Se o Touro fosse cruel como o homem-predador e se pudesse…faria o que vemos nesta imagem, e o homem predador SOFRERIA, então, tanto como o Touro sofre.
Mas o Touro é um ser muito mais digno do que o homem-predador, e jamais cometeria um biocídio, por isso, o homem-predador nunca saberá o que sofre um Touro, quando lhe enterram bandarilhas no lombo.
Bandarilhas como estas:
Imaginem estes instrumentos cravados nas costas de um tauricida…
Para que se faça uma ideia: se uma mosca pousar no dorso de um Touro, este enxota-a com a cauda, demonstrando, desse modo, a enorme sensibilidade da sua pele.
Então o que sentirá o Touro quando lhe cravam no dorso seis afiadas bandarilhas de 8cm de largura cada uma?
E quando o trespassam com uma “puya”, uma lança com uma ponta de 14 centímetros?
O que sentirá o Touro, se até uma mosca o incomoda?
Além disso, a morte do Touro não é instantânea. A dor prolonga-se durante várias horas, depois da lide, numa agonia indizível, e o Touro sofre uma morte lenta e dolorosa, tal como aconteceria ao homem-predador que o tortura cruelmente, sadicamente, barbaramente… se o esfaqueassem e o deixassem morrer a um canto, num qualquer beco da vida…
E quem não conseguir colocar-se no lugar do Touro e sentir um arrepio de morte ao ler estas palavras, bem pode considerar-se um MONSTRO, porque apenas os monstros são insensíveis à dor dos outros.
Isabel A. Ferreira
Faço minhas as palavras de Pilar Rahola, política e jornalista espanhola que, com muita lucidez, nos explica do que estamos a falar, quando falamos de touradas... que não é cultura, nem arte em nenhuma parte do mundo civilizado...
«... Do que estamos a falar?...
Estamos a falar de perdas de sangue até 18%, apenas com as “puyas”.
Estamos a falar da fractura da medula espinal, de vértebras torácicas, de hemorragias no canal medular, de lesões em nervos fundamentais...
Estamos a falar da “puya” que trespassa, até 30 centímetros, o animal, provocando-lhe roturas e lesões...
Estamos a falar inclusive muitas vezes da entrada de sangue e de água para os pulmões...
Estamos a falar de barbaridades…
Estamos a falar de um animal que agoniza, que grita de dor...
Estamos a falar de um animal que finalmente é aplaudido na sua morte, e isso não nos dignifica como seres humanos...
Desculpa! Podes gostar, o sangue por vezes é muito atraente...
Eu não entendo o teu gosto. Sinto-o.
Mas o problema não é nem o teu gosto, nem o meu.
O meu problema é uma sociedade na qual existem leis que permitem essa tortura.
Eu quero uma sociedade que não o permita.
É tão simples como isto.
(...)»
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