Quarta-feira, 1 de Julho de 2015

Aficionados da ilha Terceira (Açores) recusam-se a evoluir

 

Quando se passa uma vida inteira a ouvir mentiras, a venerar a incultura, e a considerar a selvajaria tauromáquica “tradição”, “cultura”, “arte”, “identidade de um povo”, “património” as mentes cristalizam e o resultado é catastrófico.

 

Prova disso são estes três comentários que mostram a profunda escuridão nas mentes destes terceirenses que, incapazes de entender o óbvio, de raciocinarem, recusam-se a evoluir e insistem, insistem, e tornam a insistir numa ignorância datada de tempos obscuros… apesar de lhes darmos todas as oportunidades para progredirem… todas as informações para se instruírem…

 

Touro na Terceira.jpeg

 

Os broncos divertem-se assim, na Ilha Terceira (Açores) - Isto será um “divertimento” civilizado ou um “divertimento” perverso, primitivo e parvo? Alguém com sensibilidade e bom senso que responda.

(Nota: se estas práticas são arte, são cultura, são identidade nacional,  por que é que os vídeos são desactivados?)

 

***

Eis os comentários:

 

Beatriz Lima, deixou um comentário ao post Viva a ilha Terceira (Açores) pela estupidez de um "divertimento" perverso, primitivo e parvo! às 22:41, 2015-06-30.

 

Comentário:

Broncos são vocês é assim, essa tradição já existe à anos, voces (ja que nos chamam nomes) cambadas de idiotas, não percebem, e porquê? porque nao vivem cá, obvio né! e se estamos a difamar os açores deixa difamar, existe pelo o mundo tanta coisa pior do que a largada, tanta gente pelo mundo a ser morta so porque lhes apetece, tanta coisa muito pior que isso, e so sabem é criticar isso como fosse a pior coisa do mundo! recusamos a evoluir? olha se prestasses mais atenção irias ver que isso é mentira! porque estamos a evoluir imenso otária! nao podemos dizer para prestares atenção as noticias, porque para as noticias os açores nao existem.. somente aparece mortes e assaltos e o governo nas noticias.. mas pronto! mas ouve, e corrida a cavalo, nao falas? apesar de nao estarem a magoar os humanos estão a a magoar um animal! mas claro nesse caso caga no animal e vamos mas é para a corrida à praça né? nem vale a pena continuar com isso, beijos dos broncos para você otáriazinha :*

 

***

Repare-se nos “argumentos” desta Beatriz Lima: pretende justificar a estupidez com estupidez.

E estão a “evoluir imenso”…

Quanta incultura!

E não sou eu que o digo. São os sábios com quem aprendi.

 

***

Samuel Toste, deixou um comentário ao post Viva a ilha Terceira (Açores) pela estupidez de um "divertimento" perverso, primitivo e parvo! às 23:21, 2015-06-30.

 

Comentário:

Vou ser breve nas palavras... Quero apenas relembrar que para quem diz ter uma Licenciatura em Letras, ter trabalhado na Área de Jornalismo e o MAIS TRISTE na Educação... Dever saber que, apesar de ter todo o direito de se exprimir contra esta "Tradição", nada lhe dá o direito de ofender deliberadamente qualquer pessoa que participe ou não nesta "Tradição". Deixa que me diga que após ler este... chamemos "texto"... deixa muito a desejar sobre as suas capacidades enquanto profissional.

 

***

O Samuel Toste confunde OFENSAS com EVIDÊNCIAS.

Divertir-se com o sofrimento físico e psíquico de um animal (seja não humano ou humano) é uma particularidade de psicopatas.

E não sou eu que o digo. São os sábios com quem aprendi.

 

***

Ana, deixou um comentário ao post Viva a ilha Terceira (Açores) pela estupidez de um "divertimento" perverso, primitivo e parvo! às 00:38, 2015-07-01.

 

Comentário:

Boa noite, acho que a sua critica à cultura Terceirense esta muito mal fundamentada, afinal cada zona do mundo tem as suas culturas e devemos primeiramente respeitar, e posteriormente tentar conhecer, caso que pelo seu post não foi nem um pouco realizado. Visto ter uma licenciatura em historia devia estar mais aberta à historia dos sitios que não conhece e não estar empenha em deitar a sua cultura abaixo. Caso nao goste de toiradas está na seu direito mas por favor primeiro informe-se e só posteriormente faço comentários absurdos como os que aqui fez.

 

***

Esta Ana, não sabe que divertir-se com a tortura de animais é um acto cruel e primitivo, impregnado de uma ignorância que nada tem a ver com CULTURA, nem tradição, nem arte, nem História, mas tão-só com a estupidez no seu estado mais puro.

 

E não sou só eu o digo. São os sábios com quem aprendi.

 

***

Pois então, pela enésima vez, aqui deixo umas “dicas” para que as Beatrizes, os Samuéis e as Anas da Ilha Terceira possam EVOLUIR.

 

Em primeiro lugar vamos aprender o que é Tradição, Cultura, e Arte (e esta definição não é minha, é dos sábios com quem aprendi):

 

Tradição, Cultura e Arte são o que o Homem cria para tornar a Humanidade mais sensível, mais inteligente, mais civilizada, mais evoluída, mais bela…

 

Algo que não se encaixa naquilo que vemos nas imagens aqui publicadas.

 

Violência, crueldade, tortura, sangue derramado, ou seja, tudo o que humilha e desrespeita e esvazia a Vida Animal da sua essência primordial, jamais, jamais poderá ser considerado Tradição, Cultura e Arte, em parte alguma do Universo.

 

A Ilha Terceira está à beira do abismo da incivilidade.

 

***

E para que não digam que a má da fita sou eu, vou retirar do comunicado da Associação Amigos dos Animais da Ilha Graciosa (portanto, gente sábia açoriana), redigido por ocasião da pretensão de elevar a selvajaria tauromáquica a Património Cultural e Imaterial do Município, palavras bem elucidativas daquilo que não só eu, mas todo o mundo civilizado pensa do “divertimento” perverso, primitivo e parvo que os broncos terceirenses (isto não é um insulto, é uma evidência) querem, porque querem, que seja um entretenimento civilizado e culto.

 

E espero que as Beatrizes, os Samuéis e as Anas da Ilha Terceira entendam, de uma vez por todas (para não andarmos sempre a repetir o mesmo), as palavras que se seguem, que não são minhas:

 

«Nenhuma tradição que se alicerce na crueldade e sofrimento de seres sencientes, como o são todos os animais, porque sentem e sofrem como nós, é aceitável, quer do ponto de vista cultural, quer do ponto de vista ético e moral. Urge que os nossos políticos se consciencializem de que qualquer incentivo à crueldade contra animais é também um incentivo à criminalidade contra pessoas.

 

Os Touros são animais muito pacíficos que passam a maior parte da sua vida nos pastos; são sujeitos a uma situação de extrema brutalidade que não só lhes inflige muito sofrimento, mas também os obriga a comportarem-se de uma forma muito diferente da habitual (pois têm todo o direito de se defenderem dos seus algozes), o que lhes dá a falsa reputação de “bravos”.

 

É inegável que os Touros sofrem antes, durante e após as touradas (sejam de que modalidade forem). Desde a deslocação do animal do seu habitat natural, a sua introdução num caixote minúsculo no qual não se consegue mover e onde fica 24 horas ou mais, o corte dos chifres (a sangue frio) e as agressões de que é vítima para o enfurecer, a perfuração do corpo, tudo isto representa sem quaisquer dúvidas (e não é necessário ser-se muito culto, qualquer analfabeto sensível sabe disto) um sofrimento intenso e insuportável para um animal tão sensível.»

 

Este “divertimento” perverso, primitivo e parvo é pois «incompatível com a Declaração de Reserva Biosfera, com o respeito pelo meio ambiente e pelos animais, no marco de uma sociedade que se pretende em equilíbrio com o entorno natural.

Ademais, a tauromaquia não conta com o apoio da maioria da sociedade açoriana, dizem as petições, e é incompatível com a sociedade do século XXI (da era cristã).»

 

Todos os governantes (desde os mais inferiores aos mais superiores na hierarquia governativa) devem «cuidar do bem geral da sua população e da manutenção dos seus valores (morais, culturais, sociais e humanos) e não de espectáculos cruéis, rejeitados pela (esmagadora) maioria da sociedade» (e por todo o mundo civilizado).

 

(No que respeita à sustentabilidade das touradas, nenhum evento tauromáquico, nos apenas oito países do mundo que ainda mantém este “divertimento” perverso, primitivo e parvo, é auto-suficiente, tal como comprovam os excessivos apoios públicos à tauromaquia.)

 

«As “tradições” que causam sofrimento e humilhação não devem ser preservadas, ao contrário das boas tradições que deverão perdurar. A corrida de Touros (a tourada à corda, a largada de Touros, ou seja lá o que for que use e abuse dos Touros) é uma luta desigual e cobarde. É fácil de entender que este ritual ao invés de elevar o homem, bestializa-o e de forma alguma poderá considerar-se cultura, arte ou património, muito menos aceitar que fundos públicos, já tão escassos para áreas carenciadas como a Educação, a Saúde, a Protecção Social e a Cultura possam ser usados no financiamento da tauromaquia, que em nada engradece os Açores, os governantes, o povo e a Humanidade…

 

***

Entenderam, aficionados terceirenses?

Ou precisam que eu faça um desenho?

As palavras dos vossos compatriotas cultos da Ilha Graciosa falaram por mim.

Espero não ter de repeti-las neste Blogue, já tão repetitivo nesta matéria.

Mas é que não estamos a lidar com gente normal, que apreende o óbvio logo à primeira…

 

Isabel A. Ferreira

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:58

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