Que mensagem este Centro Infantil pretende passar às crianças, aceitando DINHEIRO SUJO do sangue de seres vivos sencientes, a quem elas carinhosamente tratam por vaquinhas, boizinhos, bezerrinhos? Que espécie de educação estão a dar às crianças? (Isabel A. Ferreira)
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Após a Cruz Vermelha ter feito saber que, ao contrário do que chegou a ser anunciado, não irá aceitar dinheiro proveniente de uma tourada, que decorrerá no dia 2 de Abril no Redondo, e após ter chegado a existir um beneficiário “fantasma” para a tourada em causa, eis que surge hoje o anúncio de que a entidade beneficiária da tourada será o Centro Infantil Nossa Senhora da Saúde, do Redondo!
Por favor, peçam ao Centro Infantil Nossa Senhora da Saúde, do Redondo, que não aceite dinheiro manchado de sangue de Animais inocentes. Façam-no na respectiva página no Facebook ou por e-mail. Obrigado.
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Mensagem sugerida mais abaixo, para envio por e-mail:
Para: centroinfantil2@sapo.pt
Cc: marinhenses.antitouradas@gmail.com
Exmos. responsáveis pelo Centro Infantil Nossa Senhora da Saúde do Redondo,
Está a ser anunciada para 02 de Abril uma tourada a favor do Centro Infantil Nossa Senhora da Saúde do Redondo (Évora).
https://tauronews.com/festival-no-coliseu-de-redondo-ja-no-proximo-sabado/
após a Cruz Vermelha Portuguesa ter desistido de ser beneficiária desse cruel evento.
Em cada tourada, seis ou sete bovinos são humilhados e torturados quase até à morte (havendo também, frequentemente, cavalos que ficam feridos ou morrem). São-lhes cravados ferros que lhes provocam severas hemorragias. É-lhes provocado um elevado nível de sofrimento físico e psicológico. Horas depois, os inocentes animais são, na sua quase totalidade, abatidos, após um longo período de agonia.
A violência que a tauromaquia implica é de tal ordem que, desde de 2014, o Comité dos Direitos das Crianças da Organização das Nações Unidas (ONU) tem vindo a demonstrar a sua preocupação com o bem-estar físico e mental das crianças envolvidas em actuações em touradas, bem como com o bem-estar mental e emocional das crianças enquanto espectadoras que são expostas à violência das touradas”
vide s.f.f. pág. 10 em:
https://www.refworld.org/docid/52f89eb84.html
Em 2019, a ONU recomendou a Portugal que proíba as crianças e jovens menores de 18 anos de participarem em touradas ou assistirem a touradas (vide s.f.f. pág. 7 de https://undocs.org/CRC/C/PRT/CO/5-6
Naturalmente, a tauromaquia tem vindo a ser alvo de uma enorme e crescente contestação social e, cada vez mais, a generalidade das organizações optam por se distanciar ao máximo desta cruel actividade por razões de ordem ética. É incompreensível que o Centro Infantil Nossa Senhora da Saúde do Redondo apareça como beneficiário da tourada em causa.
O Centro Infantil Nossa Senhora da Saúde do Redondo ainda está a tempo de não compactuar com um evento de desrespeito que implica violência extrema contra Animais sencientes indefesos. Será uma boa medida, que poderá ser apresentada como um contributo para o enriquecimento afectivo das crianças dessa Instituição.
Perante o exposto, peço a V. Exas. que essa Instituição não se deixe instrumentalizar, e se dissocie da tourada em causa, nunca aceitando dinheiro manchado de sangue de Animais inocentes.
Na expectativa de uma resposta positiva, apresento os meus melhores cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
Não se conseguiu cancelar a tourada, o que diz da pobreza cultural, social e moral em que o nosso país AINDA está mergulhado, com o apoio de governantes que governam ao estilo MEDIEVAL.
Isabel A. Ferreira
Graças a toda a pressão efectuada junto de várias organizações da Cruz Vermelha, conseguimos que a Instituição não fique associada à tourada que se vai realizar a 02 de Abril no Redondo.
A Cruz Vermelha Internacional reconheceu que a associação da Cruz Vermelha às touradas pode afectar a sua reputação, e informou que iria conversar sobre o assunto com as organizações portuguesas da Cruz Vermelha.
A Cruz Vermelha Portuguesa, por sua vez, respondeu que não foi validada pela Instituição a sua identificação no evento ou comunicação do mesmo.
Sabemos ainda que o evento no Facebook de promoção da tourada em causa já não tem identificada como beneficiária a Cruz Vermelha, mas sim o Centro Infantil Nª Sra. da Conceição
https://www.facebook.com/events/496665545365553/?ref=newsfeed
Não conseguimos descobrir que centro infantil é este! [Também pesquisei e não encontrei].
Conclusão: Não conseguimos, infelizmente, que a tourada fosse cancelada. No entanto, não sendo de angariação de fundos para a Cruz Vermelha, não tem o efeito de limpeza de imagem da tauromaquia perante algumas pessoas para as quais donativos para instituições como a Cruz Vermelha servem de justificação.
Uma vez que sabemos que nem todas as pessoas receberam quer a mensagem da Cruz Vermelha Internacional quer a mensagem da Cruz Vermelha Portuguesa, deixamos as respectivas cópias abaixo.
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Dear Sir, Dear Madam,
We acknowledge receipt of your emails addressed to the President of the International Committee of the Red Cross (ICRC), Peter Maurer, regarding the association between the Portuguese Red Cross and Bullfighting.
For your information, the International Committee of the Red Cross is a neutral, independent and impartial humanitarian organization; its main tasks consist in promoting International Humanitarian Law and providing protection and assistance to victims of conflicts and other situations of violence.
The ICRC is part of the International Red Cross and Red Crescent Movement, which also comprises recognized National Red Cross or Red Crescent Societies (such as the Portuguese Red Cross) and their umbrella organization, the International Federation of Red Cross and Red Crescent Societies.
Though the ICRC has the statutory role to recognize newly established or reconstituted National Societies, it does not intervene in internal matters of these National Societies as they are autonomous organizations within their own countries. However, we will raise the issue with them, as the association of the Red Cross in such events can affect their reputation.
Yours sincerely
Marie-Jo Girod
Programme Manager Gifts and Legacies
Private Fundraising Division
International Committee of the Red Cross (ICRC)
19, avenue de la Paix, 1202 Geneva / Switzerland
T +41 22 730 33 76 or general: +41 22 730 21 71
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Exmª Senhora,
Agradecemos, antes demais, a sua manifestação sobre o assunto explanado que recebeu a nossa maior atenção.
Reforçamos que a Cruz Vermelha Portuguesa não é, nem nunca foi, promotora do evento em causa. A entidade promotora, detentora do direito de concretização de iniciativas com resultado na angariação de fundos para apoio aos mais vulneráveis, identificou a Cruz Vermelha como receptora desses fundos. Não existe, por isso, envolvimento da Cruz Vermelha na iniciativa ou em qualquer acção associada, nem tão pouco foi validada pela Instituição a sua identificação no evento ou comunicação do mesmo.
Com os melhores cumprimentos.
Manuela Soares
Secretária
Cruz Vermelha Portuguesa
Jardim 9 de Abril, nº 1 a 5 | 1249-083 Lisboa
Tel: 213 913 916 | Fax: 213 913 999
www.cruzvermelha.pt
Mais um cavalo colhido, há pouco, no Redondo, Portugal. Acaba assim, a última tourada da temporada de 2019!
Enquanto em Portugal se permitir esta violência, esta crueldade, este gosto mórbido por sangue, esta apetite pela tortura de seres vivos, teremos uma sociedade tacanha, onde a violência é lugar comum, porque quem é violento para com animais não-humanos, é igualmente violento para com animais humanos. Ou não pertençamos, uns e outros, ao denominado Reino Animal.
BASTA desta coisa abominável, indigna de seres civilizados.
Depois não gostam que lhes chamem trogloditas, se não são outra coisa!
Fonte:
Esta vai ser a grande prova de fogo de Aires Pereira. Vamos ver o que vale a sua palavra.
É agora ou nunca, para provar se a Póvoa de Varzim, finalmente, está na senda da evolução.
Mas o que pretendem os protóiros?
A Póvoa de Varzim não é o quintal dos trogloditas lá de baixo.
Na Póvoa mandam os Poveiros não-trogloditas.
Esta é a arena de tortura da Póvoa de Varzim, marca do atraso civilizacional em que esta cidade está mergulhada.
A prótoiro - federação de tauromaquia - emitiu um comunicado muito engraçado, mostrando-se disponível para ajudar o município poveiro a gerir a arena, para que se continue a torturar Touros e Cavalos na Póvoa de Varzim, cidade que se diz “Amiga dos Animais”.
Lê-se co comunicado:
«Depois de durante muito tempo o Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, ter anunciado que a remodelação da Praça de Toiros da cidade ia manter todas as suas valências tauromáquicas, causou choque e surpresa entre os Poveiros e os aficionados que este fim-de-semana viesse manifestar a intenção oposta.»
Primeiro: esta decisão inteligente não causou choque nem surpresa aos Poveiros, que receberam esta notícia com muito regozijo; causou choque e surpresa, isso sim, aos trogloditas poveiros, que é outra coisa, felizmente poucos, e aos manda-chuvas da tauromaquia em Portugal, felizmente também uns poucos, que, desesperadamente, andam por aí a tentar manter em pé o moribundo ofício da tortura de Touros e Cavalos.
Segundo: nunca é tarde para um presidente da Câmara enveredar pelo caminho da evolução, e querer o melhor para o município.
E o comunicado prossegue:
«Importa lembrar que a Tauromaquia é um traço centenário da cultura e identidade dos Poveiros, sendo a sua praça um ex-libris da cidade e da tauromaquia no norte de Portugal. Além disso, a tauromaquia é uma das marcas distintivas e uma das mais-valias da oferta turística e cultural da cidade e da região, com impacto económico. Basta referir a famosa Corrida TV Norte, que leva o nome da cidade aos quatro cantos do mundo.»
Este parágrafo é hilariante.
Primeiro: porque a tauromaquia não é um traço centenário de coisa nenhuma, muito menos de cultura e identidade dos Poveiros. Os Poveiros não se revêem neste costume bárbaro, que catapulta a Póvoa de Varzim para tempos medievalescos, assentes numa ignorância profunda, em comparação com a vizinha Vila do Conde, onde se respira Arte e Cultura por toda a cidade, preferida pelos turistas estrangeiros, que a escolhem para fazer Turismo Cultural. Sei do que falo, porque sou eu que os levo lá.
Segundo: a arena de tortura a ser um ex-libris, é o ex-libris do atraso civilizacional em que a Póvoa de Varzim está mergulhada.
Terceiro: a tauromaquia não é uma das marcas distintivas e uma das mais-valias da oferta turística e cultural da cidade e da região, com impacto económico: muito pelo contrário. É uma marca do atraso civilizacional, e uma menos-valia da oferta turística de qualidade. Os turistas de qualidade vão para Vila do Conde. A ralé que vai à Póvoa de Varzim assistir à tortura de Touros é sempre a mesma, uns poucos e desqualificados broncos. E se lá calha um ou outro turista estrangeiro, vai ao engano uma vez, e nunca mais lá põe os pés. Sei do que estou a falar.
Quarto: a tristemente famosa corrida TV Norte leva aos quatro cantos do mundo o quanto atrasada civilizacionalmente ainda é a Póvoa de Varzim, porque o mundo civilizado REJEITA esta prática bárbara, cruel e violenta. Isto não traz prestígio nenhum à cidade, muito pelo contrário.
E o comunicado continua a debitar disparates:
«Além disso, a Tauromaquia está classificada como “parte integrante da cultura popular portuguesa” (Decreto-Lei n.o 89/2014) e o Estado, central e local, tem a obrigação constitucional de promover o acesso de todos os cidadãos à cultura (artigo 73º, nº3) e da sua salvaguarda (artigo 78º) sendo o direito à cultura um direito fundamental (artigo 17º). Impedir ou proibir manifestações culturais é uma violação da constituição.»
Primeiro: a tauromaquia, como costume bárbaro que é, jamais foi ou será parte integrante da cultura popular portuguesa, e só fica mal ao Estado a promoção deste “divertimento” sádico, e a tortura não sendo cultura, nem aqui, nem na cochinchina, não cabe nos artigos citados. Essa Cultura a que se refere os artigos é a Cultura Culta e a Cultura Popular Portuguesa, não é a cultura dos broncos.
E os prótoiros vão sonhando, o que, aliás, não é proibido:
«Quanto a aspectos técnicos da recuperação, não existem limitações que impeçam a utilização da praça de toiros para funções multiusos, com a manutenção da tauromaquia. Basta ver os casos da Arena de Évora, Campo Pequeno, Redondo ou Elvas, onde as praças foram recuperadas e acumulam tranquilamente a sua função tauromáquica com as mais diversas actividades desportivas e lúdicas. Aliás, seria um enorme contra-senso uma praça de toiros ser reabilitada e não ter a sua principal função disponível, a não ser que exista alguma intenção oculta. Acreditamos que com boa-fé e know-how esta situação se resolverá com grande facilidade. Para que assim seja já solicitamos uma reunião urgente com o Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.»
Acontece que os casos das arenas citadas não são bons exemplos. Pertencem ao rol do atrasado civilizacional em que Portugal está mergulhado. O que se pretende é evolução e divertimentos civilizados, e não assentes no sofrimento atroz de seres vivos sencientes, para divertir os sádicos. Contra-senso é manter uma arena de tortura activa, a dar mau nome à cidade.
Pois solicitem uma reunião urgente.
Aires Pereira, presidente do município poveiro, estará na berlinda, e terá de mostrar ao mundo o que vale a sua palavra, porque ou dá um passo em direcção ao futuro, e mostra que é um HOMEM de palavra, ou dá um passo atrás, e mostra que se rende à barbárie, por motivos obscuros.
Veremos quem ganha: a barbárie ou a Cultura Culta. A Evolução ou o atraso civilizacional. O mundo civilizado está de olhos postos na Póvoa de Varzim. Garantidamente.
Isabel A. Ferreira