Este toureiro está a infringir a lei.
Estas crianças têm menos de 10 anos de idade.
O que é que as autoridades portuguesas têm a dizer?
Isto é uma forma de maus-tratos e uma violência psicológica contra crianças.
Eis a prova de que a tauromaquia está a chegar ao fim e de que vale mesmo tudo na tentativa de compor a lotação das praças!
Na foto, pode ver-se um toureiro a oferecer bilhetes para touradas a crianças, com menos de 10 anos de idade! Um escândalo!
Hoje, esteve em duas escolas, e já tem agendadas mais visitas a outras. Segundo afirmou à rádio Elvas (note-se que as palavras que se seguem são do próprio), o objectivo é:
– “Sensibilizar as crianças e os mais novos para que cada vez acudirem mais às praças de toiros e criar aficionados logo desde pequeninos porque é uma tradição que se está a perder aos poucos e poucos, se não formos nós próprios dentro da festa a criar esses aficionados e a divulgar o que é a corrida de toiros e mostrar o que é a nossa tradição aos mais novos, para que puxem os pais e puxem os avós para enchermos as praças”.
[Artigo na Rádio Elvas:
Fontes:
Marinhenses Anti-Touradas
***
Como disse, toureiro?
Sensibilizar crianças para a violência e crueldade?
Isto é uma forma de maus-tratos e uma violência psicológica contra crianças.
Selvajaria tauromáquica é tradição, toureiro?
Onde? Em que parte do Universo?
No Planeta Terra não é com toda a certeza.
Será apenas nos côncavos do crânio vazio dos que ainda não evoluíram. E só.
Quem é evoluído gosta de ver os Touros no prado, tranquilos, como merecem...
José Dores, deixou um comentário ao post «O TOURO DE LIDE PODE TRANSMITIR MOMENTOS DE TERNURA, EMOÇÃO E BELEZA» às 17:11, 2013-04-05.
Comentário:
Luís, Perca você um bocadinho do seu tempo e leia acerca de senciência animal. Sabe, eu já passei uma infância rica em experiências tauromáquicas.
Quando era criança e nos primeiros anos da adolescência vivia intensamente tudo aquilo que me pede para ler, aquilo que levei para o infantário no primeiro dia, para ter uma referência de casa foi um barrete de forcado e um touro de brincar que se vendia à porta das praças (tinha 2 anos quando fui para o infantário).
Via todas as touradas na TV, ia a muitas, não pagava bilhete, o meu ídolo era o António Ribeiro Teles, nos forcados era um que chamavam "loirinho", julgo que era dos amadores da Moita ou Santarém, lembro-me da alternativa do João Salgueiro, com o pai e avô, lembro-me do cavalo célebre do Bastinhas que ele usava para o par de bandarilhas, que urinava na praça.
Fui anos e anos seguidos às largadas de Vila Franca de Xira, onde me sentava em cima do muro que dá para linha e ver os touros passarem rente ao muro direitos à praça. Lembro-me de viajar horas até Santarém para depois voltar para trás por a praça estar alagada, tristíssimo por ter perdido o que poderia ser um espetáculo fabuloso.
Lembro-me de ir à Moita ver as largadas e depois as Touradas, com pelo menos um toureiro a pé, que era fora do vulgar. Lembro-me de ir à Feira da Santarém e ficar na bancada da largada. Lembro-me das bancadas da praça de Évora serem minúsculas, as pessoas encaixavam os ombros entre os joelhos das pessoas na fila de cima, chamavam aquilo de "galinheiro".
Lembro-me dos nomes dos toureiros, ganadeiros, forcados, bandarilheiros, cavalos, etc.
Tinha em casa, em miúdo, bandarilhas verdadeiras com um bocado de cortiça na ponta, que vendiam às portas das praças, adorava aquilo.
Depois de tudo isso perdi o meu tempo a aprender o que eram os animais, o que se passava ali realmente, vi com os meus olhos que, ao contrário do que diziam, o touro sofre e o intuito é ganhar dinheiro e mais nada.
Por isso a mim não me falta ver nada da tauromaquia, falta-me acabar com ela!
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José Dores, a tauromaquia está morta.
Falta apenas enterrá-la.