Respeitar e amar os animais, não é submetê-los a tortura, física e psicológica, tal como acontece com a tauromaquia e com os circos com animais. Respeitar e amar os animais é isto:
Kevin Richardson – LION MAN
Fonte:
https://blogcontraatauromaquia.wordpress.com/2014/12/03/kevin-richardson-lion-man/
SOBRE O COMPORTAMENTO
Coloca-te sempre no lugar do outro
Como decerto já percebeste, respeitar é importante.
E o comportamento? O modo como agimos perante o outro, isto é, as pessoas, os animais, as plantas e todas as coisas? Será importante?
Neste capítulo, a teoria é absolutamente desnecessária. Basta colocarmo-nos sempre no lugar dos outros, em qualquer circunstância, antes de fazermos ou dizermos alguma coisa. E aqui, uma vez mais, podemos e devemos aplicar aquela regra à qual já aludi: como gostaríamos que agissem connosco? Do mesmo modo agiremos com o outro.
Por isso, não deve o nosso comportamento na sociedade ajustar-se ao que queremos para nós? Como não queremos que nos tratem mal, também não vamos tratar mal os outros, englobando nesses outros os animais, as plantas e todas as coisas.
Se prezamos que nos digam bom-dia, digamos bom-dia também.
Se não gostamos que nos atirem uma pedra, não atiremos pedras também.
Se não gostamos que nos gritem às orelhas, não gritemos às orelhas dos outros também.
Se abominamos que disparem uma arma sobre nós, não devemos disparar uma arma sobre o outro também.
Se não queremos que um cão nos ferre, não maltratemos o cão.
Se desaprovamos que nos roubem os nossos pertences, não roubemos os pertences dos outros também.
Ninguém diz: «Eu gosto que me arranquem os olhos!» Mesmo aqueles que arrancam os olhos dos outros.
Nenhum assassino quer ser assassinado. Diante dessa possibilidade, ele treme, chora, implora clemência. Já não mostra «valentia», porque valentes, no meu entender, são apenas aqueles que usam a única arma válida e digna de um ser humano: a sua inteligência.
E o que é a inteligência?
Não é nada de especial. É apenas a capacidade que se tem para entender as coisas. Uma pessoa inteligente está longe de ser aquela que sabe muito. Uma pessoa inteligente é a que usa o seu saber, ainda que seja mínimo, em prol do outro, porque ao fazê-lo não só estará a beneficiar-se a si própria, como ao outro. E não será esse um comportamento inteligente?
Tens vindo a seguir o meu raciocínio?
Então decerto notaste que nós somos importantes, mas a nossa importância só é importante quando temos um comportamento inteligente, isto é, quando agimos com os outros como gostaríamos que agissem connosco.
in «Manual de Civilidade» - © Isabel A. Ferreira