Aconteceu com a ODISSEIAS. E esta marca não foi a única, nem foi a primeira vez que os tauricidas usaram e abusaram de marcas acreditadas no mercado, para publicitar a selvática prática da tauromaquia.
Sigam-me nesta odisseia (série de acontecimentos anormais) desta marca, que, sem saber, promoveu uma tourada em Santarém.
Nos finais de Setembro, a conhecida marca ODISSEIAS apareceu associada à promoção de uma tourada, em Santarém. Nas redes sociais o montador de cavalos Francisco Palha ofereceu uma "Odisseias Box" como forma de divulgar a tal tourada.
Aceitando o apelo da Plataforma Basta, enviei uma mensagem à ODISSEIAS, a pedir um esclarecimento:
Foi com profunda indignação que tomei conhecimento que a marca ODISSEIAS aparece associada à promoção de uma tourada em Santarém.
Segundo as notícias publicadas na imprensa tauromáquica, o cavaleiro Francisco Palha está a realizar um passatempo oferecendo uma "Odisseias Box" para duas pessoas, no âmbito da promoção de uma tourada no próximo sábado (26 de Setembro) em Santarém.
Neste sentido gostaria de saber se a ODISSEIAS tem conhecimento da utilização da sua marca para promover esta tourada e se a marca ODISSEIAS apoia ou pretende associar-se à promoção da actividade tauromáquica em Portugal?
Com os melhores cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
***
E o esclarecimento veio, via e-mail.
Vou reproduzir a troca de mensagens, que então troquei com a ODISSEIAS, porque considero isto algo inconcebível: um torcionário apoderar-se do nome de uma empresa, sem o conhecimento ou o consentimento dela, para promover uma prática selvática, e ficar impune.
Primeiro foi o Tiago que teve a amabilidade de me responder:
Tiago Lima (Odisseias Puras SA)
25 de set. de 2020 10:22 GMT+1
Estimada Isabel Ferreira,
Esperamos que esta mensagem a encontre bem.
Agradecemos o seu contacto que mereceu a nossa melhor atenção.
No seguimento do mesmo somos a informar que não tínhamos qualquer conhecimento do exposto pelo que formalizamos por esta via que
não foi feita nenhuma permuta ou oferta da nossa parte para esse ou outro fim no âmbito da referida actividade.
Para questões adicionais não hesite em contactar-nos.
Agradecemos a sua preferência,
Boas Experiências!
Tiago Lima
Experience Assistant
***
Minha resposta:
| 25/09/2020, 10:35 | |||
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Exmo. Sr. Tiago Lima,
Agradeço a gentileza da sua resposta. Eu estou bem, obrigada. Espero que o senhor também se encontre bem.
Gostaria que me esclarecesse o seguinte: se a vossa empresa não tinha qualquer conhecimento do que foi exposto, como é que o nome ODISSEIAS está envolvido neste evento, que envergonha a Humanidade, sem o vosso CONSENTIMENTO?
Não configurará isto um crime?
Poderia explicar-me, para que eu possa explicar aos meus leitores (tenho intenção de publicar esta matéria no meu Blogue «Arco de Almedina») o que sucedeu, então, para que a ODISSEIAS fosse usada como isca para promover uma prática bárbara, aberrante, cruel e violenta, que não dignifica o Homem, nem a vossa empresa?
Muito obrigada.
Aguardo resposta.
Com os meus cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
***
Resposta, desta vez, da amável e simpática Marta:
Marta Lino (Odisseias Puras SA)
25 de set. de 2020 12:34 GMT+1
Bom dia Isabel,
Eu passo a esclarecer.
É que qualquer pessoa, pode adquirir os nossos vouchers .
Ou seja, se a Isabel desejar, pode passar por um hipermercado, Loja Fnac, Worten, entre outros e adquirir um pack.
O evento não teve consentimento, não demos autorização.
Todas as atividades promovidas pela nossa empresa são devidamente publicitadas no nosso site assim com nas redes sociais oficiais.
Soubemos de facto do sucedido, quando centenas de emails de clientes e não clientes nos facultaram esta informação.
Esta situação está reportada e a ser tratada.
Com os meus cumprimentos,
Marta Lino
Experience Assistant
www.odisseias.com
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Mas eu pretendi ir mais longe e respondi:
| 25/09/2020, 16:53 | |||
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Exma. Senhora Marta Lino,
Agradeço a gentileza do esclarecimento.
Esperamos que a ODISSEIAS faça um comunicado público a esclarecer isto mesmo, e a descartar-se do evento, obrigando os promotores da tourada a retractarem-se, seria o mínimo a fazer. Porque usar o nome de alguém ou de uma empresa sem consentimento é crime.
Aguardamos esse comunicado público.
Muito obrigada.
Com os meus cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
***
A Marta respondeu-me:
Marta Lino (Odisseias Puras SA)
25 de set. de 2020 17:06 GMT+1
Muito obrigada Isabel,
Pela sua resposta amabilidade e sugestão que será passada internamente.
Com os nossos maiores cumprimentos e desejo de um excelente fim de semana.
Marta Lino
Experience Assistant
www.odisseias.com
***
Dois e-mails de circunstância depois (agradecimentos e renovações de bom fim-de-semana) a Marta enviou-me este outro e-mail:
Marta Lino (Odisseias Puras SA)
28 de set. de 2020 12:08 GMT+1
Bom dia Isabel,
Espero que se encontre bem,
A informação foi passada à Administração da nossa parte como colaboradores.
Reforço que a Odisseias não está associada à Tauromaquia, e fomos envolvido de forma inadvertida e sem nosso conhecimento, pelo que esta situação está ser tratada internamente com os procedimentos corretos.
Recebemos inúmero emails de vários clientes e não clientes, que infelizmente nem tivemos de forma de responder de forma personalizada porque a caixa de entrada ficou completamente a preenchida, recebemos ainda injurias, nomes sem precedentes, que até podemos entender mas de forma nenhuma tratamos os nossos assim.
Fomos arrastados para uma situação que está a ter o seu devido encaminhamento.
Boa semana Isabel.
Com os maiores cumprimentos,
Marta Lino
Experience Assistant
www.odisseias.com
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Como, entretanto, recebi uma mensagem da ODISSEIAS para saberem do meu grau de satisfação na resposta à minha solicitação, enviei-lhes esta outra mensagem:
26 de set. de 2020 11:31 GMT+1 Exmos. Senhores,
Avaliarei o meu grau de satisfação, quando a ODISSEIAS emitir o comunicado público (que sugeri) a condenar a atitude dos que USARAM o nome da empresa, sem o conhecimento desta, para promover a selvajaria tauromáquica. Com os meus cumprimentos, Isabel A. Ferreira |
A simpática e amável Marta voltou a responder ao meu e-mail:
Marta Lino (Odisseias Puras SA)
25 de set. de 2020 19:18 GMT+1
Grata Isabel.
Sei que já foi retirado do evento a nossa marca Odisseias associada.
Muito obrigada por tudo e por todos os que nos tem facultado informações e sugestões.
Cumprimentos,
Marta Lino
Experience Assistant
www.odisseias.com
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E eu:
| 28/09/2020, 12:31 (há 11 dias) | |||
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Bom dia, Marta Lino,
Penso que agora tenho informação suficiente para esclarecer os meus leitores.
Agradeço a vossa disponibilidade para tratar deste assunto, que a ser assim, como dizem, é gravíssimo. Ninguém pode USAR a marca de uma empresa sem o consentimento dela. E se este foi o caso, é caso para processo judicial, porque uma empresa que tenha o seu nome associado à tauromaquia, perde prestígio, ainda mais não dando consentimento.
Espero que tenha também uma boa semana.
Com os meus cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
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A Marta agradeceu, e aqui acabou esta odisseia.
Fiquei sem saber se houve algum esclarecimento público por parte da ODISSEIAS, ou se o montador de Cavalos foi punido pelo seu (suposto) acto de uso e abuso da marca.
Isabel A. Ferreira
Depois querem ter bons resultados nas eleições!
O texto que se segue, publicado no Blogue Prótouro - Pelos Touros em Liberdade explica, muito bem explicadinho, este assalto aos cofres públicos, para encher os bolsos dos torturadores de Touros.
Os deputados do PSD não aprenderam nada com a mensagem tácita desta invasão do novo coronavírus?
Portugal não precisa de deputados trogloditas! Precisa de EVOLUIR! Já se faz tempo! (Isabel A. Ferreira)
«Os deputados do PSD Ribatejo enviaram uma carta à Ministra da Agricultura onde afirmam que estão muito preocupados com os prejuízos dos ganadeiros de brava de lide, ou seja, as mães dos touros que são torturados em touradas.
«Isaura Morais e João Moura eleitos por Santarém vão mesmo ao ponto de afirmar que o facto de muitos bovinos não serem vendidos para tortura pode gerar prejuízos muito superiores a sete milhões de euros.
É preciso ter muita lata para pedir ainda mais dinheiro para gentalha que recebe anualmente milhões em subsídios nacionais e europeus quando milhares de portugueses estão em lay-off e muitos até a passar fome.
Em 2011 o ganadeiro José Dias afirmava ao jornal “O Mirante” e citamos:
“Os ganadeiros são na sua maioria senhores muito ricos, com muitas propriedades, que se dedicam ao negócio mais por paixão. Ninguém pode viver directamente de uma ganadaria.”
Claro que são ricos têm propriedades com milhares de hectares de terra e criam outros animais para além de bovinos para touradas. Muitos criam cavalos e muitos até têm outros negócios que nada têm a ver com tauromaquia.
Estes deputados deveriam ser corridos a pontapé do partido uma vez que estão mais preocupados com a trampa da indústria tauromáquica do que com milhões de portugueses!
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
Fonte:
Veja-se onde a autarquia esbanja os dinheiros públicos.
A tauromaquia está tão decadente, que a Câmara Municipal de Santarém precisa de PAGAR os bilhetes aos sádicos, para assistirem à selvajaria tauromáquica, e mesmo assim, estes não enchem o ANTRO de tortrura.
Em Santarém, está tudo bem, não falta nada ao povo, há boas escolas, bons hospitais, boas creches, bons lares para idosos, bons serviços públicos, boas estradas, a habitação é excelente…
Em Santarém não falta nada, falta apenas CIVILIZAÇÃO, que está a ZERO, a começar pelos autarcas.
Quanta emoção, na tortura de Touros! E já se sabe, quem gosta de ver torturar seres vivos ou é sádico ou psicopata.
Desculpem a linguagem, mas não estou a falar de Arte. Estou a falar de tortura de seres vivos.
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Santarém,
Tomei conhecimento de que a Vossa autarquia vai apoiar a realização de duas touradas a realizar nos próximos dias 10 e 16 de Junho, através da oferta de 800 bilhetes.
Atendendo a que:
1- as touradas são uma das expressões de uma cultura de insensibilidade e de violência que degrada quem as pratica e promove, e que corrompe o prestígio do país e dos portugueses no estrangeiro, prejudicando o turismo de qualidade, pois muitas pessoas não estão dispostas a visitar um país onde tal barbaridade é permitida.
2- é conhecimento geral que ao fazer do sofrimento de um animal um meio de diversão, o Ser Humano está a propagar e banalizar a violência gratuita como forma de ser e estar na sociedade. Uma sociedade mais respeitadora, justa e pacífica constrói-se em grande medida na abolição de práticas de “divertimento” que se baseiam no abuso de animais.
Venho manifestar o meu mais veemente repúdio pelo facto de a autarquia presidida por V- Exª estar a apoiar uma abominável actividade, de extrema crueldade.
Isabel A. Ferreira
Às autoridades do meu País.
À directora da Escola Secundária Sá da Bandeira, Adélia Esteves.
ASSUNTO:
Distribuição de brochuras que incentivam crianças à crueldade e à violência contra bovinos.
Segundo o testemunho da mãe de um aluno, esta brochura, em papel brilhante e de elevada qualidade gráfica, com 12 páginas, foi entregue na escola do seu filho, em horário escolar, DENTRO de uma sala de aula. Como se isso já não fosse bastante para ser repudiado, a brochura foi distribuída especificamente a todos os alunos “anti-tourada”.
Inacreditável!
O que é que um encarregado de educação (seja ele anti-tourada ou não) deve fazer perante tamanha violação dos deveres de um professor, além de pedir satisfações à direcção da escola?... Deve apresentar uma queixa a todas as autoridades que estejam envolvidas com a Educação, incluindo o Ministério da Educação.
Os argumentos e toda a dialéctica do conteúdo da brochura é de bradar aos céus, diz a mãe do aluno, e ao dizerem que a corrida de touros é ética e moralmente boa configura um crime de lesa-infância, sabendo-se como se sabe, que as touradas não passam de uma actividade onde a violência e a crueldade se sublimam.
Tive conhecimento de que foram entregues a alunos da escola que esta senhora dirige, e em horário escolar, dentro da sala de aula (que devia ser um lugar venerável) brochuras a promover a selvajaria tauromáquica, actividade que, lá por ser legal, é eticamente reprovável e rejeitada em todo o mundo civilizado, face aos avanços científicos e civilizacionais já alcançados; é uma actividade geradora de grande fractura na sociedade, uma actividade inadequada aos tempos que correm (a Idade Média já ficou lá muito para trás), daí que venha expressar o meu mais veemente repúdio, pela irresponsabilidade de quem permitiu que tal acto antipedagógico e incivilizacional pudesse ter acontecido.
Uma vez que a referida brochura está repleta de falsidades e contra-informação, levando os inocentes alunos ao engano, tal nunca devia ter sido pensado, muito menos entregue aos alunos, que deviam ir para uma escola APRENDER a ser cidadãos válidos, e não a ser cidadãos inúteis e torturadores de seres vivos.
É necessário tornar pública a posição da senhora directora desta escola, se aprovou e deu autorização para a distribuição destas brochuras anti-civilização, anti-cultura, anti-educação, anti-social, porque o que aqui se passou é GRAVÍSSIMO.
É importante, pois, informar esses alunos, que foram vítimas de uma grande fraude e que estiveram expostos a grandes falsidades como a de que as touradas servem para preservação do Touro e do bem-estar animal.
Uma escola SÉRIA não transmite aos alunos nem falsidades, nem os incentiva à violência e crueldade contra animais tão inofensivos, indefesos e inocentes, como as crianças a quem foram dirigidas tais brochuras, que configuram um crime de lesa-infância.
Já é tempo de as autoridades deste nosso país terceiro-mundista porem fim a estes descalabros, e tratarem as crianças respeitosamente e com a VERDADE.
Espero que as actuais autoridades portuguesas façam alguma coisa útil, ao menos, uma vez na vida, e tomem as necessárias providências, para que tais actos vis não voltem a acontecer, e que a senhora directora desta escola seja chamada a prestar contas por este atentado contra a integridade moral dos alunos.
Com a minha mais veemente repulsa,
Isabel A. Ferreira
Origem da imagem:
Em plenas festas de São José. E nem São José valeu a este jovem, que ficou gravemente ferido, quando um Touro, em legítima defesa, o colheu, no recinto da picaria, provocando-lhe um traumatismo crânio-encefálico.
Mas isto não faz parte da tão apregoada ARTE e CULTURA tauromáquicas? Que importa que morram, que fiquem feridos ou estropiados! O que interessa é a ARTE e a CULTURA que “isto” representa, e soma e segue… sempre...
Lamento pelo rapaz, que foi OBRIGADO à força (e ao bofetão, na maioria das vezes) a expor-se a estes perigos, com a conivência dos progenitores, da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, da igreja católica, e, consequentemente, com o apoio explícito do ESTADO PORTUGUÊS, que nada faz para acabar com estas tragédias. E ninguém aprende nada com elas.
Este é o Portugal pequenino, medíocre, troglodita, que existe dentro do outro Portugal: do Portugal para “inglês ver”.
«O jovem foi transportado para o Hospital Distrital de Santarém tendo sido depois transferido para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde está internado e a realizar exames.
A vítima foi socorrida pelos Bombeiros Municipais de Santarém que estiveram de prevenção nas festas. Os bombeiros assistiram ainda outras duas pessoas no local também devido a colhidas».
E nós todos a pagarmos para isto.
Os tauricidas não estão propriamente a trabalhar em prol da Humanidade e do Planeta, quando estas tragédias acontecem.
Então porquê os contribuintes portugueses têm de pagar estas contas? Além da REVOLTA que tudo isto provoca a quem é dotado de EMPATIA, e sofre com o sofrimento dos Touros, e lamenta o que acontece a quem adora torturar seres vivos.
Quanta miséria moral, social e cultural vai em Santarém!
Isabel A. Ferreira
Fonte:
E depois dizem que não há dinheiro para a Saúde, para a Educação, para a Habitação, para a Cultura, sim, porque, como o mundo inteiro sabe, a selvajaria tauromáquica não é coisa da Cultura.
Para apoiar uma tourada, a realizar a 17 de Março, integrada nas Festas de São José (mais uma, para celebrar o Pai adoptivo de Jesus Cristo), a Câmara Municipal de Santarém comprou (com os dinheiros dos contribuintes), 10 mil euros em bilhetes (cerca de 1.300 entradas), que serão distribuídos pela população através das juntas de freguesia. Outras duas touradas a realizar durante a temporada taurina, terão apoio de 5 mil euros, cada (...), diz a notícia.
Isto é imoral, mas demonstra que a tauromaquia está "tuberculosa", em último grau... diz a minha amiga Maria João Gaspar Oliveira, no Facebook. E eu concordo com ela, porque, na verdade, só deste modo, conseguem povo na assistência, e mesmo assim, sempre os mesmos, em todos os antros, onde se realizam estas práticas desadequadas aos tempos modernos.
E chamam "valentia" pegar um Touro moribundo, mais morto do que vivo, a sangrar por dentro e por fora, com dores atrozes... Valentes são os Touros que, mesmo em grande sofrimento, por vezes, conseguem reunir as derradeiras forças e mandar os forcados desta para melhor. E dizer isto não é aplaudir, porque aplaudir, aplaudem, em júbilo, os sádicos na arena. Isto é simplesmente dizer a verdade nua e cruamente, como estas verdades devem ser ditas.
Esta notícia está na Categoria: Cultura. Esqueceu-se o órgão de tal informação, do prefixo IN, na categoria de cultura. E reza assim:
Bilhetes à borla para a tourada de 17 de Março em Santarém nas juntas de freguesia…
É que (diz também a notícia), a Câmara de Santarém quer que os habitantes do concelho continuem a sentir a Praça de Touros Celestino Graça como um factor determinante para o município e essa é uma das razões principais do apoio que a autarquia vai dar à associação Praça Maior, que gere os destinos do espaço desde o início do ano.
E quem o disse foi a vice-presidente e vereadora com o pelouro da (in)cultura na Câmara Municipal de Santarém, Inês Barroso, que muito (in) culturalmente, salientou a importância da festa brava, para se compreender a história do concelho e da região. E isto até se compreende: é uma região com um atraso civilizacional muito acentuado, e a explicação está dada, senhora vereadora. Não podia ser mais clara.
E isto é que é dar a um povo-marionete um entretenimento de elevadíssima qualidade, para o manter obtuso. É que um povo obtuso é mais submisso e fácil de manobrar.
Mas esta gente não tem culpa deste atraso. É que isto, por mais incrível que pareça, é legal, e apoiado pela esmagadora maioria do Parlamento português e pela igreja católica, ambos ao serviço da tauromáfia.
E viva a INCULTURA instalada em Portugal!
Isabel A. Ferreira
Fonte:
Foi assim, em Santarém, numa pretensa tourada solidária.
Como pode ver-se, a arena está a abarrotar de gente solidária.
Mas para os aficionados, basta estar um nas bancadas, para verem milhares. É assim a mente distorcida deles.
Desventurados Touros que foram sacrificados para nada…
Para ninguém…
É assim, em massa, o regresso dos portugueses aos “toiros”...
Então não é?
Fonte da imagem:
E as vítimas de Pedrógão aceitarão dinheiro sujo do sangue de inocentes seres vivos torturados?
Não bastaram os milhares de animais não-humanos e os cento e tal humanos que morreram nestes incêndios, para exorcizar todos os demónios da Terra?
Solidariedade carniceira não é solidariedade, é sortilégio.
Não é com estes actos trogloditas, hipocritamente solidários, que os tauricidas lavarão as mãos sujas do sangue de inocentes seres vivos.
E se os de Pedrógão aceitarem tal dinheiro SUJO de sangue, serão tão impiedosos como os falsos beneméritos.
E o povo de Pedrógão só tem uma coisa a fazer: RECUSAR.
Os de Santarém estão a organizar, para este mês de Março, dois “festivais” de tortura de touros, com a falsa pretensão de “ajudar” as vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande.
Ora se a pretensão é ajudar as vítimas dos incêndios, peguem no dinheiro que iam gastar na TORTURA DE BOVINOS e ofereçam-no às vitimas, sem fazerem mais vítimas.
Isto sim, é ser solidário.
O que os de Setúbal pretendem fazer é um acto despropositado e selvático, apenas para que os ganadeiros ganhem dinheiro, e os sádicos se divirtam…
O que sobrará disto, uma vez que a selvajaria tauromáquica está em franca decadência, será uma ninharia.
E pergunta-se: valerá a pena as vítimas dos incêndios sujarem as suas mãos ao aceitarem uma ninharia oriunda da tortura de animais?
Isabel A. Ferreira
EM BENAVENTE REGREDIR É A PALAVRA DE ORDEM
O que se pretende fazer aos Touros, em Benavente, no dia 24 de Junho, dia de São João, é infligir um dos maiores sofrimentos que se pode causar a um animal senciente.
Como isto ainda é possível?
É isso que vamos perguntar às autoridades daquela vila portuguesa, parada no tempo, no distrito de Santarém, e a todas as outras autoridades portuguesas que têm a função de fazer cumprir as leis.
- Isto é uma tradição. Fazemo-lo desde o século XVI.
- 500 anos e não evoluímos nem um pouquinho…
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Benavente,
Exmo. Senhor Comandante do Posto Territorial de Benavente da Guarda Nacional Republicana,
Exmas. autoridades responsáveis pelo cumprimento das leis em Portugal,
Excelências,
Tenho conhecimento de que está prevista uma prática bárbara que dá pelo nome de “Touros de Fogo”, para o dia 22 de Junho, e uma “Picaria de Touros/Picaria à Vara Larga”, no próximo dia 24 de Junho, dia dedicado a São João, um santo católico, e que acontecerão no âmbito de uma “festa” chamada hipocritamente “Festa da Amizade”, que pretende incluir duas actividades que causam a maior repulsa a qualquer ser humano normal.
As “picarias” são práticas que não fazem parte das actividades tauromáquicas portuguesas – tanto que não estão sequer consideradas no Regulamento de “Espectáculos” Tauromáquicos – e que consistem na utilização de varas para picar os animais usados nestas práticas bárbaras, supostamente a fim de se poder aferir a “bravura” destes. Em termos de prática tauromáquica, equipara-se à sorte de varas, no sentido em que consiste na utilização de uma vara do mesmo tipo das que são usadas na sorte de varas, provocando aos animais um sofrimento tão grande quanto aquele que lhes é infligido na sorte de varas.
Sendo a sorte de varas uma prática proibida pelo artigo 3.º, 3, da Lei n.º 92/95, de 12 de Setembro, com a redacção actualizada pela Lei n.º 19/2002, de 31 de Julho, as “picarias”, por se equipararem a esta prática, estão, por implicação, igualmente proibidas. É um facto que a referida proibição contempla excepções para aquilo que determina, mas, tal como no disposto no artigo 3.º, 4, as excepções só são válidas para os casos em que “sejam de atender tradições locais que se tenham mantido de forma ininterrupta, pelo menos, nos 50 anos anteriores à entrada em vigor” do diploma em causa, o que não é o caso desta “picaria” programada para Benavente (além de que, segundo o mesmo diploma, é a Inspecção Geral das Actividades Culturais que detém “competência exclusiva” para autorizar as excepções, quando preenchidos os requisitos legais para tal).
Logo, este evento anunciado para Benavente, não deve ser permitido, pois, a acontecer, infringirá a referida disposição legal.
Quanto aos “Touros de Fogo” são cruéis actividades tauromáquicas praticadas apenas em algumas localidades espanholas, civilizacionalmente atrasadas, nomeadamente Valencia, nas quais os touros são presos pelos cornos a postes, sendo-lhes colocados, através de hastes, bolas de alcatrão ou pez, às quais, como material inflamável que são, é pegado fogo. Os touros são depois soltos dos postes, ficando com os cornos a arder durante o período habitual de uma hora – tempo que esta barbaridade costuma durar.
Segundo testemunhos de médicos veterinários e especialistas em comportamento animal, o sofrimento físico que os touros experienciam quando os seus cornos ficam a arder é muito grande, quer porque os cornos dos touros são muito sensíveis, quer ainda porque os touros acabam por ficar com os olhos, focinho, boca e língua gravemente queimados, entre outras partes do corpo. A isto acresce o sofrimento psíquico que resulta de estarem nestas circunstâncias, querendo libertar-se do fogo que arde nos seus cornos e não sendo capazes de o fazer.
E isto é extramente bárbaro e cruel. Absolutamente desumano.
Também sei que, no seguimento de uma providência cautelar requerida pela Associação ANIMAL em 2006, a propósito de uma iniciativa que previa a utilização de “touros de fogo”, a mesma foi impedida por ordem de um Juiz do Tribunal de Santarém. Por isso, é ainda possível travar esta barbaridade.
Como é que isto ainda é possível acontecer em pleno ano de 2017, da era cristã?
Posto isto, apelo ao bom senso, ao cumprimento das leis, mas sobretudo, à humanidade que julgo existir em Vossas Excelências, e impeçam tais actos bárbaros, inadequados a um povo evoluído.
Isabel A. Ferreira
Enviada para:
ct.str.dcch.pbnv@gnr.pt; carlos.coutinho@cm-benavente.pt,
gp_psd@psd.parlamento.pt, gp_ps@ps.parlamento.pt, gp_pp@pp.parlamento.pt, bloco.esquerda@be.parlamento.pt,gp_pcp@pcp.parlamento.pt, pev.correio@pev.parlamento.pt, comunicacao@pan.com.pt, belem@presidencia.pt,
info@patriarcado-lisboa.pt, ed.portugues@ossrom.va, agencia@ecclesia.pt,ed.portugues@ossrom.va, ap.salesianos.evora@gmail.com, vmredaccao@netcabo.pt, gab.patriarca@patriarcado-lisboa.pt, melicias@netcabo.pt, franciscanosofm@mail.telepac.pt, conv.varatojo@mail.telepac.pt, info@rr.pt, diocese.angra@iol.pt, diocese.evora@gmail.com; ump@netcabo.pt, av@pccs.va,francisco@vatican.va
C/C: info@animal.org.pt
Isto é a sério ou a brincar?
Futevaca????? Mesa da tortura????? Seja lá o que isto for, isto é vil, é diabólico, é coisa de “gente” bronca.
A Polícia de Segurança Pública surge como um dos parceiros de diversas actividades tauromáquicas que vão decorrer no próximo fim-de-semana em Santarém, para festejar São José, como se São José fosse o autarca lá da terrinha…
A Plataforma Basta pede que se questione a PSP sobre esta parceria em actividades que põem em causa o bem-estar dos animais e das crianças, neste link:
www.facebook.com/policiasegurancapublica
Entretanto, observe-se o cartaz:
A cerveja Sagres, a REPSOL, os cafés Delta, as Águas de Santarém associam-se à PSP nesta vergonhosa e vil celebração de um Santo da igreja católica (assim em letra minúscula porque não merecem mais), com uma série de iniciativas diabólicas e trogloditas, que nem ao diabo lembraria.
Isto é inacreditável, inaceitável, imoral, asqueroso, repulsivo…
Santarém é um antro de mediocridade, de selvajaria, de barbárie.
Onde estão as autoridades deste país?
Crianças vão estar envolvidas nestas actividades que envergonham até os piolhos portugueses, que se comportam com muito mais dignidade, sendo parasitas.
Isto só mesmo num país governado por políticos que não têm um pingo de sentido crítico e de cultura culta.
Isto só num país mediavalesco e grotesco.
Há que BOICOTAR Santarém e todas as marcas que patrocinam esta celebração católica com actos diabólicos.
ENTRETANTO A PSP FEZ O SEGUINTE ESCLARECIMENTO
«Esclarecimento - Festas de São José em Santarém
A Polícia de Segurança Pública informa que o Comando da PSP de Santarém participa, à semelhança dos anos transactos, nas Festas de São José, as quais se inserem nas comemorações do feriado municipal de Santarém, com actividades direccionadas à população/visitantes.
A PSP terá no local uma exposição estática em stand e fará demonstrações de algumas das suas valências, não estando envolvida na organização das demais actividades calendarizadas, nomeadamente as tauromáquicas.
Para além desta participação, assegurará a segurança ao espaço das festas (Campo Infante da Câmara - Casa do Campino) e reforçará o policiamento, como medida preventiva, em face do previsível aumento do fluxo de pessoas durante as festas.
Assim, a parceria desta Polícia com a organização das Festas de São José (CM Santarém e Viver Santarém – Empresa Municipal) restringe-se às acções acima referidas, não podendo, nem devendo, ser interpretada como patrocinadora/promotora de quaisquer outras actividades.»
Fonte:
NO ENTANTO…
… no cartaz, aparece o logotipo da PSP ligado APENAS a ACTIVIDADES TAUROMÁQUICAS, do mais baixo nível...
Se me é permitida a expressão: a treta não diz com a careta…
E é como diz o Jorge Freitas:
«A PSP de Santarém não se deve desculpar, deve agir em conformidade.
O esclarecimento publico da PSP de Santarém é dúbio e fugaz... ... ..., muito fugaz.
.1 - Está no cartaz como patrocinador.
.2 - Se não é patrocinador tem de agir em conformidade.
.3 - Se não age em conformidade, é cúmplice.
.4 - Se é cúmplice, assume a responsabilidade.
.5 - Se a PSP de Santarém assume a responsabilidade, em minha opinião está a cometer um crime. Maltratar apenas por divertimento e lucro (ou outra razão qualquer), um animal, seja ele, de companhia, doméstico ou feroz, é crime.
.6 - É lamentável e triste ver uma força de segurança envolvida nesta vergonha, e quando criticada apenas se desculpa, mas nada faz (que até este momento seja público) quanto ao cartaz.
Recordo e lamento que no cartaz está escrito algures, no lado direito inferior:
** MESA DE TORTURA **
Eu pergunto, tortura a quem?, ou a quê?.
Pergunto ainda: com a permissão de quem?.
Fico à espera de respostas.»
Faço minhas estas palavras e também fico à espera de respostas.
Isabel A. Ferreira