É abominável e repugnante que o PP e o Vox patrocinem um workshop em que meninas e meninos são ensinados a fabricar bandarilhas e espetá-las num animal. Vocês são uns selvagens que querem levar-nos de volta à Idade Média.
TORTURA NÃO É CULTURA. VERGONHA.
ESPANHA: CINCO CIDADES CANCELAM TOURADAS E OUTRAS SEGUIRÃO ESTE CAMINHO
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Posted: 28 Jul 2015 09:31 PM PDT
Os municípios de Corunha, Gandía, Mancor de la Vall, Pinto e Azira decidiram suspender corridas e outros eventos ligados à tauromaquia previstos para esta época, mesmo que eles tivesse já sido contratualizados há dias ou meses.
Segundo o site 20 Minutos, muitos destes eventos tinham sido acordados entre os empresários e as autarquias antes das eleições de Maio. No entanto, muitos dos programas eleitorais previam o cancelamento destes eventos, pelo que os autarcas eleitos estão a cumprir as promessas.
Para além destes cinco municípios, outros dois ponderam seguir o mesmo caminho: Huesca e Alicante. A nova autarca de Madrid, Manuela Carmena, também já avisou que não irá destinar “nem um euro público” para eventos que exploram os animais. Veja a opinião de várias regiões espanholas sobre o tema:
Galiza
O município da Corunha decidiu na semana passada suspender a Feira Taurina, apesar do pré-contrato assinado com um empresário. O presidente da câmara, Xulio Ferreiro (Marea Atlántica), prometeu durante a campanha eleitoral “não financiar a exploração de touros, nem outros espectáculos de maltrato animal”. A plataforma abolicionista Galicia, Mellor Sen Touradas aplaudiu a medida e destacou que esta decisão pode abrir o debate sobre a possibilidade de impulsionar uma iniciativa legislativa popular sobre a abolição das corridas de touros.
Comunidade Valenciana
É a região onde mais tem aparecido novos municípios anti-touradas. Em Gandía – localidade da Comunidade Valenciana onde não foram realizadas corridas de touros durante 24 anos, até 2012 – as coligações políticas que actualmente governam a região, PSOE e Mes Gandía, decidiram eliminar as festividades taurinas sob os argumentos de que “Gandía é contra o maltrato animal” e porque “é uma despesa que não pode ser assumida actualmente”.
Em Alzira, onde os chamados “bous al carrer” começaram a ser celebrados há sete anos com o apoio do PP (Partido Popular), tais celebrações foram também canceladas pelos novos governantes (Compromís), com o argumento de que a maioria da população não aprova estas práticas na localidade. Além desses, outros municípios valencianos, como L’Horta, Xàtiva e Aldaia planejam realizar referendos sobre a organização de eventos que exploram touros. Em Alicante, por sua vez, o tripartido PSOE, Guanyar e Compromís prevê retirar o apoio financeiro e ajudas públicas à praça de touros, e em 2017 acabarão definitivamente as festividades.
Ilhas Baleares
Mancor del Vall (Maiorca) é, desde o dia 1 de Julho, o povo balear número 18 na lista dos declarados “municípios anti-touradas”, a pedido do novo prefeito, de Mes per Mancor. A capital, Palma de Maiorca, poderá também integrar a lista, debate previsto para o próximo dia 30 de Julho, o primeiro da legislatura. Com o propósito de pressionar as autoridades, a associação “Mallorca sin sangre” (Maiorca sem sangue) convocou uma manifestação para o sábado dia 25 de Julho. A lista de municípios anti-touradas na Espanha abriga actualmente um total de 101 localidades. A primeira a encabeçar a lista foi Tossa del Mar (1989) e a última a juntar-se Ariany (Maiorca), em Janeiro de 2015.
Aragão
O município de Huesca também está susceptível a questionar os seus cidadãos sobre a celebração destas festividades. O presidente da câmara, Luis Felipe (PSOE), disse recentemente que “não proibirá nada”, mas abrirá uma via de diálogo para que as pessoas decidam o modelo de festas que querem para a Feira de São Lourenço. “Se houvesse o não como proposta para o espectáculo de touradas, seriam os cidadãos que decidiriam, pois haveria um referendo para isso”, garantiu.
Comunidade de Madrid
Em Madrid, os vencedores do município de Pinto, Ganemos Pinto, também decidiram deixar de financiar as largadas e corridas de touros. O último plenário municipal foi celebrado no final de Junho. Por sua vez, a presidenta da câmara de Madrid, Manuela Carmena, também planeava, no seu programa de governo, deixar de financiar as touradas. O grupo governamental “Ahora Madrid” renunciou ao seu espaço na plateia da Praça de Touros Las Ventas e não financiará a escola de toureiros. Somos Alcalá optou por sair da comissão de festividades para evitar ter que colocar touros na programação habitual.
Os abolicionistas vêem estes tímidos primeiros passos como um “avanço positivo porque demonstra que os partidos perceberam que há uma necessidade da população de acabar com o drama que vivem os animais nessas festividades”, nas palavras de Amanda Luis, do PACMA. Ela considera que o não financiamento destes eventos ainda não é o suficiente. “Se o que queremos é construir uma sociedade mais justa e ética, os eventos taurinos não só devem deixar de ser subsidiados, como também devem ser proibidos. Ou a tortura deixa de ser humilhante quando é paga com o dinheiro privado?”, disse. A sua proposta passa por uma “proibição, gradual, mas proibição¨, sem deixar de lado outros “maus-tratos a animais como a caça e o abandono de cães”, acrescenta.
via ANDA
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SÓ PORTUGAL CONTINUA MERGULHADO NAS TREVAS
O civismo, a cultura culta, a ética, o bom senso, o senso comum e a lucidez prevaleceram sobre a estupidez…
Que turistas cultos iriam ver torturar seres vivos?
Esta vai à atenção dos abolicionistas portugueses.
Vale a pena insistir na luta.
O “diestro” Antonio Ferrera na praça de Las Ventas de Madrid na Feria de Outono em 2013. / EFE
A agência Nautalia retira ofertas de viagens a Madrid que incluía entradas para assistir à feira taurina de San Isidro.
(Uma campanha de recolha de assinaturas, da iniciativa da Associação Animalista Libera surtiu o efeito pretendido)
Acções como esta «fomentam um negócio em troca da tortura de animais». Subscreveram esta opinião, na Plataforma Change.org, quase 10.000 assinantes, e a companhia do grupo Pullmantur retirou os pacotes de férias que incluíam noites em hotéis e entradas para las Ventas a partir de 58 euros.
Mais informação:
«Estamos conscientes da polémica que gira em torno da tauromaquia e por esse motivo pedimos desculpa às pessoas que se sentiram ofendidas pela venda deste pacote», assegura a agência numa nota publicada em Change.org (una nota publicada en Change.org).
«O que queremos deixar claro é que em nenhum momento a Nautalia Viajes defendeu ou defende o maltrato animal.»
«Espanha já não é sol, paella e touros», afirma taxativo Rubén Pérez, porta-voz da Asociación Animalista Libera, responsável pela petição popular iniciada no passado dia 7 de Abril.
«Nautalia fomenta o tema mais infeliz do que a oferta turística das diferentes regiões de Espanha admite. Enquanto a oposição às corridas de toros é uma maioria entre os cidadãos, a empresa de viagens pratica um turismo temático e de sangue», referia o texto patente na Change.org.
«Esta vitória demonstra que a acção de cidadania pode combater as grandes empresas com muitos mais meios e mudar as coisas», conclui Pérez.
Não é a primeira vez que uma empresa turística decide enjeitar um produto taurino. Em Março de 2013, Let's Bonus anunciou a retirada de «qualquer produto relacionado com as corridas de touros» graças a outra petição encabeçada pela mesma associação animalista.
«Há vários estudos, como o do Citigroup de 2008, que afirmam que a vinculação das empresas com a tauromaquia gera uma imagem negativa das mesmas», refere Pérez.
Uma opinião não partilhada pela presidente do PP de Madrid, Esperanza Aguirre, que defendeu no anúncio taurino da Feira de Abril que os antitaurinos são essencialmente “antiespanhóis”.
«O pior são esses anti-touradas, que o são porque sabem muito bem que os touros simbolizam melhor do que qualquer outra coisa a própria essência do nosso ser espanhol, e portanto, na sua azáfama para acabar com Espanha, procuram desprestigiar e, se podem, proibir os touros por decreto», acrescentou.
(Esquece-se a senhora Esperanza Aguirre que aquela Espanha carniceira de má fama em todo o mundo velho e novo, está a desaparecer, e muito bem. Os espanhóis modernos já não são os cruéis que foram outrora).
Fonte: http://sociedad.elpais.com/sociedad/2014/04/21/actualidad/1398072349_432464.html
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E, deste modo, o mundo vai se civilizando, e Portugal a ficar para trás.
Isabel A. Ferreira