Quarta-feira, 15 de Fevereiro de 2023
Em comunicado à imprensa, o PAN Pessoas-Animais-Natureza informou que deu entrada de uma iniciativa que introduz a proibição em Portugal de eventos que promovam corridas de cães, independentemente da sua raça, com fins competitivos e/ou recreativos.
A morte é o destino para os cães de corrida que já não servem para a função. Alguns são abandonados e deixados a morrer lentamente.
Em causa está o fim de corridas de cães, entendidas como todo e qualquer evento que envolva a instigação à corrida de canídeos em pistas, amadoras ou profissionais, instalações, terrenos ou outros tipos de espaço, públicos ou privados, com fins competitivos e/ou recreativos. “Apesar de Portugal reconhecer um estatuto jurídico próprio dos animais em geral e contar com legislação de protecção penal para os animais de companhia, tem-se verificado que continuam a aparecer ou a persistir actividades como as corridas cães, particularmente de galgos, as quais perpetuam a exploração dos animais, sujeitam-nos a treinos particularmente difíceis, bem como ao abandono e a condições de vida indignas”, afirma a porta-voz e deputada do PAN, Inês de Sousa Real.
No entender do PAN, as corridas organizadas de cães contrariam os princípios estabelecidos pela Lei de Protecção aos Animais, que estabelece a proibição de todas as violências injustificadas contra animais, tais como exigir a um animal esforços ou actuações que, em virtude da sua condição, ele seja obviamente incapaz de realizar ou que estejam obviamente para além das suas possibilidades; utilizar animais para fins de treino, exibições ou actividades semelhantes, na medida em que daí resultem para eles dor ou sofrimentos consideráveis ou utilizar animais em treinos particularmente difíceis ou em experiências ou divertimentos consistentes em confrontar mortalmente animais uns contra os outros.
O PAN pretende ainda com esta iniciativa que quem promova, por qualquer forma, corridas de cães, nomeadamente através da organização de eventos, divulgação, venda de bilhetes, fornecimento de instalações, prestação de auxílio material ou qualquer outra actividade dirigida à sua realização, seja punido com pena de prisão até dois anos ou com pena de multa, bem como que quem participe com animais em corridas de cães, seja punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa.
De acordo com os dados disponíveis, persistem apenas corridas de galgos em 28 países em todo o mundo. Destes, apenas sete têm pistas profissionais como são os casos da Austrália, Irlanda, Macau, México, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos. Os restantes 21, em que se inclui Portugal, têm pistas amadoras. Segundo a organização Grey 2K USA Worldwide, existem seis pistas em Portugal.
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Sexta-feira, 9 de Setembro de 2022
In Memoriam Elisabeth II , Queen of the United Kingdom.
Morreu ontem, 08 de Setembro de 2022, no Castelo de Balmoral (Escócia), aos 96 anos, A RAINHA que durante 70 anos serviu o seu Povo, conforme o prometido, aquando do Juramento da Coroação, durasse o tempo que durasse o seu reinado.
Aquando da primeira visita de Elisabeth II a Portugal, em 18 de Fevereiro de 1957, dia em que a minha Mãe celebrava os seus 33 anos, estávamos em Lisboa, e vi o rosto da Rainha, pela primeira vez, a passar num carro preto, e a acenar ao Povo, e a imagem que vi, naquele dia, deslumbrou-me, e até hoje a retenho na memória, porque olhei para a Rainha e depois para a minha Mãe e as semelhanças eram tantas, que me pareceu que era a minha Mãe que ia dentro daquele carro.
Desde esse dia, todas as vezes que eu via a imagem da Rainha, na televisão, via a minha Mãe. Quando a perdi, e olhando agora para as reportagens da Rainha quando jovem, revejo nela a minha Mãe. E perdê-la, hoje, foi como perder a minha Mãe duas vezes.
Fonte da imagem: https://www.bbc.com/news/uk-61585886
A Rainha subiu ao trono com 25 anos de idade, depois da morte de Jorge VI, seu pai, em 06 de Fevereiro de 1952, mas só foi proclamada rainha do Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Paquistão e Ceilão (hoje Sri Lanka), em 08 de Fevereiro, desse mesmo ano.
A coroação só ocorreu em 02 de Junho de 1953, na Abadia de Westminster, em Londres, devido à tradição de guardar o luto, pela morte do monarca anterior.
A Rainha Elisabeth II, no dia da sua coroação, com Philip, Duque de Edinburgh, nascido Fhilip da Grécia e Dinamarca, marido da rainha e Príncipe Consorte do Reino Unido, da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e dos reinos da Comunidade das Nações de 1952 até sua morte em 09 de Abril de 2021, no Castelo de Windsor, no Reino Unido
Fonte da imagem: http://imagens.publico.pt/imagens.aspx/417937?tp=KM&w=620
Foram 70 anos de um reinado exercido com dignidade, com sobriedade e com um Sentido de Estado irrepreensível, algo que, geralmente, não vemos em quem jura defender as Constituições das Repúblicas e servir os países e os Povos que dizem representar, e, depois, já com as rédeas do Poder na mão, dão o dito pelo não dito, e o que juraram é simplesmente ignorado, como se nunca tivesse sido jurado. A isto chama-se NÃO ter dignidade nem Sentido de Estado, e ser-se aldrabão. Conheço alguns.
A Rainha Elizabeth II tinha defeitos? Tinha. (*)
Elizabeth Alexandra Mary nasceu em 21 de Abril de 1926, em Londres, na residência do duque e da duquesa de York, os futuros rei George VI e rainha Elizabeth.
Em 12 de Dezembro de 1936, Elisabeth (II), ainda menina, torna-se herdeira da coroa britânica, quando o seu pai chega ao trono depois da abdicação do seu tio Eduardo VIII, que renunciou ao trono para casar com Wallis Simpson, norte-americana e divorciada, o que o impedia de continuar a ser Rei.
O seu primeiro compromisso público, ainda como princesa, ocorreu no dia em que completou 16 anos, quando passou revista à guarda no Castelo de Windsor, em 21 de Abril de 1942.
Rainha Elizabeth II, no seu casamento com o príncipe Philip (Foto: Getty Images)
Em 20 de Novembro de 1947, Elisabeth casa-se com o príncipe Fhilip da Grécia e Dinamarca, que abdica desses títulos, para poder casar-se.
O nascimento do primeiro filho do casal, o príncipe Charles, herdeiro ao trono, ocorre em 14 de Novembro de 1948. Do casal nascerão mais três filhos: Anne, Princesa Real (1950); Príncipe Andrew, Duque de York (1960), e Príncipe Edward, Conde de Wessex (1964).
Em 1977, Elisabeth II celebra o seu Jubileu de Prata (25 anos no trono).
O ano de 1992 é um “annus horribilis” para a Rainha, conforme o recorda no seu discurso de Natal. Três dos seus filhos divorciam-se e um incêndio destrói uma ala do Castelo de Windsor.
Em 31 de Agosto de 1997, morre Diana, Princesa de Wales, num brutal acidente de automóvel, em Paris, e a rainha é criticada por se ter recolhido em Balmoral, com os netos William e Harry, atitude que contrastou com a visível perturbação dos britânicos, que ficaram em choque, com esta tragédia.
Em 09 de Fevereiro 2002 morre a sua irmã Margaret, Condessa de Snowdon, irmã da Rainha, e pouco tempo depois, em 30 de Março, morre a sua mãe, a rainha-mãe, aos 101 anos.
Em Junho de 2012, comemorou-se durante quatro dias, com grandes festividades, o Jubileu de Diamante (60 anos de reinado) da Rainha.
Em 31 de Janeiro de 2020, o Reino Unido abandona a União Europeia (UE) e concretiza o polémico ‘Brexit’, que dividiu os britânicos.
Em 09 de Abril de 2021, morre o príncipe Fhilip, aos 99 anos, o amor da vida da monarca.
Que descanse agora em paz, aquela que, em vida, não teve descanso, para que pudesse honrar a promessa que fez, no Juramento da Coroação, de servir com dignidade o seu Povo.
Long live King Charles III!
(*) Elizabeth II, como qualquer outro ser humano não era perfeita. Adorava os seus Cães e dizia que adorava Cavalos. Porém, as corridas de Cavalos era o seu desporto favorito. Saberia a Rainha que os Cavalos sofrem horrores quando os arreiam e lhes metem na boca aqueles ferros com serrilhas, que lhes cortam a garganta, e a dor que sofrem é igual à dor que sofreria um homem na mesma circunstância? Se amas os Cavalos não os montes.
Permitir a Caça, onde animais indefesos são mortos de surpresa, sem direito a defenderem-se, no seu próprio habitat, é uma cobardia. A caça e as corridas de Cavalos eram os principais defeitos da Rainha. Saberia ela porquê?
Isabel A. Ferreira
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Sábado, 3 de Setembro de 2022
Cientistas lançaram um “alerta urgente à humanidade” sobre o impacto global da extinção de árvores, sublinhando que é preciso “agir já” para evitar uma “catástrofe ecológica”.
Um novo estudo prevê consequências graves para as pessoas, vida selvagem e ecossistemas do planeta, se a perda generalizada de árvores continuar. “No ano passado, publicámos o relatório ‘State of the World’s Trees’, no qual mostrámos que, pelo menos 17.500 espécies de árvores, cerca de um terço das 60.000 espécies de árvores do mundo, estavam em risco de extinção”, disse Malin Rivers, autor principal do estudo. “Agora queremos sublinhar porque é perigoso que tantas espécies arbóreas estejam a extinguir-se”. “Se não se agir já, o impacto será sentido na humanidade, nas nossas economias e meios de subsistência. Ecologicamente, o impacto sobre o planeta será catastrófico”. O alerta é subscrito por 45 cientistas de mais de 20 países, incluindo o Reino Unido, EUA, Índia e Haiti, com apelos à acção e subscrito por mais de 30 organizações, incluindo jardins botânicos e universidades. Segundo o estudo, as florestas do mundo contribuem com 1,3 triliões de dólares para a economia mundial. A madeira é a mercadoria mais valiosa, mas os produtos, tais como fruta, frutos secos e medicamentos, criam 88 mil milhões de dólares no comércio global. Da fruta disponível para consumo mundial, 53% provém das árvores. Globalmente, mais de 1,6 mil milhões de pessoas vivem num raio de 5 km de uma floresta e contam com elas para poderem trabalhar ou obter rendimentos. Nos países em desenvolvimento, as florestas fornecem até 25% do rendimento familiar. A extinção em grande escala de espécies arbóreas conduziria a grandes perdas de biodiversidade. Metade das espécies animais e vegetais do mundo dependem das árvores como seu habitat, com florestas a dar lugar a cerca de 75% das espécies de aves, 68% das espécies de mamíferos e até 10 milhões de espécies de invertebrados. As espécies dependentes das florestas já diminuíram em cerca de 53% desde 1970. “Quando olhamos para os riscos de extinção de mamíferos ou aves, subjacente a isso está a perda de habitat, e a perda de habitat é frequentemente a perda de árvores”, explica Rivers. “Se não cuidarmos das árvores, não há forma de podermos cuidar de toda a outra vida lá”. “Queremos ver acção”, apela o responsável, concluindo: “Todos podemos assumir a responsabilidade pela carne de vaca que comemos e de onde ela vem, e assegurar que os produtos das árvores são obtidos de forma sustentável”. Mas também queremos ver os governos a assumirem a responsabilidade, por isso, há uma reflexão conjunta sobre biodiversidade, alterações climáticas e outras questões”. |
Domingo, 17 de Outubro de 2021
A análise do total de emissões de dióxido de carbono dos países desde 1850 revelou as nações com maior responsabilidade histórica pela emergência climática. Mas seis dos dez primeiros ainda não fizeram novas promessas ambiciosas de reduzir suas emissões antes da crucial cúpula climática Cop26 da ONU em Glasgow, em Novembro.
Os seis incluem China, Rússia e Brasil, que vêm atrás apenas dos EUA como os maiores poluidores cumulativos. O Reino Unido está em oitavo e o Canadá em décimo. O dióxido de carbono permanece na atmosfera por séculos e a quantidade cumulativa de CO2 emitida está intimamente ligada aos 1,2°C de aquecimento que o mundo já viu.
Nas negociações da ONU, as emissões históricas sustentam as reivindicações por justiça climática feitas pelos países em desenvolvimento, juntamente com a disparidade de riqueza das nações. Os países que enriqueceram com combustíveis fósseis têm a maior responsabilidade de agir, dizem os países em desenvolvimento, e de fornecer financiamento para o desenvolvimento de baixo CO2 e protecção contra os impactos do aquecimento global.
O Reino Unido está hospedando a Cop26 e o primeiro-ministro, Boris Johnson, reconheceu essa responsabilidade em um discurso na ONU em Setembro.
A análise, produzida pela Carbon Brief, inclui, pela primeira vez, as emissões da destruição de florestas e outras mudanças no uso da terra, juntamente com os combustíveis fósseis e a produção de cimento. Isso empurra o Brasil e a Indonésia para os 10 primeiros lugares, ao contrário de quando apenas as emissões de combustíveis fósseis são consideradas.
Os dados também mostram que o mundo já usou 85% do orçamento de CO2, o que daria 50% de chance de limitar o aquecimento a 1,5°C, o limite de perigo acordado em Paris em 2015.
Os EUA, Alemanha, Grã-Bretanha e Canadá são os únicos dez principais países que fizeram promessas de cortes mais profundos de emissões antes da Cop26. Embora os EUA tenham afirmado que dobrarão sua contribuição para o financiamento do clima para as nações em desenvolvimento, alguns ainda vêem isso como muito pouco da maior economia do mundo.
A Rússia fez uma nova promessa, mas permite que as emissões aumentem, e o grupo Climate Action Tracker (Cat) a classificou como “criticamente insuficiente” em comparação com as metas de Paris. China e Índia ainda não fizeram novas promessas, enquanto as do Brasil, Indonésia e Japão não melhoraram as promessas anteriores.
“Há uma ligação directa entre os 2.500 bilhões de toneladas de CO2 bombeados para a atmosfera desde 1850 e o aquecimento de 1,2ºC que já estamos experimentando”, disse Simon Evans, do Carbon Brief. “Nossa nova análise coloca um foco vital nas pessoas e países mais responsáveis pelo aquecimento do nosso planeta.
“Não podemos ignorar o CO2 da silvicultura e das mudanças no uso da terra, porque ele representa quase um terço do total acumulado desde 1850. Depois de incluir isso, é realmente impressionante ver o Brasil e a Indonésia entrando no top 10.”
Mohamed Nasheed, embaixador do Fórum Vulnerável ao Clima (CVF), um grupo de 48 nações, e presidente do parlamento nas Maldivas, disse: “A justiça básica exige que aqueles que mais fizeram para causar a emergência climática assumam a liderança em abordá-la. Esta nova análise deixa claro onde reside a responsabilidade: principalmente com os EUA, mas, posteriormente, com a China e a Rússia.
“Os emissores históricos assumiram todo o orçamento de carbono de 1,5ºC e o gastaram em seu próprio desenvolvimento. Nesse sentido, emprestamos a eles nosso orçamento de carbono e eles nos devem por isso. Chegando ao Cop [26], vimos algumas promessas de financiamento aumentadas, mas ainda está muito abaixo dos US $100 bilhões [£ 73,5 bilhões] por ano que o CVF pede.”
Tom Athanasiou, parceiro do Climate Equity Reference Project, disse que a capacidade diferenciada de nações ricas e pobres de financiar ações climáticas é importante. “A responsabilidade histórica é um princípio fundamental de equidade, mas não é o único”, disse ele. “Considerar a capacidade é essencial se quisermos evitar que a acção climática aconteça nas costas dos pobres.”
A análise do Carbon Brief mostra que cerca de 85% das emissões cumulativas dos EUA e da China são da queima de combustível fóssil e 15% do desmatamento, com o inverso verdadeiro para o Brasil e a Indonésia. A Indonésia fez algum progresso ao deter a derrubada de árvores, mas a derrubada de florestas no Brasil acelerou sob o actual presidente, Jair Bolsonaro.
A inclusão das emissões de desmatamento empurra a Austrália do 16º para o 13º lugar – acredita-se que a Austrália tenha desmatado quase metade de sua cobertura florestal nos últimos 200 anos. A promessa de redução de emissões da Austrália para a Cop26 não aumenta sua ambição e é classificada como “altamente insuficiente” pela Cat.
Os Estados Unidos foram o maior poluidor cumulativo de 1850 até os dias actuais. A Rússia foi o segundo maior poluidor até 2007, quando suas emissões foram superadas pelas da China, cujas emissões começaram a aumentar rapidamente a partir da década de 1970. O Reino Unido foi o terceiro maior emissor em um século, de 1870 a 1970, quando foi ultrapassado pelo Brasil.
“Começamos a revolução industrial na Grã-Bretanha. Fomos os primeiros a enviar grandes baforadas de fumaça azeda para os céus em uma escala que desorganiza a ordem natural”, disse Johnson à assembleia geral da ONU em Setembro. “Entendemos quando o mundo em desenvolvimento olha para nós para ajudá-los e assumimos nossas responsabilidades.”
O presidente da Cop26, Alok Sharma, disse: “Os grandes emissores, especialmente os do G20, têm a responsabilidade de enviar uma mensagem forte e poderosa ao mundo de que estão aumentando a ambição e acelerando as acções contra as mudanças climáticas. Embora aqueles que mais contribuíram para o problema do aquecimento global devam assumir a liderança, todos os países e partes da sociedade devem enfrentar esse desafio compartilhado”.
Robbie Andrew em Cicero, um centro de pesquisa climática norueguês, disse: “Embora as emissões históricas sejam muito importantes, quase dois terços de nossas emissões de CO2 fóssil ocorreram desde cerca de 1980 e em torno de 40% desde 2000 [e] é o que está acontecendo agora sobre o que podemos fazer algo. ”
Na semana passada, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que as economias desenvolvidas precisam assumir a liderança e Greta Thunberg também levantou a questão da responsabilidade histórica.
“Reconheço que os países que mais emitiram carbono [dióxido] não o fizeram com a intenção de prejudicar o clima”, disse Nasheed. “O motor de combustão interna foi inventado para mobilidade, não para afogar nações insulares. Portanto, apelo a uma abordagem colectiva para isso, em que actuem juntos para expandir rapidamente as tecnologias limpas de que precisamos, em vez de jogar um jogo de culpa pós-colonial. ”
A análise do Carbon Brief usou dados do Centro de Análise de Informações de Dióxido de Carbono, Nosso Mundo em Dados, Projecto Global de Carbono, Monitor de Carbono e estudos sobre emissões de desmatamento e mudanças no uso da terra. Começa em 1850, antes do qual dados confiáveis são escassos e, portanto, não inclui as emissões do desmatamento ocorridas anteriormente. Foi responsável pela mudança das fronteiras nacionais ao longo do tempo, mas não atribuiu as emissões dos países anteriormente colonizados à nação colonizadora.
Fonte:
https://blogcontraatauromaquia.wordpress.com/2021/10/17/ganancia-emissoes-climaticas-historicas-revelam-responsabilidade-de-grandes-nacoes-poluidoras/
(Texto transcrito automaticamente para a Grafia Portuguesa)
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Quinta-feira, 30 de Setembro de 2021
Estou chocadíssima! Como é possível existir "veterinários" que se prestem a mandar abater um ser tão magnífico, tão belo, tão raro, tão mais digno do que os seus predadores? Que "gente" é esta que não sabe ser GENTE?
De certeza que havia outras opções para neutralizar o Veado. Há sempre opções mais humanas. Mas é mais fácil MATAR! Matar está no ADN do homem-predador!
Isabel A. Ferreira
A cidade Bootle, no Reino Unido, acordou na manhã de domingo com um visitante inesperado a vaguear pelas ruas, um veado branco. O animal da espécie cervus albirostris foi avistado em várias áreas da cidade, e após nove horas de acompanhamento e dificuldade em controlá-lo, foi morto a tiro pela polícia.
Embora a associação Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals tenha inicialmente aconselhado as autoridades a deixá-lo seguir o seu percurso, como explica a BBC, as autoridades consideraram que se trataria de uma situação perigosa para os cidadãos e para os condutores que circulavam nas estradas, tendo intervindo de imediato.
“Não havia opção de deixar o veado vaguear, porque poderia ser um perigo para os motoristas e membros do público na área, especialmente com a aproximação das horas de escuridão”, explicou um porta-voz da polícia, como avança a BBC.
De acordo com o relato de Ian Critchley, subchefe da polícia de Merseyside, a polícia disparou vários dardos tranquilizantes para sedar o animal, contudo, este continuava em “estado de aflição”, pelo que, com o acompanhamento de um veterinário, optaram por o abater.
No Twitter, a British Deer Society afirma que “Nós compreendemos como as pessoas se sentiram chocadas e chateadas (…) É uma situação triste, que deve ter sido difícil e angustiante para todos os envolvidos. Temos a certeza que este não foi o resultado esperado por ninguém”.
Fontes:
Green Savers
https://blogcontraatauromaquia.wordpress.com/2021/09/30/estou-sem-palavras-veado-branco-de-especie-rara-abatido-pela-policia-no-reino-unido/
Sexta-feira, 2 de Julho de 2021
Caminhamos para um tempo em que as comunidades dos animais não-humanos serão mais verdadeiras do que as que desprezam as mulheres e os homens, ainda que com todas as suas diferenças, globais e particulares.
Não é com palavras que integrarão as pessoas que não são nem deixam de ser o que são.
O leite MATERNO será sempre materno, até ao dia em que um homem puder amamentar. Mãe será sempre Mãe, até ao dia em que um homem puder dar à luz.
O que se pretende com este tipo de linguagem, que só MENOSPREZA quem nasce "despadronizado", mas não deixa de ser um ser humano?
O facto é que ainda não se deram conta de que quanto mais querem "integrar" as pessoas transgénero, mais as marginalizam com este tipo de linguagem, que não vai resolver, de todo, o "problema" delas, que não será um problema, se as tratarem com normalidade, e não com trocadilhos, que são autênticos disparates.
Deixo-vos com a reflexão proposta pelo Dr. António Bagão Félix
Isabel A. Ferreira
Fonte da imagem: Internet
Por António Bagão Félix
«PARA ONDE CAMINHAMOS?...
Um hospital do Reino Unido emitiu novas directrizes para encorajar as parteiras a não usarem termos como “amamentação” e “leite materno” num esforço para incluir mais pessoas transgénero e não binárias.
De acordo com a Newsweek, o Brighton and Sussex University Hospitals NHS Trust (BSUH), um hospital universitário regional que trabalha em dois locais, está a pedir à sua equipa para usar frases como “pais que dão à luz” e “leite humano” em vez de uma linguagem que se dirige apenas às mulheres.
“Na BSUH, reconhecemos os desafios adicionais que a identidade de género pode ter na gravidez, parto e alimentação infantil. Reconhecemos a importância de fornecer cuidados perinatais inclusivos e respeitosos a todas as grávidas e suas famílias”, disse o BSUH, em comunicado. “Estamos orgulhosos de cuidar de pessoas transgénero e não binárias (incluindo agender, bigender e genderqueer) como pais e co-pais que deram à luz e para celebrar e afirmar a sua jornada para a paternidade”.
De acordo com as novas directrizes do hospital, a “assistência à maternidade” passou a ser chamada de “serviços perinatais”.
A nova linguagem também visa abranger famílias não tradicionais, expandindo os termos usados para se referir a elas.
A palavra “mulher” foi expandida para incluir “mulheres ou pessoa”, e “mãe” para incluir “progenitor que deu à luz”. Em vez do termo “pai”, serão agora usados os termos “pai”, “co-pai” ou “segundo pai biológico”, de acordo com BSUH.
O departamento perinatal do hospital partilhou as directrizes actualizadas no Twitter esta terça-feira, dizendo que a linguagem se destina a estimular a inclusão sem diminuir o papel da mulher no parto. “A nossa abordagem foi considerada cuidadosamente para incluir pessoas transgénero e não binárias que deram à luz, sem excluir a linguagem das mulheres ou da maternidade”.
Fonte:
https://www.facebook.com/antonio.bagaofelix
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Terça-feira, 15 de Dezembro de 2020
Uma excelente análise por Teresa Botelho, no seu Blogue Retalhos de Outono:
«Quando se entra na chamada 3ª idade, temos duas escolhas que poderão depender da postura mais ou menos alerta de cada um, obrigando alguns a seguir o bando sem questionar o que os rodeia, numa rendição morna e passiva ao sistema, com um encolher de ombros tolerante, mesmo perante o intolerável e outros a intervir, partindo a loiça e dizendo, alto e bom som, o que lhes dá na telha sem medo nem preconceitos!»
Foto: José Sena Goulão/ Lusa
«Ouvimos repetidamente dizer que em Portugal, os Direitos Humanos são respeitados!
Ouvimos igualmente dizer que Portugal é um Estado de Direito, onde as liberdades e a dignidade humana são respeitadas, mas será que são mesmo, ou isso só acontece às vezes quando convém?
O dever de respeitar o outro, seja qual for a sua origem, cor, género, opções sexuais, religião, etc., faz parte de uma ética sociocultural que cada um de nós deveria adoptar a cada passo e sem desvios...
O "orgulhosamente sós", apregoado numa das épocas mais sinistras da nossa História, foi finalmente trocado pelos novos tempos que tiveram o privilégio de nos escancararem as portas para um mundo até então ignorado, habitado por outras gentes e diferentes culturas que bem ou mal, nos vão ensinando que a vida não pode ser a "Alegoria da Caverna", mas sim o normal mar de conhecimento e experiências que nos obrigam a sair do isolamento e da ignorância, para que possamos reflectir com clareza, para além das fronteiras acanhadas em que nascemos.
Quando se entra na chamada 3ª idade, temos duas escolhas que poderão depender da postura mais ou menos alerta de cada um, obrigando alguns a seguir o bando sem questionar o que os rodeia, numa rendição morna e passiva ao sistema, com um encolher de ombros tolerante, mesmo perante o intolerável e outros a intervir, partindo a loiça e dizendo, alto e bom som, o que lhes dá na telha sem medo nem preconceitos!
É por pertencer ao segundo grupo que hoje decidi dar largas à minha revolta, pela tentativa, felizmente frustrada, de encobrimento do assassinato e tortura de um cidadão ucraniano no aeroporto de Lisboa, por inspectores do Serviço de Estrangeiros e Fonteiras (SEF), no dia 12 de Março do corrente ano e por ter tido conhecimento da forma criminosa como são tratados muitos dos que, vindos de outros países, ousam entrar em Portugal pelo aeroporto, ingenuamente convencidos que aqui encontrarão respeito, decência e melhores condições de vida!
Posto isto, é com profunda repulsa que coloco como rosto principal deste caso, em concreto, o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, pela forma imoral como pretendeu ocultar e depois arrastar o caso no tempo, até um possível esquecimento e desvalorizando o valor de uma vida que era seu dever proteger!
A ele, junto igualmente uma vasta trupe em altos cargos públicos, assim como uma instituição pública, cujo vergonhoso intuito de passar incólume entre os "pingos da chuva", fugindo cobardemente à justiça e às responsabilidades, com a absurda desculpa de que os nove meses em que todos eles fizeram silêncio sobre a morte de um inocente, se deveu apenas à pandemia!
A todos esses indigentes, despojados de humanidade e valores, junto ainda o Presidente da República, tão pródigo na distribuição de afectos e generoso com os "pobrezinhos", sobretudo quando as televisões estão por perto, ou nos supermercados, quando empurra sorridente o carrinho de alimentos para o Banco Alimentar, não se lembrando sequer que neste caso, uma mulher e duas crianças, perderam além do seu sustento, um ente querido, porque o Estado que ele próprio representa, torturou e matou barbaramente, o importante pilar de apoio a uma família!
Este é sem dúvida um caso de contornos sinistros que ao mesmo tempo nos mostra que além de sermos governados por gente sem caracter, escrúpulos, nem princípios, temos também um "cavalinho de cortesias" em Belém, presente em qualquer evento público, que lhe possa encher o inflamado ego, cangalheiro oficial em funerais mediáticos e missas, mas cuja presença, afinal não passa de hipocrisia, porque só quando percebeu que a sua falha institucional de apoio às vítimas, era criticada em véspera de eleições, é que achou por bem, dar ao país uma falsa justificação, facilmente desmontada, já que em outros casos, nunca o desenrolar de qualquer inquérito judicial, foi entrave às suas frequentes aparições "caridosas" e opiniões, por isso, poderemos aqui facilmente afirmar que as últimas explicações dadas, quanto à omissão deste caso, não passaram de uma deslavada mentira!
Sem dúvida que esta pandemia tem tido as costas largas, mas é estranho que só agora, a incúria e os lapsos do Ministro Cabrita, tenham sido notados, porque desde 2017, após os grandes incêndios que tantas vítimas causaram e após todos os inquéritos noticiados e encomendados para mostrarem serviço que posteriormente se perderam em qualquer arquivo morto do Ministério, como aconteceu com o caso das golas inflamáveis, ou certas agressões policiais comprovadas e divulgadas pela comunicação social, assim como o rol de incompetências e irresponsabilidades que pesam sobre um ministro que há muito deveria ter tido a dignidade de se demitir, em vez de representar o triste papel de qualquer garotinho que rouba o lanche do amigo e acusa os colegas, para que outros sejam punidos no seu lugar.
Parece obvio que, pelo menos, perante este último escândalo, só o indecente compadrio com o 1º Ministro, o consegue ainda manter em funções!
Um ministro que se vitimiza cobardemente numa conferência de imprensa, declarando-se incompreendido e abandonado, ao longo de um discurso choramingão próprio de um desgraçadinho sem rumo, acabando por lançar as culpas à Comunicação Social, por esta ter cumprido as suas funções de informar os factos que ele próprio tentou ocultar e achando que mais uma vez passaria incólume com a "corajosa" demissão, apesar de tardia, da directora do SEF, é sem dúvida a imagem de um país decadente, governado por sabujos incompetentes sem brio que escondem e sacodem os seus erros uns para os outros, arrastando a maioria dos processos mais mediáticos durante anos, com a conivência de uma Justiça podre e a evidente falta de sentido de Estado, caracterizada pela impunidade dos criminosos do regime e por uma falta de honestidade que nos deveria envergonhar a todos!
Se a cultura deste povo tivesse sido considerada prioritária ao longo dos anos e empenhada no alicerçar dos valores essenciais à formação de sociedades informadas e exigentes na análise e defesa de uma verdadeira democracia, Portugal seria decerto um país mais respeitado e não o filho bastardo de uma Europa que nos critica, antevendo as nossas falhas e fragilidades, como alimento preferido de corruptos, exploradores dos mais fracos e fonte de radicalismos xenófobos, imorais e ideologias enganadoras que nos levarão ao caos e a um maior descrédito.
No primeiro governo de António Costa, entregaram-se os Ministérios da Administração Interna a Eduardo Cabrita, (após a demissão da anterior ministra, durante os incêndios que vitimaram dezenas de pessoas) e o Ministério do Mar e Pescas, à sua esposa.
Choveram as críticas de nepotismo e de favorecimento a uma família, cujos laços de amizade com o 1º Ministro, eram sobejamente conhecidas, mas no 2º governo, entre desentendimentos e arrufos, o Ministério do Mar, lá conseguiu sair da família, mas manteve-se na Administração Interna, o amigo Cabrita, visto constarem no seu currículo obras notáveis como os Kits Aldeia Segura, com as 70 mil golas anti fumo, adquiridas por ajuste directo ao marido de uma autarca do PS da zona de Guimarães e vendidas ao Estado pelo dobro do seu valor, mas embora o Ministério Público, tenha constituído até hoje 18 arguidos por uso fraudulento de subsídios, corrupção passiva, abuso de poder e branqueamento de capitais, alguns deles, ainda se mantêm em altas funções no Ministério Cabrita, após a demissão dos restantes.
Ao longo de 3 anos de silêncio, buscas e vários adiamentos dos referidos processos, ainda não se sabe se irão ou não a julgamento o que colocaria igualmente o Ministro Cabrita em cheque, como aconteceu com Azeredo Lopes no caso de Tancos que por não ser tão chegado à família Costa, teve menos sorte!
A tentativa do "passa culpas", é a face dos cobardes e basta estar atento às várias intervenções deste Ministro ao longo dos seus dois infelizes mandatos, para se perceber que além da insegurança, ou obsessão compulsiva com que se defende de qualquer pergunta menos fácil, olhando de soslaio e movendo repetidamente a cabeça da direita para a esquerda e vice versa, vai anunciando inquéritos a torto e a direito, sem consequências nem fim à vista, no desejo talvez de mostrar a competência que sempre lhe faltou e que decerto sabe que tem.
Têm sido também "resolvidos" com inquéritos, os escândalos mais mediáticos de agressões policiais, muitos deles com comportamentos racistas, ou até a proibição de socorro aos animais do canil ilegal de Santo Tirso que poderia ter poupado a vida a centenas de animais e que gerou uma onda de revolta popular e uma audição parlamentar ao Ministro, mas que pelos vistos, não passou de fogo de vista, porque já é sabido de antemão que mesmo que a indignação dos populares seja grande, rapidamente acalmam e se conformam, com as mãos cheias de nada que lhes são oferecidas .
De qualquer forma, a tentativa de encobrimento desta morte macabra no aeroporto, talvez seja a gota de água que faltava para alguma limpeza tanto da instituição SEF da qual ainda nos falta saber muita coisa, como do Ministério da Administração Interna, com o Ministro na vanguarda, mas será que neste país ainda há decoro, ou só se fazem demissões cosméticas, como a da directora do SEF, para depois se comprar o seu silêncio com um alto cargo no Reino Unido, ligado à imigração e um salário mensal de doze mil euros.
Finalmente e como a conversa já vai longa, embora muito tenha ainda ficado por dizer, o conselho que eu daria ao senhor Cabrita, é que meta os botões de pânico, na gaveta suja dos seus inquéritos, mais a sua postura de vítima e assuma-se pelo menos uma vez na vida, trocando, se for capaz, a imagem dada pelo seu sobrenome fofinho, pela dignidade de um "Cabra Macho" corajoso e demita-se quanto antes, nem que o Costa tussa...»
Fonte:
https://retalhosdeoutono.blogspot.com/2020/12/os-inqueritos-do-eduardinho.html?showComment=1608048279600#c2440744880957700927
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Sexta-feira, 12 de Junho de 2020
Mas a ignorância é a mãe da estupidez. Sempre foi, em tudo.
Quem, ontem, vandalizou a estátua do Padre António Vieira, erguida no Largo Trindade Coelho (Bairro Alto - Lisboa), além de vândalo(s) é (são) ignorante(s) ao mais alto grau.
É no que dá os governos menosprezarem o ESTUDO DA HISTÓRIA, que querem apagar, por motivos dos mais estúpidos, até porque a Humanidade tem uma História, e goste-se ou não das barbaridades que se cometeram, em nome dos homens ou em nome dos deuses, elas existiram, e têm de ser recordadas para que as gerações futuras não as repitam, se bem que haja quem não consiga aprender o mínimo dos mínimos.
E uma coisa é erguer-se estátuas a indivíduos que na sua época foram “heróis”, outra coisa é perpetuar a memória dos actos que esses "heróis" cometeram contra a Humanidade, e isso faz-se através do estudo da História, sem a apagar e não a lendo à luz dos valores do século XXI d. C. Num futuro muito longínquo, isto é, se houver futuro, talvez os "heróis" do nosso tempo também sejam desconsiderados e anulados pelos crimes cometidos contra os seres humanos, contra os seres não-humanos e contra o Planeta.
Não foi o caso do Padre António Vieira, que ergueu a sua voz contra os colonos europeus, e dedicou a sua vida aos escravos, aos negros e aos indígenas brasileiros.
E a National Geographic, num texto escrito em Bom Português, dá-nos uma pequena lição de História, acerca do padre António Vieira, que qualquer um, que esteja interessado, pode aprofundar com a ajuda de uma Enciclopédia.
Espero que os nossos governantes tenham aprendido alguma coisa, com este triste episódio, e tratem de incluir, no currículo escolar, o estudo da História, e não apenas pedaços da História, que mais convêm a quem não tem uma visão global da Humanidade e do seu percurso, para que possamos ter um futuro livre de um vírus chamado estupidez, que anda a atacar países como os EUA e o Reino Unido e, ao que parece, Portugal também.
«Padre António Vieira, defensor dos Índios»
A descoberta do Brasil provocou o choque entre duas culturas em diferentes estados de evolução. Entre conquistadores e conquistados, a voz do padre António Vieira ergueu-se contra os abusos dos colonos europeus.
Nasceu em Lisboa em 1608 e viajou muito novo com a família para São Salvador da Bahia.
Com 15 anos, iniciou o noviciado na Companhia de Jesus e, aos 26, foi ordenado sacerdote. Na hora de fazer os votos, Vieira terá acrescentado um quarto voto especial: o de dedicar a sua vida aos escravos, negros e índios do Brasil.
Com a Restauração, viajou para Lisboa e permaneceu na Europa durante os 11 anos seguintes. Tornou-se Pregador de Sua Majestade, confidente e amigo pessoal de Dom João IV, e os seus sermões cedo causaram sensação na capital. Em Novembro de 1652, o padre António Vieira trocou a vida cortesã da Europa pelas paragens remotas da selva amazónica, onde viu a oportunidade de realizar a sua verdadeira vocação num território que via os escravos, os índios e os negros como a sua principal riqueza.
Nove anos depois, o conflito com os colonos atingiu um ponto insustentável. Vieira foi expulso com os jesuítas do Maranhão e embarcado à força para Lisboa. Os índios perdiam um dos seus mais fervorosos defensores.»
Fonte:
https://nationalgeographic.sapo.pt/historia/actualidade/1719-padre-antonio-vieira-defensor-dos-indios?fbclid=IwAR3R6tNQOWU9_ZcaWoK8zCjsABrpyYgBv4H6D5X4vQ-OPbgGhKd3EV4VMtM
***
«Repondo alguns factos históricos:
Sinceramente, até desconfio que quem vandalizou a estátua do Padre António Vieira, em Lisboa, foram os neonazis do "Bosta!" para incendiar os ânimos (uma técnica típica neonazi...); mas, seja como for, é importante repor aqui os factos históricos.
António Vieira foi um pensador muito avançado para o seu tempo. Não era um colonialista, até foi expulso do Brasil por se opor aos colonos, ao modo como escravizavam e oprimiam os ameríndios e os africanos, e pregou e escreveu copiosamente contra a escravatura. Foi também perseguido pela Inquisição por ter uma visão de síntese espiritual inclusiva e multicultural que se opunha ao anti-semitismo e anti-islamismo do 'santo ofício' português.
Em suma, se há uma figura histórica portuguesa que em absoluto não merece o rótulo de colonialista e esclavagista é precisamente o Padre Vieira.
É preciso afirmar aqui que, se fosse vivo, António Vieira, homem vertical e corajoso, estaria pregando e escrevendo contra o fascismo, o nacionalismo, o racismo e o monoculturalismo do extremismo ideológico.
Portanto, os neofascistas nacionalistas que tenham o pudor de não instrumentalizar essa figura que se situa nos antípodas da sua miserável visão fanática monocultura racista.
E os activistas anti-racistas que aprendam História, e canalizem a sua energia para o futuro, apreendendo as lições da História que nos diz que quem gosta de apagar, decapitar e vandalizar vestígios do passado são precisamente os fascistas... Não é através do niilismo destruidor que algo de evoluído e benéfico poderá ser construído. Os fins não justificam os meios; os meios devem já em si prefigurar os fins que desejam.
Ainda umas palavras sobre o derrube e decapitação de estátuas em vários países na esteira de 'protestos' ‘anti-racistas’.
O passado não pode, ou deve, ser apagado, seus aspectos negativos devem ser ultrapassados aqui e agora dentro do Espírito humano, criativamente e construtivamente sublimados e transmutados, apreendendo as suas lições, e evoluindo através delas.
A História é o longo percurso de aprendizagem da espécie humana, percurso feito de muitos erros e horrores, mas um caminho que também possibilitou que paulatinamente ideias luminosas como os direitos humanos, a democracia, o multiculturalismo, o universalismo, o anti-racismo, a inclusão, pudessem expandir-se e enraizar-se. Não deitemos fora o bebé com a água suja do banho!
Viva o exemplo espiritualista luminoso do Padre António Vieira! Abaixo todos os extremismos! Todos os fascismos (que existem em ambos os extremos ideológicos)!
Paz e Unidade!
Miguel Santos»
Fonte:
https://www.facebook.com/MiguelSantosescritor/photos/a.617760231734790/1540741862769951/?type=3&theater
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Sábado, 2 de Junho de 2018
Nota: o termo "subdir'tor", que se encontra apostrofado, refere-se à pronúncia (transcrição fonética) desse vocábulo quando é grafado "subdiretor". O cê em subdireCtor tem uma função diacrítica, logo, não se pode pronunciá-lo com o E aberto, como mandam as boas regras gramaticais, desconsideradas por quem nada sabe de Língua Portuguesa.
Exmo. Senhor Manuel Molinos,
"Subdir’tor" do Jornal de Notícias,
Chamaram-me a atenção para um artigo da sua autoria, denominado «Uma língua para perpetuar», publicado hoje, no Jornal de Notícias do qual é "subdir’tor" (transcrição fonética de "subdiretor", seja lá o que isto for.
O que li deixou-me seriamente incomodada, porque o senhor faz a apologia da Língua Portuguesa, na versão brasileira. Até é "subdir’tor", que é como se lê o vocábulo com que termina o texto, um vocábulo grafado à moda brasileira, ou seja, conforme o AO90, e que nenhum outro país lusógrafo, grafa desse modo mutilado.
O senhor diz que «No momento em que escrevia esta crónica, milhares de cidadãos em Portugal, Brasil, França, Reino Unido e Angola liam as notícias publicadas no site do "Jornal de Notícias". Outros largos milhares no Brasil, Angola, Moçambique, França, Suíça, Reino Unido, Estados Unidos da América e Espanha faziam-no através das nossas redes sociais.»
Sim, até pode ser que milhares de cidadãos, falantes e escreventes da Língua Portuguesa, em todos esses países, estivessem a ler as notícias no site do Jornal de Notícias, grafadas à moda brasileira, mas aposto que nenhum desses leitores aplica o AO90, que o senhor sub-repticiamente, vem para aqui propagandear, vendendo gato por lebre, qual vendedor de banha da cobra (peço desculpa pela analogia, mas é a mais adequada).
Porque se o Português, de acordo com o seu texto é «o elo de ligação de todas estas comunidades espalhadas geograficamente pelo Mundo», esse Português terá de ser a Língua Portuguesa, e não o Dialecto Brasileiro, apesar de eles serem milhões, e isto porque em parte alguma do mundo, as línguas de comunicação escrita, como o Inglês, o Japonês, o Russo, o Francês, o Alemão, são usadas nos seus dialectos, mas sim nas suas versões originais.
E o que importa se a língua é usada por mais de 155 milhões na web, se está eivada de erros de toda a ordem? Ortografia, morfologia, sintaxe, acentuação, hifenização; para não falar do estilo e qualidade linguística. Que interessa que milhões a usem, se não a usam correCtamente? Cultamente?
Todas as outras línguas do mundo, mais ou menos faladas ou escritas, são usadas nas suas versões cultas.
O senhor diz: «Mais importante do que as discordâncias e aplicação do Acordo Ortográfico, é necessário preservar, acarinhar e publicitar a língua nas suas diferentes formas de expressão.»
É necessário preservar, acarinhar e publicitar a Língua nas suas diferentes formas de expressão? Qual Língua, quais diferentes formas de expressão, se o senhor é o "subdir’tor" de um jornal que aplica o mixordês em que se transformou a nossa Língua escrita, grafada à moda brasileira, com variantes à portuguesa, que mais nenhum outro país lusógrafo usa?
Se quisermos preservar, acarinhar e publicitar a Língua nas suas diferentes formas de expressão, o senhor faça o favor de assinar SUBDIRECTOR, e deixe que os Brasileiros sejam subdiretores (subdir’tores), e não estejam a impingir-nos, ilegalmente, a farsa do AO90.
O senhor diz que «A Ciência não deve, pois, ter vergonha em usá-la como ferramenta de comunicação, quer nos documentos científicos quer em conferências universitárias, que elegem quase sempre o inglês como meio único de divulgação. Nas escolas também não podem existir alunos do futuro e professores do passado. Os docentes não devem crucificar os estudantes pelo uso de abreviações e símbolos gráficos, mas antes entender a diversidade dos recursos de comunicação de forma a aplicá-los nos seus diferentes contextos. O contrário não é a melhor solução para combater o crescente analfabetismo virtual.»
O senhor tem a noção do que disse?
A Ciência pode e deve envergonhar-se de usar uma ferramenta de comunicação abastardada, mutilada, o dialecto de uma ex-colónia.
A Ciência elegeu o Inglês como Língua de comunicação, porque o Inglês não foi abastardado. Nas escolas os alunos devem ser confrontados com o facto de lhes estarem a impingir a grafia brasileira, e o futuro desses alunos está comprometido, porque se existe um crescente analfabetismo virtual e real, ele deve-se exclusivamente ao uso incorreCto da Língua Portuguesa, que em Portugal está a ser ministrada caoticamente, coadjuvada por uma comunicação social vendida ao Poder.
Não haverá futuro, se a Língua Portuguesa continuar a ser, deste modo, tão desprezada, e se hoje Portugal já é o país europeu com a maior taxa de analfabetismo, aliando esse analfabetismo à elevadíssima taxa de analfabetismo no Brasil, a Língua Portuguesa andará de rastos e acabará por acabar, na sua versão culta e europeia.
O senhor diz também que «é indispensável promover a língua junto das comunidades portuguesas. Levá-la também até aos jovens de outras culturas e origens e fazer mais diplomacia nos diferentes países onde vivem portugueses, para incentivar ao estudo na língua materna em paralelo com a do país de residência.»
Promover a Língua junto das comunidades e nas escolas e nas diplomacias onde vivem portugueses é primordial, sim, mas essa Língua tem de ser, peremptoriamente, a Língua Portuguesa, e não o Dialecto Brasileiro.
«Torna-se ainda imperativo que os diferentes governos dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa trabalhem no sentido de aumentar as taxas de penetração da Internet, de forma a ampliar o uso da língua na rede.» Afirma o senhor.
É preciso que se diga que nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa apenas uma minoria culta fala e escreve Português à portuguesa. De resto, a maioria da população usa os múltiplos dialectos oriundos de cada região.
Esses países, como é o caso de Cabo Verde, que já adoPtou o Crioulo Cabo-verdiano como Língua Oficial, e o Português como língua estrangeira, terão a tendência de se afastar do Português e adoPtar os seus dialectos. Não tenhamos ilusões. E este é o caminho mais natural. Afinal, são países livres.
E no Brasil, mais ano, menos ano, o que eles chamam «Comunicação e Expressão», ensinadas nas escolas em substituição do Português, passará a chamar-se Língua Brasileira, e se Portugal continuar subserviente a este tipo de colonização linguística, a Língua Portuguesa desaparecerá, tão certo como eu estar aqui a escrever isto.
E o senhor Manuel Molinos acaba o seu artigo dizendo: «Não podemos nem devemos ser modestos a propagandear a nossa língua, com marcas em todos os continentes desde os Descobrimentos. E foi a pensar nesta herança linguística e cultural que o "Jornal de Notícias" decidiu assinalar hoje o seu 130.º aniversário com uma conferência, no Palácio do Bolsa, no Porto, para celebrar esta língua de poetas, de artistas e de todos os que, pelo Mundo, a tornam verdadeiramente universal. SUBDIRETOR»
Realmente a ideia não é nada má, não senhor. Não devemos ser modestos em propagandear a nossa Língua PORTUGUESA, que é a língua de todos os nossos Poetas, Escritores, Artistas e gente comum, que assinaram um manifesto rejeitando o acordo ortográfico de 1990, que nada mais é do que a imposição da grafia brasileira, mutilada, aos restantes países lusógrafos, e é também a Língua de todos os outros escreventes que não caíram no canto da sereia.
Promova-se a Língua Portuguesa.
Não se promova, sub-repticiamente, a grafia brasileira.
(Atenção, nada tenho contra a grafia brasileira, desde que se confine ao Brasil! Afinal, foi com ela que eu aprendi a ler e a escrever, no Brasil. Agora estou em Portugal. Sou Portuguesa. E a grafia é a minha, e não a deles.)
O senhor veio dar um recado governamental. O que não lhe fica nada bem.
Isabel a. Ferreira
Link para o texto de Manuel Molinos:
https://www.jn.pt/opiniao/manuel-molinos/interior/uma-lingua-para-perpetuar-9398376.html
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Terça-feira, 8 de Dezembro de 2015
John Lennon nasceu a 9 de Outubro de 1940, em Liverpool, no Reino Unido
Foi assassinado na noite de 8 de Dezembro de 1980, em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América.
Entre uma e outra data ficou uma vida vivida intensamente, plenamente, uma vida com vida dentro…
(Origem da imagem: Internet)
Não me interessa o que os outros pensam de John Lennon.
Para mim, foi alguém que me transmitiu um estilo de vida para ser vivido e não para ser fingido.
John Lennon era ele e as suas causas, o seu caminho, que ele percorreu cantando, não o efémero, mas o fundamental.
Era um ser tocado pelo divino, ainda que não o consentisse.
Não era nem mais popular nem menos popular do que Jesus Cristo.
Mas ambos foram anarquistas pacifistas, e mudaram o rumo do mundo, no tempo em que cada um viveu.
John Lennon atravessou muros, com as suas canções. Não os derrubou. E ao atravessá-los, mostrou toda a força das palavras que cantava, incomodando os poderosos, sabendo que tudo o que fizesse, tudo o que dissesse teria repercussões gigantescas num mundo onde imperava (e passados 35 anos sobre a sua morte, ainda impera) uma hipocrisia mórbida e cada vez mais mafiosa.
Por isso (ainda) é urgente cantar John Lennon:
Poderosos do mundo, dêem à Paz uma oportunidade!
Nada mais foi igual depois do aparecimento dos «Beatles».
Nada mais foi igual depois das palavras que John Lennon lançou ao mundo como âncoras.
John Lennon (a par de Jesus Cristo, Mahatma Gandhi e Martin Luther King) marcou o modo como eu vejo, sinto e estou no mundo: desassossegada, desassossegando...
Sim, podem dizer que somos sonhadores…
Não somos os únicos…
Mas temos esperança de que num dia todos se juntarão a nós e o mundo será como um só…
Mark Chapman assassinou o Homem, naquela noite de 8 de Dezembro de 1980. Mas não conseguiu matar os sonhos de John Lennon…
Esses, continuam entre nós… connosco...
Isabel A. Ferreira
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