Quem deu a notícia foi a SIC, com grandes parangonas, destacando a Banda Filarmónica, a tocar o Paso Doble "A Tourada", para dizerem, logo ali, ao que vinham.
Para disfarçar falaram de comezainas, abordaram a “amizade da festa” e a terminar, um indefeso e desventurado Touro a ser assediado na rua… tudo com muita boçalidade à mistura…
Pergunto: as gentes de Benavente (vila portuguesa do distrito de Santarém) não conhecerão os divertimentos civilizados dos tempos modernos? Têm de se “divertir” a molestar um bovino indefeso, retirado do seu habitat, e fazer dele um brinquedo, como se ele fosse de borracha?
A criança da foto foi colhida por um Touro, em Benavente, durante uma largada de touros, aqui há tempos. Estava acompanhada daquele que tem o dever inalienável de a proteger, e não a protegeu: o progenitor. Portugal continua a não cumprir as suas obrigações e a fugir a responsabilidades que lhe compete, no que respeita à protecção de menores, que são expostos à violência da tauromaquia.
Os de Benavente saberão que a "largada de Touros” é uma prática medieval, cruel e violenta, e não é coisa que se ofereça aos olhos das crianças, como se fosse um divertimento civilizado? Isto não é normal, nos tempos que correm.
Isto ainda consta do rol dos divertimentos do século XXI D.C.? Sabem que os bovinos são mamíferos ruminantes, e como tal, pacíficos, e que é uma crueldade retirá-los do seu habitat e andar a assediá-los na rua, aos gritos, como se ali também fossem largados uns tantos doidos saídos de um manicómio?
Sabem que este tipo de "divertimento" pertence a um tempo medievalesco, que há muito ficou para trás?
Sabem que esta é uma coisa que não dignifica Benavente, nem educa as crianças da terra, no sentido da civilização?
Sabem que a "largada de Touros” é sinónimo de atraso civilizacional?
Se não sabem, estou a informar-vos.
Gostaria que esta minha informação vos fosse proveitosa, e que retirassem da vossa falsa “festa da amizade” a vossa profunda inimizade pelos Touros. Amizade significa sentimento de afeição e simpatia recíprocas, uma relação de entendimento, concordância, afinidade, entre dois ou mais seres, que podem ser humanos ou não-humanos?
Pois é! Uma “festa de amizade” onde se molesta psicologicamente e até fisicamente seres vivos, incluindo seres humanos, não é uma “festa de amizade”, é um castigo, configura uma prática de maus-tratos.
Espero tê-los sensibilizado no sentido de substituírem a “largada de Touros” por uma prática mais condizente com o século XXI, como por exemplo, um festival de música, com os cantores da moda. Ou um arraial de música popular portuguesa, que, isso sim, é cultura portuguesa.
Sabem, na semana passada fui a um arraial e fartei-me de dançar aquelas modinhas a que chamam música pimba. Adoro dançar música pimba, sabiam? Mas só nos arraiais das festas de aldeia e dos Santos Populares.
Não conheço Benavente. Gostaria de ir a Benavente dançar num arraial. Jamais irei a Benavente, enquanto não sair do rol das terras atrasadas civilizacionalmente.
O povo de Benavente merece melhor.
Aqui deixo esta sugestão civilizada. Garanto-vos que as crianças e até os adultos divertir-se-iam muito mais. E civilizadamente. Que é o mais importante. E Benavente deixaria de estar virada para trás.
Isabel A. Ferreira
UMA VERGONHA!
Considerar património cultural uma actividade medieval, que mantém magníficas aves em CATIVEIRO, é no mínimo repugnante.
Só se estiverem a referir-se a um património imaterial do HOMO PARVUS.
Por alma de quem, manter seres alados em cativeiro é património imaterial da UNESCO?
A candidatura reuniu 18 países, entre eles Espanha, Portugal e França (que também admitem touradas), mais os Emirados Árabes Unidos, a Síria e a Mongólia que são um exemplo menor de "humanidade"…
E veja-se qual o município português que lançou esta candidatura: Salvaterra de Magos, uma localidade tauricida, com um atraso civilizacional de séculos.
A prática do falcoaria, que mantém em cativeiro belíssimos falcões que, sendo aves de rapina, têm o direito de viver em liberdade, mantém-se inalterada desde o século XII. Até a vestimenta dos falcoeiros é ridícula, com paralelo na dos toureiros.
Em Portugal existe um fascínio patológico pelas práticas medievais, época em que, à falta de coisa mais civilizada, se usavam animais como divertimento.
A falcoaria começou por ser utilizada na caça, como meio de garantir alimentos (até aí compreensível) mas, dizem eles, foi ganhando outros valores ao longo dos séculos e «hoje é uma prática associada à camaradagem e à partilha de valores», à custa de seres alados que não podem voar em liberdade.
Que camaradagem e valores serão estes, assentes em tão baixos sentimentos humanos?
Dizem com muito orgulho, que esta “arte da caça”, ou seja, a «arte de matar animais cobardemente», como património da UNESCO, juntou-se à Arte da Olaria Negra de Bisalhães, à do Chocalho, à Dieta Mediterrânea, ao Cante Alentejano e ao Fado, que é tudo muito parecido com a arte de matar animais ou tê-los em cativeiro.
Shame on you, UNESCO.
Isabel A. Ferreira
Eu também não sabia, mas é o que diz um tal Nuno, num comentário que fez ao texto que escrevi sobre esta matéria.
E já viram uma vaca a comer uma pessoa, num momento de aflição?
Eu também nunca vi, mas o Nuno diz que sim.
Fiquei entre o rir e o chorar.
Mas é isto mesmo que os autarcas limianos, de mãos dadas com a igreja católica, passam a um povo já de si bastante rude, e que as autoridades fazem questão de manter ainda mais rude, para daí poderem tirar dividendos a abeirar o macabro.
Eis o comentário:
Comentário no post Hoje é dia de Ponte de Lima mostrar ao mundo o seu atraso civilizacional com a "vaca das cordas"
Acho uma falta de respeito tanto pela crônica como pelos comentários. Uma tradição é e será sempre uma tradição. É como ir a Fátima no 13 de Maio. E já que falam de coitadinhos dos animais, vocês comem o que? Bifes do supermercado? Então é isso vem de onde da prateleira? É lá que cresce? Acordem, porque se os animais tiverem aflitos é que nos comem a nós. Querem criticar critiquem, mas venham ver e sentir com o povo primeiro.
Nuno a 26 de Maio 2016, 23:14
(Um comentário sem comentário)
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A propósito da triste e inqualificável prática medieval que, anualmente, acontece em Ponte de Lima
José Costa, natural de Viana do Castelo, publicou na sua página do Facebook um pequeno painel cerâmico criado e executado por uma turma do 2º Ciclo, em aulas de E.V.T. (Educação Visual e Tecnológica) de uma Escola pública, onde (sabe ele, e sabemos todos nós), há Educação para a Cidadania e valores.
Sobre este painel, como em qualquer outra unidade de trabalho, houve uma pesquisa feita pelos ditos alunos, conversa na aula sobre o tema e depois cada um, criou o seu desenho, ao fim foi eleito um deles e realizado em cerâmica por quatro alunas também eleitas para o efeito. Há doze anos, a Escola, conserva-o louvavelmente, em uma das suas paredes.
Origem da imagem:
Este painel diz o seguinte:
A SOCIEDADE QUE SE DIVERTE COM O SOFRIMENTO NÃO É CIVILIZADA.
Não é.
E os limianos adultos, responsáveis pelo terrível sofrimento em que mantém um bovino, durante dois dias, para ser torturado nas ruas, e depois morto cruelmente para ser comido, que exemplo de CIVISMO e VALORES HUMANOS dão às crianças?
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FOI ISTO A “VACA DAS CORDAS” EM PONTE DE LIMA EM PLENO ANO DE 2016 DA ERA CRISTÃ
Repare-se na extrema crueldade que é arrastar um ser SENCIENTE pelas ruas, com uma turba a gritar histericamente.
O que se vê neste vídeo é a maior prova do atraso civilizacional em que vive mergulhada a velha vila de Ponte de Lima, cujos autarcas apoiam este costume primitivo e cruel, apenas por motivos €€conómico€€.
[O vídeo era tão cruel, demonstrava ao máximo a crueldade dos limianos para com um ser vivo, que teve de ser retirado da circulação, para que não se visse como esta gente é primitiva!]
E assim se mantém um povinho inculto e bronco, com o apoio da igreja católica portuguesa, porque o objectivo desta crueldade é CELEBRAR o dia do CORPO DE DEUS.
Depois não gostam que se chame a esta turba ébria de INCULTA, e se culpem os autarcas e igreja católica da preservação desta incultura e mau exemplo para as crianças.
Isabel A. Ferreira