Um excelente texto, do Movimento Não À Vaca das Cordas, onde se conta a verdade mais verdadeira sobre as touradas à corda.
Mas isto, os socialistas monarquistas, que apoiam as touradas à corda nos Açores, não vêem, tanta é a cegueira mental!
Foto 1: Touro morre na tourada à corda nos Açores e ninguém o socorre, e riem e gozam a sua morte, não nos digam que evoluíram, porque não é verdade!
Foto 2 - Touro desmaia e entra em colapso, na Ilha Terceira.
Texto de Movimento Não À Vaca das Cordas
«Não, os touros não se ferem…» Dizem eles… Nem sequer sabem o significado de ferir… nem o que é tortura psicológica…
«Como sempre os aficionados com as suas enxurradas de mentiras. Os aficionados são mentirosos compulsivos e importa esclarecer a verdade aos que desconhecem o que é a tortura de bovinos com cordas.
1.º Torturar animais com cordas não é uma festa, é uma aberração para divertir psicopatas;
2.º Nas touradas à corda os touros são feridos, aterrorizados, cansados, humilhados, cuspidos, pontapeados, atirados ao mar, esganados e embriagados à força. Muitos touros morrem de exaustão, de fracturas graves derivadas das frequentes quedas ou morrem de golpes de calor.
3.º Os bovinos torturados não servem para alimentar ninguém. Ou seja, as touradas à corda para além de cruéis, são totalmente inúteis. As vacas de qualquer tipo podem dar leite, e as ditas "bravas" não são excepção. No passado o leite dessas vacas foi mesmo importante para o sustento de várias famílias na Terceira. A extinção dos bovinos é uma ficção ridícula da gente que vive da indústria da tortura de animais.
4.º Os touros explorados nas touradas à corda não têm vidas de luxo. A vida dos bovinos nas ganadarias são tentas (tortura de bebés), ferras (queimadelas com ferros em brasa), separação de bebés das mães à paulada, treinos, abstinência sexual forçada (bovinos machos vivem isolados gerando manadas instáveis, onde imperam as lutas e os consequentes ferimentos e mortes). A maioria dos bovinos não tem acesso a cuidados veterinários. As feridas e ossos partidos nas touradas à corda curam-se ao ar livre por si só. Um touro famoso das touradas à corda morreu com problemas cardíacos enterrado no próprio esterco, sem cuidado veterinário algum, em agonia, enquanto era filmado.
5.º A tourada à corda prejudica gravemente a economia dos açorianos. Milhões de euros são desviados para sustentar meia dúzia de famílias da tauromaquia, enquanto importantes investimentos em infra-estruturas e serviços à população ficam por fazer. A violência da tourada à corda repele a afluência de turistas, apenas atraindo pessoas embriagadas, delinquentes com problemas de integração social e psicopatas insensíveis ao sofrimento dos animais.
A tourada à corda é uma prática tauromáquica tão grosseira e maléfica quanto qualquer outra.
Um Touro é um animal. E sofre tanto como nós, que também somos animais. E não é de pau. Portanto, não é um brinquedo. E as ruas e as cordas não fazem parte do seu habitat natural.»
Assine a petição, confirme no seu e-mail e partilhe, o seu apoio é muito importante: http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT89816
Fonte: https://www.facebook.com/eu.digo.nao.a.vaca.das.cordas/posts/1277756725660284
O falso movimento “Coimbra dos Estudantes”, que não é um “movimento de alunos” mas uma usurpação da identidade do “ser estudante de Coimbra,” pois sabemos que são prótoiros e não representam a Academia Coimbrã, mas tão só a máfia tauromáquica, anda por aí a “garantir” que vai manter o costume bárbaro da garraiada (isto jamais foi tradição) e pondera realizá-la em Coimbra, e não na arena de tortura da Figueira da Foz, porque (e agora vem o mais delirante) valores democráticos da academia devem garantir que alunos possam escolher participar na tal actividade selvática, visivelmente em decadência.
Como disseram prótoiros?
Valores democráticos? Sabem lá o que isso é! Sabem lá o que é Liberdade! Democracia! Nada disso tem a ver com a selvática prática tauromáquica.
Veja-se neste vídeo, que mostra a garraiada coimbrã, de 2017, os milhares de estudantes na assistência…
Então não é que, democraticamente, 70.71% dos verdadeiros estudantes de Coimbra votou contra a continuidade da barbárie, contra 26.69% a favor, e os protóiros vêm falar em “valores democráticos a garantir, para a banda errada? Para a minoria? ACORDEM!
Isto em DEMOCRACIA significa que os estudantes trogloditas PERDERAM, logo, os valores democráticos estão assegurados, pela esmagadora maioria, que votou contra a selvajaria.
É assim que funciona a DEMOCRACIA, ó prótoiros!
Ficaram tão vesgos com a derrota que não conseguem ver um palmo adiante do nariz!
E os protóiros andam por aí a dizer mais esta coisa fantástica: vão organizar a garraiada durante a Queima das Fitas, mesmo que o Conselho de Veteranos decida excluir dela esta selvajaria que, há 115 anos, conspurca a Academia Coimbrã.
A isto chama-se “democracia à protoiros”.
Vão estrebuchando! A morte tem destas coisas: estrebucha-se como os Touros nas arenas, quando levam a estocada final.
As garraiadas em Coimbra levaram a estocada final, e os seus mentores contorcem-se à beira dos estertores da morte.
E como se estes delírios de moribundos já não chegassem, atiram-nos com irregularidades inexistentes, coisas que eles têm por hábito fazer e acham que todos são iguais a eles, como se todos fôssemos muito estúpidos. Além disso, não aceitam a evolução, e apesar da esmagadora VITÓRIA do NÃO a esta selvajaria, eles acham que num universo de 5.638 alunos 70.71% é a minoria, e 26.69% é que é a maioria.
Se bem que não concorde que se referende a tortura de um ser vivo para divertir um bando de beberrões, este Referendo como diz a minha amiga Amália Carrilho, foi óptimo para aferir a quantidade de parvos que ainda acham que garraiada é sinónimo de Cultura Culta e Identidade de Coimbra.
Ainda bem que que a verdade veio ao de cima: aferiu-se que afinal, num universo de 5.638 estudantes, apenas 26.69% são parvos.
Dizem os protóiros que estão duas opções em cima da mesa deles: continuar a realizar a garraiada na Figueira da Foz ou o regresso da garraiada à cidade de Coimbra.
Pois… O regresso da garraiada a Coimbra implica algumas licenças. E então há duas opções em cima da outra mesa: ou violam a lei, ou não realizam a garraiada. Mas se ainda assim a realizarem, será à revelia, e esta não será incluída no Programa da Queima das Fitas, nem em nome da Academia de Coimbra, porque, pura e simplesmente e inequivocamente, esta declarou-se CONTRA esta prática selvática.
Acordem para a nova realidade.
Coimbra livrou-se do cancro que vocês, prótoiros, representam para a sociedade. E uma coisa é certa, os estudantes poderão continuar a viver a Cultura Culta inerente à Universidade de Coimbra, com a exclusão das garraiadas.
Isabel A. Ferreira
Fonte do estrebucho dos derrotados:
http://www.touradas.pt/noticia/queima-das-fitas-de-coimbra-vai-ter-garraiada-em-2018
Exmo. Senhor Presidente da República,
Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva,
Excelência,
Concedo-me o direito e a liberdade de escrever a Vossa Excelência depois de ter tomado conhecimento de que, no próximo dia 23 de Julho, será entregue a Medalha de Mérito ao Grupo de Forcados Amadores de Santarém.
Como é do conhecimento público, na sua origem a Ordem do Mérito tinha, entre outros, o objectivo de laurear actos de benemerência pública e actos cívicos que se reflectissem no progresso e prosperidade do País.
Foi com inaudita surpresa, pois, que fui informada de que Vossa Excelência ia premiar um grupo de indivíduos que se dedica unicamente a massacrar um animal, naquilo a que chamam “pega”, numa tourada, quando o Touro já está completamente enfraquecido, moribundo, não só pelas hemorragias internas causadas pelas farpas que lhe foram espetadas, mas também por todo o stress provocado pela sua retirada do pasto e o transporte até à arena, e por toda a actuação cruel anterior à intervenção dos forcados.
É completamente inconcebível ver nesta prática cruel qualquer vislumbre de mérito, por muita imaginação que possamos ter, ou que benefício possa trazer à República Portuguesa, a não ser a desonra.
Esta condecoração é, na opinião de todas as pessoas civilizadas e cultas do mundo, uma afronta a quem realmente se dedica ao serviço comunitário, ao avanço do país, e à sua boa imagem.
A indústria tauromáquica já só existe em oito países dos 193 que existem no Mundo e está, cada vez mais, a ser condenada e repudiada pela opinião pública mundial.
Em 2014, o Comité de Direitos das Crianças da ONU recomendou a Portugal para que tomasse medidas que afastassem as crianças da violência física e psíquica que tal prática representa, contudo, esta recomendação caiu em saco roto, pois existem algumas crianças, em Portugal, que continuam a frequentar os antros de violência tidos como “escolas de toureio”, e a presenciar esta brutalidade e crueldade gratuitas sobre um ser vivo, nas arenas portuguesas, sem que autoridade alguma intervenha.
Os próprios países que ainda mantêm a prática tauromáquica estão, aos poucos, a aboli-la, seja estatalmente ou declarando algumas das suas cidades e vilas livres desses exercícios de violência.
Por tudo isto, solicito a Vossa Excelência que reconsidere esta condecoração e que tome em consideração que Portugal, como um país integrado numa Europa que se quer civilizada, deveria dar um bom exemplo e premiar quem dá um contributo educativo e positivo, ao nosso País, em vez de passar a mensagem de que a violência e o derramamento de sangue de seres vivos indefesos e inocentes devem ser recompensados.
Confiando que Vossa Excelência tomará a decisão mais civilizada e pedagógica para que Portugal não seja enxovalhado no mundo moderno e culto, e especialmente para que os mais jovens, se revejam em valores humanos e não em crueldades, e aprendam a respeitar todos os seres, como é da ética e dos bons costumes, despeço-me com todo o respeito,
Isabel A. Ferreira
(Adaptada da carta original da Associação Animal)
Texto de Rui Leite Melo
Volta e meia, surgem espontaneamente entre nós movimentos cívicos, grupos de opinião ou tão simplesmente vozes isoladas que defendem opiniões, posições e atitudes que, para utilizar uma palavra actual, se tornam “virais”, dado o senso comum em que se sustentam.
E que mais cedo não surgem por conveniente conforto daqueles que não se querem chatear em fazer barulho, deixando a defesa da razão para outros mais afoitos. Como eu…
Uma destas situações tem a ver com divisão (cada vez mais desequilibrada), sobre o destino dos nossos touros que por aí pastam.
Quem diz touros diz touradas, quem diz touradas diz da ainda existente linha ténue que separa o homem civilizado pelo respeito que tem com os seus seres que partilham o milagre da vida.
Pergunto-me porque coube ao gado vacum o indigno e injustificável papel de ser o animal que serve de risota, de raiva e de sede malvadez para os humanos. Atente-se ao seguinte: cães atraem multidões para desfiles de beleza; gatos e coelhos são preciosidades escovadas diariamente e alimentadas ricamente enquanto dormem em locais aconchegantes; pássaros, de que tamanhos forem, são regalo para a vista, competidores em exposições, merecedores de prémios; os cavalos, bem, os cavalos são o supra-sumo do reino animal domesticado, aplaudidos sejam em corridas, seja em outras actividades equestres e/ou de trabalho); em certos peixes investem-se milhares no seu bem-estar.
Até a palavra aquariofilia foi criada para enquadrar tal respeito por tão peculiares bichos. Até as cabras apelam aos nossos mais ternos sentimentos.
E se assim é entre os que dominamos, não é muito diferente o que se passa no reino selvagem, onde quase todas as espécies são protegidas, excepção talvez feita ao mosquito.
Ora, de fora de tudo isto está o dito gado vacum, seja a vaca, o boi ou o touro, os eleitos sem eleições para serem os protagonistas da nossa hipocrisia.
Claro que com tudo o que escrevi até agora, assumo frontalmente o meu desdém absoluto por quem defende touradas, sejam “corridas picadas”, sejam “à corda”, sejam como forem.
E mais me espanta que, após tantos séculos de evolução sócio-intelectual, ainda se discuta a continuidade ou não de tais barbáries.
Meus caros, há nove séculos, quando pela primeira vez se registaram a realização de “touradas”, esquartejavam-se, empalavam-se e queimavam-se pessoas. As coisas mudam.
Daí a minha exultação sobre a crescente adesão à petição intitulada “Corridas picadas nos Açores NUNCA”, resposta pública à alegada intenção de alguns deputados da nossa assembleia em que se legalize a prática tauromáquica “sorte de varas” ou “corrida picada”, nos Açores.
Por amor de Deus, enquanto alguns parlamentos do mundo ocidental gastam milhões da preservação de espécies que não valem mais do que não ser a de existirem, neste fim-de-mundo quer discutir-se quantas bandarilhadas se pode enfiar no cachaço de um animal atirado a uma praça para uma luta desigual e violenta que devia ser riscada, ou melhor, censurada, dos livros de História dos Açores.
O mesmo digo para a tourada à corda. Perdoem-me a ignorância e falta de sensibilidade açórica, mas onde está a graça de dois ou três moçoilos cegos de bêbados fugirem aos tropeções de ou touro (ou vitelo) preso por uma corda ao pescoço. Que masculinidade, que bravura.
Ou… que tacanhez. Melhor seria que tais corajosos machos ocupassem o seu tempo a ver a “Casa dos Segredos”.
Pois é senhores ganadeiros de ilha amiga, possuidores de boa barriga e vistoso bigode, isto dos touros está por um canudo.
Quem manda já gostou mais da coisa, e quem já gostou mais da coisa, tem mais com que se entreter. Naturalmente, as coisas compõem-se. E muito mais depressa com petições públicas.
Termino, acrescentando uma nota pessoal: a minha inimizade e repulsa com a dita tauromaquia surgiu precocemente, muito antes de saber o que seria ter opinião própria.
Foi aquando do surgimento da RTP-Açores.
Num certo dia da semana (ou do mês), havia um programa mais ou menos intitulado “Grande Corrida RTP”. Infindáveis horas a ver arlequins trajando collants de número inferior ao que das suas miudezas aclamavam e, ora a cavalo, ora a pé, era um tal enfiar facas num touro que se babava.
Aplausos, cornetas e mais cornetas, o povo (muita gente fina), exuberava. Tinha eu seis anos.
Quase quarenta anos depois, tropecei na série televisiva “Spartacus”, um desses canais por cabo.
Foi um (infeliz) regresso ao passado. Salve-se, invista-se nas nossas tradições. Mas naquelas que nos orgulhem.
Fonte:
http://www.correiodosacores.info/index.php/opiniao/13956-a-estocada-final