«O touro é um animal simples e dócil por natureza, ao contrário do que os aficionados das touradas nos querem fazer acreditar.
Para se tornarem mais reactivos têm de ser criados em sistema extensivo e picados pelo ser humano até aos 4 anos, idade em que serão torturados, até à morte, nas arenas ou no matadouro, sem o menor respeito pela sua dignidade e sofrimento.
Este vídeo mostra touros, ditos bravos ou touros de lide, criados em sistema extensivo, e vejam como são "maus" e "agressivos".
Partilho também o link de um vídeo de um touro, dito bravo, resgatado de um ganadeiro espanhol, mas que ao contrário dos criados em regime extensivo, foi criado próximo de humanos e tratado com amor tal como tratamos os nossos animais de estimação. Vejam o resultado e pensem se é justo o que lhes fazem nas touradas.»
Será o touro um animal selvagem? Este Touro foi criado como um animal de estimação e o resultado está à vista.
O Touro não é um animal selvagem. Selváticos são os que os torturam nas arenas, e os que aplaudem, apoiam e promovem essa tortura.
Não existem Touros "bravos" na natureza. Os Touros só são "bravos" quando torturados, como acontece com qualquer animal, seja humano ou não-humano. Eu fico brava quando me atacam, tão brava que sou capaz de meter o atacatante debaixo de uma mesa, a tremer de medo (como já aconteceu). O Touro embravece unicamente para se defender dos seus carrascos, quando é atacado por eles.
Mais palavras para quê? Este vídeo deita por terra os "argumentos" falaciosos usados pelos defensores da selvajaria tauromáquica.
Chega de mentiras.
Isabel A. Ferreira
Texto de Josefina Maller
«Todos sabem (os meus leitores, claro!) que eu sou uma defensora acérrima dos animais (de qualquer animal, seja doméstico ou selvagem, do cão, do gato, da formiga ao hipopótamo, dos seus direitos, e de como os considero meus irmãos, porque somos seres da mesma Criação, com quem partilho o mesmo Planeta e a mesma Vida: respiramos o mesmo ar; bebemos da mesma água; alimentamo-nos do que a Natureza nos dá; temos as mesmas necessidades vitais, fome, sede, sono; sofremos as mesmas dores; somos fustigados pelo mesmo Vento; ilumina-nos o mesmo Sol; vela-nos a mesma Lua; abrasa-nos o mesmo Fogo; somos atingidos pelos mesmos flagelos da Natureza, pelas mesmas doenças, pelos mesmos martírios que nos infligem os animais humanos.
Porém, nem todos saberão porquê.
in «A Hora do Lobo», livro de Josefina Maller
Gosto dos animais não-humanos porque:
- São-nos fiéis em qualquer circunstância: nos bons e nos maus momentos; na fartura e na miséria; na saúde e na doença.
- Não têm vícios, não se embebedam, não se drogam...
- Não são rancorosos.
- Não usam da violência para maltratar os da sua espécie, a não ser em legítima defesa ou por uma questão de sobrevivência...
- Não matam por prazer.
- Não são cruéis.
- Não sentem ódio, nem escárnio.
- Não massacram.
- Não são terroristas.
- Não desprezam os seus.
- Não poluem as águas, o ar, o solo, o ambiente...
- Não fazem guerras.
- Não são bombistas-suicidas.
- Não destroem o seu meio ambiente.
- Não inventam armas mortíferas.
- Não sequestram os seus.
- Não violam os seus.
- Não torturam os seus.
- Não impingem o seu modo de vida a ninguém.
- Não são intolerantes.
- Não mentem nunca.
- São afectuosos.
- São pacifistas.
- Não são hipócritas, nem cínicos.
- São amorosos, perspicazes, laboriosos, inteligentes.
- Não agridem, se não os agredirem.
- Não são ladrões.
- Não são corruptos.
- Não são vigaristas.
- Não são traficantes de droga, nem de armas, nem dos seus.
- Respeitam as leis da Natureza e da Sobrevivência.
- Não andam no mundo só por ver andar os outros: intuem o verdadeiro sentido da vida, porque a vivem de acordo com a Lei Natural... que é forma mais inteligente de a viver...
Que motivos terei eu para não respeitar ou não gostar dos animais não-humanos ou de considerá-los inferiores a mim?»
Josefina Maller
O que é um bruto?
É aquele que continua numa condição primitiva.
É um indivíduo vulgar, grosseiro, tosco, violento, selvagem (no mau sentido da palavra), cruel, agressivo, desumano, atroz, bárbaro, bravio, brutal, feroz, ríspido, severo, truculento…
DEDICADO AOS “ PAULOS” DO MUNDO TAUROMÁQUICO
Não queremos que as crianças e jovens portugueses sejam adjectivados deste modo tão indelicado, como o são todos os que actualmente praticam, aplaudem e apoiam a tauromaquia, em todas as suas vertentes.
Não queremos que eles se transformem nos monstros do futuro.
Por isso, uma vez mais, chamamos aqui a atenção das autoridades portuguesas para o facto de serem urgentes medidas que protejam as crianças e jovens da barbárie, da violência e da tortura que fazem parte da actividade tauromáquica, e para a qual eles são aliciados através de lavagens ao cérebro, uns, e à força de bofetadas, outros.
Deixo-vos com dois excelentes textos de José Dores (técnico de saúde, cidadão lúcido que sabe o que diz), os quais poderão ajudar ao tal “estudo profundo”, que o Senhor Presidente da CNPCJR pretende encetar.
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José Dores deixou um comentário ao post É POR EXISTIREM “PRODUTORES” COMO O PAULO E LEIS QUE NÃO PASSAM DE LETRAS MORTAS E AUTORIDADES PERMISSIVAS QUE PORTUGAL É UM PAÍS EMBRUTECIDO às 13:26, 2013-12-27.
Comentário:
«O Sr. Paulo diz-se um pai preocupado com o bem-estar do seu filho e ao mesmo tempo diz que a lei é mal feita.
A existência de pais como este é que levou à criação de CPCJ's, porque ser pai não confere conhecimentos acerca de desenvolvimento infantil e juvenil, nem torna a pessoa numa autoridade acerca de bem-estar do seu filho.
Sr. Paulo, você não manda na vida do seu filho, aliás deixe-me reformular, você manda porque vive em Portugal, um país sem talho nem maravalho, caso não vivesse você perceberia qual o papel do pai (que eu também sou), somos apenas e só os tutores de uma pessoa que não tem idade ou capacidade para decidir sobre determinados assuntos na sua vida.
Estamos aqui para zelar pela existência de todas as oportunidades para o seu desenvolvimento saudável.
O que é um desenvolvimento saudável não cabe ao Paulo decidir, cabe a quem entende de desenvolvimento. Como técnico de saúde posso afirmar que os 6 anos são desadequados, deveria ser aumentada a idade interdita a estes espectáculos, porque assistir a uma tourada reduz a capacidade de uma criança em gerar empatia pelo sofrimento alheio, seja ele de um animal não humano ou humano, coisas que ultrapassam o Paulo, julgando pelas suas afirmações.
Quanto ao aspecto da tradição, como alentejano orgulhoso, digo-lhe que a tourada faz parte das tradições da minha terra, da minha família, mas existem tradições culturais que pela força da evolução dos conhecimentos científicos e das características sociais das populações são para estar num museu e em mais lado nenhum.
A tourada é uma representação cultural de outros tempos, tempos em que a vida tinha um significado e um valor diferente, hoje a vida é respeitada e preservada, rituais que envolvem a morte e o sofrimento estão condenados à incompreensão da generalidade da população, uma vez que se educa para respeitar esse precioso bem que é a vida.
Paulo, enquanto o seu filho é educado a rir, bater palmas e dar vivas perante o sofrimento e a morte, as minhas filhas serão educadas a chorar e a revoltarem-se perante o mesmo...
Veremos quem estará enquadrado na sociedade do futuro. Cpts e Bom Ano 2014...
Algum ano será o ano do fim da tourada!»
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José Dores deixou um comentário ao post A JUVENTUDE TAURINA PORTUGUESA NÃO SABE QUE “CRESCER SÃO E MUITO FELIZ” NÃO É O MESMO QUE CRESCER PSIQUICAMENTE EQUILIBRADO às 12:43, 2014-02-21.
Comentário:
«O que se poderá dizer a pessoas/jovens/crianças que foram educadas a pensar assim?!
Acho que nem tem assunto possível, é um pouco como explicar a um indivíduo de etnia cigana que a sua filha de 14 anos tem direito a escolher com quem quer casar e é muito nova para o fazer, ele foi educado para pensar assim.
Nós poderemos achar a comparação desproporcional, mas isso deve-se ao facto de apenas nestes últimos 10/15 anos a cultura de respeito pelos demais animais tenha surgido na nossa sociedade de forma generalizada.
Assim sendo a única coisa que tenho a dizer a estes jovens é que vocês são os últimos a terem sido educados a desrespeitar os demais animais, que isso poderia ser uma expressão cultural portuguesa, mas a cultura é mutável e está constantemente a alterar-se, é uma mudança continua, logo isso não justifica nada, quando apareceu a tourada, nem havia direitos humanos, direitos da criança, direitos dos animais, a vida humana e não humana valia muito pouco nessa sociedade medieval, qualquer problema ou conflito era resolvido através da força física e da morte.
Hoje é aceite universalmente que a vida humana deve sempre ser preservada, que o desenvolvimento são da criança deve ser preservado, ainda que ela não tenha noção do que lhe estão a fazer ou os seus pais discordem, dai haverem instituições que retiram a tutela das crianças aos pais e finalmente hoje também se sabe que os touros têm sentimentos, sofrem, sentem dor e merecem respeito por tudo isso... nenhuma destas coisas é incontornável, não haverá cultura, tradição, pessoa, grupo, entidade, politico, grupo partidário, etc., que poderá adiar a abolição da tourada para sempre...
Não sabemos a data, mas sabemos que o fim chegará. Juventude Taurina Portuguesa, dizermos que somos sãos e muito felizes é muito fácil e lacónico tendo em conta o contexto, isso é algo que se avalia como diz a Isabel, nós veremos se serão pessoas sãs e felizes.»
Origem da foto: http://www.pinchbeckcomics.com/Il_Mostro_Bruto.aspx
Mas a Golegã, uma terrinha onde a evolução ainda não chegou, infelizmente, pertence a Portugal, onde as autoridades não cumprem o que está consignado na Constituição da República Portuguesa no que respeita ao respeito pelos Direitos das Crianças.
Todos os portugueses cultos sabem que a cultura da violência é inconstitucional, uma vez que põe em risco o desenvolvimento harmonioso da personalidade das crianças.
Apenas as autoridades não sabem, e continuam a permitir esta INCONSTITUCIONALIDADE IMPUNEMENTE.
Pois… Clint Eastwood tem toda a razão, mas não é intenção de quem pode e manda em Portugal, deixar filhos melhores para o nosso futuro… Pelo contrário, querem fabricar monstrinhos violentos, a coberto do que dizem ser uma “tradição” e que não passa de um costume bárbaro, a cair de podre…
A violência selvagem (no mau sentido da palavra selvagem) anda nas ruas, nas escolas, dentro das famílias (com filhos a matarem os pais), em cada beco, em cada esquina… nas televisões, enfim… em todo o lado…
Sabemos os estragos morais e psicológicos que a violência provoca na vida de uma criança, de um adolescente, de um jovem, que ainda estão a formar as personalidades deles.
É absolutamente criminoso o que estão a fazer com estes menores de 18 anos, que frequentam as várias escolas de toureio que existem no país.
O Senhor Provedor de Justiça estará a par desta situação?
Desta inconstitucionalidade?
E o Senhor Procurador Geral da República?
Na Golegã, uma terra taurina, existe uma escola de toureio desactivada, e agora que a tauromaquia está morta, as autoridades municipais, munidas de uma inconsciência colectiva, querem reactivar esse antro de violência, de tortura, de crueldade, de sementeiras de sadismo e de psicopatia, contrariando o que está consignado na Constituição da República Portuguesa.
Lê-se no Jornal O Mirante:
«Queremos reactivar a Escola de Toureio
No global os documentos foram bem aceites por todas as bancadas, registando-se alguns pedidos de esclarecimentos sobre as verbas inscritas em algumas rubricas. A CDU aludiu à inscrição de uma verba de cerca de três mil euros para a Escola de Toureio, que está desactivada, e quatro mil euros para actividades taurinas, tendo ficado esquecida a Instituição Olé Golegã. O que mereceu um comentário mais assertivo do presidente da câmara.
«Não olvidamos o Olé Golegã. Reconhecemos o bom trabalho efectuado pelo grupo e vamos continuar a apoiar as suas organizações. Mas também queremos reactivar a Escola de Toureio da Golegã, queremos que volte a trabalhar para que se mantenha a nossa tradição taurina», garantiu Rui Medinas.
Também o presidente da assembleia, Veiga Maltez interveio para saudar a vontade de reactivar a escola e também para informar que, apesar de desactivada, existem cerca de três mil euros no banco que podem ser colocados à disposição de quem fizer a reactivação. Veiga Maltez é também presidente da assembleia geral da Escola de Toureio.»
Fonte:
http://semanal.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=634&id=97178&idSeccao=11074&Action=noticia
Depois não querem estes senhores que se denuncie publicamente estas transgressões aos mais elementares direitos de cidadãos indefesos, tão indefesos e inocentes como os bezerros que são utilizados nessas escolas onde se ensina a torturá-los barbaramente sem razão alguma.
Esperamos que as autoridades judiciais ponham cobro a estes antros de violência, para salvaguardar a saúde mental de muitas crianças portuguesas, que não têm quem as defenda, estando à mercê de gente absolutamente inconsciente.
Não parece impossível?
Pois parece-me que esta será uma matéria para ser denunciada ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
Sim, porque as crianças são SERES HUMANOS e têm DIREITOS que Portugal tem o DEVER de defender, até porque assinou a Convenção referente a esses direitos.
Ser SELVAGEM é não ter os vícios do HOMEM-PREDADOR.
Logo, ser SELVAGEM é ser humano.
O homem-predador não é humano.
É um monstro que anda neste mundo, à deriva, a espalhar o fel que lhe sai pelas narinas como um jorro de ignorância.
Isabel A. Ferreira