Isto será assumir que a classe política é intocável?
Os políticos estarão acima da Lei, acima da Justiça, acima da Constituição da República Portuguesa?
Aos políticos deve ser dado o direito de prevaricar?
Os políticos não terão o dever de cumprir o juramento que fazem ao tomarem posse dos cargos públicos que ocupam?
E se não o cumprem, não deverão ser demitidos e levados à Justiça, como quaisquer outros cidadãos, que saiam da linha…?
E a Justiça, se quer fazer Justiça e ser credível aos olhos dos Portugueses, deverá ter dois pesos e duas medidas?
Os políticos não serão meros serviçais do Povo Português, que lhes paga os salários para que governem, cumprindo as Leis vigentes no País?
Serão os políticos uma espécie de deuses todo-poderosos?
Não deverá o poder de um político ter limites: o limite da decência democrática e da Ética política?
É que (mais) esta vergonha já ultrapassou as fronteiras de Portugal.
A situação criada pela Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, abre "precedentes" gravosos para o Estado de Direito. Quem o diz são os Juízes polacos, que alertam para atropelos ao Estado de Direito em Portugal.
Em Portugal, todos sabemos que todos sabiam de tudo no caso de Tancos.
Em Portugal, todos sabemos que há muitas fraudes e vigarices à espera de investigação por parte de quem de direito.
Depois não se admirem que o jovem Rui Pinto, ande a fazer (até porque é do interesse público) o que o Ministério Público já devia ter feito há muito. E mantém-no preso, não porque ele possa fugir ou destruir provas, mas apenas por MEDO de que ele comece a descobrir as carecas que ainda estão por descobrir.
Mais uma vergonha para somar a todas as outras vergonhas que têm manchado a reputação dos órgãos de soberania portugueses.
Isabel A. Ferreira
Quando as autoridades COMPETENTES não têm competência para investigar, ou NÃO lhes convém investigar determinados crimes, haja quem os investigue, ainda que por portas travessas.
É aqui que o Rui Pinto aparece, e muito bem. O Rui Pinto devia ser CONDECORADO, merecia uma Medalha de Mérito, uma estátua, pelos bons serviços que tem prestado ao país, pois o que ele investiga é do interesse público, e não pode ser "abafado" pelo Poder, por nenhum PODER, e todos os que andaram, até agora, muito caladinhos, a ver os crimes a passar-lhes diante do nariz, e nada fizeram, é que deviam estar na prisão.
O Rui Pinto deve estar ao serviço da Justiça, e na cadeia a servir de bode expiatório para muitos criminosos que andam cá fora a dar continuidade a actividades criminosas.
Soltem o Rui Pinto, protejam-no, e prendam os verdadeiros criminosos.
Espero bem que Rui Pinto tenha muitas mais denúncias a fazer, porque Portugal está cheio de PODRES varridos para debaixo do tapete.
Não é, com certeza, por considerarem o Rui Pinto um marginal.
Ninguém é marginal quando zela pelo INTERESSE PÚBLICO.
Marginais são os que sabendo, se CALAM.