No passado domingo, em Ponte de Lima (vila muito atrasada civilizacionalmente, diga-se de passagem) era para se realizar uma sessão de selvajaria tauromáquica “dedicada” às “mulheres”, protagonizada por três louras montadoras de Cavalos: Sónia Matias, Ana Batista e Verónica Cabaço.
Refira-se que a assistir a esta selvajaria estavam cerca de 200 gatos-pingados (e eles dizem que são aos milhares).
Uma coisa é certa, tudo está a correr mal na tauromaquia, que está adar as últimas. E agora é definitivo. Isto não vai com leis, vai com a extinção natural de uma prática que já não tem cabimento nos tempos que correm.
A sessão selvática foi cancelada logo no primeiro Touro, toa ser torturado por Sónia Matias, porque o chão da arena estava encharcado, transformado num mar de lama, e diz a notícia que a Sónia até “sofreu” (comparado com o Touro, nem sabe o que isso é) alguns sustos durante a lide.
Mas pau que nasce torto tarde ou nunca se endireita. Uma sessão de selvajaria tauromáquica para “homenagear” mulheres é um insulto à feminilidade e à sensibilidade de quem nasceu MULHER (porque há as que são apenas fêmeas) portanto, isto, à partida, tinha tudo para dar errado.
E é assim que se esbanja dinheiros públicos, num “divertimento” para duas centenas de broncos.
E isto só é possível, porque o PS, o PSD, o PCP e o CDS/PP não têm a hombridade de votar contra esta aberração, quando o Bloco de Esquerda, o PEV e o PAN apresentam projectos para acabar com esta vergonha, que só desprestigia Portugal e a Humanidade.
Sabem em que NÃO hão-de votar, não sabem?
Isabel A. Ferreira
E ao que parece foi tudo com muita “HONRA”…
As sete “notáveis” mulheres (diz o Farpas Blogue) distinguidas com o “honroso” Prémio Femina 2015 – concedido pela Matriz Portuguesa que, pela primeira vez, contemplou uma figura do mundo da selvajaria tauromáquica
Georgina de Mello (Prémio de Honra), economista, natural de Cabo Verde; Albina Assis Africano, uma das mais conceituadas governantes africanas; Soraya Gadit, uma das fundadoras e administradora da Ino Crowd; Fátima Cardoso, directora da Unidade da Mama do Centro Clínico Champalimaud, Inocência Mata, doutorada em Letras e pós-doutorada em estudos pós-coloniais, e Ana Mafalda Leite, escritora, distinguida pelo seu talento em poesia de ficção, e a popularíssima montadora de cavalos, Sónia Matias, que a única coisa que sabe fazer é torturar bovinos e os Cavalos Lusitanos que monta e flagela, mas foi distinguida como uma das “notáveis” mulheres portuguesas com mérito a nível profissional, cultural e humanitário.
Acreditam nisto?
Isto só acontece num país onde a cegueira mental é muita, e a vaidade de receber um prémio, esteja ele conspurcado ou não, é ainda maior.
Houve uma cerimónia, que decorreu no Museu do Oriente, e as estações televisivas portuguesas não deram a mínima importância a este evento tão importante, tão “coltural”, tão significativo da mentalidadezinha que corre por aí… porquê?
Pois para memória futura aqui ficam os nomes dos indivíduos do sexo masculino que decidiram misturar pérolas com bugalhos e atribuir este prémio, que desonrou as verdadeiras Mulheres Portuguesas: o júri liderado por João Micael, fundador e director-geral da Matriz Portuguesa integrou Amadeu Leitão Nunes, Delmar Maia Gonçalves e Pedro Ferreira de Carvalho, todos “gente fina”.
Diz o “Farpas” com bastante orgulho, que nesta 5ª edição do Prémio Femina, que nas quatro edições anteriores já havia distinguido 48 portuguesas (que deveriam atirar o prémio ao lixo) foi a primeira vez que se prestou tributo ao mundo tauromáquico e uma das suas principais representantes, ou seja, prestou-se tributo a uma das mais “cintilantes” representantes da selvajaria tauromáquica, como se isto fosse o supra-sumo da racionalidade.
Senhoras laureadas, perderam uma oportunidade única de contribuir para o avanço civilizacional de Portugal, ao não rejeitar um “prémio” que, ao as nivelar por baixo, pelo que de mais baixo existe no carácter de um ser humano (o de torturar, por mero prazer, um ser vivo, para divertir sádicos) perdeu toda razão de ser, desvalorizou o mérito que eventualmente pudessem ter, e ofendeu a excelência do trabalho das verdadeiras Mulheres Portuguesas.
Por tudo isto, e para memória futura, aqui deixo o meu mais veemente repúdio, pela vulgaridade de que se revestiu a entrega do prémio femina 2015 (assim, em letra minúscula, como merece).
Origem da imagem:
http://farpasblogue.blogspot.pt/2015/11/sonia-matias-recebeu-ontem-o-honroso.html
Em Portugal dão-lhe o prémio Femina, que coloca os feitos das senhoras agraciadas em 2015 juntamente com a torturadora, ao nível rasteiro da incultura tauromáquica.
Esta torturadora de touros bebés não representa nem o dedo mindinho do pé da mais comum mulher portuguesa, muito menos das notáveis.
É um exemplar do sexo feminino de criaturas que só envergonham a Humanidade e as Mulheres de todo o mundo.
Atirem ao lixo o prémio femina.
Vejam neste link o que dizem lá fora da torturadora de Touros portuguesa Sónia Matias
Não é uma vergonha?
Com a atribuição de “notável” mulher portuguesa a uma torturadora de indefesos Touros: Sónia Matias
Uma desonra para as mulheres portuguesas já agraciadas com este prémio, que poderia ser de prestígio, mas já não é, pois este ano, nivelou-se pelo mais baixo sentimento que pode existir no ser humano, (nomeadamente feminino): torturar seres vivos por mero prazer…
Na página da Internet deste Prémio, lê-se: «O Prémio Femina foi criado em 2010, para agraciar as Notáveis Mulheres Portuguesas. Na celebração do Quinto Aniversário da sua fundação procede-se ao alargamento do âmbito das suas destinatárias - as Notáveis Mulheres Portuguesas e da Lusofonia - oriundas de Portugal, dos Países de Expressão Portuguesa, das Comunidades Portuguesas e Lusófonas, e Luso-descendentes, que se tenham distinguido com mérito ao nível profissional, cultural e humanitário no Mundo, pelo Conhecimento e pelo seu relacionamento com outras Culturas. A atribuição dos prémios às agraciadas é feita por uma Comissão de Honra, constituída exclusivamente por membros masculinos – reconhecendo, assim, o seu valor e excelência na sociedade portuguesa moderna e evoluída, como seus pares de pleno direito. (…)
***
O link para esta página é o seguinte (e recomendo que leiam para se inteirarem deste despautério masculino):
http://www.matriz-portuguesa.pt/FEMINA.php
Aqui encontramos as biografias das agraciadas desde 2010.
Aqui encontramos as agraciadas do ano de 2015:
Georgina Benrós de Mello
Directora-Geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Nascida em Cabo Verde, licenciada em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. Pós-graduada no CENFA (Cabo Verde) & FUNDAP (Brasil), e na Graduate School of Public and International Affairs da Universidade de Pittsburgh (EUA). Mestre em Património, Turismo e Desenvolvimento, pelo Departamento de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade de Cabo Verde, tendo defendido a tese “Museu Virtual de Paisagens de Cabo Verde – Por um modelo alternativo de turismo”.
Agraciada por mérito nas Letras: Investigação e ensino de Literaturas Lusófonas.
Inocência Mata
Nascida na ilha Príncipe de São Tomé e Príncipe.
Doutorada em Letras e pós-doutorada em Estudos Pós-coloniais - Postcolonial Studies, Identity, Ethnicity, and Globalization -, na University of California at Berkeley/ London School of Economics. Professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa na área de Literaturas, Artes e Culturas. Membro do Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa e da Association por L’Étude des Literatures Africaines, com sede em França, e Sócia Honorária da Associação de Escritores Angolanos. Membro Correspondente da Academia das Ciências de Lisboa – Classe de Letras.
Foi professora convidada de muitas universidades estrangeiras, nas africanas (Dacar, Agostinho Neto), nas americanas (Harvard, Berkeley, Minnesota; Toronto, York), nas brasileiras (USP, UFRJ, UFF, PUC-Minas Gerais, PUC-RS, UFBA, UNEMAT, entre outras), e outras universidades europeias.
Foi agraciada por mérito nas Letras: Literatura, Poesia e ficção.
Ana Mafalda Leite
Nascida em Portugal, cresceu em Moçambique.
Escritora, poeta, articulista, docente na Faculdade de Artes da Universidade de Lisboa. Tem obras de co-autoria com autores Moçambicanos e Portugueses de prestígio.
É Doutorada em Literatura Portuguesa/Literaturas Africanas em Português, e Mestre em Literaturas Brasileiras e Africanas em Português, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Fátima Cardoso - Ciências
Médica oncologista formada na Universidade do Porto, trabalhou dez anos no Instituto Jules Bordet, em Bruxelas, conhecido principalmente na área do cancro da mama. É Secretária-Geral da European Organisation for Research and Treatment of Cancer (EORTC), dirige a Unidade de Mama do Centro Clínico Champalimaud, em Lisboa.
Soraya Gadit
Licenciada em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de Lisboa. Tem um em Finanças e Gestão da MBA pela AESE/IESE Business School 2010.
É uma das fundadoras e administradora da InoCrowd, criada em 2011, e cujo conceito ganhou projecção internacional, sobretudo no Chile, onde ganhou o prémio Start Up Chile. É uma empreendedora premiada em Portugal e no estrangeiro, sendo oradora convidada em seminários e congressos.
Na Roche foi responsável pelo lançamento de um medicamento para prevenir a Osteoporose.
Na Sanofi Pasteur MSD foi responsável por várias vacinas, nomeadamente vacinas para prevenir a gripe.
***
E finalmente a colossal torturadora de touros, Sónia Matias, que tem uma "profissão" que se iguala à das restantes agraciadas.
Veja-se a agraciada com o Prémio Femina 2105, a promover a vergonhosa “cultura”, que de portuguesa nada tem: perfurar um ser vivo indefeso até às entranhas e fazê-lo sangrar até à morte… torturando também os belos Cavalos Lusitanos que sofrem horrores nestas lides de atroz sofrimento e morte.
Isto será moderno e evoluído?
Quão cego mental foi o júri que avaliou esta barbárie como um acto de excelência.
Esta torturadora de Touros nasceu em Lisboa em 1978. Em 1990 tornou-se Cavaleira Amadora, em Samora Correia; e em 1997, tirou prova de Cavaleira Praticante, na Póvoa de Varzim.
Em 18 de Junho de 2000 foi a primeira mulher Portuguesa a tirar alternativa de Cavaleira Tauromáquica Profissional, em Santarém,
e pasmem:
promovendo a Cultura da Tauromaquia Portuguesa e do Cavalo Lusitano em Portugal e Espanha.
Se eu estivesse no lugar das outras senhoras atirava o prémio para o caixote de lixo, porque a partir de agora é o lugar mais adequado para tal prémio.
E se eu já tivesse sido agraciada, como as outras senhoras desde 2010 (e já foram muitas) devolvia o prémio, que acabou de ser conspurcado, porque um júri masculino, ao misturar pérolas com bolotas acabou por conspurcar um prémio que poderia ser prestigiante, mas já não é.
E assim vai a “coltura” portuguesa…
(Origem da foto da torturadora de touros)
A foto apanhou as bancadas com mais gente...
Olhem os vazios...
Parece ter mais gente na arena do que nas ditas cujas.
Num passado não muito distante, elas estariam a abarrotar.
Hoje, quem é que quer passar por INCULTO, frequentando um lugar de tortura, sangrento, primitivo, com uma Sónia Matias que costuma treinar as piruetas tauricidas, em bezerrinhos bebés, espetando-lhes bandarilhas sem dó nem piedade, demonstrando uma grande covardia. U
ma desonra para a espécie humana feminina.
A TOURADA ESTÁ MORIBUNDA...
E O POVO A EVOLUIR.
Uma vez que não têm capacidade de discernir, tenham vergonha!
E assim se promove a IGNORÂNCIA, com o apoio dos responsáveis de uma escola (?) e a cooperação de pais irresponsáveis.
A tauromaquia não é cultura, nem identifica um país, nem é liberdade de coisa nenhuma.
É simplesmente a "arte" de torturar Touros e Cavalos, com requintes de malvadez. É a “arte” da COVARDIA.
A cavaleira ensinaria às crianças como se cravam as bandarilhas nas carnes do Touro, e como este começa a sangrar e a sofrer horrivelmente até morrer lentamente?
A cavaleira ensinaria às crianças como os carniceiros retiram as bandarilhas aos Touros, ainda vivos, provocando-lhes dores indescritíveis?
A cavaleira ensinaria às crianças de que são feitas as bandarilhas?
A cavaleira ensinaria às crianças o que fazem ao Touro, desde que o retiram do campo, para o enfraquecer e, desse modo, os covardes torturadores possam “brincar aos valentes” na arena?
É esta violência a que chamam “cultura”?
Onde está a lucidez dos encarregados da educação destas crianças? Porque já se sabe que os tauricidas devem milhares de euros à inteligência e à lucidez, por isso, não é de esperar que tenham discernimento para mais.
Qual o nome desta escola que recebeu uma cavaleira para ensinar as artes da violência e de torturar Touros a crianças?
Por que não tornam público o nome da escola?
O que têm a esconder, se é tudo tão cultural?
Têm vergonha?
Isto é a miséria moral em que o nosso país está atolado até à medula.
Não admira que esteja na cauda da Europa. Talvez do mundo.
Promover a IGNORÂNCIA numa escola é coisa de gente de muito baixo nível intelectual: a pequeníssima minoria que promove isto, e quem abre as portas de um estabelecimento de ensino para consentir que se viole os direitos das crianças a uma EDUCAÇÃO PARA A VIDA.
Uma vez que não sabem discernir as coisas, pelo menos TENHAM VERGONHA!
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Isabel A. Ferreira
CONTRASTE
ORGANIZAÇÃO ESPANHOLA ENSINA O RESPEITO PELOS ANIMAIS NA ESCOLA
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