Quarta-feira, 28 de Novembro de 2012

A SOCIEDADE QUE CONDENA AS TOURADAS ESTÁ CONDENADA A LER E OUVIR OS MAIORES DISPARATES

 

 
Vítor Luís

 

 

E aqui está um, dos bem GORDOS.

 

É inconcebível conceber a existência de alguém que consegue, de uma só assentada, dizer tantos disparates.

 

Primeiro convido-vos a ler os disparates.

 

Depois, a excelente análise que fez a PRÓTOURO, e que traduz exactamente aquilo que penso, e portanto uma vez que está escrito, escuso de me repetir. Faço minhas as palavras da PRÓTOURO, com a devida vénia.

 

A SOCIEDADE QUE CONDENA AS TOURADAS ESTÁ CONDENADA

 

Por VÍTOR LUÍS

 

«A Sociedade que condena as touradas está condenada a um olhar rápido e culto independente, esta nossa sociedade supostamente «avançada» não é nada avançada. Não passa de uma sociedade doente e decadente, tão relativa como todas as culturas, e sem nenhuma autoridade para se pretender «universal».

 

Francamente, funciona com um «software» básico, repleto de «bugs», que chega a ser insultuoso, quando, por exemplo, como no 1984 de George Orwell, considera uma espécie de «Crimideia!» as alegações dos defensores das touradas, já se vê...

 

Essa «sociedade democrática e progressista» em nome de quem falam aqueles que condenam as touradas é um «ecosistema degradado» político-economicamente arruinado e socialmente desconexo, que no entanto se alimenta «ideologicamente» do «politicamente correcto» em vias de se tornar totalitário, mais próprio de «andróides manipuláveis» que de seres humanos inteligentes.
 
Há quem considere as touradas «hábitos medievais» - tal como as missas e procissões, não? – e portanto «não mais aceites numa sociedade que se quer civilizada».

 

A Democracia Grega, muito mais antiga, também podemos considerá-la como «hábito obsoleto»? Também eu queria – que a sociedade fosse realmente civilizada e reconhecesse uma herança cultural que já vem desde da Alta Antiguidade, pelo menos dos tempos de Creta, e que se enraizou em toda a bacia do Mediterrâneo com expressões múltiplas e variadas...

 

À beira de se desintegrar, a nossa «sociedade avançada» só pode servir de modelo, no seu conjunto, para o que não deve ser feito.

 

Entretanto, vai revelando uma cobardia geral e organizada de quem está de mal com a Vida e com a Morte. Tem um medo terrível da Morte, do sangue e do combate - nem quer ouvir falar disso! Porque a «vida física» é tudo, «pensa», o que não a impede de definhar. Já nem consegue matar um coelho ou uma galinha, coitada, tão longe que anda a sua atitude e o seu carácter das linhas essenciais da Vida.

 

Uma insidiosa e gradual corrupção de ideias e conceitos-chave destruiu-lhe o plano Espiritual - que já deixou de considerar, por «pensar» que isso não existe, tal como a Verdade. E o mesmo foi sucedendo à Identidade, à Ética, à Honra, à Hierarquia, à noção de Dever, ao Sentido de Serviço, ao Sacrifício por Valores maiores e muitos outros «hábitos medievais» ou até muito mais antigos.

 

Está a autodestruir-se pelo «progresso» segundo o mesmo processo de degradação convergente. Por isso, entre muitas outras carências, já não percebe nada do «mundo dos toiros» - nem do mundo dos Homens, o que é ainda pior.»

 

Vítor Luís

 

FONTE:

http://ww2.atct.org.pt/informacao/opinioes/detalhe/2012-novembro/6835-a-sociedade-que-condena-as-touradas-esta-condenada

 

***

 

«Não fosse o facto do senhor Vítor Luís ter escrito um artigo intitulado: "A sociedade que condena as touradas está condenada", jamais teríamos o "prazer" de o conhecer.

 

No seu artigo, o senhor afirma entre outras coisas que a "sociedade democrática e progressista" é um "ecosistema degradado", político-economicamente arruinado e que se alimenta "ideologicamente" do politicamente correcto. Que há quem considere as touradas como "hábitos medievais" e como tal "não mais aceites numa sociedade que se quer civilizada".

 

Obviamente o senhor não acredita em democracia, está no seu direito. Mas não acredita porque não lhe dá jeito, porque num estado democrático, a maioria prevalece sobre a minoria e neste caso, os aficionados são uma minoria. E assim sendo a maioria pode acabar com os vossos gostinhos perversos.

 

E de facto a maioria dos cidadãos consideram que as touradas são hábitos medievais e como tal não podem continuar a ser aceites numa sociedade que se quer civilizada e evoluída.

 

Esta gente, continua a não perceber que os seus argumentos para além de serem facilmente desmontáveis, são ridículos e em última instância insultuosos para a maioria dos cidadãos que têm cabeça para pensar, raciocinar e saber que um ser senciente tem o direito a não ser torturado e morto num espectáculo maquiavélico.

 

Diz ainda o senhor que a sociedade revela uma cobardia geral e organizada de quem está de mal com a vida e com a morte e que tem um medo terrível da morte, do sangue e do combate!

 

Meu caro senhor sempre que alguém nasce, sabe que um dia vai morrer, é o destino, não há nada a fazer até que um dia se descubra o elixir da vida eterna. E mesmo assim, provavelmente muitos não o quererão beber. As pessoas podem ter medo da morte porque para todas elas é o desconhecido, mas isso não faz com que as pessoas andem à procura da mesma, bem pelo contrário. Equiparar as touradas com a vida e a morte com o sangue e o combate, não é próprio de pessoas normais!

 

Senhor Vítor Luís, a sociedade que não condena touradas, está condenada e sabe porquê? Porque é uma sociedade sem valores morais. É uma sociedade que não se preocupa com a vida. É uma sociedade decadente e que caminha a passos largos para a auto-destruição. Porque quem não respeita a vida de outro ser mesmo que esse ser seja um animal, também não respeita a vida do seu semelhante.

 

Prótouro

Pelos touros em liberdade»

 

http://protouro.wordpress.com/2012/11/28/uma-sociedade-que-nao-condena-touradas-esta-condenada/

 

***

 

Gostaria apenas de acrescentar um comentário a este parágrafo que achei o máximo:

 

Diz o Vítor Luís: Há quem considere as touradas «hábitos medievais» - tal como as missas e procissões, não? – e portanto «não mais aceites numa sociedade que se quer civilizada».

 

Pois você foi brilhante, Vítor Luís. «Há quem considere as touradas “hábitos medievais”, sim, e lembrou-se muito bem de as juntar às missas e procissões, que é isso que fazem os padres católicos. Até já vimos uma procissão a ser realizada numa arena, onde a seguir iam TORTURAR TOUROS.

 

Realmente usava-se muito isto na Idade Média. Mas se vamos aceitar esse medievalismo, diga-me, onde fica a EVOLUÇÃO? A Idade Moderna e a Idade Contemporânea nunca existiram?…

 

Mas se bem me lembro, estudei alguma coisa a propósito destas duas últimas Idades, na Faculdade…

 

Mas talvez eu esteja enganada.

 

Primeiro passámos pela Idade Moderna, depois pela Contemporânea, e agora é que estamos na Idade Média…

 

Não é isso, Vítor Luís? Com touradas, missas, procissões, vacadas, sangue, muito sangue, morte em praça pública, essas coisas todas na mesma arena… BRAVO!

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:08

link do post | Comentar | Ver comentários (4) | Adicionar aos favoritos

Mais sobre mim

Pesquisar neste blog

 

Outubro 2024

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

Posts recentes

A SOCIEDADE QUE CONDENA A...

Arquivos

Outubro 2024

Setembro 2024

Agosto 2024

Junho 2024

Maio 2024

Abril 2024

Março 2024

Fevereiro 2024

Janeiro 2024

Dezembro 2023

Novembro 2023

Outubro 2023

Setembro 2023

Agosto 2023

Julho 2023

Junho 2023

Maio 2023

Abril 2023

Março 2023

Fevereiro 2023

Janeiro 2023

Dezembro 2022

Novembro 2022

Outubro 2022

Setembro 2022

Agosto 2022

Junho 2022

Maio 2022

Abril 2022

Março 2022

Fevereiro 2022

Janeiro 2022

Dezembro 2021

Novembro 2021

Outubro 2021

Setembro 2021

Agosto 2021

Julho 2021

Junho 2021

Maio 2021

Abril 2021

Março 2021

Fevereiro 2021

Janeiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Outubro 2020

Setembro 2020

Agosto 2020

Julho 2020

Junho 2020

Maio 2020

Abril 2020

Março 2020

Fevereiro 2020

Janeiro 2020

Dezembro 2019

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Dezembro 2018

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Agosto 2018

Julho 2018

Junho 2018

Maio 2018

Abril 2018

Março 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Dezembro 2017

Novembro 2017

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Julho 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Direitos

© Todos os direitos reservados Os textos publicados neste blogue têm © A autora agradece a todos os que os divulgarem que indiquem, por favor, a fonte e os links dos mesmos. Obrigada.
RSS

AO90

Em defesa da Língua Portuguesa, a autora deste Blogue não adopta o Acordo Ortográfico de 1990, nem publica textos acordizados, devido a este ser ilegal e inconstitucional, linguisticamente inconsistente, estruturalmente incongruente, para além de, comprovadamente, ser causa de uma crescente e perniciosa iliteracia em publicações oficiais e privadas, nas escolas, nos órgãos de comunicação social, na população em geral, e por estar a criar uma geração de analfabetos escolarizados e funcionais. Caso os textos a publicar estejam escritos em Português híbrido, «O Lugar da Língua Portuguesa» acciona a correcção automática.

Comentários

Este Blogue aceita comentários de todas as pessoas, e os comentários serão publicados desde que seja claro que a pessoa que comentou interpretou correctamente o conteúdo da publicação. 1) Identifique-se com o seu verdadeiro nome. 2) Seja respeitoso e cordial, ainda que crítico. Argumente e pense com profundidade e seriedade e não como quem "manda bocas". 3) São bem-vindas objecções, correcções factuais, contra-exemplos e discordâncias. Serão eliminados os comentários que contenham linguagem ordinária e insultos, ou de conteúdo racista e xenófobo. Em resumo: comente com educação, atendendo ao conteúdo da publicação, para que o seu comentário seja mantido.

Contacto

isabelferreira@net.sapo.pt