenha pena dos animais se pensar "muito, muito, muito, muito, muito". Para além deste enorme esforço cognitivo, reforçou ainda que olha para a tourada "como um bailado" e que no CDS a tauromaquia é uma tradição com um elevado número de aficionados. Vejamos: talvez esta visão estratégica nem sequer esteja assim tão apurada. Aliás, acredito que cada vez mais simpatizantes do CDS não se revêm nesta posição do partido. Mas vá aceitando que são necessários os sound bites generalistas e de compreensão fácil, não deixa de ser surpreendente a ligeireza com que uma candidata a Primeira Ministra, que se assume como afável e humana, desconsidere a sensibilidade da maioria da população portuguesa sobre este tema.

 

Se o CDS acredita que o expoente da excelência da nossa espécie está num ser humano arriscar a sua vida em frente a um animal e que a manutenção de tradições violentas é prioritária em relação à evolução humana – evolução esta que num dado momento passou a rejeitar a crueldade e a brutalidade gratuitas para divertimento de alguns –, então este partido não reúne os mais elevados princípios éticos para se posicionar como a principal alternativa ao Governo. E mesmo que a perpetuação do tauronegócio defendida pelo CDS fosse uma possibilidade, teria que ocorrer um retrocesso civilizacional no nosso país, cujos cidadãos estão cada vez mais comprometidos com uma democracia evoluída e com uma sociedade que não se alimenta do conflito estéril e da dominação de alguns por outros.

 

Comprometido com o sentido humanista que entende a cultura como um contributo caracterizador da evolução mental e civilizacional das sociedades que também serve para nos tornarmos melhores – e que, na verdade, melhor corresponde à sensibilidade contemporânea –, talvez possa deixar uma alternativa cultural para Assunção Cristas poder apreciar com a família: uma grande estreia de animação, O Touro Ferdinando, que para além de retratar questões contemporâneas como a protecção e o bem-estar animal, é um filme divertido e que educa pela sensibilidade, pelo respeito e pela empatia com todas as formas de vida. Sem querer revelar tudo, adianto já um pequeno resumo: pela sua figura imponente e assustadora, Ferdinando é escolhido como o maior e o mais rápido touro para participar nas corridas em Madrid. Mas como tem um coração generoso e não gosta de lutar com os outros, tudo faz para voltar à calma e à tranquilidade da quinta onde vivia.

 

Cara Assunção Cristas, recomendo mesmo e asseguro que sairá da sala de cinema com muito, muito, muito, muito, muito maior capacidade de se colocar no lugar do outro.»

 

Fonte:

 http://www.sabado.pt/opiniao/convidados/andre-silva/detalhe/se-pensar-muito-muito-muito-muito-muito-consigo-colocar-me-no-lugar-do-outro?ref=andre-silva_Destaque

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:37

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Quinta-feira, 15 de Outubro de 2015

Touradas: o que é do senso comum e da racionalidade

 

O povo português só tem de suportar governantes aficionados de touradas se não puder correr com eles…

 

Mas como queremos e podemos, avancemos!

 

O que se segue é uma compilação do que o senso comum diz sobre a irracionalidade tauromáquica, e que corre nas redes sociais

Brecht.jpeg

 

Pois … mas o óbvio é apenas óbvio para as mentes evoluídas… As outras, nem repetindo mil vezes, conseguem lá chegar…

É o caso dos governantes que, não tendo capacidade para entender o óbvio, insistem em políticas retrógradas e anticivilizacionais.

 

«Já mais do que uma vez me cruzei com a evidente incapacidade de o mundo da tauromaquia encaixar a mais leve crítica, partindo não raras vezes os seus protagonistas para a mais rasteira reacção: a de nos "mimar" com a mais ordinária linguagem, e achar que nos insultam.

 

Curiosamente, os forcados, que eram tidos como os “valentões” da função tauromáquica, do desfile da brutalidade sanguinária (vulgo tourada), na verdade, chegou-se à conclusão de que são uns grandes cobardes, porquanto são eles que, no final, atacam um Touro já moribundo, enfraquecido, a sangrar, despedaçado por dentro e por fora, num sofrimento atroz. 

E leiam o que os estrangeiros dizem a este respeito:

 

Ban Bloodsports (O nome do grupo significa Banir desportos sanguinários)

 

One of the bulls tormented and tortured live on Portuguese TV - 4th September 2015. The animal gasps for breath and bleeds from wounds inflicted on his back. Witness the plight of the bulls live at:

Um dos touros atormentados e torturados ao vivo na televisão portuguesa – em 4 de Setembro de 2015. Os gemidos do animal para respirar, e o sangue que escorre das feridas que lhe foram infligidas no lombo. Testemunhe-se o sofrimento dos touros ao vivo em:

http://www.rtp.pt/play/direto/rtp1

 

Shame on the Portuguese Government for allowing this barbarity to continue.

 

Quanta vergonha para o governo português por permitir que esta barbárie continue.

 

I am ashamed of  portuguese government.

I am a Portuguese citizen, and I fight against this barbarity, with all my heart and soul.

 

But the Portuguese government is blind and subservient to the bullfighting lobby, which buys everything and everyone with grants from the European Union and with the public money they receive from the Portuguese government.

 

And while the European Union did not put an end to this grant, the bullfighting will continue.

 

All EU countries must say NO to this shameful help, so that bullfighting can finish once and for all.

 

Without the financial help that the EU gives to bullfighting, this will have no chance to survive.

 

Our hope is that the EU stop giving financial aid to bullfighting. (Isabel A. Ferreira)

 

***

É normal que, quem gosta desta carnificina ou a pratique, seja ele próprio violento com o seu semelhante... Freud explica este desvio comportamental.

 

É “gente” desta que é condecorada por Cavaco Silva e António Costa, e aplaudida por Paulo Portas, Marcelo Rebelo de Sousa, Gabriela Canavilhas, Elísio Summavielle, Passos Coelho, e tantos outros governantes aficionados, que são a nossa vergonha.

 

É como diz um amigo meu:

 

«As condecorações portuguesas não têm qualquer valor, eu já o tenho dito várias vezes. Condecora-se um qualquer desconhecido, para tal, basta ter um amigo influente, e então temos: fadisteiros que não são conhecidos para lá das fronteiras, o autor de um libreco sobre um assunto fútil (e disto temos conhecimento), um conjunto de música de abanar o capacete, que ensaiava numa cave e mal tinha vindo a público, já estava a ser condecorado (isto por influência de um amigo, segundo um membro do conjunto).Tudo isto e muito mais, explica a banalidade em que caíram as condecorações portuguesas.»

 

***

Festivais de Verão e Touradas

 

Outro dia, quando eu andava a responder em Tribunal a um processo-crime por ter defendido os Direitos dos Animais Humanos (crianças) e Não Humanos (bezerros) de predadores tauromáquicos, utilizando as palavras correctas, para esse tipo de situação, disseram-me o seguinte:

 

«Amiga, estás a lidar com lóbis poderosos, sinistros, incultos e infelizmente arreigados em tradições de muitas regiões do nosso país, incluindo aqui na minha ilha Terceira. O país está em decadência económica e ética e só com cultura e humanismo atingiremos outros patamares de desenvolvimento. Estou muito pessimista. Isso vai levar gerações..

 

Não, não levará mais do que a actual geração decadente que está a afundar-se de dia para dia, cada vez mais.

 

Se observarmos bem, às touradas assistem sempre os mesmos, e apenas aqueles que vivem à custa da tortura animal: ganadeiros e tauricidas, mais as respectivas famílias, e um ou outro marialva e betinhos e betinhas do século passado que, por terem nascido e sido criados entre a violência e crueldade, têm a tauromaquia impregnada na pele, como uma doença incurável.

 

Em contrapartida, os nossos jovens, milhares deles, preferem os Festivais de Música de Verão…

 

Haja esperança!

 

***

Os verdadeiros activistas procedem assim:

 

«Enviei e-mail para esta J. F. e publiquei na página deles, o seguinte: São as autarquias que mais têm contribuído para a manutenção da barbárie contra seres sencientes como são os touros !! A permissão por parte dos autarcas da realização de touradas nos espaços por eles geridos e a atribuição de subsídios a esta vergonhosa actividade, com dinheiros públicos (só em 2012 foram 9 milhões de Euros !!!), apenas representa não só uma condenável sujeição ao lobby tauromáquico como uma falta de sensibilidade para com o sofrimento de animais o que é ainda mais vergonhoso e desumano !! Gandhi disse: "O carácter de um povo revela-se pela forma como trata os seus animais". O carácter de quem promove e/ou autoriza espectáculos como touradas (caso da J. F. de Frejim), leva-me a que nunca visite esse local e desaconselhe todos os meus conhecimentos a visitar-vos!!!» (Carlos Ricardo)

 

***

A propósito da Ordem dos Médicos Veterinários nada fazer em defesa dos bovinos trucidados futilmente pelos carrascos tauricidas:

 

«As Ordens não são mais do que resquícios do sistema corporativo que a liberdade do 25 de Abril de 1974 não conseguiu abolir! De estrutura e enquadramento jurídico duvidoso, se considerarmos que vivemos num país que se quer livre de controlo de exclusividade da profissão, só servem para perpetuar privilégios afrontando quem ouse invadir a esfera da sua competência! A Ordem dos Veterinários tem como missão apenas proceder à inscrição dos profissionais de veterinária, esquecendo que a profissão destes deveria ser mais nobre, consistindo em ajudar a salvar os animais e não apenas torná-los prisioneiros do mercenarismo! A Bastonária não serve simplesmente porque não ajuda nem deixa ajudar os animais! É caso para se dizer: não faz, nem deixa fazer!» (Paulo Serrão)

 

***

Bos Tauros dá uma lição ao homo stupidus, que não pertence propriamente à espécie humana.

 

 

***

Nem tudo o que reluz é ouro

 

Fui caluniadíssima no Google, como PORTUGUESA, por um espanhol que se diz NOBRE e AFICIONADO.

 

O que em nada me afectou, obviamente. Mas é só para dizer que até os espanhóis, que têm tantos telhados de vidro no que respeita à tortura de Touros, arrasam o Portugal pequenino...

O que dirão então os povos mais civilizados!

 

***

A propósito do meu hábito de responder aos aficionados terceirenses:

 

Responder a essa “gentinha” é mostrar-lhe um outro modo de ver o mundo. Eles estão tão espartilhados e atados naquele mundinho deles, naquela ilha rodeada de ignorância por todos os lados, que temos o dever de lhes mostrar que o mundo evoluiu e eles ficaram para trás.

 

Eu sigo algo que aprendi com George Orwell: «Caímos tão fundo que atrever-se a proclamar aquilo que é óbvio, transformou-se no dever de todo o ser inteligente».

 

Concordo em absoluto com o que diz Orwell.

 

***

Uma miscelânea de ideias:

 

*** Quando o mundo estiver livre das touradas, Portugal ainda as praticará, porque com os governantes que temos... a EVOLUÇÃO está comprometida.

 

*** Os animais humanos irracionais divertem-se a torturar animais não humanos racionais.

 

*** É da qualidade de seres inferiores brincar aos broncos com animais indefesos.

 

*** «Esta canalha devia ser esterilizada, para não deixar descendência..».

 

***A esta gente (não querendo ofender as pessoas normais) dá-se o nome de "projecto que não deu certo".

 

***É assim ............ que Deus os mantenha longe da minha família e dos meus animais.

 

***«Dirigir a palavra a esta chungaria demente, é uma perda de tempo. São ervas daninhas que em nada dignificam a espécie humana. São de um baixo nível cultural, de um primitivismo assustador. Como é possível haver gente tão ordinária, tão cobarde, tão reles. Quem serão os pais destes anormais? De que buraco saiu esta gentinha?» (estas palavras são da minha amiga Judite)

 

***

Aos aficionados que andam sempre a falar em democracia:

 

Sabem lá eles o que é Democracia!

 

Nós vivemos numa democraciazinha disfarçada de ditadura nazista, um regime onde os energúmenos se divertiam a torturar seres vivos.

 

*** Esta é a horrenda supremacia humana que escraviza, aprisiona e tortura os restantes seres vivos.

 

*** Isto nem devia estar a acontecer, porque está mais do que provado, desde Darwin, que animais somos todos nós: os que se dizem humanos e os ditos não-humanos. Então porque tratá-los como "coisas"?

 

***

Sobre a ignorância:

 

No mundo ainda existe uma senhora chamada Ignorância, que é tão velha, tão velha, que já lhe perdemos a conta dos anos, mas infelizmente ainda vive, hoje, época em que o mundo já devia ter regressado ao paraíso primordial...

 

Eis então a questão que se põe:

 

Se podemos ir à Lua, porque não podemos ser civilizados?

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:50

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