O mundo RACIONAL andou a dormir, durante vários anos, enquanto o IRRACIONAL "três em UM", o “homo diabolus”, farejava a presa e preparava a armadilha, planeava este golpe de mestre.
E agora o mundo não sabe o que há-de fazer para impedir esta loucura.
E o que mais surpreende nisto tudo, é que, em todas as guerras, a INSANIDADE sempre se sobrepôs à RACIONALIDADE, e não há como compreender esta (i)lógica.
Estamos a falar de um ser senciente e racional a defender-se da besta humana
No próximo dia 4 de Outubro, os Portugueses serão chamados a votar. E precisam de votar. É um dever cívico, e não devemos deixar em mãos alheias a nossa responsabilidade pela eleição dos próximos novos/velhos governantes.
Lembrem-se do que diz Bertold Brecht
«Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem».
A mim, preocupa-me bastante o facto de existirem candidatos a cargos políticos fulcrais para a Nação, que são aficionados de selvajaria tauromáquica, ou seja, são aqueles que se deleitam com o sofrimento de um ser vivo, porque podem muito bem se deleitarem (como, aliás, acontece) com o sofrimento do povo. Certo?
O filósofo alemão, Arthur Schopenhauer, que muito prezo pelo seu saber erudito e pela sua lucidez, diz o seguinte: «A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de carácter, e quem é cruel com os animais não pode ser um bom Homem».
Verdade. Não pode. Não é.
E são precisos Bons Homens (e Mulheres, obviamente) na governação. Pessoas em quem possamos confiar plenamente.
Pessoas com um carácter (que é o verdadeiro Eu, a essência secreta do coração, o temperamento civilizado) impoluto.
Mas quem são os candidatos que, não largando o poder, a ele se agarram como se fosse a tábua de salvação da vida deles?
Alguns conhecemo-los bem, pela notória exposição pública e pelas atitudes menos dignificantes que os vão marcando.
Outros, nem por isso.
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Paulo Portas (CDS/PP) defensor-mor da selvajaria tauromáquica
(Foto retirada do Facebook)
Vejam como sorri, enquanto segura nas mãos a imagem argilosa de um forcado, em posição de ataque a um animal indefeso e moribundo – o Touro. Pelo sorriso e pela pose, podemos deduzir a grande afeição de PP por cobardes.
Actual Vice-primeiro-ministro e Ministro dos Negócios Estrangeiros, que se orgulha de ter exportado para Israel 4.000 cabeças de gado vivo... (imagine-se a barbaridade da viagem destes animais!), o parceiro de Pedro Passos Coelho, na Coligação PPD/PSD/CDS/PP é grande aficionado e impulsionador de selvajaria tauromáquica. É aquele, que um dia disse que as touradas têm muitos opositores, mas ele sempre as defenderá, e é também aquele que boicotou a Lei de Protecção dos Animais, naquilo que ela tinha de mais relevante para a defesa dos mesmos.
Será um bom homem?
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O Primeiro-Ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho (PPD/PSD) a fazer rapapés a torturadores de Touros
Esta foto foi tirada aquando da “homenagem” prestada pela Câmara Municipal das Caldas da Rainha a Marco José, um montador de cavalos, o qual a autarquia agraciou com a Medalha de Mérito Municipal (pasme-se!) CULTURAL, uma medalha que perdeu todo o seu simbolismo com tal atribuição.
O Primeiro-Ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, esteve presente nesta despudorada “cerimónia”, e posou para a foto ao lado do recebedor desta medalha “coltural”, do espetador de bandarilhas Francisco Paulino e do apoderado (aquele que trata dos “interesses” dos torturadores de Touros) Pedro Pinto, valiosas “personalidades” que contribuem para o progresso, a civilização e a evolução de Portugal, com o aval de Passos Coelho.
Será ele um bom homem?
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Candidato a Primeiro-Ministro, António Costa (PS) aquele
que medalha torturadores de Touros moribundos
Um “socialista” aficionado de tortura de seres vivos indefesos, que envergonha o Partido Socialista português e um País que se quer civilizado, não pode nem deve ascender a primeiro-ministro, por não ter perfil humano para representar Portugal.
O que vemos na foto é algo anómalo. Aconteceu em Abril de 2010. Elísio Summavielle, então secretário de Estado da “Coltura” (pois Cultura é outra coisa…) e António Costa, então presidente da Câmara Municipal de Lisboa, estiveram presentes na tourada que inaugurou a temporada carniceira no campo pequeno, em Lisboa, uma cidade europeia (será?), com esta repugnante nódoa negra, que a coloca no rol de cidades com um destacado atraso civilizacional.
E o que fez António Costa?
Fez esta desonra a um símbolo de Portugal, que em princípio só deve ser atribuído a pessoas que se destacam por terem feito algo dignificante pelo País.
António Costa, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, aproveitou aquela ocasião mórbida, que é a da tortura de bovinos indefesos, e desceu à arena. E sob cerrada ovação impôs a José Luís Gomes a Medalha de Mérito Municipal Grau Ouro (decisão unânime da edilidade em Setembro de 2009), na hora da despedida deste cabo do grupo de forcados de Lisboa, ou seja, António Costa recompensou a cobardia, e a Medalha de Mérito Municipal perdeu, naquele exacto momento, todo o seu significado simbólico.
Ver notícia completa neste link:
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/tortura-gratuita-e-humilhacao-de-475652
Será António Costa um bom homem?
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Quando os governantes são aficionados de selvajaria tauromáquica a crueldade e a violência são como uma praga e Portugal regride, e marca passo no caminho da evolução
Dos oito países (de entre 193, que existem no mundo) que ainda permitem este costume bárbaro, Portugal é o único que não tem feito qualquer progresso, por mínimo que seja, no sentido de abolir esta prática cruenta e irracional, do tempo anterior ao tempo do homem das cavernas, que era muito mais civilizado do que os que hoje praticam, aplaudem e promovem esta selvajaria inaceitável, porque o homem das cavernas não se divertia a torturar os animais com que se alimentavam.
Muito pelo contrário, o atraso civilizacional é de tal monta, que os governantes portugueses, desde o Presidente da República (que também medalha forcados cobardes), passando pelo Primeiro-ministro, pelo vice-primeiro-ministro, directores de organismos estatais, autarcas, deputados da Assembleia da república (dos 230 que compõem a AR, apenas 24 rejeitam a tauromaquia) tudo fazem para manter uma prática que está a ser repudiada em todo o mundo civilizado.
E fazem isto com o maior despudor, não tendo sequer a noção do ridículo das atitudes e do facto de atirarem Portugal para o caixote do lixo do mundo.
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E o aficionado assumido Marcelo Rebelo de Sousa, que pretende o cargo de Presidente da República?
Marcelo Rebelo de Sousa foi visto recentemente numa tourada, em Sobral de Monte Agraço numa arena “cheiinha” de sádicos, conforme podemos verificar na foto.
Será este um bom homem?
E é esta personagem que pretende candidatar-se a Presidente da República de Portugal?
Não é imoral?
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E estes são alguns (os principais) governantes que temos.
Estes são os candidatos a governantes que continuamos a ter.
Não é angustiante?
Votar em quem? Como? Para quê?
Bem, não tenho outra alternativa senão terminar dizendo como diz um amigo meu, que sendo Biólogo, sabe o que diz:
«Era preferível que estivéssemos entregues à bicharada, porque viveríamos uma condição muito mais racional e humana»
A nova Lei de Protecção dos Animais será uma INUTILIDADE?
Desde que este Gato tenha água e comida, para os legisladores BASTA, porque são apenas "coisas".
Havia de estar eles (os legisladores) amarrados a uma casota, apenas com água e comida durante uns tempos, e talvez legislassem de um outro modo… mais racional.
Isto acontece em Lisboa, numa transversal à Rua Gomes Freire muito perto do hospital Júlio de Matos (zona da Estefânia/Paço da Rainha), na Rua Cruz da Carreira 62 r/c.
O animal está nas condições que se vê, sujeito ao frio, ao calor... sozinho. Mia e incomoda os vizinhos. Não se vê água...
Se as “pessoas” não têm condições de ter um animal, ou não sabem o que é um animal de estimação ou de companhia, ou não querem que o animal partilhe a vida da casa, simplesmente não o tenham.
Ninguém é obrigado a ter um Gato (ou um Cão) em casa. Não há lei nenhuma que o obrigue. Então por que ter Gatos e Cães nestas condições desumanas?
Então por que fazem questão de serem carrascos de animais de estimação e de companhia, indefesos, inofensivos e inocentes?
A dona deste infeliz GATO pode dá-lo a alguém que goste, estime e tenha condições de o acolher, e, sobretudo, a alguém que saiba o que é um GATO.
Qual a intenção desta dona, ao manter deste modo um GATO?
É que um Gato é um ser quase divino… quase humano…
Saibam o que é um GATO neste link:
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/o-gato-e-a-espiritualidade-506595
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Soubemos que uma associação de defesa animal está a contactar as autoridades, uma vez que as negociações, ao telefone, com a dona do GATO se revelaram infrutíferas.
A dona não compreende a privação a que está a sujeitar o animal e responde convicta de que o animal é a sua "coisa" e que nas "coisas" dela manda ela.
Esta "coisificação" dos animais leva à incapacidade de entender as necessidades de bem-estar físico e psicológico deles.
Enquanto a Lei não deixar de considerar os animais não-humanos “coisas”, estas cenas macabras repetir-se-ão por todo o lado.
É que a ignorância vem de cima.
E quando os donos da "coisa" não entendem que aquela "coisa" é um ser vivo, com necessidades também psicológicas, temos nós de actuar.
Não podemos pactuar com isto.
Fonte:
http://margaridaeosanimais.blogspot.pt/2015/05/gato-vive-amarrado-casota-em-lisboa-e.html
Últimas informações
Já falaram com a dona, já lá foi o SEPNA e este considerou que o animal estava bem acomodado
Agora digam de vossa justiça.
Chegou-me também a notícia de que os miados do gato já não se ouvem.
O que lhe terá acontecido?
Isabel A. Ferreira
Um destes dias, andava eu a pesquisar já não sei o quê, e deparei-me com estes escritos de José Saramago.
Afinal, Saramago diz todas as coisas que costumo dizer, por aqui, com a abismal diferença do talento literário que ele tinha e eu não tenho.
Eu sou mais rés-do-chão…
Mas para os meus mais acérrimos críticos, nomeadamente os aficionados deputados da Assembleia da República, entre outros aficionados menos diplomados, aqui deixo as palavras de José Saramago, como se fossem minhas.
Afinal, a diferença está apenas no “estilo”, mas não na raiz do raciocínio…
Isabel A. Ferreira
«A Racionalidade Irracional
Eu digo muitas vezes que o instinto serve melhor os animais do que a razão a nossa espécie. E o instinto serve melhor os animais porque é conservador, defende a vida. Se um animal come outro, come-o porque tem de comer, porque tem de viver; mas quando assistimos a cenas de lutas terríveis entre animais, o leão que persegue a gazela e que a morde e que a mata e que a devora, parece que o nosso coração sensível dirá «que coisa tão cruel».
Não: quem se comporta com crueldade é o homem, não é o animal, aquilo não é crueldade; o animal não tortura, é o homem que tortura. Então o que eu critico é o comportamento do ser humano, um ser dotado de razão, razão disciplinadora, organizadora, mantenedora da vida, que deveria sê-lo e que não o é; o que eu critico é a facilidade com que o ser humano se corrompe, com que se torna maligno.
Aquela ideia que temos da esperança nas crianças, nos meninos e nas meninas pequenas, a ideia de que são seres aparentemente maravilhosos, de olhares puros, relativamente a essa ideia eu digo: pois sim, é tudo muito bonito, são de facto muito simpáticos, são adoráveis, mas deixemos que cresçam para sabermos quem realmente são. E quando crescem, sabemos que infelizmente muitas dessas inocentes crianças vão modificar-se. E por culpa de quê? É a sociedade a única responsável? Há questões de ordem hereditária? O que é que se passa dentro da cabeça das pessoas para serem uma coisa e passarem a ser outra?
Uma sociedade que instituiu, como valores a perseguir, esses que nós sabemos, o lucro, o êxito, o triunfo sobre o outro e todas estas coisas, essa sociedade coloca as pessoas numa situação em que acabam por pensar (se é que o dizem e não se limitam a agir) que todos os meios são bons para se alcançar aquilo que se quer.
Falámos muito ao longo destes últimos anos (e felizmente continuamos a falar) dos direitos humanos; simplesmente deixámos de falar de uma coisa muito simples, que são os deveres humanos, que são sempre deveres em relação aos outros, sobretudo. E é essa indiferença em relação ao outro, essa espécie de desprezo do outro, que eu me pergunto se tem algum sentido numa situação ou no quadro de existência de uma espécie que se diz racional. Isso, de facto, não posso entender, é uma das minhas grandes angústias.»
José Saramago, in «Diálogos com José Saramago»
http://www.citador.pt/textos/a-racionalidade-irracional-jose-de-sousa-saramago
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«Somos Irracionais
No meu tempo de escola primária, algumas crédulas e ingénuas pessoas, a quem dávamos o respeitoso nome de mestres, ensinaram-me que o homem, além de ser um animal racional, era, também, por graça particular de Deus, o único que de tal fortuna se podia gabar. Ora, sendo as primeiras lições aquelas que mais perduram no nosso espírito, ainda que, muitas vezes, ao longo da vida, julguemos tê-las esquecido, vivi durante muitos anos aferrado à crença de que, apesar de umas tantas contrariedades e contradições, esta espécie de que faço parte usava a cabeça como aposento e escritório da razão.
Certo era que o pintor Goya, surdo e sábio, me protestava que é no sono dela que se engendram os monstros, mas eu argumentava que, não podendo ser negado o surgimento dessas avantesmas, tal só acontecia quando a razão, pobrezinha, cansada da obrigação de ser razoável, se deixava vencer pela fadiga e mergulhava no esquecimento de si própria.
Chegado agora a estes dias, os meus e os do mundo, vejo-me diante de duas probabilidades: ou a razão, no homem, não faz senão dormir e engendrar monstros, ou o homem, sendo indubitavelmente um animal entre os animais, é, também indubitavelmente, o mais irracional de todos eles. Vou-me inclinando cada vez mais para a segunda hipótese, não por ser eu morbidamente propenso a filosofias pessimistas, mas porque o espectáculo do mundo é, em minha fraca opinião, e de todos os pontos de vista, uma demonstração explícita e evidente do que chamo a irracionalidade humana. Vemos o abismo, está aí diante dos olhos, e contudo avançamos para ele como uma multidão de «lemmings» suicidas, com a capital diferença de que, de caminho, nos vamos entretendo a trucidar-nos uns aos outros.»
José Saramago, in «Cadernos de Lanzarote (1993)»
http://www.citador.pt/textos/somos-irracionais-jose-de-sousa-saramago
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«Produzimos uma Cultura de Devastação
Todos os anos exterminamos comunidades indígenas, milhares de hectares de florestas e até inúmeras palavras das nossas línguas. A cada minuto extinguimos uma espécie de aves e alguém em algum lugar recôndito contempla pela última vez na Terra uma determinada flor.
Konrad Lorenz não se enganou ao dizer que somos o elo perdido entre o macaco e o ser humano. Somos isso, uma espécie que gira sem encontrar o seu horizonte, um projecto por concluir. Falou-se bastante ultimamente do genoma e, ao que parece, a única coisa que nos distancia na realidade dos animais é a nossa capacidade de esperança. Produzimos uma cultura de devastação baseada muitas vezes no engano da superioridade das raças, dos deuses, e sustentada pela desumanidade do poder económico. Sempre me pareceu incrível que uma sociedade tão pragmática como a ocidental tenha deificado coisas abstractas como esse papel chamado dinheiro e uma cadeia de imagens efémeras. Devemos fortalecer, como tantas vezes disse, a tribo da sensibilidade...»
José Saramago, in «Revista Universidad de Antioquia (2001)»
http://www.citador.pt/textos/produzimos-uma-cultura-de-devastacao-jose-de-sousa-saramago
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«Não Calar
Há uma regra fundamental quando se vive como nós estamos a viver – em sociedade, porque somos uns animais gregários – que é simplesmente não calar. Não calar! Que isso possa custar em comunidades várias a perda de emprego ou más interpretações já o sabemos, mas também não estamos aqui para agradar a toda a gente. Primeiro, porque é impossível, e segundo, porque se a consciência nos diz que o caminho é este então sigamo-lo e quanto às consequências logo veremos.»
José Saramago, in «Uma Longa Viagem com José Saramago»
http://www.citador.pt/textos/nao-calar-jose-de-sousa-saramago
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«A Regra Fundamental de Vida
Quando nós dizemos o bem, ou o mal... há uma série de pequenos satélites desses grandes planetas, e que são a pequena bondade, a pequena maldade, a pequena inveja, a pequena dedicação...
No fundo é disso que se faz a vida das pessoas, ou seja, de fraquezas, de debilidades... Por outro lado, para as pessoas para quem isto tem alguma importância, é importante ter como regra fundamental de vida não fazer mal a outrem.
A partir do momento em que tenhamos a preocupação de respeitar esta simples regra de convivência humana, não vale a pena perdermo-nos em grandes filosofias sobre o bem e sobre o mal. «Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti» parece um ponto de vista egoísta, mas é o único do género por onde se chega não ao egoísmo mas à relação humana.»
José Saramago, in «Revista Diário da Madeira, Junho 1994»
http://www.citador.pt/textos/a-regra-fundamental-de-vida-jose-de-sousa-saramago
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«O País é Pequeno e a Gente que nele Vive também não é Grande
Em tempos disse que Portugal estava culturalmente morto. Talvez o tenha dito em determinado momento, mas também o diria hoje porque Portugal não tem ideias de futuro, nenhuma ideia do futuro português, nem uma ideia que seja sua, e vai navegando ao sabor da corrente.
A cultura, apesar de tudo, tem sobrevivido e é aquilo que pode dar do país uma imagem aberta e positiva em todos os aspectos, seja no cinema, na literatura ou na arte - temos grandes pintores que andam espalhados pelo mundo.
Mas o Almeida Garrett definiu-nos de uma vez para sempre e de uma maneira que se tem de reconhecer que é uma radiografia de corpo inteiro: «O país é pequeno e a gente que nele vive também não é grande.»
É tremenda esta definição, mas se tivermos ocasião de verificar, desde o tempo do Almeida Garrett e, projectando para trás, efectivamente o país é pequeno (...), mas o que está em causa não é o tamanho físico do país mas a dimensão espiritual e mental dos seus habitantes.»
José Saramago, in «Uma Longa Viagem com José Saramago (2009)»
Até que enfim que algo racional acontece no mundo dos animais humanos.
Reconhecer como pessoas os chimpanzés não é mais do que conhecer-se a si próprio, pois o que somos senão animais como os "outros"?
O que nos separa desses "outros" é muito, muito menor do que aquilo que nos une.
Então, qual é a dúvida?
Só lamento que esse passo evolutivo não se estenda a outros mamíferos. (I. A. F.)
Pela primeira vez, na história dos Estados Unidos, um juiz concedeu Habeas Corpus a dois chimpanzés, detidos num centro de investigação, onde estavam a ser usados em experiências.
Hercules e Leo estão finalmente livres. Da Universidade de Stony Brook, em Nova Iorque, e das experiências que estavam a ser sujeitos naquele centro de investigação.
E tudo isto, graças à persistência da Organização não-governamental, Projeto Direitos dos Não Humanos, e à decisão da Juíza norte americana, Barbara Jaffe.
Na passada Segunda-feira, o Supremo Tribunal de Manhattan concedeu Habeas Corpus a dois chimpanzés atribuindo assim, aos dois animais, os mesmos direitos que tem o homem.
A Lei, a Ciência e a História provam que os chimpanzés têm características, incluindo autoconhecimento e empatia, que «instituem personalidade» e o correspondente direito à liberdade, argumenta a organização que não podia estar mais contente com esta decisão.
Os animais vão ser agora libertados e enviados para um santuário para viverem o resto das suas vidas em liberdade.
Esta decisão abre um precedente legal e dá ainda mais força à Organização Projeto Direitos dos Não Humanos, para continuar o trabalho.
«Temos evidências científicas, para provar em tribunal, que elefantes, baleias e golfinhos são autónomos e por isso têm direito a viver em liberdade» disse Natalie Prosin, do Projeto Direitos dos Não Humanos.
Existem ainda dois casos semelhantes a este. Dois chimpanzés, o Kiko e o Tommy aguardam decisão dos vários recursos interpostos pela organização Projeto Direitos dos Não Humanos.
Fonte: http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2015-04-21-Chimpanzes-reconhecidos-como-pessoas-legais-nos-EUA
Fonte:
A racionalidade dos animais não humanos é espantosa.
O animal homem-predador, que se arrasta pelo mundo como um morto-vivo, a destruir os da sua espécie e os outros seres vivos e o meio ambiente, ainda não desenvolveu a racionalidade. Está a um nível bastante abaixo do humanóide.
O gorila evoluiu.
in
Para quem não sabe, um Etólogo é o profissional que estuda o comportamento animal.
(Aprendam aficionados da selvajaria tauromáquica)
Os Etólogos, que estudam o comportamento animal, aceitam cada vez mais a ideia de que o medo mantém os animais longe dos predadores, a luxúria atrai-os uns aos outros, o pânico motiva a solidariedade social e aumenta os laços familiares entre pais e filhos.
Depois de passar uns tempos com os animais selvagens nos seus ecossistemas primitivos, onde os nossos cérebros primitivos cresceram e se desenvolveram, temos de nos rir da maneira formatada e reinante da (mente) de um computador.
A nossa mente racional é quente e emotiva, e sem esta realização emocional não temos preferências. Para que as nossas mentes possam ir da sintaxe à semântica, precisamos de sentimentos. As nossas mentes ancestrais eram ricas em sentimentos antes de serem adeptas de cálculos...
O cérebro que "sente" precede o cérebro que "pensa". (Cândido Coelho)
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Logo, não se ofendam os aficionados e afins quando lhes chamam ignorantes.
O que sabem eles do “sentimento” do cérebro?
O que sabem eles sobre o Bovino que torturam por mero prazer sádico?
Fonte:
Veja-se como um bando de cobardes ATACA um Touro já ferido, a sangrar, cravado de bandarilhas, e mais morto do que vivo
Veja-se o DESESPERO no olhar do animal, o único RACIONAL dentro desta arena, contando com a (pouca) assistência de sádicos
COBARDIA PURA
UM BANDO DE FROUXOS PARA ATACAR UM TOURO INDEFESO E MORIBUNDO
Como é possível chamar a “isto” valentia???????
Só mesmo os ignorantes.
Origem da foto:
http://diariotaurino.blogspot.pt/2013/08/tomar-os-forcados-cfotos.html