É bom saber que a Póvoa de Varzim vai livrar-se do LIXO tauromáquico, e entrar para o rol das cidades civilizadas.
Maquete do novo pavilhão multiusos da Póvoa de Varzim - Foto: Amin Chaar/Global Imagens
Aproveitando a celebração do Dia da Cidade (16 de Junho) Aires Pereira, Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, anunciou que a Praça de Touros da cidade vai ser demolida para dar lugar a um pavilhão multiusos - a Póvoa Arena - que terá capacidade para três mil pessoas. O investimento é de sete milhões de euros e a obra deverá ser iniciada antes do fim do corrente ano. O novo pavilhão será utilizado para grandes concertos, feiras, conferências e actividades desportivas. Terá zonas de comércio e uma cobertura ventilada. O que só beneficiará a cidade.
A demolição do edifício, de acordo com Aires Pereira, prende-se ao estado de degradação da estrutura, que não permite salvar nada da antiga arena de tortura. O autarca referiu que aquilo que começou por ser um problema, revela-se uma oportunidade, porquanto ao demolir a praça, a autarquia aproveitará para fazer uma cave, onde serão alojados todos os serviços da Câmara, restando mais área para o comércio e para a utilização do recinto.
Conforme é visível na maquete, a nova arena manterá a forma circular. Para que não se esqueça que aquele lugar foi um lugar onde durante 70 anos se torturaram bovinos para divertir sádicos e psicopatas? Ficará no rol da triste memória, tal como o Coliseu de Roma.
O concurso para a empreitada será aberto já no próximo mês de Julho, e espera-se que a demolição comece já a seguir ao Verão, e a obra antes do fim do ano. Depois, aguardar-se-á ano e meio até que esteja concluído a nova arena, agora sim, de espectáculos. As touradas nunca foram espectáculo, tão-só uma actividade cruel e violenta e indigna dos seres humanos.
Recorde-se que a arena de tortura de Touros da Póvoa de Varzim foi inaugurada em Junho de 1949. Em 1983 foi comprada pela Câmara. Nos últimos anos, acolhia apenas duas a três touradas por época.
Em Junho de 2018, a Póvoa de Varzim declarou-se cidade anti-tourada, dando-se início ao processo de reconversão da praça. Espera-se, entretanto, que a placa indicativa da “Praça de Touros”, plantada em frente ao antigo “Diana Bar” seja dali retirada. É que tal placa não combina com uma cidade anti-tourada.
Isabel A. Ferreira
Fonte da notícia e da imagem:
«A Póvoa de Varzim virou, em definitivo, uma página da sua História»
lê-se no site deste município.
O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, já tinha anunciado, na passada semana, que a Praça de Touros, uma vez feito o investimento de cinco milhões de euros previsto para transformar aquele espaço num pavilhão multiusos, deixaria de acolher touradas. Anteontem, porém, o autarca declarou o concelho anti-touradas, afirmando que “o corte inevitável com uma “tradição” que, tendo feito o seu caminho e prosseguido o seu objeCtivo, não tem, nos nossos dias, razão de ser”.
(Ressalvamos o termo “tradição”, porque jamais as touradas foram uma tradição, mas tão-só um costume bárbaro, introduzido em Portugal pelos monarcas espanhóis (os três Filipes) quando se apoderaram do nosso território, e que depois de terem sido “devolvidos” a Espanha, o povo português, que tanto gosta de estrangeirismos, adoPtou cegamente, e hoje, em plena República, e com um governo socialista, ainda se mantém, em Portugal, esta reminiscência da grosseria monárquica.
Lê-se igualmente na notícia que «depois de proibir a utilização de animais selvagens em “espeCtáculos” de circo (mesmo antes de ser proibido por lei), o que também ressalvamos, uma vez que depois desta declaração foi permitido um circo com animais, no concelho, e de criar mais condições para a população canina, quer no Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia (onde se não fazem abates), quer nas instalações de “A Cerca” (associação de voluntários com foi estabelecido protocolo de suporte à sua aCtividade), e depois de, com esta associação e os Bombeiros Voluntários, ter criado a Ambulância Animal para socorro de animais em sofrimento na via pública, a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim aprovou, por unanimidade, a interdição de corridas de touros ou outros “espeCtáculos” que envolvam violência sobre animais a partir de 1 de Janeiro de 2019, e aqui ressalvamos o termo “espeCtáculos”, por esta barbárie não constituir um espeCtáculo, mas configurar, isso sim, uma prática selvática de origem monárquica.
Esperemos igualmente que nesta boa vontade a favor do bem-estar animal, esteja incluída a abolição do tiro aos pombos e da batida às raposas, esta última, uma prática perpetrada pelo clube de caçadores da Estela.
Aires Pereira, presidente do município poveiro, esclareceu ainda que “com a progressiva perda de público dos “espeCtáculos” tauromáquicos (mais acentuada a norte que a sul), refleCtida numa queda global de 50% nos últimos 7 anos, as praças de touros do Norte passaram a ter um uso residual.»
Acrescentou ainda Aires Pereira que «ultimamente, apenas se realizavam duas touradas por ano naquela praça e que a sociedade se tem vindo a posicionar de forma diferente em relação a essas corridas: há uma outra sensibilidade em relação às touradas, as novas gerações olham-nas de forma diferente, este ano já não se fizeram garraiadas nas festas académicas e a Câmara decidiu dar um novo uso àquela praça».
Muito bem, senhor presidente.
Os poveiros civilizados ganharam, e a Póvoa de Varzim acaba de dar um passo relevante em direCção à Evolução. Que não haja a mínima possibilidade de retrocesso. E que este passo fique aqui registado, para que se conte e se faça História.
Isabel A. Ferreira
VER PARA CRER…
Numa entrevista à Rádio Onda Viva, Aires Pereira, Presidente da Câmara Municipal a Póvoa de Varzim, anunciou o fim das touradas na praça de touros da Póvoa de Varzim. As duas a realizar este ano serão as últimas. Diz-se.
Repare-se que se diz fim das touradas na praça, não se diz fim das touradas na Póvoa de Varzim.
Diz-se que o edifício será reconvertido para a realização de eventos culturais e desportivos, tal como aconteceu em Viana do Castelo.
Isto só vendo para crer. No ano em que Aires Pereira elevou a Póvoa de Varzim a “Cidade Amiga dos Animais” realizaram-se logo duas ou três touradas… Os Touros e os Cavalos não serão animais?
Gostaria de acreditar nisto.
As touradas podem até terminar na praça, mas onde os caçadores da Estela farão o seu evento troglodita? Numa arena amovível algures ali para o lado do Parque da Cidade?
Porque não elevar a Póvoa de Varzim a Cidade Livre de Touradas?
O compromisso terá de ser FIM.
E FIM é FIM.
Só esperando, para ver e depois crer.
Isabel A. Ferreira
Fonte:
Uma localidade, seja cidade, vila ou aldeia que mantém activa uma arena de tortura de seres vivos indefesos, para diversão, sofre de um monumental atraso civilizacional.
in Dicionário Universal da Evolução da Humanidade
Até quando os poveiros terão de pagar a “factura” de viver numa cidade tão atrasada civilizacionalmente?
O presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, mostrou-se indisponível para retirar a cidade do Livro Negro da Tauromaquia, ao manter esta actividade selvática, pela quantia de oito mil euros.
Na vizinha Espanha, o antro que espalhou no mundo a barbárie tauromáquica, são às centenas os municípios que estão a abolir diariamente esta prática medieval e sádica (ainda legal), incompatível com a civilização, a modernidade e a evolução da Humanidade, estando-se nas tintas para a "legalidade" do crime.
Em Portugal, onde há por hábito adoptar o lixo estrangeiro, de qualquer proveniência, marca-se passo na evolução, e os governantes teimam em apoiar, ainda que disfarçadamente, com a desculpa da “legalidade” deste crime contra a Natureza Animal, esta selvajaria que não dignifica os “omens” que a praticam, a apoiam, a promovem e a aplaudem, e que se dizem “racionais”, desconhecendo, por completo, o conceito de racionalidade.
Um só Touro é muito mais racional, do que todos os tauricidas do mundo juntos.
A notícia veio da autarquia.
Afinal, era verdade: os impostos dos portugueses também serviam (e noutras autarquias continuarão a servir) para financiar a selvajaria tauromáquica, ao contrário do que dizem os tauricidas.
E pensar que quanto dinheiro do meu bolso saiu (e continua a sair) para financiar algo que abomino do mais fundo das minhas entranhas!
Apesar de os autarcas da Póvoa de Varzim não estarem ainda predispostos para elevar a Póvoa de Varzim a Cidade Anti-Tourada, a exemplo do que fez Defensor Moura, em Viana do Castelo, o primeiro e, até hoje, único autarca português, que teve a coragem e a hombridade de derrubar barreiras e quebrar grilhões e limpar a cidade da qual era presidente da Câmara, do lixo tauromáquico; apesar da falta dessa coragem por parte dos autarcas poveiros, deu-se um passo em frente.
A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim vai deixar de apoiar touradas que se realizem na cidade, mas a arena continuará de portas abertas à selvajaria tauromáquica enquanto a lei o permitir, disse o presidente da Câmara, passando a autarquia a cobrar oito mil euros pelo aluguer do recinto.
Aires Pereira, presidente do município poveiro, referiu que era tradição a Câmara Municipal oferecer a praça de Touros às entidades que promovem o que ele chama de “espectáculo”, ficando essas entidades isentas do pagamento do aluguer da arena.
Além dessa isenção, refira-se que toda a despesa que daí resultava era paga com os dinheiros dos poveiros, quer fossem aficionados ou não, dinheiros públicos, oriundos dos nossos impostos.
Assim sendo, todas as touradas que se realizarem na Póvoa de Varzim, a partir de agora, já não contarão com a aposta de dinheiros públicos.
Aires Pereira, embora pudesse ter tomado uma atitude que realmente marcasse firmemente uma nova etapa na forma como a Póvoa de Varzim pretende relacionar-se com os animais não humanos, como referiu, preferiu manter as portas da arena abertas, e não proibir a realização de touradas, enquanto a lei permitir a prática desta selvajaria.
O que acontecerá é que a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim “não mais irá investir o dinheiro dos contribuintes poveiros” nesta barbárie.
Do mal, o menos.
Contudo, a grande prova irá ser a realização ou não, da tourada que o clube de caçadores da Estela, que recebe subsídios camarários para as suas actividades predadoras, (caça desportiva e batida à Raposa permitida dentro do Concelho), promove de uns anos a esta parte; e pelas touradas promovidas pela RTP, que utiliza dinheiros públicos para estas iniciativas nada civilizadas, apesar de “legais”.
Os contribuintes continuarão a pagar ou não? Eis a questão.
Oito mil euros, não são oito euros. A ver vamos.
Projectos de Pavilhão Multiusos para a arena tauromáquica da Póvoa
Existem, há bastante tempo, dois excelentes projectos, um apresentado pelo Arquitecto Joaquim Garcia, e outro pelo Comandante Manuel Figueiredo (enquanto deputado municipal), para transformar a arena da tortura de touros da Póvoa de Varzim num pavilhão multiusos, que poderia ser aproveitado para a Cultura Culta: congressos, feiras, exposições, concertos musicais e outros espectáculos, patinagem artística, dança, encontros literários, festas para crianças, feira do livro, exposições, teatro, cinema, conferências, e até competições desportivas, enfim, tudo onde não cabe a tortura de seres vivos, projectos que sempre foram rejeitados pelos sucessivos dirigentes poveiros.
Ainda não foi desta.
No entanto, aqui deixo o meu apreço pela atitude de não se pretender apoiar as touradas com dinheiros dos contribuintes.
Esperemos que não saiam “disfarçados”, como os apoios europeus camuflados em ajudas para a “agricultura”.
É que gato escaldado…
A Póvoa de Varzim deixa também de possuir um canil de abate de animais
Lê-se na notícia que a presença da Nucha no Salão Nobre dos Paços do Concelho marcou uma nova etapa na forma como a Póvoa de Varzim pretende relacionar-se com os animais (não humanos).
A Nucha é uma cadela recolhida pel’A Cerca – Abrigo de Animais Abandonados, com sede na Vila de Rates e, posteriormente, adoptada por uma voluntária.
Diz-se que esta foi a primeira vez que um animal entrou no Salão Nobre.
(Não foi. Porque todos os que já lá entraram são animais, incluindo a minha pessoa, que já lá entrou muitas vezes. Mas isto é apenas um detalhe.)
Aproveitou-se a ocasião, para se assinar um protocolo entre a Câmara Municipal e A Cerca, que irá pôr fim ao abate de animais por parte do Canil da Póvoa de Varzim.
Aires Pereira referiu que esta assinatura não se resume à “atribuição de um subsídio, mas converte-se no “assumir de uma parceria, de um compromisso para a resolução de um problema. Por ano, e em média, eram mortos 80 animais no Canil Municipal por este não ter condições para albergar mais do que 50. A Câmara vai aumentar o seu canil para que o número de animais possa também aumentar mas, uma vez atingido o número limite no Canil, A Cerca irá recolhê-los e tentar arranjar-lhes famílias”.
Mas deixamos aqui um alerta: famílias responsáveis, o que nem sempre acontece.
Touros e cães foram contemplados nesta abertura do município poveiro para a tal nova etapa na forma como a Póvoa de Varzim pretende relacionar-se com os animais não humanos.
Falta acabar com a batida á Raposa e com a caça desportiva no tal clube de caça da Estela; o tiro aos pombos, no Clube de Tiro de Rates; as lutas de cães (clandestinas e ilegais, mas que ainda se fazem); a corrida de galgos, enfim…
Todos somos animais e, desde o momento exacto em que nascemos para o mundo, todos temos o direito a uma vida digna e livre das garras do animal homem-predador.
Isabel A. Ferreira
Centenas de cobardes matadores, apoiados pelo Presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, José Macedo Vieira, caçador e aficionado de touradas, foram até àquele município com o propósito de libertar o instinto primitivo e cruel que os afasta da ESPÉCIE HUMANA.
Mataram, por prazer, milhares de inocentes, inofensivos e indefesos pombos, enquanto voavam para o que poderia ser a liberdade deles.
Chamaram-lhe “copa do mundo”
Como é belo o voo de um pombo.
Como é monstruosa e rude esta prática de tiro aos pombos.
Aqui deixo o meu tributo aos pombos assassinados, e o meu mais veemente repúdio pelo acto repugnante das carcaças de gente sem alma, que os mataram por puro prazer.
Isabel A. Ferreira
O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Dr. José Macedo Vieira, responsável pela permissão deste evento bronco, além de ser aficionado de touradas é caçador.
Frequentou uma Universidade. É médico-cirurgião.
Mas nada aprendeu sobre o sofrimento animal.
É também adepto do Tiro aos Pombos...
Os Pombos, naturalmente…
Este pombo transporta a flor branca, que as pessoas são convidadas a deixar numa taça, e no Dia Mundial da Paz (1 de Janeiro) ir atirá-las ao mar, num gesto de (falso) “amor à Humanidade”, porque o amor à Humanidade, implica fazer dele um exemplo de VIDA…
Este é o pombo que, depois de estar preso numa gaiola, é libertado, e em pleno voo, de uma liberdade envenenada, será atingido por um tiro, e morrerá ou não, conforme a pontaria do matador… E se não tiver morte instantânea, ficará numa dolorosa agonia, até dar o último suspiro… E chamam a isto “grande competição”…
Estes são os que, hipocritamente, seguem o pacifismo de Mahatma Gandhi, aquele que disse:
Estas são as caras da chacina dos pombos, caras e nomes que ficarão para sempre ligados a uma prática tão sanguinária quanto primitiva.
E não me venham dizer para não “misturar as águas”, e que uma coisa nada tem a ver com a outra. Quem promove o Encontro pela Paz, promove a chacina dos Pombos. E é como diz Gandhi:
***
Posto isto vou transcrever a carta que dirigi aos autarcas poveiros, e que caiu em saco roto, pois rotos são os valores que eles defendem…
Póvoa de Varzim, 27 de Novembro de 2012
Exmo. Senhor Doutor Luís Diamantino,
Digníssimo Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim
C/C Doutor José Macedo Vieira
Digníssimo Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim
Exmo. Senhor:
(…) Não posso compactuar com uma “cultura” que está em pleno pé de igualdade com a outra “cultura” e “arte” que a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim mete no mesmo saco: a tauromaquia (com vacadas, agora em Rates) e o tiro aos pombos, também em Rates. Actividades dignas apenas de trogloditas.
Como acreditar em quem quer “vender gato por lebre” a cidadãos que amam a CULTURA CULTA e repudiam a cultura inculta?
A Póvoa de Varzim é uma cidade tauromáquica. Em 2013 receberá o campeonato de tiro aos pombos, uma actividade que além de incluir uma infinita dose de covardia, tal como a outra, é de uma asquerosidade inenarrável. E ainda há o apoio ao Clube de Caçadores da Estela, com a sua horripilante “Batida à Raposa”, um acto de gente medieval. E a Caça Desportiva? E o campo de concentração dos cães, no Horto Municipal? E a permissão de circos, com animais aprisionados e maltratados, em território poveiro?
Que cultura da violência e crueldade é esta, numa mesma cidade, Doutor Luís Diamantino?
Como cidadã portuguesa, não posso deixar de manifestar o meu repúdio pela prática de actividades violentas, primitivas, cruéis e ofensivas para com os Animais e a Natureza, e a sensibilidade de quem é verdadeiramente Culto, num município (…) que se diz da “cultura” e do lazer e onde até é “bom viver”. Que legitimidade tem este slogan?
As touradas, as vacadas, o tiro aos pombos e todas as formas de violência contra animais não humanos são rituais sanguinários e primitivos, os quais, infelizmente, permanecem até aos dias de hoje, no nosso país terceiromundista, mas que estão completamente ultrapassados e que não se justificam nos tempos em que já se colocou os pés na Lua.
Sabe disso, não sabe, Doutor Luís Diamantino?
E a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim até pode dizer que tudo isso é permitido por lei. Será? Mas também sabemos que os municípios FOGEM à aplicação das leis quando INTERESSES MAIS ALTOS SE LEVANTAM. E aí já podem “fugir” à lei.
E a mim, Doutor Luís Diamantino, não adianta dizer que não é bem assim, porque particularmente eu SEI (…), mas o povo português também sabe das falcatruas que determinados autarcas fazem para “dar a volta às leis” e prevaricarem em benefício próprio, inclusive com o aval de autoridades também corruptas.
E no caso dos maus-tratos a animais nem seria preciso fazer falcatruas, bastava apelar para a DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DOS ANIMAIS (que Portugal assinou para “inglês ver”) ou apelar para a CONSCIÊNCIA HUMANA dos autarcas poveiros. Ou outras vias mais terra-a-terra, como fazem noutras circunstâncias.
Além disso, existe algo que uma pessoa DIGNA não faz: «quando alguém compreende que é contrário à sua dignidade de HOMEM obedecer a leis injustas, nenhuma tirania pode escravizá-lo», quem o disse foi um HOMEM INTEIRO – Gandhi.
É o que eu sigo. Correndo riscos e arcando com as consequências, é o que eu sigo.
Estas práticas são de uma violência extrema e de uma enorme falta de respeito para com os animais não humanos, provocando-lhes um sofrimento indizível e inútil, tanto físico como psicológico, apenas para que uns poucos encham os bolsos e os sádicos aplaudam e dêem aso às suas fantasias obscuras.
Admira-me o Doutor Macedo Vieira, como médico, não saiba nada de Ciências Biológicas, de Ética e de Mamíferos Superiores. E do sofrimento REAL de que eles padecem ao serem torturados. Tanto quanto um ser humano. E ele tinha OBRIGAÇÃO de saber disso.
E diz-se o Doutor José Macedo Vieira um “humanista”!!!
Se ele não sabe, e “estudou” Medicina, como poderão saber os ignorantes aficionados e matadores de pombos, que não estudaram nada de nada?
E o Doutor Luís Diamantino, que frequentou uma Universidade, que é professor? Que valores humanos tem para ensinar aos seus alunos, aos seus filhos, se é conivente com esta barbárie?
A tauromaquia e o tiro aos pombos são actividades bárbaras, que em nada beneficiam os animais humanos e não humanos, que nelas são intervenientes, e que envergonham Portugal, no que se refere à maneira como os animais são tratados, e são absolutamente indignas do Ser Humano.
Num país que se quer civilizado e desenvolvido não se admite que animais sejam perseguidos, torturados e mutilados em nome do entretenimento e de uma cultura inculta.
E mais: «Como corolário de uma tradição religiosa que superlativou o homem como ser imortal, destinado à salvação e à ressurreição, distinguindo-o de todas as outras criaturas terrenas, a nossa civilização (?) despreza os animais e trata-os com uma crueldade inenarrável em nome da ECONOMIA, da CIÊNCIA e do ESPECTÁCULO», in «Da Imortalidade dos Animais», de Eugen Drewrmann (autor da obra «Funcionários de Deus»), cuja leitura recomendo veementemente.
Não pode considerar-se entretenimento e aplaudir-se algo que é extremamente cruel e sanguinário. Isto pertence ao foro das aberrações.
A esmagadora maioria da sociedade portuguesa, incluindo a poveira, afirma-se hoje contra esta obscena cultura de violência que as actividades lúdicas que envolvem brutalidade e crueldade contra seres vivos representam.
Nós queremos que a Póvoa de Varzim seja uma cidade realmente evoluída e progressista, onde os animais não humanos sejam bem tratados, protegidos e respeitados.
Só assim o «Correntes d’Escritas” e o Festival Internacional de Música e o Encontro pela Paz farão sentido nesta cidade. Em 2013, estes três eventos culturais não bastarão para disfarçar os PODRES da autarquia poveira. Algo terá de mudar.
(…)
Por isso venho apelar ao raciocínio humano, à lucidez, ao bom senso e à sensibilidade do Doutor Luís Diamantino, para esta questão, fazendo lembrar que estas são práticas indignas de seres que se dizem racionais.
É que os divertimentos onde são utilizados animais não são nada racionais. Pelo contrário, só demonstram a irracionalidade de quem os permite, apesar de existirem leis (parvas).
Peço, pois, a V. Exa. que, tendo em conta o acima exposto, se digne proceder a diligências no sentido de abolir na Póvoa de Varzim estas práticas primitivas, proclamando a Póvoa de Varzim Cidade Anti-Taurina, e anulando o campeonato de tiro aos pombos, e as restantes actividades, onde animais não humanos são torturados barbaramente.
Quando fui à inauguração daquele fatídico campo de tiro, em Rates, o Doutor Manuel Vaz (então Presidente da Câmara Municipal da PV) assegurou-nos de que ele seria apenas para tiro aos pratos. E nesse tempo eram os pratos que na realidade levavam os tiros.
E o que faz o Doutor José Macedo Vieira? Coloca nos pratos os inocentes pombos, mortos a tiro, desalmadamente (alguns ficando vivos, em agonia lenta), e deixa os pratos intactos.
Aproxima-se o “Correntes d’Escritas”. Muitos escritores não sabem que estão a participar numa farsa. A Cultura Culta não pode correr a par da cultura inculta que a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, também promove.
Esperamos que por ocasião do “Correntes” estas barbaridades já tenham sido banidas da Póvoa. Seria uma boa notícia para transmitir aos escritores, e a Póvoa e os seus actuais autarcas (que estão na lista dos proscritos) poderão elevar-se e dar um exemplo da Dignidade e da Humanidade que esperamos de quem tem a função de promover uma Cultura condizente com a evolução dos tempos e das mentalidades.
E acabariam o vosso mandato em grande.
E poderiam transformar a MONUMENTAL NÓDOA NEGRA DA PÓVOA DE VARZIM (vulgo, praça de touros), num belo anfiteatro coberto (aliás já houve um projecto nesse sentido), que pudesse receber o «Correntes d’Escritas» (que já não cabe no Auditório), e os concertos do Festival Internacional de Música, e o Encontro pela Paz…
Agradecendo antecipadamente a atenção de V. Ex.ª e, DESTA VEZ, ficando na expectativa de uma resposta a este apelo que espero seja positiva, para bem da cidade da Póvoa de Varzim, da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, dos seus governantes e dos poveiros, despeço-me com os meus melhores cumprimentos,
O que os autarcas poveiros estão a fazer é um insulto à população. Esperamos que esta saiba retribuir, não votando neles nas próximas eleições.
Isabel A. Ferreira