Recebi este comentário, e não resisto a destacá-lo aqui, por motivos tão óbvios…!
(Os olhos são inúteis quando a mente é cega)
ICE, deixou um comentário ao post Isto é amor às 12:49, 2015-09-02.
Comentário:
Imagino se tivesse um parente entrevado, metia-o num lar e ia lá 15 minutos pelo Natal. Tretas... Só se mostra a realidade parcelar com este tipo de vídeos completamente falaciosos. Amor? Tenham dó. Há malucos para tudo e psicoses para todos os gostos.
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Eu vou publicar este seu comentário, ICE (um cobarde que nem nome tem) porque diz perfeitamente da MENTE MESQUINHA e da POBREZA MORAL que se escondem por detrás dessas três letras, que bem poderiam ser (e com certeza serão) as iniciais de alguém que é Ignorante, Carunchoso e Estúpido (ICE); ou como bem observou a minha amiga Ana Macedo: Incompatibilidade Com Evolução...
Porque a sua miserável imaginação leva-o para aquilo que você é capaz de fazer e transpõe para os outros (uma síndrome estudada pela psiquiatria desde o tempo de Freud- projecção freudiana).
Depois, porque viu este vídeo com olhos de vidro esfumado, e não com olhos de ver.
AMOR? Sabe lá o que isso é!
Nenhum amante da tortura de seres vivos conhece o AMOR, por isso, são tão cruentos nas “apreciações” que fazem do verdadeiro AMOR, que caracteriza todos os VERDADEIROS SERES HUMANOS (espécie à qual você não pertence, já lhe disse isso várias vezes) como esta senhora do vídeo.
Malucos, psicóticos e psicopatas são todos aqueles que não sabem viver em SOCIEDADE, e comportam-se abaixo de toda e qualquer norma natural, capacidade de que qualquer animal na Natureza é dotado, à excepção dos tauricidas e aficionados de selvajaria tauromáquica, por exemplo, entre os outros inúteis e marginais e parasitas com formato “humano” e essência de mortos-vivos, que deambulam pelo Planeta.
E como hoje estou bem-disposta, vou acrescentar algo que aprendi com um sábio, esperando que a criatura que assina ICE, APRENDA alguma coisa:
O atributo maior que distingue o animal homem dos outros animais é a linguagem falada e escrita. O raciocínio, a liberdade e a criatividade, muitos outros animais ditos “não humanos” têm em muito maior percentagem do que os tauricidas e aficionados de selvajaria tauromáquica.
A barata não efectua operações aritméticas, mas para que precisará a barata dessa capacidade, se a vida dela não foi “programada” para tal?
Conseguiu entender o que isto SIGNIFICA?
(Desconfio que não).
Contudo, penso que não perdi de todo o meu precioso tempo. Havia de ter ficado alguma coisa.
Isabel A. Ferreira
Um destes dias, andava eu a pesquisar já não sei o quê, e deparei-me com estes escritos de José Saramago.
Afinal, Saramago diz todas as coisas que costumo dizer, por aqui, com a abismal diferença do talento literário que ele tinha e eu não tenho.
Eu sou mais rés-do-chão…
Mas para os meus mais acérrimos críticos, nomeadamente os aficionados deputados da Assembleia da República, entre outros aficionados menos diplomados, aqui deixo as palavras de José Saramago, como se fossem minhas.
Afinal, a diferença está apenas no “estilo”, mas não na raiz do raciocínio…
Isabel A. Ferreira
«A Racionalidade Irracional
Eu digo muitas vezes que o instinto serve melhor os animais do que a razão a nossa espécie. E o instinto serve melhor os animais porque é conservador, defende a vida. Se um animal come outro, come-o porque tem de comer, porque tem de viver; mas quando assistimos a cenas de lutas terríveis entre animais, o leão que persegue a gazela e que a morde e que a mata e que a devora, parece que o nosso coração sensível dirá «que coisa tão cruel».
Não: quem se comporta com crueldade é o homem, não é o animal, aquilo não é crueldade; o animal não tortura, é o homem que tortura. Então o que eu critico é o comportamento do ser humano, um ser dotado de razão, razão disciplinadora, organizadora, mantenedora da vida, que deveria sê-lo e que não o é; o que eu critico é a facilidade com que o ser humano se corrompe, com que se torna maligno.
Aquela ideia que temos da esperança nas crianças, nos meninos e nas meninas pequenas, a ideia de que são seres aparentemente maravilhosos, de olhares puros, relativamente a essa ideia eu digo: pois sim, é tudo muito bonito, são de facto muito simpáticos, são adoráveis, mas deixemos que cresçam para sabermos quem realmente são. E quando crescem, sabemos que infelizmente muitas dessas inocentes crianças vão modificar-se. E por culpa de quê? É a sociedade a única responsável? Há questões de ordem hereditária? O que é que se passa dentro da cabeça das pessoas para serem uma coisa e passarem a ser outra?
Uma sociedade que instituiu, como valores a perseguir, esses que nós sabemos, o lucro, o êxito, o triunfo sobre o outro e todas estas coisas, essa sociedade coloca as pessoas numa situação em que acabam por pensar (se é que o dizem e não se limitam a agir) que todos os meios são bons para se alcançar aquilo que se quer.
Falámos muito ao longo destes últimos anos (e felizmente continuamos a falar) dos direitos humanos; simplesmente deixámos de falar de uma coisa muito simples, que são os deveres humanos, que são sempre deveres em relação aos outros, sobretudo. E é essa indiferença em relação ao outro, essa espécie de desprezo do outro, que eu me pergunto se tem algum sentido numa situação ou no quadro de existência de uma espécie que se diz racional. Isso, de facto, não posso entender, é uma das minhas grandes angústias.»
José Saramago, in «Diálogos com José Saramago»
http://www.citador.pt/textos/a-racionalidade-irracional-jose-de-sousa-saramago
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«Somos Irracionais
No meu tempo de escola primária, algumas crédulas e ingénuas pessoas, a quem dávamos o respeitoso nome de mestres, ensinaram-me que o homem, além de ser um animal racional, era, também, por graça particular de Deus, o único que de tal fortuna se podia gabar. Ora, sendo as primeiras lições aquelas que mais perduram no nosso espírito, ainda que, muitas vezes, ao longo da vida, julguemos tê-las esquecido, vivi durante muitos anos aferrado à crença de que, apesar de umas tantas contrariedades e contradições, esta espécie de que faço parte usava a cabeça como aposento e escritório da razão.
Certo era que o pintor Goya, surdo e sábio, me protestava que é no sono dela que se engendram os monstros, mas eu argumentava que, não podendo ser negado o surgimento dessas avantesmas, tal só acontecia quando a razão, pobrezinha, cansada da obrigação de ser razoável, se deixava vencer pela fadiga e mergulhava no esquecimento de si própria.
Chegado agora a estes dias, os meus e os do mundo, vejo-me diante de duas probabilidades: ou a razão, no homem, não faz senão dormir e engendrar monstros, ou o homem, sendo indubitavelmente um animal entre os animais, é, também indubitavelmente, o mais irracional de todos eles. Vou-me inclinando cada vez mais para a segunda hipótese, não por ser eu morbidamente propenso a filosofias pessimistas, mas porque o espectáculo do mundo é, em minha fraca opinião, e de todos os pontos de vista, uma demonstração explícita e evidente do que chamo a irracionalidade humana. Vemos o abismo, está aí diante dos olhos, e contudo avançamos para ele como uma multidão de «lemmings» suicidas, com a capital diferença de que, de caminho, nos vamos entretendo a trucidar-nos uns aos outros.»
José Saramago, in «Cadernos de Lanzarote (1993)»
http://www.citador.pt/textos/somos-irracionais-jose-de-sousa-saramago
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«Produzimos uma Cultura de Devastação
Todos os anos exterminamos comunidades indígenas, milhares de hectares de florestas e até inúmeras palavras das nossas línguas. A cada minuto extinguimos uma espécie de aves e alguém em algum lugar recôndito contempla pela última vez na Terra uma determinada flor.
Konrad Lorenz não se enganou ao dizer que somos o elo perdido entre o macaco e o ser humano. Somos isso, uma espécie que gira sem encontrar o seu horizonte, um projecto por concluir. Falou-se bastante ultimamente do genoma e, ao que parece, a única coisa que nos distancia na realidade dos animais é a nossa capacidade de esperança. Produzimos uma cultura de devastação baseada muitas vezes no engano da superioridade das raças, dos deuses, e sustentada pela desumanidade do poder económico. Sempre me pareceu incrível que uma sociedade tão pragmática como a ocidental tenha deificado coisas abstractas como esse papel chamado dinheiro e uma cadeia de imagens efémeras. Devemos fortalecer, como tantas vezes disse, a tribo da sensibilidade...»
José Saramago, in «Revista Universidad de Antioquia (2001)»
http://www.citador.pt/textos/produzimos-uma-cultura-de-devastacao-jose-de-sousa-saramago
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«Não Calar
Há uma regra fundamental quando se vive como nós estamos a viver – em sociedade, porque somos uns animais gregários – que é simplesmente não calar. Não calar! Que isso possa custar em comunidades várias a perda de emprego ou más interpretações já o sabemos, mas também não estamos aqui para agradar a toda a gente. Primeiro, porque é impossível, e segundo, porque se a consciência nos diz que o caminho é este então sigamo-lo e quanto às consequências logo veremos.»
José Saramago, in «Uma Longa Viagem com José Saramago»
http://www.citador.pt/textos/nao-calar-jose-de-sousa-saramago
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«A Regra Fundamental de Vida
Quando nós dizemos o bem, ou o mal... há uma série de pequenos satélites desses grandes planetas, e que são a pequena bondade, a pequena maldade, a pequena inveja, a pequena dedicação...
No fundo é disso que se faz a vida das pessoas, ou seja, de fraquezas, de debilidades... Por outro lado, para as pessoas para quem isto tem alguma importância, é importante ter como regra fundamental de vida não fazer mal a outrem.
A partir do momento em que tenhamos a preocupação de respeitar esta simples regra de convivência humana, não vale a pena perdermo-nos em grandes filosofias sobre o bem e sobre o mal. «Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti» parece um ponto de vista egoísta, mas é o único do género por onde se chega não ao egoísmo mas à relação humana.»
José Saramago, in «Revista Diário da Madeira, Junho 1994»
http://www.citador.pt/textos/a-regra-fundamental-de-vida-jose-de-sousa-saramago
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«O País é Pequeno e a Gente que nele Vive também não é Grande
Em tempos disse que Portugal estava culturalmente morto. Talvez o tenha dito em determinado momento, mas também o diria hoje porque Portugal não tem ideias de futuro, nenhuma ideia do futuro português, nem uma ideia que seja sua, e vai navegando ao sabor da corrente.
A cultura, apesar de tudo, tem sobrevivido e é aquilo que pode dar do país uma imagem aberta e positiva em todos os aspectos, seja no cinema, na literatura ou na arte - temos grandes pintores que andam espalhados pelo mundo.
Mas o Almeida Garrett definiu-nos de uma vez para sempre e de uma maneira que se tem de reconhecer que é uma radiografia de corpo inteiro: «O país é pequeno e a gente que nele vive também não é grande.»
É tremenda esta definição, mas se tivermos ocasião de verificar, desde o tempo do Almeida Garrett e, projectando para trás, efectivamente o país é pequeno (...), mas o que está em causa não é o tamanho físico do país mas a dimensão espiritual e mental dos seus habitantes.»
José Saramago, in «Uma Longa Viagem com José Saramago (2009)»
Explico porquê.
Não só por defenderem, com convicção e garra, medidas que beneficiam o povo português, portanto, os Direitos das Mulheres, dos Homens, das Crianças e dos Idosos, sem se vergarem a lobbies, como por defenderem a Cultura Culta Portuguesa e também os Direitos dos Animais
Lamento o facto de estes deputados estarem ligados a partidos políticos que estão em minoria no Parlamento, devido em parte à cegueira do povo português e do seu comodismo, que incomoda, e que o leva a ir votar irracionalmente, sempre nos mesmos.
Admiro estes deputados pela capacidade de raciocínio, lucidez, inteligência e coragem com que enfrentam uma maioria predadora de direitos e pouco perspicaz, que se verga a todo o tipo de lobbies.
Os deputados da Assembleia da República foram eleitos para servirem as maiorias, e não as minorias. Foram eleitos para servirem os interesses de Portugal e não os interesses de grupos de pressão.
Os deputados da Assembleia da República são servidores do povo, pagos com dinheiros do povo, e os dinheiros do povo não podem ir para bolsos de particulares, nem servem para defender os interesses de minorias.
Nunca tivemos um governo que governasse tão mal. Estamos numa ditadura disfarçada de democracia, onde uma minoria de deputados é esclarecida mas não chega para derrubar a falta de lucidez da maioria.
Portanto, e chegada a hora de dizer BASTA! O povo português tem de acordar, e das duas, uma: ou faz-se uma nova revolução, ou muda-se o seu sentido de voto. Votar sempre nos mesmos é o mesmo que pretender afundar Portugal num abismo.
Ou seja, uma criança menor de 18 anos, que frequenta ou pratica touradas, poderá eventualmente crescer sã do corpo (?) e feliz (quanto mais ignorante, mais feliz), mas quando chega a adulto está mentalmente velha, embrutecida e alienada… incapaz de saber distinguir um boi de um palácio.
Isto está comprovado.
Basta analisar os aficionados adultos actuais, que cresceram no meio da bosta, do vinho e da violência, para conferirmos que até podem ter saúde física, mas sofrem de perturbações mentais graves.
E quanto à moral… Coitados!
Por isso, Juventude Taurina Portuguesa, uma vez mais apela-se para que não se metam a dizer em público aquilo que desconhecem, porque fazem muito má figura.
Ficam muito mal na fotografia.
Não emprenhem pelos ouvidos, porque os aficionados adultos nada têm a ensinar-vos senão parvoíces e mentiras.
Querem transmitir-vos a incultura que transmitiram a eles…
Mas isso é coisa de gente antiquada, ultrapassada. Gente que não evoluiu.
Vivem num tempo que já não existe, e arrastam-vos para esse mundinho medíocre, e vocês, que não têm o mínimo sentido crítico, deixam-se ir na onda da idiotice, e tornam-se tão alienados quanto eles.
E isso é péssimo.
A verdadeira Juventude Portuguesa é Culta, e tem capacidade de raciocínio, sentido crítico e lucidez.
O que não é, de todo, o vosso caso.