Senhores deputados da Nação, Igreja Católica Portuguesa, ponham os olhos neste exemplo e não cedam aos apelos sanguinários dos tauricidas, que querem ser incluídos no rol das ajudas financeiras, para continuarem a torturar seres vivos, que merecem todo o nosso respeito e carinho.
Aproveite-se a portentosa mensagem que o coronavírus veio transmitir ao mundo, e acabe-se de uma vez por todas com as práticas cruéis contra os animais não-humanos, em todas as circunstâncias: tauromaquia, corridas (de cavalos e cães), rinhas de galos, circos, jardins zoológicos, gaiolas, correntes, caça e pesca desportivas, tiro aos pombos, enfim, todas as práticas que fazem sofrer os seres vivos não-humanos, tanto quanto nos fariam sofrer a nós, se as experimentássemos.
Engaiolados já ficámos nós. Gostámos? É a pergunta a responder.
No dia de São Francisco de Assis, um padre italiano comoveu o mundo com este gesto simbólico… (Repare-se na expressão deleitada do Cão!) Uma imagem poderosa e muito significativa do respeito que devemos ter para criaturas que também são de Deus. E não só os Cães e Gatos, mas todos os outros animais, porque todos eles têm alma (do Latim anima)= sopro da vida, alento (= respiração).
Lamento que a esmagadora maioria dos padres católicos portugueses não sinta este apelo franciscano, obviamente cristão, e permita que os animais não-humanos sejam torturados tão barbaramente, com a sua bênção.
E pior ainda: que permita que os Santos e Santas da Igreja sejam festejados com as mais grosseiras e sanguinárias e cruéis variantes da tauromaquia.
E lamento também, que a esmagadora maioria dos deputados da Nação, desalmadamente, dêem cobertura legal a tamanha barbaridade.
Absolutamente deplorável!
Isabel A. Ferreira
A Trofa vive no século XXI ANTES de Cristo?
Não, não vive.
A Trofa ainda não evoluiu.
É uma triste localidade.
Sr. Presidente da Junta de Bougado, Luís Paulo Sousa,
Sr. Presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto,
Uma vez mais, venho repudiar veementemente a realização da garraiada que terá lugar no próximo dia 27 de Abril, por ocasião das festas em honra de Nossa Senhora do Desterro, que deveria ser uma festa de amor, compaixão, alegria e diversão, sem implicar a violência sobre outros seres. E não é.
Os animais não estão no mundo para serem usados como instrumento de diversão. A espécie humana é melhor do que isso.
Os da Trofa serão da espécie humana?
Não são. Se fossem, não se divertiriam a massacrar um animal, em honra de Nossa Senhora que, lá do alto, temos a certeza de que também repudia esta prática selvática. Logo, são da espécie desumana.
O modo como tratamos os animais e como os perspectivamos denota o grau de evolução do ser humano. Este tipo de práticas em nada dignifica um Povo, uma Junta de Freguesia, um Concelho como o da Trofa ou o Norte do país.
É lamentável que a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal da Trofa compactuem com um evento que só contribui para o retrocesso civilizacional, ainda mais, usando dinheiros públicos que deveriam servir para o bem da Comunidade, e não para tortura animal, porque a garraiada é uma prática bruta e cruel, ainda que não-sangrenta.
A Trofa ainda é uma localidade atrasada civilizacionalmente. Uma localidade, pois, a evitar.
Reflictam nisto, senhores autarcas.
Na vida, o dinheiro não é tudo.
Na vida a dignidade humana é que conta, nas contas que os Santos fazem lá em cima.
Esperando que a racionalidade vença e desistam desta prática troglodita,
Isabel A. Ferreira
Transporte de animais vivos para o estrangeiro é um abominável delito
Do Brasil chegaram-me notícias de Joselene, uma activista que, tal como eu, luta pelo bem-estar dos animais não-humanos, o elo mais fraco do nosso Planeta.
O que ela denuncia e quer que o mundo saiba, também nós por cá o temos: exportação de animais vivos, transportados em navios ou camionetas, nas mais desgraçadas condições.
Joselene denuncia a crueldade exercida pelo Governo Central do Brasil, “a União”, em Santos, litoral do Estado de São Paulo.
Uma empresa do interior do Brasil, a maior exportadora de gado (carga viva) do país, uma tal de Minerva Foods, da cidade de Barretos, (a tal cidade onde é realizado o maior rodeo do Brasil), está a tentar exportar mais de 29 mil cabeças de gado para a Turquia, através do porto de Santos, o maior da América do Sul.
O gado foi apinhado em camiões, que percorreram mais de 500 quilómetros para chegar a Santos. Depois disso ficaram acondicionados, à espera de serem embarcados para a Turquia, num navio, onde permanecerão por quase um mês, até chegarem ao seu destino.
É inimaginável o sofrimento desses animais, retirados do seu habitat natural e metidos num porão, nas mais desgraçadas condições, fazendo lembrar o tempo da escravatura, quando os negros eram tratados de igual modo. Mas esse tempo já passou. Os negros já não são considerados “animais”, e os animais não-humanos têm direitos consignados na Declaração Universal dos Direitos dos Animais da UNESCO. Direitos esses que não são cumpridos em países que ainda sofrem de um atraso civilizacional bastante acentuado, como Portugal e Brasil.
Em Santos, o povo uniu-se ao governo municipal, para parar com esta exportação, mas a força do dinheiro é muito grande, diz Joselene. Além disso, no Brasil os portos não pertencem às cidades onde estão localizados, mas sim ao Governo Federal (a chamada UNIÃO), embora lhe chamem CODESP (Companhia Docas do Estado de São Paulo)/ CODERJ (Companhia Docas do Estado do Rio de Janeiro)/ CODEBA (Companhia Docas do Estado da Bahia), e assim por diante, apenas para indicar o Estado onde estão localizados. Na realidade nem as cidades e nem os Estados têm autoridade sobre eles.
Porém, no meio de tanta desgraça, conta Joselene que um juiz regional, Márcio Krammer de Lima, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Santos, sob uma ordem do Desembargador Luis Fernando Nishi, determinou o desembarque dos quase 27 mil bois que estavam a bordo do NADA (este é o nome do navio), atracado no Cais do Saboó, no Porto de Santos. O Desembargador Luis Fernando, da 2ª. Câmara Reservada ao Meio Ambiente atendeu a um agravo de instrumento apresentado pela Agência de Notícias de Direitos Animais, a ANDA, e pela Associação Itanhaense de Protecção aos Animais, parte da Acção Pública que estes movem contra os envolvidos nesta exportação. Na sua decisão, anunciada no dia 1 de Fevereiro, o desembargador também reforçou a suspensão do embarque de cargas vivas no complexo, e proibiu a partida do cargueiro, além de fixar uma multa de R$ 5 milhões para qualquer embarcação que carregar animais no Porto. Isto inclui esta e qualquer outra no futuro).
Na sua decisão, o Desembargador citou a “necessidade de melhor disciplina à actividade de transporte marítimo de animais, haja visto amplo material demonstrando crueldade manifesta, incompatível com o art. 225, parágrafo 1º, inciso VII, da Constituição Federal”. Ele referiu-se a este trecho da Constituição, que determina que o poder público deve «proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, às práticas que coloquem em risco a função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade».
As leis até podem existir, mas lá, como cá, não são para cumprir ou fazer cumprir.
Posto isto, o transporte do gado foi interrompido. Para já.
E Joselene diz: «Espero que realmente a exportação não venha a ocorrer, e que ninguém de nosso Governo Federal se sobreponha à decisão do Desembargador Nish, liberando esta exportação cruel. Quero ressaltar a importância das organizações protectoras dos animais que estão envolvidas, a todos os santistas que assinaram os abaixo-assinados ou que lutaram de alguma forma por esta causa; ao Juiz Márcio Krammer, e ao Desembargador Nish, que não se fez de rogado, e agiu conforme lhe manda a Lei e o coração. GOSTARIA QUE TUDO ISTO SERVISSE DE LIÇÃO A TODOS OS QUE DEFENDEM OU QUEREM DEFENDER UMA CAUSA EM PROL DOS ANIMAIS, E SE ACHAM DESMOTIVADOS A SEGUIR EM FRENTE POR CAUSA DO PODER DOS GOVERNOS OU DA GANÂNCIA ENVOLVIDA, bem como sensibilizar a quem até agora se mostrou alheio ao sofrimento dos animais».
O que Joselene gostaria que fosse mostrado fora do Brasil é a crueldade imposta aos animais, a força e a garra das ENTIDADES PROTECTORAS DOS ANIMAIS, MOSTRANDO COMO UNIDOS PODE CONSEGUIR-SE ALGUMA COISA; e a sensibilidade e carácter do juiz Márcio Krammer e do Desembargador do Meio Ambiente, Dr. Luis Fernando Nishi.
Também nós por cá, esperamos que se acabe com o transporte de animais vivos, por todas as vias, porque os animais não nasceram para serem transportados… nasceram para serem livres, no seu habitat natural.
E esta é uma causa pela qual vale a pena LUTAR!
Isabel A. Ferreira
Joselene Barreto é uma cidadã brasileira que, fazendo uma busca pela Internet, ao procurar informações sobre a Figueira da Foz, chegou ao até ao meu Blog e decidiu escrever-me a seguinte carta, com o título supracitado, a qual aqui transcrevo com a permissão dela, juntamente com a resposta que lhe dei.
E isto para dizer que vale a pena lutar por esta causa, neste Blog, porque as mensagens aqui transmitidas chegam longe, e fazem eco, não só no Brasil, mas em mais 103 países espalhados por todos os continentes.
Obrigada, Joselene.
A nódoa negra da Figueira da Foz, que diz do atrasado civilizacional desta cidade.
Carta de Joselene:
«Querida Isabel,
Não a conheço, mas li o que você escreveu sobre as touradas em Portugal e no mundo. É realmente uma coisa que muito me entristece. Parabéns pela coragem de levantar essa bandeira.
Sou brasileira, neta de portugueses nascidos em Porto e em Braga, e casada com um Português nascido em Esposende. Tenho orgulho que a região onde eles nasceram não participa desse horrendo massacre contra os touros.
Aqui no Brasil também praticam o tal do “rodeio”. Uma festa horrível, de origem norte-americana, onde os bois, novilhos e cavalos são tratados como lixo. No sul, Estado de Santa Catarina, na parte colonizada pelos portugueses dos Açores, praticam a tal Farra do Boi. Pesquise na internet e verá quão horrível é (nem tenho coragem de lhe contar, tamanho o sofrimento dos animais).
Eu e meu marido estamos pensando em voltar para Portugal, mas como moramos à beira mar, na cidade de Santos, litoral do Estado de São Paulo, gostaríamos de em Portugal também morar à beira mar. Por isto escolhemos a cidade de Figueira da Foz, no Distrito de Coimbra.
Mas qual foi a minha surpresa de, ao viajar virtualmente em Figueira da Foz através do Google Maps, me deparar com uma construção enorme, redonda, tipo um coliseu, e descobrir que se tratava de uma Praça de Touros.
Foi assim que cheguei até você. Pesquisando sobre touradas em Figueira da Foz e em todo o Portugal.
Achei a cidade muito bonita, mas fiquei com muita raiva do povo de lá acolher esse tipo de horror.
Isabel, você acha possível, uma vez que nos mudemos para Figueira da Foz, fazer alguma coisa contra essas touradas? Você teria alguma idéia? Também como posso fazer para me engajar com você nessa sua luta, uma vez morando em Figueira?
Como a polícia portuguesa trata os manifestantes a favor dos direitos dos animais, uma vez que o próprio governo dos municípios é a favor das touradas? Há violência polícia x manifestantes e até adeptos das touradas?
Você já pensou em pedir auxílio a alguma organização internacional para, “juntos”, ganhando forças, conseguirem “engatinhar”, e “começar” a conseguir algum resultado contra essa velhacaria? Pensei na Mercy for Animals, mais relacionada a animais do campo (gado).
Não conseguirei morar em Figueira e sempre passar à porta da Praça de Touros, apenas achando ruim, mas sem fazer nada contra.
Muito obrigada por sua atenção
Aguardo sua resposta. Não queria desistir de mudar-me para Portugal.
Bjs,
Josie (Joselene Lacerda de Oliveira Barreto)
Santos – SP/ Brasil»
***
A minha resposta:
Querida Joselene,
Agradeço a sua mensagem, que me tocou profundamente.
Não nos conhecemos, mas tal não é obstáculo para que estejamos em sintonia.
Realmente, as touradas são uma prática horrorosa, que envergonha a Humanidade do século XXI depois de Cristo.
É muito triste viver num país, embora seja o meu país, onde estes costumes bárbaros ainda se mantêm enraizados, por culpa de governantes incultos, portadores de um descomunal atraso civilizacional.
Eu nasci em Portugal, mas fui para o Brasil com dois anos, passei a minha infância, adolescência e juventude, cá e lá, e quase toda aminha família é brasileira, portanto podemos considerar-nos irmãs.
Sei que no Brasil também praticam o chamado “rodeo” e as hediondas vaquejadas, com grande sofrimento para os animais. Tenho lutado também pela abolição dessas práticas importadas dos EUA. Conheço também a idiota Farra do Boi, uma prática oriunda dos Açores, onde ainda se praticam, em algumas ilhas, as imbecis touradas à corda, as quais conspurcam o belo Arquipélago dos Açores. Luto pela abolição de todas estas monstruosidades.
Fico feliz por o Porto, Braga e Esposende não estarem no rol dos municípios atrasados civilizacionalmente. Eu nasci em Ovar, uma cidade do Distrito de Aveiro, que também está limpa do lixo tauromáquico. Podemos orgulhar-nos das nossas terras de origem.
Em Portugal, existem 308 municípios e, destes, apenas cerca de 40 são medievalescos. Entre eles, infelizmente está a Figueira da Foz, uma bonita cidade, sim, mas manchada de lixo tauromáquico, com uma arena de tortura activa, que diz do atraso civilizacional da cidade.
Mas querida Joselene, existem muitas cidades à beira-mar, livres de touradas, no Norte do País e também no Sul.
Na região de Esposende, por exemplo, terra do seu marido, existem belas praias e lugares paradisíacos para se viver, como Ofir, Belinho, Apúlia, e mais a norte, na região de Viana do Castelo (única cidade portuguesa que se declarou anti-tourada) existem sítios maravilhosos para morar, como Areosa, Vila Praia de Âncora, Afife, Moledo.
Mais para Sul, temos também lindas cidades à beira-mar, como Espinho. E no Concelho de Ovar, na zona da Ria, existem belas vivendas com vista para a própria Ria. Um lugar de sonho.
Não precisa de fixar-se numa cidade que, na época tauromáquica, suja-se com cartazes horrorosos, de propaganda à tortura de Touros e Cavalos.
Há muito tempo, vários grupos anti-tourada e pessoas como eu, individualmente, lutam pela Abolição da Selvajaria Tauromáquica, porque tal prática não passa disso mesmo. Todos os anos fazem-se manifestações na Figueira da Foz e nas restantes cidades atrasadas, para que os governantes evoluam e acabem com esta vergonhosa actividade medievalesca, que não passa de um insulto à civilização.
Não temos tido o sucesso desejado, embora cada ano que passa as touradas têm diminuído bastante, bem como também o número de adeptos, porque não estamos a lidar com pessoas normais. É gente completamente alienada, que optou pela ignorância, pois todos sabemos que a tauromaquia assenta em três bases: ignorância, estupidez e mentiras que, repetidas ao longo de séculos, tornaram-se verdades falaciosas para os que se recusam a evoluir.
Uma vez que escolha a Figueira da Foz para morar, como poderá fazer alguma coisa contra as touradas ou como se engajar comigo nesta luta? Boa pergunta.
Poderá fazer o que nós fazemos: insistir junto às autoridades locais e governo central para que acabem com esta prática que envergonha a Humanidade e Portugal, diante do mundo civilizado.
A abolição desta selvajaria não está longe de acontecer. Já faltou mais. Porém, antes de limparmos os municípios deste lixo, temos de limpar a Assembleia da República Portuguesa dos deputados do PS, PSD, CDS/PP e PCP que, inacreditavelmente, estão lá para servir o lobby tauromáquico e não os interesses cultos do País. E isso é mais difícil de conseguir porque eles sentaram-se naquelas cadeiras com cola no fiofó. E a abolição passará por uma lei que acabe com este vergonhoso atraso civilizacional.
Quando há manifestações, a polícia portuguesa está claramente a favor dos carrascos dos animais e não a favor dos manifestantes que são pelos Direitos dos Animais, uma vez que os torturadores têm a lei pelo lado deles: é que em Portugal há uma lei retrógrada que permite que se torture Touros e Cavalos nas arenas, para divertir sádicos, porque os Touros e Cavalos não são considerados animais como os Cães e os Gatos, aliás, em Portugal, apenas os Cães e os Gatos são considerados animais, e têm uma lei que os protege, desde que não sejam “artistas” dos circos, ou de corridas. De resto, todos os outros animais, domésticos ou selvagens, podem ser exterminados, em Portugal, à vontade da crueldade dos seus criadores, caçadores e psicopatas.
Agora, raramente há violência nessas manifestações, em Portugal, exclusivamente porque os manifestantes animalistas rejeitam a violência, o que já não acontece com os torturadores que, sendo adeptos da tortura, por vezes, tentam atropelar-nos ou atacar-nos como atacam os Touros: cobardemente. Já aconteceu.
Quanto a pedir auxílio a estrangeiros, nós trabalhamos em conjunto com algumas organizações de Espanha, México e sul-americanas, no sentido de pressionar os governos dos respectivos países. Em Espanha, México, Equador, Peru e Bolívia tem-se conseguido óptimos. Portugal está mais atrasado, aliás como em quase tudo, porque mais atrasados têm sido os seus governantes, desde há muito tempo. Mas lá chegaremos.
Compreendo que não vá sentir-se bem morando na Figueira da Foz e ter de passar à porta da Praça de Touros, apenas achando ruim, mas sem fazer nada contra. É terrível esse sentimento.
Mas como lhe disse, se escolheu a Figueira da Foz apenas por ser uma cidade bonita e não por motivos de trabalho ou outros, há bastantes cidades bonitas, à beira-mar, livres do lixo tauromáquico, para nela poderem viver tranquilamente e civilizadamente.
Desde já lhe digo que lutar contra blocos de cimento armado não é nada fácil. Temos a certeza de que um dia esses “blocos” cairão como tordos, porque um dia é da caça e outro do caçador. Sempre foi e sempre será assim.
Não desista de Portugal. É um país lindo e maravilhoso para se viver, desde que não seja em cidades conspurcadas com lixo tauromáquico e atrasadas civilizacionalmente.
Espero ter-lhe sido útil.
Beijinhos, Joselene,
Isabel A. Ferreira
***
Entretanto, recebi, hoje, uma mensagem da Joselene, a dizer o seguinte:
«Primeiramente gostaria de agradecer por sua resposta. Ela foi elucidativa a ponto de eu e meu marido desistirmos totalmente de nos mudarmos para Figueira da Foz. Como mencionou, há outros destinos em Portugal, provavelmente até mais lindos do que Figueira da Foz (que, à primeira vista, apenas virtualmente, pareceu-me linda)». (Joselene)
Sim, a Figueira da Foz é apenas virtualmente linda. Nenhuma cidade é plenamente linda, quando promove a selvática tortura de Touros e Cavalos.
Um dia, a Figueira da Foz libertar-se-á deste estigma, e tornar-se-á uma cidade realmente linda e digna de albergar cidadãos cultos e civilizados, quando assim o quiserem, os governantes. (IAF)
«São Lucas Evangelista e o Touro»
Eis um magnífico e conciso texto que nos conta como a tauromaquia surgiu em Espanha, e mais tarde veio a ser introduzida em Portugal, através dos Reis Filipinos, e uma vez aqui implantada, os portugueses começaram a considerá-la erradamente "tradição portuguesa”.
A origem da tauromaquia assenta num ritual obscuro que acabou por ser adoptado pela Igreja Católica da Península Ibérica (Espanha e Portugal) no século XIV.
Neste trabalho, da investigadora espanhola Maria Luisa Ibañez, fica demonstrado o motivo por que a Igreja Católica cala e consente esta selvajaria, numa flagrante desobediência ao Papa Pio V, cuja Bula anti-tourada ainda está em vigor.
«São Lucas Evangelista e o Touro»
Texto de Maria Luisa Ibañez
«Deixo aqui esta informação sobre a atitude que ao longo dos tempos a Igreja Católica adoptou a respeito dos touros, no caso de alguém se importar.
Podem ter certeza de que isto se passa deste modo, porque há muito que investigo sobre esta matéria, e está tudo comprovado.
A saber: a atitude da Igreja Católica para com o Touro tem sido ambígua ao longo da sua História.
De facto, inicialmente, a Igreja teve em relação ao Touro uma atitude muito positiva e benevolente: O Touro era o animal que se identificava tanto com São Lucas como com o Arcanjo Gabriel e São Miguel.
No entanto, foi a partir do século XIV, que a igreja espanhola começou a planear incluir nas orações, aos seus santos padroeiros, oferendas de Novilhos ou Touros, no que veio a ser chamado de "Votos de Villa". Estas "oferendas" tinham como finalidade pedir ao santo ou à Virgem da devoção de cada um, que intercedessem junto de Deus para pôr fim a algumas das muitas calamidades que, naquela época, atormentavam as pessoas (doenças, secas, pragas ...).
Com base nestes "votos", alguns municípios, em conluio com os seus párocos e confrarias, utilizaram estes animais, para que os povos das vilas pudessem capeá-los, torturá-los e matá-los impune e devotamente, umas vezes, durante o percurso das romarias que o povo fazia aos santuários das respectivas Virgens; outras, enquanto celebravam outro tipo de festejo (linchamento) taurino. Em muitas ocasiões, e uma vez morto animal, acabavam repartindo a sua carne entre os vizinhos e os pobres.
Não há qualquer dúvida que foi então que começou a ligação dos “festejos” taurinos populares às celebrações religiosas a Virgens e Santos.
Mas também sabemos que, desde o início, este tipo de "votos" foi denunciado por uma parte dos eclesiásticos, chegando finalmente a ser proibidos, juntamente com outros “espectáculos” taurinos, através de uma bula do Papa Pio V.
A Bula anti-tourada de Pio V pode ser consultada aqui:
https://moimunanblog.com/2011/12/02/bula-salutis-gregis-dominici-de-san-pio-v/
O que é escandaloso é que ainda hoje, em pleno século XXI D.C., a Igreja Católica continue calada e consentindo estes “festejos” taurinos para celebrar Santos e Virgens.
Fonte:
(Tradução: Isabel A. Ferreira)
A época dos trogloditas é anunciada com pompa, mas sem circunstância, na comunicação social.
É o Portugal terceiro-mundista que sai das cavernas onde esteve enfiado, de dentes afiados e unhacas de fora à espera do momento de atacar e torturar as vítimas indefesas, que lhes servirão para apaziguar os demónios que lhes retorcem as entranhas e os fazem babar de prazer.
Tudo isto é desprezível: a notícia, a prática da barbárie, e todos os que nela estão envolvidos. Todos.
Vai começar a época em que as irracionais bestas humanas atacarão indefesos, inocentes, inofensivos e racionais bovinos e cavalos, para satisfazerem um desejo mórbido e obscuro, como podemos ver neste vídeo, que corre mundo, a sujar o nome de Portugal.
Tauromaquia: crueldade, ignorância, futilidade
A vergonha de Portugal
E a selvajaria só poderia começar em Mourão, no profundo e atrasado Alentejo.
Paulo Pessoa de Carvalho, presidente da associação portuguesa de empresários tauromáquicos (apet), disse estar animado com a temporada selvática que se aproxima, acentuando que nos últimos tempos têm surgido mais empresários a querer investir na tauromaquia, sendo este um sinal de que "é um negócio com interesse”, ou seja, é um negócio chorudo, porque continuam a viver às custas dos parvos que pagam impostos, enquanto chove nas escolas portuguesas.
E tudo isto para que uma minoria sádica e psicopata, com desvios comportamentais e mentais acentuados, possa satisfazer desejos mórbidos, doentios e ir masturbar-se mentalmente para as arenas.
Tudo isto com o apoio do governo português e da igreja católica, que permite que Santas e Santos católicos, a Mãe de Deus e o próprio Deus sejam celebrados com tortura e muito sangue de indefesos seres vivos.
Nem o mais primitivo homem das cavernas tinha um tão primário comportamento.
Acordem! Estamos no século XXI depois de Cristo!!!!!!
Elefantes escravizados no Circo Cardinali, em jaulas, com os pés acorrentados, toda uma vida…
Quando tirei esta foto (por entre as grades, antes do “espectáculo”) eles estavam a balouçar-se de um lado para o outro, num estado de grande stress e alienação. Podemos ver a profunda tristeza na expressão alheada destes animais inteligentíssimos, sensíveis e muito, muito mais “humanos” do que quem assim os subjuga…
Um deles, nesse dia, por não fazer a vénia a agradecer ao público (diga-se de passagem, um escasso público) apanhou com um bordão grosso, na tromba, junto aos olhos, e as lágrimas rolaram como pequenas pérolas tristes…
Neste dia, 09 de Agosto de 1997, as crianças choraram também e nunca, nunca mais pisaram a arena de um circo onde os animais são deste modo maltratados, até em público… quanto mais nos bastidores…!
E foi nesse mesmo dia que eu comecei a minha luta contra todos os que maltratam animais não-humanos para divertir humanos…
***
Abram este link para ver a intervenção de Miguel Santos do PAN, e a de Miguel Chen, representante do Circo Chen, no programa «A tarde é Sua», da TVi
Um excelente debate [é de lamentar que já não esteja disponível]
https://www.facebook.com/partidoanimaisnatureza/posts/884485228262214
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Aqui, a opinião do Dr. Vasco Reis, Médico-Veterinário, defensor dos Direitos dos Animais e Abolicionista da Tauromaquia, sobre este apontamento televisivo:
«Na minha opinião, estiveste muito bem Miguel, digno, cortês, paciente, muito didáctico representante do Partido pela Pessoas, pelos Animais e pela Natureza. Lutaste bem pela Causa dos Animais não Humanos.
É de mencionar sempre a natureza, a susceptibilidade, a senciência, a consciência dos animais não humanos, não muito diferentes das dos humanos, cruelmente atingidas nos espectáculos com animais, não só pela privação de liberdade, pelo confinamento, pela dureza do treino, pelo stress das viagens, etc., etc., etc.
Há que mencionar que o nosso clima de inverno pode ser muito agressivo para animais de climas tropicais, que são bastante vulneráveis e não têm a possibilidade de procurarem melhor abrigo por estarem enjaulados.
A exposição às intempéries, por vezes extremas e às quais os animais exóticos não estão adaptados, é um modo cruel de os maltratar.»
Vasco Reis
***
O Senhor Chen teve toda a razão quando falou nas touradas.
Os Touros não são animais?
Porque são subsidiadas as touradas e os Circos não?
Porquê apenas os circos devem ser penalizados?
Sim, o caso dos golfinhos, também tem razão, o Senhor Chen.
Porquê explorar os golfinhos?
Mas que osanimais no Circo não são maltratados, não é verdade.
Basta estarem fora do seu habitat. Isso é já uma enorme tortura.
Que é possível haver circos SEM ANIMAIS, e as crianças divertirem-se à grande, é bem verdade: bastaria haver palhaços e ilusionistas.
Mas existem muitas mais artes circenses, vejamos:
«O poder do encantamento do circo é sempre surpreendente. Não há como ficar imóvel, com a respiração presa, com o frio na barriga diante das peripécias de um artista circense.
É isso que procuramos fazer com os nossos números e performances: fazer rir, ter medo, ficar com o coração na boca, tremer, gritar, depois respirar aliviado, mas, acima de tudo, procuramos emocionar com nossos números e performances circenses.
Temos um quadro de artistas especializados em diversas modalidades:
- Perna de pau;
- Mão a mão;
- Contorção;
- Malabares – claves, bolas, argolas e etc.;
- Acrobacia de solo;
- Pirâmides humanas; Aéreos – tecido, trapézio e lira de giro;
- Pirofagia – números com fogo;
- Palhaços;
- Arame – corda bamba.
in
http://www.escolapecirco.org.br/?page_id=86
***
Animais não-humanos para quê, se os humanos têm o saber de tantas artes?
Os animais não-humanos não nasceram para fazer malabarismos em circos.
Assim como o chamado Homo Sapiens não nasceu para andar a saltar de galho em galho nas florestas… ou viver em cavernas… ou andar de pescoço esticado a comer folhas nas árvores…
Esse tempo já passou há muito… Certo?
Isabel A. Ferreira
E foi do modo mais anticristão que a RTP celebrou o dia de Nossa Senhora da Assunção
Não podemos calar-nos perante esta SELVAJARIA que a RTP, que tinha o DEVER PROFISSIONAL de COMBATER, não combate e ainda ajuda à missa da igreja católica, que faz vista grossa a estes festejos de Santos com tortura e sangue, bem à moda dos primitivos pagãos.
Simplesmente repugnante!
Quanta iniquidade RTP!
«Hoje, 6ª feira (15 de Agosto) a Televisão Pública portuguesa - RTP - irá contribuir activamente para o retrocesso civilizacional ao gastar o dinheiro dos contribuintes no patrocínio e transmissão de uma tourada.
A maioria da população portuguesa, que não concorda com esta prática torturante e anacrónica, terá de suportar financeiramente e através dos seus impostos, 3 horas de tortura.
«Tortura essa que foi amplamente difundida inclusivamente através dos murais de Facebook dos programas que compõem a grelha de programação, conforme se pode constatar pela imagem.
O PAN não pode aceitar que uma prática violenta e cruel para com os animais como esta seja subsidiada com o dinheiro de todos nós.
Porque a evolução passa pela abolição, vamos dizer não às touradas e a todos os espectáculos com touros.
Assinem e divulguem a nossa petição:
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=010basta
PAN Abolição
Fonte
INCONCEBÍVEL!
Desta vez em São Miguel, na freguesia de Água de Pau, concelho de Lagoa, em nome de Nossa Senhora dos Anjos que, com Nossa Senhora de Guadalupe e tantas outras Santas devem estar a chorar lágrimas de sangue no Céu…
Não serve de desculpa escudarem-se na lei irracional que permite esta selvajaria.
As leis parvas não são para cumprir. Nunca.
Exmo. Reverendíssimo Senhor Dom António de Sousa Braga
Eis-me novamente a apelar à racionalidade da Igreja Católica.
No próximo dia 9 de Agosto, vai realizar-se uma vacada na freguesia de Água de Pau, Concelho de Lagoa, nos Açores, para Nossa Senhora dos Anjos…
Isto será uma iniciativa cristã ou satânica?
Deixo esta pergunta à consideração do Senhor Bispo.
Não aceito que V. Reverendíssima se desculpe e se escude atrás de uma lei irracional que legaliza esta selvajaria.
A Igreja Católica deveria dar o exemplo e repudiar publicamente estas iniciativas, que Jesus Cristo condenaria veementemente.
Deus não criou os bovinos para servirem de diversão a sádicos.
Uma vez mais apelo a V. Reverendíssima para que intervenha junto do pároco local e da comissão de festas para que a referida vacada não se realize.
É dever da Igreja Católica contribuir para a cristianização e evolução moral deste povo ainda tão ignorante, que vive num passado medieval.
O tempo da “santa” Inquisição já lá vai. Mas se existisse, estes que ultrajam o nome dos Santos, em nome da estupidez, não iriam parar à fogueira?
Com o meu mais veemente repúdio, aguardo que V. Reverendíssima tome em conta estas linhas,
Isabel A. Ferreira
É este dito que vos move?
Ou será o lema: «Em terra de broncos não entra a civilização?»
Este é o cartaz que anuncia a actuação dos covardes psicopatas.
Na página do Facebook do Município Santa Cruz da Graciosa lê-se o seguinte:
«A tauromaquia ao mais alto nível na Graciosa! Visite-nos em Agosto!»
***
Alto nível?
Ó gente do Município DE SANTA CRUZ DA GRACIOSA, sabeis o que é ALTO NÍVEL?
Deixo-vos aqui uma amostra do que é um espectáculo de ALTO NÍVEL.
Na rua, como as touradas à corda.
Só que a diferença é ABISMAL.
Nunca saíram da TOCA, como saber o significado de ALTO NÍVEL?
Vejam o vídeo até ao fim, e sigam o exemplo, se querem que vos aceitem como GENTE