Segunda-feira, 9 de Maio de 2022

Desde o Império Romano, passando pelo falhado “império” de Hitler, até à Praça Vermelha, neste dia 09 de Maio, “Dia da Vitória”, fiz um percurso antigo, em pleno ano de 2022

 

Vi o fantasma dos imperialismos de outrora. Vi os mesmos símbolos alados. Os estandartes. A música poderosa. A mesma demonstração bélica de mentes que nada de mais fascinante sabem fazer do que matar e destruir Povos, para entrarem na História como uns “nadas”, sem glória e sem honra.    

 

É que «os tiranos e assassinos podem parecer invencíveis, mas no final são SEMPRE derrubados» (Mahatma Gandhi).

 

Hoje ouvi o discurso oco de um alienado, de um paranóico, com a mania de perseguição. Ouvi o discurso de alguém que vive numa bolha, completamente alheado da realidade e afastado do mundo LIVRE.

 

Foi triste. Foi macabro. Foi insignificante.

 

Hoje, recuei aos tempos dos imperadores romanos, e aos seus desfiles militares apoteóticos; recuei ao tempo de Adolf Hitler, e das suas paradas militares, para impressionar o mundo.

O que haverá de comum entre os imperadores romanos, Hitler e Putin?

Hoje, vi algo do passado, revestido de um presente ainda tão desumanizado!

 

Já era tempo de deixar esse passado, viver o presente, pacificamente, para poder resgatar-se o futuro, que está pendurado por um fio de aranha sobre um abismo.

 

Valeu-me ver e ouvir a mensagem ao seu Povo, de Volodymyr Zelensky, que não tem medo dos Babadooks, que andam pelo mundo a espalhar o terror. E enchi-me de ESPERANÇA.

(ATENÇÃO! Aqui não cabem ideologias de nehuma espécie, mas apenas FACTOS).

 

Isabel A. Ferreira

 

IMPERIALISMOS.png

 

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:00

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Quarta-feira, 10 de Março de 2021

O Império Português foi simplesmente um império igual a todos os impérios, com as suas grandezas e também com as suas baixezas…

 

A propósito do título desta publicação, recebi do Zé Onofre o seguinte comentário:

 

Zé Onofre comentou o post Portugal, actualmente, existe apenas no que fomos capazes de dar ao Mundo, e na lembrança dos Povos aos quais deixámos um Novo Mundo às 17:55, 09/03/2021 :

 

Quando falamos do passado, temos que o ver à luz do seu tempo. É um principio que todos devemos ter em consideração quando o analisamos. Porém não podemos glorificar uns feitos e esquecer outros. É verdade que desbravamos a Costa de África, o que é um feito para celebrar. Contudo se celebramos essa gloriosa façanha, não podemos esquecer que daí resultou o maior tráfico de seres humanos. Calma. Sei que o pensamento da época não condenava esse tráfico. Mas se hoje nos orgulhamos dos feitos dos portugueses pelos oceanos do Mundo, também devemos concordar que, se aos olhares daquele tempo a compra e venda de escravos não era criticável, hoje, sem diabolizar os esclavagistas, devemos reconhecer que essa é uma nódoa caída na aventura das viagens atlânticas e por outros oceanos. Assim como o Vaticano tem pedido perdão, por aquilo que ao tempo era a razoável, também não nos ficaria mal, antes pelo contrário, pedir perdão pelo mal que fizemos, pensando que naqueles tempos não o era, mas que se mostrou nefasto Alexandre Herculano, no romance o Bobo, cuja acção se situa nos primeiros tempos de Portugal, descreve uma tourada, e não critica o facto de se realizarem touradas, Mas no final da descrição salta para o seu séc. XIX, e diz assim: «Tal era aforma primitiva e singela de um espectáculo de eras bárbaras, que a civilização, desenvolvendo-se alguns séculos, ainda não pôde desterrar da Península.» Assim nós neste tempo, passados 600 anos da Saga pelos mares, começada em Ceuta em 1415, não podemos olhar para ela com saudosismos, mas que são factos que não se repetirão. Foram, mas já não são. Olhemos com respeito para o passado o que não quer dizer que diabolizemos quem, de acordo com os novos tempos, pôs fim a um império que apodrecia. E se os povos que nós colonizamos olham para nós com uma censura não devemos estranhar. Os Castelhanos foram corridos de Portugal em 1640, e ainda sentimos mágoa deles. Zé Onofre PS. Se, antes de aprovar este comentário, que sinceramente tentei manter dentro do civismo e boa educação, me quer conhecer melhor procure no Blog "Das Eras" o que tenho vindo a escrever.


Respondi, o seguinte, ao Zé Onofre:

Escravidão.png

A quem deverão os Romanos hodiernos pedir perdão? 

Fonte da imagem: https://pt.slideshare.net/JooNachtigall/escravido-na-roma-antiga (Sugiro que cliquem neste link).

 

Caro Zé Onofre, vou esmiuçar o seu comentário, porque, parece-me, mistura alhos com bugalhos, e olha para a História com olhos apenas de olhar.



1 – O passado deve ser visto à luz do passado. Com todos os seus defeitos e virtudes. Ponto. O Império Português não foi pior nem melhor do que todos os outros Impérios. Foi simplesmente um império igual a todos os impérios, com as suas grandezas e também com as suas baixezas, de acordo com o pensar da época.

 

2 – É NORMAL glorificar os grandes feitos.

 

3 – NÃO é normal esquecer as baixezas cometidas. E os seres pensantes não as esquecem. Obviamente.


4 – É verdade que desbravamos a Costa de África, o que é um feito para celebrar. E celebramos não só esta como todas as outras façanhas maiores.

 

5 – Não, ninguém esquece a nódoa negra que foi o tráfico de africanos, que os próprios africanos traficavam, roubando-os às tribos rivais, e depois vendendo-os aos brancos, que pela costa africana iam passando. NÃO SÓ portugueses, mas também Ingleses, Franceses, Holandeses, Castelhanos. Nunca esquecer isto.


Tal tráfico era NORMAL, naquela época, até porque era tido como certo que os pretos não tinham alma, os escravos não tinham alma, as mulheres brancas e as crianças brancas também não tinham alma, e tudo isto era NORMAL naquela época.



Não esquecer também que AINDA HOJE, século XXI d. C. o tráfico de seres humanos está ACTIVO, passa por Portugal, e quem se importa? É que os mortos (todos os mortos do passado) não falam, mas os VIVOS podem falar e muito… Também não esquecer isto.


6 – A escravatura SEMPRE existiu, desde que o Homo é Homo Sapiens. E o pior é que ainda existe escravatura. A escravatura SEMPRE foi condenável, e foi condenada por todos os seres empáticos, de todas as épocas históricas da Humanidade. É só ESTUDAR a História da Escravatura, para sabermos que os Portugueses traficaram escravos, foram maus, mas não foram os mais bárbaros, dentre os muitos povos que traficaram escravos de todas as “raças” e cores: branca, amarela, preta, vermelha…  

 

7 – A escravatura é, de facto, UMA das muitas nódoas negras de TODOS os impérios que existiram em TODAS as épocas.  

 

8 – Ninguém, com um neurónio a funcionar, olha para as nódoas negras do PASSADO com saudosismo. Ninguém. Com saudosismo poderemos olhar para o que já fomos, e já não somos. Já fomos um povo ousado, que deu novos mundos ao mundo, e fez avançar a Humanidade, levando SABER aos lugares mais remotos do mundo. E é isto que devemos celebrar. E é isto que esses povos AINDA celebram, apesar de todos os pesares.

 

9 – Ninguém, com um neurónio a funcionar, esquece o lado negro das Descobertas portuguesas. Temos de olhar para esse lado negro e aceitá-lo tal como ele existiu, por ser preceito da época, e não tal como desejaríamos que ele tivesse existido. O passado negro deveria ter ficado no passado, mas não ficou. Deveríamos ter aprendido com o que fizemos de mau, para não o repetir. É essa a função de ACEITAR o passado tal qual ele foi, com as suas coisas boas e com as suas coisas más. E o que é que se anda a fazer? Pretende-se APAGAR esse passado, como se ele nunca tivesse existido. E tal atitude só diz da mediocridade, da mesquinhez e da ignorância dos que querem pedir PERDÃO por algo que existiu, porque fazia parte dos valores daquela época, mas está se a cair nos mesmos erros desse passado.



10 – Os homens de hoje deveriam pedir perdão às mulheres, porque houve tempos em que as consideravam criaturas sem alma? A mim, não me faz mínima diferença, porque SEI que tenho alma. Podemos pedir perdão aos MORTOS, porque só a eles o perdão é devido. É falacioso e demagógico andar a pedir perdão aos vivos, quando foram os que já morreram as principais vítimas desse passado ignominioso.

 

11 – Temos de olhar para o passado com olhos de VER, e com SABER. Ninguém diaboliza ninguém. Isso é ver a questão com preconceito. Os povos que nós colonizámos, se nos olham com censura, caem no mesmo erro. Fomos NÓS, os do século XXI d. C. que os colonizámos? NÃO fomos.


Essa de dizer que «os Castelhanos foram corridos de Portugal em 1640, e AINDA sentimos mágoa deles» é de uma tristeza infinita... QUEM é que AINDA sente mágoa de QUEM? De Filipe VI? De Pedro Sánchez? Do General Franco? Do actual povo espanhol, que nada teve a ver com a arremetida Filipina dos séculos XVI/XVII?



Portugal existe, graças a muitos homens e mulheres que, com grande coragem, muitos sacrifícios e um enorme AMOR à PÁTRIA (algo que os actuais governantes e gente quejanda NÃO TÊM, porque andam a servir os interesses dos estrangeiros, que lhes dão mais “vantagens”), mantiveram intacta a chama da nossa IDENTIDADE de Povo Livre. Já fomos grandes.



Hoje, não passamos de um pequeno País, que anda a arrastar-se por aí, sem brio, sempre na cauda do mundo, com um punhado de gente dentro a tentar destruir a sua Cultura, a sua História, a sua Língua, a sua Identidade, a sua Liberdade, adquirida num 25 de Abril que ainda não se cumpriu completamente, porque vivemos numa ditadura disfarçada de “democracia”.  

 

A História segue o seu rumo de acordo com as ATITUDES dos seus protagonistas. O “pedaço” da História que Portugal está a viver, actualmente, será julgado pelo FUTURO, e, pelo que a História da Humanidade nos diz, NENHUM dos actuais protagonistas será poupado ao mau juízo que os vindouros deles farão.  

 

Destrua-se a ponte, que já foi “Salazar” e hoje é “25 de Abril”. Aquela não foi uma obra do ditador? Atirem-se abaixo os palácios de São Bento e de Belém, e todos os monumentos construídos com o ouro que vinha do Brasil-colónia (e não do Brasil pós-1822). Não nos lembra a monarquia, tão odiada pelos republicanos?



Seja-se racional, pelo menos uma vez na vida, para não se cair no ridículo e ficar para a História como a geração mais inculta de toda a nossa História.

 

***


Zé Onofre, fui ao seu Blogue. O que escreve combina com este comentário que me enviou. Tem toda a liberdade de olhar para a História com esses seus olhos de OLHAR. Mas a História deve ser olhada com olhos de VER.



Como deve ter reparado, também eu tentei responder-lhe com civismo e boa educação. Obrigada.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:24

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Segunda-feira, 22 de Outubro de 2018

«Portugal existe! Que futuro?»

 

Um texto de Sérgio Medeiros para reflectir Portugal

 

Foto José Caria.png

 (Isto também é Portugal)

 

Um texto de Sérgio Medeiros

 

«Portugal é um país que investiu forte na formação do seu povo, em engenharias florestais, zoo técnicas, ambientais, mecânicas, civis, em arquitectos, em médicos, em gestores, economistas... e exportamos "aviões" a custo zero, mão de obra especializada para a Alemanha, e de lá, de lá chegam Mercedes a preço de ouro. Somos um povo macambúzio e ignorante! Não, políticos criminosos e vendilhões? Sim.

 

Cinquenta e três anos de vida. Filho de gente humilde. Filho da aldeia. Filho do trabalho. Desde criança fui pastor, matei cordeiros, porcos e vacas, montei móveis, entreguei roupas, fui vendedor ambulante, servi à mesa e ao balcão. Limpei chãos, comi com as mãos, bebi do chão e nunca tive vergonha. Na aldeia é assim, somos o que somos porque somos assim, sem tirar nem pôr.

 

Cresci numa aldeia que pouco mais tinha que gente, trabalho e gente trabalhadora.

 

Cresci rodeado de aldeias sem saneamento básico, sem água, sem luz, sem estradas e com uma oferta de trabalho árduo e feroz. Cresci numa aldeia com valores, com gente que se olha nos olhos, com gente solidária, com amigos de todos os níveis, com família ali ao lado. Cresci com amigos que estudaram e com outros que trabalharam. Os que estudaram, muitos à custa de apoios do Governo, agora estão desempregados e a queixarem-se de tudo. Os que sempre trabalharam lá continuam a sua caminhada, a produzir para o País e pouco se fazem ouvir apesar de terem contribuído para o apoio dos que estudaram e a nada receberem em troca.

 

Cresci a ouvir dizer que éramos um País em Vias de Desenvolvimento e ... de repente éramos já um País Desenvolvido, que depois de entrarmos para a União Europeia e que o dinheiro tinha chegado a "rodos" e que passamos de pobretanas a ricos "fartazanas". Cresci assim, sem nada e com tudo até me trazerem a esta porca miséria.

 

*E agora, o que temos nós?

 

Um país com duas imagens. A de Lisboa: cidade grandiosa, moderna, com tudo e mais alguma coisa, o lugar onde tudo se decide e onde tudo se divide, cidade com passado, presente e futuro. Enquanto a imagem do interior do país, é um território desertificado, envelhecido, abandonado, improdutivo, esquecido, pisado e desprezado.

 

* Um país de vícios;

 

- Esqueceram-se os valores, sobrepuseram-se os doutores;

- Não interessa a tua história, interessa o lugar que ocupas;

- Não interessa o que defendes, interessa o que prometes;

- Não interessa como chegaste lá, mas sim o que representas lá;

- Não interessa o quanto produziste, interessa o que conseguiste:

- Não interessa o meio para atingir o fim, interessa o que me podes dar a mim;

- Não interessa o meu empenho, interessa o que obtenho;

- Não interessa que critiquem os políticos, interessa é estar lá;

- Não interessa saber que as associações de estudantes das universidades são o primeiro passo para a corrupção activa e passiva que prolifera em todos os sectores políticos, interessa é que o meu filho esteja lá;

- Não interessa saber que as autarquias tenham gente a mais, interessa é que eu pertença aos quadros;

- Não interessa ter políticos que passem primeiro pelo mundo do trabalho, interessa é que o povo vá para o diabo.

 

* Um país sem justiça;

 

- Pedófilos que são condenados e dão aulas passados uns dias.

- Pedófilos que por serem políticos são pegados em ombros, e juízes que são enviados para as catacumbas do inferno;

- Assassinos que matam por trás e que são libertados passados sete anos por bom comportamento!

Criminosos financeiros que escapam por motivos que nem ao diabo lembram;

- Políticos que passam a vida a enriquecer e que jamais têm problemas ou alguém questiona tais fortunas;

- Políticos que desgovernam um país e "emigram" para Paris;

- Bancos que assaltam um país e que o povo ainda ajuda a salvar;

- Um povo que vê tudo isto e entra no sistema, pedindo favores a toda a hora e alimentando a máquina que tanto critica e chora, é um povo ou uma vassalagem à corrupção?

 

* Um país sem educação;

 

- Quem semeia ventos colhe tempestades;

- Numa época em que a sociedade global apresenta níveis de exigência altamente sofisticados, em Portugal a educação passou a ser um circo;

- Não se podem reprovar meninos mimados;

- Não se pode chumbar os malcriados;

- Os alunos podem bater e os professores nem a voz podem levantar;

- Entrar na universidade passou a ser obrigatório por causa das estatísticas;

- Os professores saem com os alunos e alunas e os alunos mandam nos professores;

- Ser doutor, afinal, é coisa banal, é prender a ser obediente e parasita.

 

* Portugal é um país que abandonou a produção endógena.

 

- Um país rico em solo, em clima e em tradições agrícolas que abandonou a sua história;

- Agora o que conta é ter serviços sofisticados, como se o afamado portátil fosse a salvação do país;

- Um país que julga que uma mega fábrica de automóveis dura para sempre;

- Um país que pensa que turismo no Algarve é que dá dinheiro para todos;

- Um país que abandonou a pecuária, a pesca e a agricultura;

- Que pisa quem ainda teima em produzir e destaca quem apenas usa gravata e rouba quem produz.

- Um país que proibiu a produção de Queijo da Serra artesanal na década de 90 e que agora dá prémios ao melhor queijo regional;

- Um país que diz ser o do Pastel de Belém, mas que esquece que tem cabrito de excelência, carne mirandesa maravilhosa, Vinho do Porto fabuloso, Ginjinha deliciosa, Pastel de Tentúgal tentador, Bolo Rei português, Vinho da Madeira, Vinho Verde, lacticínios dos Açores e Azeite de Portugal para vender e produzir em vez de eucalipto, e tanto, tanto mais... que sai da terra e da nossa história.

 

* Um país sem gente e a perder a alma lusa, este povo que depois dos feitos Egípcios, Gregos e Romanos nenhum outro fez tanto e em tão pouco tempo;

 

- Um país que investiu forte na formação de um povo, em engenharias florestais, zoo técnicas, ambientais, mecânicas, civis, em arquitectos, em advogados, em médicos, em gestores, economistas e marketeers, em cursos profissionais, em novas tecnologias e em tudo o mais, e que agora fecha as portas e diz para os jovens têm de emigrar;

 

- Um país que está desertificado e sem gente jovem, mas com tanta gente velha e sábia que não tem a quem passar tamanha sabedoria.

- Um país com jovens empreendedores que desejam ficar, mas são obrigados a partir;

- Um país com tanto para dar, mas com o barco da partida a abarrotar, não, não levamos armas e ideologias quando partimos, levamos os dedos para dignificarmos os nossos antepassados;

- Um país sem alma, sem motivação e sem alegria;

- Um país gerido por porcaria com alma de gatunos.

 

E agora, vale a pena acreditar?

 

Vale. Se formos capazes de participar, congregar novos ideais sociais e de mudar, não votes até conquistares o direito de participar nas decisões.

 

* Porquê acreditar?

Porque oitocentos anos de história, construída a pulso, não se destroem em tempo algum. Porque o solo continua fértil, o mar continua nosso, o sol continua a brilhar e a nossa alma, ai a nossa alma, essa continua pura e lusitana e cada vez mais fácil de amar. Quem não ama Portugal não é Português.

 

Espero que o autor não se sinta melindrado, caso venha a ler o seu escrito, cujo teor, não me pertence, foi apenas por mim desarranjado em coisa insignificante.

 

Vamos corrê-los à pedrada!

 

Vamos criar uma Associação Política para a Divulgação e Implantação de uma Democracia Directa, fazermos depois um programa político, em plena campanha eleitoral apelamos à abstenção e no dia das Legislativas marcharemos sobre a escumalha traidora de todo um povo. O mais antigo da Europa, e de seguida seguirmos o programa político até a implantação plena de uma democracia verdadeira.

 

LEGITIMIDADE & LEGALIDADE, não existe legalidade sem legitimidade. Assim, para que os actos "roubos" da administração sejam legais é necessário que o regime se encontre legitimado a legislar e a executar as leis. Lê com atenção o que a seguir se expõe.

 

A Legitimidade é o facto gerador da legalidade. Só alguém muito inocente pode acreditar na Legitimidade dos actores dos três poderes da República Portuguesa "poder legislativo, executivo, e judicial" para proteger o povo. É evidente que ninguém confia em partidos políticos "legisladores e executores" nem em julgadores "tribunais".

 

Assim, basta teres dois dedos de testa e pensares por ti mesmo para poderes concluir que a legitimidade de um sistema político reside na vontade popular "povo", e não na lei que a subverte. Portanto, qualquer regime "democrático" que se legitime pelos votos expressos, o poder político perde a legitimidade "moral", política e jurídica quando a abstenção superar os 50%. Assim, com a abstenção a superar os 50% nas legislativas, visto que é nestas eleições que legítimas o poder legislativo-assembleia-da-república e executivo-governo, qualquer acção emanada do ESTADO carece de legitimidade e consequentemente de legalidade, encontrando-se neste momento reunidas as condições para;

 

- Em 1910 com o derrube da monarquia constitucional a realeza foi espoliada de bens e da nacionalidade portuguesa sob o pretexto que a monarquia era uma usurpação do poder, da vontade e da soberania popular. Se naquele tempo o povo se encontrava oprimido, roubado e sob o jugo de uma forma de usurpação do poder e soberania popular, hoje sucede exactamente o mesmo pelo que urge agir de idêntica forma. Aliás, em matéria de soberania nacional estamos hoje com menores poderes de decisão sob o destino de todos nós "nação" do que naquele tempo, para o confirmar basta vermos como um conjunto de eurocratas que não foram eleitos ou submetidos a sufrágio impõem regras e disposições à pátria portuguesa;

 

- Recorrer à violência se necessário contra qualquer forma de usurpação da democracia não é crime, é o direito à conquista da liberdade e à libertação do jugo a que a "democracia" representativa nos impõe. É legitimo o recurso à força contra todos aqueles que te oprimem e limitam a liberdade de participares na tomada de decisões que a todos dizem respeito. Não voto, é urgente derrubar este regime, implantar uma democracia verdadeira, espoliar de bens todos aqueles que sob a capa do poder regimental "democracia parlamentar-representativa" enriqueceram e enriquecem indevidamente.

 

Abstenção pode muito bem ser revolução se tu quiseres, há quem roube malas, e quem roube nações inteiras com o teu voto.

 

Se mais quiseres apreender sobre a Democracia verdadeira procura a imagem de capa da página Artigo 21. Resistência e Desobediência. Clica na mesma e lê atentamente o texto a ela agregado.

 

Do tarde se pode fazer cedo, dando assim razão a que nunca é demasiado tarde para aprender. Não voto até que todos tenhamos o direito a votar na tomada de decisões. E tu, se não confias em partidos políticos e nos seus actores porque votas neles, és burro ou fazes-te?

 

Não voto, é urgente derrubar este regime, implantar uma democracia verdadeira, espoliar de bens todos aqueles que sob a capa do poder regimental "democracia parlamentar" enriqueceram e enriquecem indevidamente.

 

Sérgio Medeiros

 

Fonte:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10214332984652841&set=a.2146984628529&type=3&theater

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:51

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Quinta-feira, 13 de Setembro de 2018

Em Pardais não têm onde cair mortos, mas querem uma praça de Touros

 

E isto diz tudo do atraso de vida, do atraso civilizacional, do atraso mental daquele povinho.

Mas os piores deles todos são os do governo que se recusam a evoluir e dizem NÃO à Abolição das Touradas. Temos de correr com eles do Poder para fora, nas próximas eleições legislativas.

 

praca-touros-pardais.jpg

 Uma arena de tortura de raiz, tão parecida com os “coliseus” romanos, onde se digladiavam homens e leões famintos!

 

Pois... Pardais é uma freguesia do concelho de Vila Viçosa, com 546 habitantes, e para satisfazer o sadismo de cerca de 250 pessoas, as que vão caber neste mini-antro, pretende-se construir uma minibancada, com dinheiros oriundos de um empréstimo de 60.000 Euros, a fazer à CGD, porque nem sequer verbas há para a construir.

 

Estão a contar que dali saiam mortos e feridos, pois também está prevista uma enfermaria que, para os Touros torturados, não é com toda a certeza, mas para a qual não se fala em verbas.

 

E ainda faltam os CURROS previstos na lei. Sem curros e uma sala para veterinários a prática selvática redunda em ilegal, contudo, o DESCARAMENTO e o conluio das autoridades com a tauromáfia é tal que passam por cima de todas as ilegalidades.

 

O Parlamento insiste em que se permitam estes costumes bárbaros. A IGAC valida estas práticas, apoiadas pelos dirigentes locais. E o Estado continua a fechar os olhos a tudo isto.

 

Coitado do povo que esbanja assim dinheiros públicos, numa obra para torturar seres vivos e satisfazer os maus instintos de tão pouquinha gentinha. E isto diz da pobreza moral, da pobreza de espírito, da pobreza cultural existente em Pardais. Mas não só. Tudo isto existe ali para as bandas de São Bento.

 

Refira-se que a 14 quilómetros de Pardais, em Vila Viçosa, existe um antro de tortura um pouco maior. Qualquer dia, de quilómetro a quilómetro, havemos de tropeçar em pracinhas de tortura, para satisfazer os maus instintos de populações atrasadas.

 

Em Pardais haverá um Centro Recreativo e Cultural? Ou um Cine-Teatro? Ou uma Biblioteca? Ou um Centro de Saúde? Ou um Lar de Idosos? Ou um Hospital?

 

Isto só num país quinto-mundista!

 

Fonte da imagem e da notícia:

https://protouro.wordpress.com/2018/09/12/pardais-vai-construir-uma-praca-de-touros/

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:06

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Quarta-feira, 7 de Março de 2018

PORTUGAL VISTO POR TAIWAN

 

«Ele (o toureiro) não é um herói; ele (o toureiro) é um assassino)».

 

TAIWAN.png

Legendas das imagens, que também podem ser lidas em “chinês”: 1. “Tourada Portuguesa”: 2. “Ele não é um herói, ele é um assassino».

 

Recebi via e-mail, este trabalho sob o título «Portugal visto por Taiwan», da autoria de Eddie Lee, cidadão de Taiwan, uma pequena nação insular, a 180 km a leste da China, cuja capital é Taipé.

 

Neste trabalho, Eddie Lee mostra ao mundo, a História dos Portugueses, em 70 slides.

 

Começa com futebol e Cristiano Ronaldo. Está-se mesmo a ver, mas também inclui José Mourinho.

 

E a história começa com os Celtas, passa pelos Romanos, Invasões Bárbaras, Invasão Muçulmana, a Monarquia e o Império Colonial, a que Eddie chama “era dourada”, as Invasões Francesas, a Independência do Brasil, as várias revoluções republicanas, a entrada para a União Europeia, a entrega de Macau à China, a Lusofonia, o Charming Portugal, representado pelas belas paisagens portuguesas, desde o Douro ao Algarve, pintores famosos, como Malhoa, Fernando Pessoa (único escritor representado), umas beldades femininas (ao gosto de Eddie), Porto, Lisboa, Coimbra, monumentos, a crise em Portugal, incêndios, um estranho Portugal ocupado, representado por uma máscara vermelha da Anonymous, e a finalizar, a doçaria portuguesa e o vinho do Porto.

 

E, claro, aquilo que me levou a escrever este texto: a tourada portuguesa, algo que vergonhosamente consta neste cartaz turístico, mas pela positiva, pois é a única coisa ligada a Portugal que traz uma mensagem: e a mensagem não poderia ser melhor: ele (o toureiro) não é um herói; ele (o toureiro) é um assassino.

 

Boa! Muito boa!

 

Uma digressão por Portugal, onde a única coisa má é a “Portuguese bullfighting”, tão adorada e apoiada pelo governo português.

 

Não é uma vergonha? Pois é!

 

Em nome dos Portugueses evoluídos, agradeço a Eddie Lee esta referência e esta crítica à actividade mais bárbara e medievalesca de Portugal.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:44

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