E isto só acontece num país cheio de gente perversa e impiedosa!
Leiam as notícias e pasmem!
«Dentro da cidade sadina, miséria em estado puro na Parvoíce»
Metade do bairro é clandestino e quase todos os 150 residentes são muito pobres e desempregados. Por vezes passam semanas sem água. Vivem da caridade e dos apoios sociais. Na Parvoíce comer é um luxo e sobreviver é um feito.
Se fosse um filme alguém se encarregaria de lhe dar um título do género: “Viver, missão impossível”. Mas não é um filme. É a realidade. Na Quinta da Parvoíce, em Setúbal, viver é um desafio diário, onde muitos dos quase 150 residentes quase lutam com os bichos por um pouco de comida. No bairro clandestino salpicado de barracas a chegada dos voluntários da igreja, com palavras de esperança, é o balão de oxigénio de uma parte da população que há muito definha à espera de uma casa e de trabalho.
O próprio nome do local, ali nas imediações da paróquia de Nossa Senhora da Conceição, parece atrair a desgraça. Ninguém consegue explicar com lógica porque se chama Parvoíce a um local onde há seres humanos que ali quase vegetam desde o início da década de 2000, quando famílias vindas de África começaram à procura de local para viverem. Muito menos alguém consegue explicar porque razão há tanta pobreza num sítio que antes, ironicamente, se chamava Quinta da Boa Água e que era o local preferido para o abastecimento das tripulações que se faziam ao mar.
A chegada do padre Constantino Alves ao bairro é uma lufada de esperança. Ele é um dos poucos que, diariamente, se empenha para que a população ainda vá tendo com que viver. Ainda esta semana, depois de muitos contactos com a câmara de Setúbal, lá conseguiu reverter mais um corte de água, que já durava há cerca de quinze dias, e fazer com que o liquido voltasse a correr nas torneiras que por ali estão espalhadas, seja na parte do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), seja na zona das casas clandestinas. As pessoas, muitas delas desempregadas e doentes, reconhecem o seu trabalho e recebem-no de braços abertos.
À falta de condições de salubridade juntam-se constantes cortes de água
“Não trago bens nem alimentos. Isso são as pessoas que têm de ir buscar às nossas instalações e ao nosso restaurante social, até porque não temos meios para fazer a distribuição”, diz o padre ao Semmais. “Maior miséria é difícil de encontrar”, afirma Constantino Alves, lembrando a mulher sem pernas que foi mãe há cerca de um mês e que teve de suportar mais um corte de água sem sequer ter outro modo de se deslocar a não ser arrastando-se pelas ruas de terra.
Falar com os residentes é uma tarefa difícil. Andam equipas de televisão pelo bairro e a população tenta esconder a miséria das câmaras. Ainda assim conseguimos trocar breves impressões com uma mulher. Uma congolesa de 50 anos, cujo nome foi de todo impossível de perceber, e que vive numa casa com três quartos na companhia do marido, de quatro filhos, noras e genros e sete netos. Ao todo são 17 pessoas. “Vim Congo/Angola e Angola/Portugal”, diz a mulher que está desempregada, tal como o marido, e que tem problemas ósseos. Medicamentos? “Uma vez marido faz biscate. Outra vez Segurança Social paga”. Não sabe quando acabarão os seus dias de miséria. Sabe apenas que “entra muita água na casa” e que espera “há muito tempo” pela habitação que terá sido prometida pela câmara municipal.»
Fonte:
https://semmais.pt/2020/10/31/dentro-da-cidade-sadina-miseria-em-estado-puro-na-parvoice/
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E pensar que a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira (CDU), assumiu em reunião com a prótoiro, que a tauromaquia irá ter continuidade na cidade, e até anunciou que as obras de remodelação da praça de Touros Carlos Relvas poderão arrancar no início de 2021.
Como é que isto é possível com tanta miséria no concelho?
Só mesmo “artes” do diabo!
Senhora Maria das Dores Meira, tenha ao menos um pingo de solidariedade para quem não teve as mesmas oportunidades que a senhora teve na vida, para chegar onde chegou, ainda mais com a pretensão de esbanjar os dinheiros públicos na prática bárbara de tortura de touros.
Gaste esse dinheiro em algo útil. Os impostos dos Setubalenses não são para serem gastos em práticas cruéis.
Isabel A. Ferreira
Ler esta notícia insólita e macabra neste link:
Ou o que lemos na imagem é uma anedota de muito mau gosto, ou o delírio de alucinados.
Uma coisa é certa os
«obviamente que não aceitarão o regresso de práticas de sadismo à cidade de Setúbal!!!
E obras com financiamento europeu!!!»
E obviamente que nem os setubalenses, nem o mundo civilizado aceitará. Daí que a senhora Maria das Dores Meira (CDU) bem pode tirar o cavalo da chuva, ou seja, perder as ilusões, uma vez que a autarquia de Setúbal não pode dar-se ao luxo de atirar dinheiro ao lixo. Os Setubalenses não permitirão.
Isabel A. Ferreira
Fonte touroeouro
«A Presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, assumiu em reunião com a Prótoiro, representada neste encontro que decorreu recentemente em Setúbal por Ricardo Levesinho, Presidente da Associação de Empresários e Hélder Milheiro, que a tauromaquia irá ter continuidade na cidade, anunciando ainda que as obras de remodelação da Praça de Touros Carlos Relvas poderão arrancar no início de 2021, altura em que esta espera ter todo o processo burocrático para a aquisição do imóvel, concluído.
Dores Meira, assumiu mesmo aos representantes taurinos que gostaria de terminar a sua carreira como autarca em Setúbal, uma vez que se encontra no terceiro e último mandato, com a questão da tauromaquia resolvida na Cidade, isto é, com a possibilidade de se darem espectáculos taurinos em Setúbal, na Praça de Touros que será agora convertida em espaço multiusos.
As obras da Praça de Touros Carlos Relvas estão projectadas para se realizarem em duas fases, numa primeira, toda a remodelação interior, corredores, curros, cavalariças, trincheira e bancadas, e numa segunda fase, com a colocação da cobertura e construção de parque de estacionamento subterrâneo, sendo que ambas as obras contam com financiamento europeu."
Comentários:
Alexandra Rúbio Com tanta coisa que faz falta em Setúbal dinheiros públicos para a praça não pode faltar! Olha se ela vir com olhos de ver a vergonha do hospital era que fazia um bom trabalho! Todo esse dinheiro para os profissionais de saúde que trabalham no caos e ainda levam na boca! Controlar bairros sociais, dar à VERDADEIRA CULTURA! Uma vergonha.
Carlos Dores Um belo cartão de visita para a cidade sem dúvida, uma vergonha. Ela que gaste o dinheiro em coisas úteis à população.
Fonte:
https://www.facebook.com/215677401926321/photos/a.1645732885587425/1645732815587432/?type=3&theater