É urgente ouvir os apelos da Natureza e respeitá-la como se ela fosse um de nós. O problema é que o Homem autoproclamou-se o dono do mundo, quando é apenas o elo mais fraco da engrenagem cósmica, e a Natureza cansou-se dessa ambição humana e reagiu, obrigando o Homem a vergar-se, e deixando bem claro que, no Planeta Terra, o Homem é apenas um entre milhares de espécies! (Isabel A. Ferreira)
«A única maneira de impedir que novas pandemias explodam é estabelecer relações mais gentis e amigáveis com o meio ambiente e com os nossos companheiros de existência: os animais não-humanos» (Dra. Christine Kreuder Johnson, investigadora e professora da UC Davis.)
«O risco de disseminação de vírus da vida selvagem para os seres humanos está intrinsecamente ligado ao aumento de contacto entre as pessoas.
«O cientista e investigador do Conservation International, Lee Hannah, defende que há quatro maneiras de sobreviver à pandemia actual: uso de máscaras e respiradores, aprimoramento da infra-estrutura de testes, fim do mercado de animais silvestres, principalmente os destinados ao consumo humano, como o de Wuhan, na China, e o quarto e mais importante, cuidar da Natureza.
Um artigo publicado pela revista Time, no passado dia 08 de Abril, reforça que a destruição de ecossistemas é a responsável pela transmissão da Covid-19 de animais selvagens para seres humanos. Segundo Lee Hannah a população mundial precisa ser reeducada, e afirma: «Precisamos de dizer às pessoas, agora, que há uma série de coisas que precisamos de fazer quando sairmos desta desordem, para garantir que isso não aconteça novamente».
O papel da preservação da biodiversidade na prevenção de doenças vem ganhando terreno. Em 2015, a Organização das Nações Unidas alertou que é necessária uma abordagem mais ecológica no estudo de doenças, em vez de uma abordagem simplista que isola apenas o microorganismo. Isso possibilita que uma compreensão mais rica do desenvolvimento e origem das doenças.
Nesse artigo, lê-se ainda que isto é “um jogo de números”, pois nem todas as espécies de uma comunidade são susceptíveis a uma determinada doença, assim como nem todos são transmissores eficientes. Em ecossistemas bem separados das habitações humanas, os vírus fluem sem causar danos, mas à medida que há um impacto humano nesses locais e com o deslocamento de pessoas pelo mundo, esse equilíbrio acaba.
O risco de disseminação de vírus da vida selvagem para os seres humanos está intrinsecamente ligado ao aumento de contacto entre as pessoas. A afirmação é o resultado de uma pesquisa realizada pela Dra. Christine Kreuder Johnson, investigadora e professora da UC Davis. Segundo o estudo, quase metade das novas doenças que saltaram de animais para humanos após 1940 pode ser atribuída a mudanças no uso da terra, agricultura ou caça à vida selvagem.
Entre os exemplos citados estão a SARS, Ébola, Nilo Ocidental, Lyme e MERS. A Dra. Christine Kreuder Johnson acredita que há mais de 10 mil vírus transmitidos de animais para seres humanos. A única maneira de impedir que novas pandemias explodam é estabelecer relações mais gentis e amigáveis com o meio ambiente e com os nossos companheiros de existência: os animais não-humanos.
Fontes do texto: ANDA
Morreu esta madrugada, aos 76 anos, o astrofísico Stephen Hawking, aquele que, em entrevista ao 'The New York Times', em Dezembro de 2004, nos deixou esta lição de vida:
"As minhas expectativas reduziram-se a zero quando tinha 21 anos. O restante foi uma dádiva."
E durante 55 anos mais, Hawking mostrou ao mundo o que é ser um HOMEM.
Nada mais apropriado para o homenagear do que o fruto da sua mente brilhante – uma pequena amostra de um Saber de experiência feito.
Professor Stephen Hawking speaks about "Why We Should Go into Space" for the NASA Lecture Series, April 21, 2008.
Credit: NASA/Paul Alers
https://www.space.com/15923-stephen-hawking.html
Hawking era um ateu que, volta e meia, falava de Deus, como uma entidade cósmica que existia lado a lado com a Ciência. Mas ele acreditava mais na Ciência. Era o que estava mais ao alcance da sua ainda assim, brilhante mente.
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"A poluição, a ganância e a estupidez são as maiores ameaças ao planeta."
"Estamos em risco de nos destruirmos por conta da nossa cobiça e estupidez. Não podemos permanecer a olhar para dentro de nós num planeta pequeno e gradualmente poluído e superpovoado."
"O maior inimigo do conhecimento não é a ignorância, é a ilusão do conhecimento."
"A vítima deveria ter o direito de terminar a sua vida, se assim o quiser. Mas penso que seria um grande erro. Mesmo que a vida possa parecer má, sempre há algo que podemos fazer com sucesso. Enquanto há vida, há esperança. " (Sobre a eutanásia).
"Acredito que o desenvolvimento pleno da inteligência artificial poderia significar o fim da raça humana." (Em entrevista à BBC, em 2014).
"Vivo com a perspectiva de uma morte precoce há 49 anos. Não tenho medo de morrer, mas também não tenho pressa." (Entrevista ao jornal britânico 'The Guardian', Maio de 2011)
"Ninguém pode resistir à ideia de um génio aleijado." (Entrevista à revista americana 'Time', Setembro de 1993)
"A cruz da minha celebridade é que não posso ir a lugar algum sem ser reconhecido. Não basta colocar óculos escuros e uma peruca. A cadeira de rodas trai-me." (Entrevista a um canal de TV Israelita, 2006)
"Somos apenas uma estirpe avançada de macacos num planeta menor do que uma estrela comum. Mas podemos entender o Universo. Isto torna-nos muito especiais." (Entrevista à revista alemã 'Der Spiegel', 1988).
[Conselhos para os seus três filhos]
«Um: lembrem-se de olhar para as estrelas e não para baixo, para os vossos pés.
Dois: nunca desistam do trabalho. Trabalho dá significado e propósito à vida, e a vida fica vazia sem eles.
Três: se tiverem sorte o suficiente para encontrar o amor, não o deixem escapar.»
«Se tendes uma deficiência provavelmente não é culpa vossa, mas culpar o mundo ou esperar piedade de alguém não vai ajudar-vos em nada. Deveis manter um pensamento positivo e aproveitar ao máximo cada situação. Se tendes um problema físico, não podeis permitir-vos ter um problema psicológico também.»
(Quem ainda não viu, recomendo o filme sobre a sua vida «Teoria de Tudo», dirigido por James Marsh, onde o actor Eddie Redmayne, mostra todo o seu talento, num magnífico Stephen Hawking, que lhe mereceu um Óscar de Melhor Actor, em 2015).