Texto de Josefina Maller
As revoluções fazem-se de dentro para fora.
As verdadeiras revoluções começam a nascer no cérebro, cozinham-se em banho-maria e só depois estarão no ponto de equilíbrio para sair à rua.
De outro modo, essa coisa a que costumamos chamar "revoluções" não passa de uma qualquer arruada, que não dá frutos.
Por isso, as revoluções portuguesas (que sempre se fizeram de fora para dentro) nunca resultaram.
Nunca foram germinadas em cérebros com Q. I. elevado.
Foram sempre um verdadeiro fracasso. Nunca mudaram nada suficientemente bem, para que Portugal crescesse como País.
Deste modo, somos o que somos: os últimos em tudo o que presta, e os primeiros em tudo o que não presta. E continuaremos a sê-lo, se nada mudar realmente.
E o que é preciso mudar?
As mentalidades tacanhas, que enchem o País de vergonhosa peçonha.
E como mudar?
Através da Educação, do Ensino e da Cultura. Três importantes esteios de uma sociedade que se quer moderna e civilizada.
E o que se tem feito em relação ao desenvolvimento destes três esteios?
NADA.
E os governantes andam nas ruas e nas televisões a insultarem-se uns aos outros, sem dizerem nada que importe à governação do País.
Assim, não vamos a lugar algum...
Continuaremos a ser aquele rectangulozinho, situado na parte mais ocidental da Europa, a servir de caixote de lixo para o resto do mundo.
George Carlin - actor, humorista, comediante de stand-up, norte-americano, vencedor de cinco Grammys.