É inconcebível que a igreja católica portuguesa seja cúmplice de tanta barbárie para celebrar os seus Santos!
Não é desse modo que angariam “crentes” para sustentarem as paróquias. Cada vez mais, os que nasceram católicos afastam-se da Igreja, por não se reverem nestes rituais bárbaros, medievalescos, grotescos, cruéis, violentos, nada condizentes com os ensinamentos de Jesus Cristo.
Repudio a hipocrisia dessa igreja que não segue os preceitos cristãos.
Os da Barosa chamam-lhe FESTA RELIGIOSA… em honra de São Mateus, e sacrificam garraios.
Em Seia, mata-se um galo à paulada, nas festas consagradas a Deus…
Na Ilha Terceira (Açores) praticam-se barbaridades em honra de São João
Em São João da Pesqueira sacrificam-se Touros em nome de Nossa Senhora do Monte
Em Ponte de Lima o Corpo de Deus é celebrado com a abominável “vaca das cordas”…
Bem… isto é apenas uma amostra da monstruosidade que a igreja católica portuguesa consente em nome de Santos católicos, como se os Santos católicos alguma vez aplaudissem a tortura de uma ser vivo, que também é de Deus.
O decreto de proibição das touradas mais antigo de que se tem conhecimento é a bula do Papa Pio V, “De Salute Gregis Dominici”, datada de 1 de Novembro de 1567, mas ainda em vigor, e que dizia o seguinte:
«(…) Nós, considerando que estes espectáculos que incluem touros e feras no circo ou na praça pública não têm nada a ver com a piedade e a caridade cristã, e querendo abolir estes vergonhosos e sangrentos espectáculos, não de homens, mas do demónio, e tendo em conta a salvação das almas, na medida das nossas possibilidades, com a ajuda de Deus, proibimos terminantemente por esta nossa constituição (…) a celebração destes espectáculos (…)».
Tanto quanto sabemos, esta bula só foi acatada em Itália.
Isto foi o que disse o Papa Pio V, mas não é o que a Igreja segue. E a Igreja não seguindo, cala-se, num consentimento que, de tão silencioso, nos agride, como se gritasse: DOU-VOS A LIBERDADE DE SEREM IMPIEDOSOS PARA COM OS ANIMAIS!
A tortura de Touros e Cavalos tem-se realizado sob a égide de uma igreja que não respeita minimamente os preceitos de Deus.
A ideia de que o Touro era um ser diabólico, e como tal devia ser torturado, pertence a mitos antigos, quando imperava uma ignorância da mais profunda, e queimavam-se bruxas…
Hoje sabemos que o Touro é apenas um bovino, e as bruxas não existem. Em pleno século XXI da era cristã, já não se justifica queimar bruxas e torturar Touros para exorcizar demónios, que, a existirem, estão personificados nos carrascos das criaturas de Deus.
Está mais do que na hora de enterrar esta mentalidade medievalesca e dar o salto para o século XXI da era cristã.
Isabel A. Ferreira
Sugiro a leitura deste texto onde se aborda este tema mais esmiuçadamente.
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/201627.html