Façam o favor de usar o material genético do cérebro e pensarem como HOMO SAPIENS SAPIENS ETHICUS, no momento de votarem…
Aqui ficam algumas ideias…

Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, também conhecido por Apporelly e pelo falso título de nobreza de Barão de Itararé foi um jornalista, escritor e pioneiro no humorismo político brasileiro.

Rui Barbosa foi um ilustre e sábio jurista, político, diplomata, escritor, filólogo, tradutor e orador brasileiro.

Desconheço quem é João Azevedo, mas que diz uma grande verdade, lá isso diz.

Marcus Tullius Cícero foi um ilustre filósofo, orador, escritor, advogado e político romano.

Joseph Ernest Renan foi um célebre escritor, filósofo, filólogo e historiador francês.

Raphael Gouvea Monteiro, escritor, palestrante consultor.
Fonte desta imagem: https://www.facebook.com/raphaelgouveamonteiroescritor
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Será preciso dizer mais alguma coisa?
Isabel A. Ferreira
Este é o monumento erguido em homenagem a Spinoza, em Haia, e foi assim comentado por Renan em 1882: "Maldição sobre o passante que insultar essa suave cabeça pensativa. Será punido como todas as almas vulgares são punidas — pela sua própria vulgaridade e pela incapacidade de conceber o que é divino. Este homem, do seu pedestal de granito, apontará a todos o caminho da bem-aventurança por ele encontrado; e por todos os tempos o homem culto que por aqui passar dirá em seu coração: este foi aquele que teve a mais profunda visão de Deus"…
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Quando perguntaram a Einstein, se acreditava em Deus, respondeu: “Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no deus que se interessa pela sorte e pelas acções dos homens”.
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Este foi sempre também o meu Deus, mas só hoje descobri este texto que Spinoza escreveu no século XVII…
Vou transcrevê-lo e dedicá-lo a todos os que praticam a violência, a crueldade e a tortura sobre seres vivos, humanos e não humanos, para que não digam que ninguém lhes proporcionou a oportunidade de deixarem de ser ignorantes…
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«SE DEUS TIVESSE FALADO…»
Texto de Baruch Spinoza*
Pára de rezar e bater no peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes da tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti. Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa.
A minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. É aí onde Eu vivo e aí expresso o meu amor por ti. Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que a tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar o teu amor, o teu êxtase, a tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Pára de ler supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes ler-me num amanhecer, numa paisagem, no olhar dos teus amigos, nos olhos do teu filhinho... não me encontrarás em nenhum livro! Confia em mim e deixa de me pedir coisas. Tu vais dizer-me como fazer o meu trabalho?
Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor. Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso culpar-te se respondes a algo que eu coloquei em ti?
Como posso castigar-te por seres como és, se Eu sou aquele que te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos os meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que espécie de Deus pode fazer isso? Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita o teu próximo (todos os seres que criei) e não faças a ele o que não queres que te façam a ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção à tua vida, que o teu estado de alerta seja o teu guia. Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é a única que há aqui e agora, e a única de que precisas.
Eu fiz-te absolutamente livre. Não há prémios nem castigos. Não há pecados, nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registo. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não poderia dizer-te se há algo depois desta vida, mas posso dar-te um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse a tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. E se houver, tem certeza de que Eu não vou perguntar-te se foste comportado ou não. Eu vou perguntar-te se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?
Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas a tua amada, quando agasalhas a tua filhinha, quando acaricias o teu cão, quando tomas banho no mar.
Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Aborrece-me que me louvem. Cansa-me que agradeçam. Tu sentes-te grato? Demonstra-o cuidando de ti, da tua saúde, das tuas relações, do mundo. Sentes-te olhado, surpreendido? Expressa a tua alegria! Esse é o jeito de me louvar. Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim.
A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para quê tantas explicações? Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro de ti... É aí que estou a acenar-te…
* Estas palavras foram escritas por Baruch (Benedito) Spinoza, que nasceu em 1632 em Amsterdão, no seio de uma família judaica portuguesa, que fugiu da Inquisição em Portugal, e faleceu em Haia em 21 de Fevereiro de 1677.
É considerado o fundador do Criticismo Bíblico Moderno.
Copyright © Isabel A. Ferreira 2009
E o que parece impossível acontecerá tão naturalmente como a água brota
da sua nascente…
«Não prestes atenção ao descontentamento e ele calar-se-á e deixará que tu cantes...»
(James Whitecom Rilley (1849-1916), poeta norte-americano)
Esta manhã, as sombras cobrem o jardim e a chuva molha os telhados. Algo tolda o meu espírito, pois reflectindo sobre a estupidez humana que está a aniquilar o nosso mundo, concluí, tal como André Maurois (1885-1967) romancista e ensaísta francês) que essa estupidez não tem limite.
Disse-o também, certa vez, Renan (1823-1892), historiador e filósofo francês, que só a estupidez humana pode dar-nos uma noção do infinito.
Tal reconhecimento entristeceu-me.
Decidi então preencher estes momentos melancólicos, percorrendo os pensamentos de gente sábia e célebre (coleccioná-los é um dos meus mais dilectos passatempos), o que, para mim, constitui um autêntico bálsamo para a alma, compensando, desse modo, toda a decepção que tal reconhecimento me provoca.
Dedico-lhes (aos sábios), pois, estas palavras em forma de cântico, para que os homens maus, que são tanto piores quanto mais tentam passar-se por “santos”, possam aperceber-se (se é que têm capacidade para tal) que a vingança é sempre o vil prazer de um cérebro minúsculo, como afirmou Juvenal, poeta satírico latino, que viveu entre 60 e 140 d.C..
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Tenho mais medo de três jornais do que de cem mil baionetas…
Esta frase proferiu-a Napoleão Bonaparte (1769-1821), general nascido em Itália, que chegou a imperador de França e dominou um vasto império.
Já naquela época, o todo poderoso Napoleão temia a força do hoje denominado 4º Poder, mais do que os golpes de cem mil baionetas, e disso não fazia segredo.
Se um temível general, considerado um dos maiores estrategas da História da Humanidade, tremia diante de umas simples folhas de papel impresso, por que não hão-de os homens comuns temerem as palavras que se escrevem e aquelas que ainda estão por escrever, nos jornais de hoje, e que não nos merecem credibilidade porque excessivamente politizadas?
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Conhecer os pensamentos dos Homens privilegiados pela Sabedoria, tem a virtude de nos fazer reflectir sobre os homenzinhos de cérebro minúsculo e sobre a Vida. Dá-nos a oportunidade de não prestarmos atenção ao nosso descontentamento, obrigando-o a calar-se, deixando-nos o prazer de cantar.
Continuemos, pois, a dissecar pensamentos.
Certa vez, novamente Napoleão, o destemível general, disse que impossível é uma palavra que só existe no dicionário dos idiotas. Pessoalmente não gosto da palavra idiota. Prefiro o termo estúpido. E quem não é estúpido não se detém diante das ameaças e das caras feias dos homens de cérebro minúsculo. E o que parece impossível acontecerá tão naturalmente como a água brota da sua nascente.
Sir Winston Churchil (1874-1965), singular estadista britânico e um dos cérebros que levaram à derrota dos alemães na II Guerra Mundial, disse um dia que a coragem é a primeira das virtudes humanas, porque é ela que garante todas as outras. E a coragem de uma mulher, por exemplo, vê-se no modo como ela enfrenta, com humor e sagacidade os golpes baixos dos machos (não disse homens) que não têm a noção do ridículo.
Porque os homens só serão grandes se estiverem realmente decididos a sê-lo (os homens e as mulheres, naturalmente). Palavras de Charles De Gaulle (1890-1970), general e estadista francês, que também ficou na História como um grande militar, não só em estatura como nas suas tácticas.
Sobtre a Verdade
A Verdade é a fórmula da alma – Virgílio, poeta italiano (70-19 a.C.).
A não-violência e a Verdade são inseparáveis e pressupõem-se mutuamente. Não existe Deus maior do que a Verdade – Mahatma Gandhi (1869-1948), patriota, político pacifista e pensador indiano.
A repetição não transforma uma mentira numa verdade – Franklin Roosevelt (1882-1945), presidente norte-americano.
A Verdade é a coisa mais valiosa que possuímos. Economizemo-la – Mark Twain (1835-1910), escritor norte-americano.
Se te propuseres a descrever a Verdade, trata de deixar a elegância por conta do alfaiate – Albert Einstein (1879-1955), físico alemão, naturalizado suíço.
Era a este último pensamento que eu queria chegar. Na realidade, naquilo que me diz respeito, quando me proponho a dizer uma verdade que possa não agradar a ilustres estultos, deixo, de facto, a elegância por conta do alfaiate. De outro modo, como poderia ser entendida por eles?...
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Ninguém é suficientemente rico que possa comprar o passado, assegurou Oscar Wilde (1854-1900), escritor britânico, de origem irlandesa).
Eu digo: ninguém é suficientemente rico que possa comprar a educação, a dignidade, o bom carácter…
O que define a educação de um homem ou de uma mulher é o modo como se comportam quando se guerreiam – George Bernard Shaw (1856-1950), escritor britânico de origem irlandesa.
Os bem-educados usam jogo limpo. Os mal-educados servem-se de jogos sujos e desprezíveis para derrubar o outro. Por isso, já lá dizia Séneca (4 a.C. – 65 d.C.), tribuno romano que o Sol também brilha para os perversos.
Porém, não poderá brilhar para sempre, porque Deus suporta os maus mas não eternamente, como considera Miguel de Cervantes (1547-1616), escritor espanhol e um dos maiores da literatura europeia.
A maldição comum da Humanidade é a loucura e a ignorância, afirmou William Shakespeare (1564-1616), dramaturgo inglês. Na verdade, vivemos cercados de loucos e ignorantes, por toda a parte, daí que só os mais pequenos (não em estatura, entenda-se, mas os tais de cérebro minúsculo) precisem de se colocar em bicos de pés para serem vistos – Denis Diderot (1713-1784), escritor e filósofo francês. Por isso, vemos certas pessoas, que todos nós conhecemos bem, a manquelitar pelas vielas, em altas tamancas!
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John F. Kennedy (1917/1963), presidente norte-americano cobardemente assassinado, precisamente porque era um daqueles homens que não necessitava de pôr-se em bicos de pés para ser visto, dizia que o conformismo é o carcereiro da Liberdade e o inimigo do Progresso. Pura verdade. Pessoalmente, vivo inconformada, entre outras coisas, com a grande mentira em que se transformou o nosso mundo.
Para terminar este meu Cântico aos Sábios, citarei ainda Confúcio, o meu filósofo de eleição, um chinês que viveu entre 551-479 a.C.. Dizia Confúcio que a nossa maior glória não reside no facto de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda. E dizia igualmente que saber o que é certo e não o fazer é a pior das cobardias, por isso, atrevi-me a escrever esta crónica, para que os homens maus, que são tanto piores quanto mais tentam passar-se por “santos”, saibam que a torpeza de espírito é apanágio dos estúpidos.