Segunda-feira, 9 de Maio de 2022

Desde o Império Romano, passando pelo falhado “império” de Hitler, até à Praça Vermelha, neste dia 09 de Maio, “Dia da Vitória”, fiz um percurso antigo, em pleno ano de 2022

 

Vi o fantasma dos imperialismos de outrora. Vi os mesmos símbolos alados. Os estandartes. A música poderosa. A mesma demonstração bélica de mentes que nada de mais fascinante sabem fazer do que matar e destruir Povos, para entrarem na História como uns “nadas”, sem glória e sem honra.    

 

É que «os tiranos e assassinos podem parecer invencíveis, mas no final são SEMPRE derrubados» (Mahatma Gandhi).

 

Hoje ouvi o discurso oco de um alienado, de um paranóico, com a mania de perseguição. Ouvi o discurso de alguém que vive numa bolha, completamente alheado da realidade e afastado do mundo LIVRE.

 

Foi triste. Foi macabro. Foi insignificante.

 

Hoje, recuei aos tempos dos imperadores romanos, e aos seus desfiles militares apoteóticos; recuei ao tempo de Adolf Hitler, e das suas paradas militares, para impressionar o mundo.

O que haverá de comum entre os imperadores romanos, Hitler e Putin?

Hoje, vi algo do passado, revestido de um presente ainda tão desumanizado!

 

Já era tempo de deixar esse passado, viver o presente, pacificamente, para poder resgatar-se o futuro, que está pendurado por um fio de aranha sobre um abismo.

 

Valeu-me ver e ouvir a mensagem ao seu Povo, de Volodymyr Zelensky, que não tem medo dos Babadooks, que andam pelo mundo a espalhar o terror. E enchi-me de ESPERANÇA.

(ATENÇÃO! Aqui não cabem ideologias de nehuma espécie, mas apenas FACTOS).

 

Isabel A. Ferreira

 

IMPERIALISMOS.png

 

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:00

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Sexta-feira, 3 de Abril de 2020

«Práticas para quem está em Quarentena»

 

Partilho este texto, tal como o recebi via e-mail, com práticas para quem está em quarentena e não deixa por isso de ir Caminhando a Vida.

 

Um belo texto, sem qualquer outra pretensão, senão a de levar à meditação, focando-se no que está a acontecer no mundo e ao mundo, o que trará grandes mudanças na forma de vida de todos os povos, uma vez que todos os povos estão a ser atingidos por este “ser” invisível, que a todos domina.

 

E todos os governos, de todos os povos, devem saber ler este sinal, que nos foi enviado de um modo cruel, para que as políticas mudem e as sociedades se humanizem.  

 

Isabel A. Ferreira

 

Camélia-Branca-1-1.jpg

Origem da imagem: Internet

 

«1)  Permanecer informado sem exagerar, não estar sempre a ouvir notícias, desligar a TV e ligar a nossa atenção à limpeza da casa, ouvir e comunicar com as pessoas que estão connosco, abrir a janela e apreciar as nuvens, o céu, as folhas nas árvores, o cantar dos pássaros.

 

Isto não são distracções, e dão-nos a diversidade de conteúdos de que precisamos para manter as nossas mentes saudavelmente flexíveis, receptivas e focadas.

 

A distracção é não nos focarmos num objecto por um tempo suficientemente longo para o podermos apreciar por ele próprio e andarmos a saltar de notícia em notícia perdendo o nosso Foco e Equilíbrio.

 

Ficar distraído - obcecado com algo – seja agradável ou detestável – não é o mesmo que prestar atenção. Estar simplesmente viciado ou fixado em algo é uma forma extrema de distracção compulsiva e apenas conduz a mais Desequilíbrio Interior.

 

A atenção pode focar-se ou desfrutar em função do prazer ou do relacionamento; pode mover-se, calmamente, através do espectro de uma consciência desperta. Movemo-nos de uma coisa para outra, sem pânico nem caos. A variedade é saudável e nutritiva.

 

Ao acordar agradecer estar vivo e manter-se atento aos milagres da vida de todos os dias. Ao deitar agradecer o dia que passou e colocar-se nas mãos do Universo Criador, pois '“Somos Nada, Tu és Tudo'', ''Seja feita a Tua e não a minha vontade'‘, sempre estivemos nas mãos de quem nos criou, só o orgulho-ambição do homem pode pensar outra coisa.

 

Quem tenha animais que faça o passeio higiénico e aprecie a simplicidade dos animais no seu comportamento exterior.

 

2)  A atenção é como um músculo. Se não a usarmos, ela atrofia e perdemos o Caminho e o Equilíbrio Interior, tal como um músculo necessita de exercício regular.

 

3) O mundo não voltará a ser o mesmo, não, por isso só quem estiver equilibrado vai sobreviver a esta mudança.

 

Assim, ao longo destes dias em que a vida mudou para todos nós, a meditação é um grande caminho, simples e ao nosso dispor para reconstruir o nosso poder de atenção. Não quer dizer que meditemos 24 horas por dia. Mas vamos construindo nos tempos estabelecidos e percebendo que conseguimos viver entre esses tempos com mais tranquilidade e melhor apreciação da beleza à nossa volta – e no nosso íntimo. A atenção sem pensamentos, nem imagens é oração pura. Mas, ao exercê-la deste modo, nos tempos de meditação, significa que podemos pensar, ler, olhar, escutar, tocar e cheirar o resto do tempo, de um modo verdadeiramente orante.» P. B.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:42

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Domingo, 27 de Novembro de 2016

O POVOS TÊM O QUE MERECEM… NOMEADAMENTE O POVO PORTUGUÊS…

 

Reflictamos neste curto, mas precioso texto de Maria Helena Capeto

 

POVO.jpg

Origem do texto: Internet 

 

O texto da Maria Helena Capeto é um comentário a um excelente texto publicado no Facebook, por Maria João Gaspar Oliveira, intitulado «CETA – a lei do mais forte…» ou seja, um tratado de livre comércio entre o Canadá e a UE, que é uma grave ameaça à soberania e democracia nacionais, e que recomendo lerem neste link:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1126055524178379&set=a.259749900808950.60720.100003218261430&type=3&theater

 

«Maria João Gaspar Oliveira, tem toda a razão no comentário e críticas que faz. Tem toda a razão no seu apelo. No entanto, tenho a dizer, uma vez mais, que os povos têm o que merecem, nomeadamente o povo português que é aquele a quem este post é dirigido particularmente.

 

Quem enche as ruas aos milhares por causa do futebol, quem enche os centros comerciais nos dias do "sem iva" ou "promoção especial", quem enche as praças para assistir aos concertos de uma qualquer pop star e não se rala com mais nada, merece o que tem. Por isso continuo a dizer: p'ra baixo que ainda mexe. Os governantes são a imagem dos povos que representam. Os governantes só tomam as decisões que os povos permitem que tomem. Tão culpados são os governantes como os povos por tudo o que se passa no mundo, para o bem e para o mal.

 

Eu faço a minha parte não consumindo o que não me parece consumível. Faço a minha parte fazendo o que está ao meu alcance para um mundo melhor. Faço o que está ao meu alcance para abanar consciências. Mas se querem continuar a permanecer homo parvus, cada vez mais parvus, como muito bem os apelida a amiga Isabel A. Ferreira, força! Pode ser que entrem em extinção e se acabe o inferno na Terra. A minha especial preocupação são os animais das outras espécies que não têm culpa nenhuma da imbecilidade e boçalidade humanas e sofrem as consequências.

 

Se o humano continua a ser ignorante é porque quer, não por que isso lhe seja imposto. O conhecimento está, hoje em dia, ao alcance de todos. Não é difícil perceber que se me dói picar-me numa agulha, certamente dói igualmente aos outros. Menos televisão e mais leitura e procura de informação certamente traria outros resultados. Mas cada um faz as suas próprias escolhas, convém é não se esquecer que, queira ou não, terá que viver com elas.»

 

Maria Helena Capeto

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:34

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Sábado, 17 de Outubro de 2015

MEU NOVO BLOGUE EM DEFESA DA PORTUGALIDADE

 

O LUGAR DA LÍNGUA PORTUGUESA

 

«Mal vai aos povos que não respeitam o próprio idioma. É como ultrajar a Bandeira. É como renegar a Pátria» (Fernando de Araújo Lima)

Abrir o link para ler conteúdo:

http://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/o-lugar-da-lingua-portuguesa-750

 

LUGAR DA LÍNGUA.png

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:25

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Quinta-feira, 2 de Julho de 2015

«QUERIDOS DEFENSORES DA QUEIMA DO GATO»

 

Um excelente texto de uma magnífica jornalista

 

QUEIMA DO GATO.png

Por Filomena Marta

 

(Dedicado muito especialmente a Eduardo Cintra Torres, à CMTV e ao seu dedicado pivot João Ferreira, que até mencionam sociologia e simbologia, como se soubessem com propriedade do que estão a falar)

 

Ora vamos lá ser politicamente incorrectos! Queimar gatos, enterrar galos vivos, lançar cristãos aos leões, queimar bruxas na fogueira, chicotear escravos, enterrar farpas em touros, matar elefantes e rinocerontes pelo marfim e chifres, comer gatos e cães (e outros animais), esfolar animais vivos para lhes tirar o pêlo, espancar focas até à morte, chacinar golfinhos e outras atrocidades NÃO É TRADIÇÃO, É ESTUPIDEZ E DESUMANIDADE.

 

O que na verdade está a tornar-se tradição é usar a palavra tradição como desculpa para as mais variadas barbaridades, próprias de idades medievais, de idades das trevas, quando o Homem era inculto, analfabeto, iletrado, alarve, porco, tinha piolhos e comia com as mãos.

 

O que teimam em fazer, analfabetamente, é confundir tradição com tradicionalismo, sendo este o “apego às tradições ou aos usos antigos; doutrina que faz da tradição a fonte e o critério da verdade”.

 

Os tradicionalistas são os partidários do tradicionalismo, não da tradição no que realmente refere o seu conceito. A tradição, na sua génese, evolui pari passu com a evolução dos povos. Foi essa evolução da tradição que terminou com fenómenos bárbaros como a escravatura, a queima das bruxas, a morte dos cristãos na arena e irá inevitavelmente terminar com fenómenos tradicionalistas que perduraram até aos nossos dias e que cada vez mais são renegados pelas sociedades evoluídas, como as touradas e os maus-tratos contra pessoas e animais. Ficam assim pequenas ilhas de tradicionalistas, que recusam a evolução usurpando para isso a palavra “tradição”.

 

“O gato não morreu” é a frase emblemática que parece coroar a diversão mal disfarçada de criaturas pouco lúcidas e ainda menos racionais que abusam de um meio como a televisão para defender o indefensável. Para mais enganando o público, deliberada e estupidamente, pois apresentam duas imagens totalmente díspares e diferentes daquilo que supostamente seria o mesmo gato: o usado e fotografado dentro do pote de barro com a boca tapada com rede para que o infeliz animal não possa escapar, que é claramente um gato preto e branco, e o gato supostamente sobrevivente incólume da barbárie, filmado numa atitude tranquila e feliz, e que é claramente um colorpoint, ou seja, um gato de pelagem parecida com a raça siamesa. A isto, meus senhores, chama-se aldrabar, atirar areia para os olhos e tapar o sol com a peneira. Apanha-se muito mais depressa um mentiroso do que um coxo, já diz o povo e aí sim, com a sabedoria da tradição.

 

Mas antes de passar para a discussão sobre a tradição propriamente dita, e a forma como está a ser desavergonhadamente usurpado e deturpado o seu significado, passemos em revista as alarvidades ditas pelos habitantes da já tristemente famosa Vila Flor (ou nas sábias palavras do pivot da CMTV “a indignação das pessoas desta localidade com a reacção de crítica generalizada” (nota prévia: se é uma crítica generalizada serão estes habitantes trogloditas que estão certos e todos os outros milhares de pessoas estão erradas?):

 

“Emprestei porque é uma tradição e gosto”.

 

“Nunca ninguém matou um gato, às vezes o gato vinha assim um bocadinho chamuscado, mas quase nada… o meu por acaso nunca “vieram” (atente-se ao “meu” e “vieram”) e eu não tive problemas em emprestar o gato (atente-se ao “emprestar”), porque o gato ninguém lhe faz mal ao gato.”

 

“A queima do gato que é uma tradição que já vem dos meus pais, dos meus avós, a gente nem sabem quando é isto vem… e nunca tivemos problemas.”

 

“Para mim é uma tradição, num é? (algo imperceptível) não morre, o gato não “morrem” (mais qualquer coisa imperceptível) é a queima do gato, mas o gato não morre, o pote cai ao chão e escapa-se… ao saltar pó chão… ao cair o… tá metido dentro do barro, num é? Portanto ao chegar ao chão (mais umas coisas atrapalhadas) aquilo parte e o gato raspa-se logo.”

 

“Atão não morrem… atão se morressem não tinha graça nenhuma, porque o que mete graça é a gente andar ali perto do gato e ele, e ele a a fugir…”

 

E vai daí diz o sorridente pivot: “(…) e o Eduardo tem aqui uma expressão muito engraçada, ‘as redes sociais em fogo queimaram mais os foliões do que os foliões o gato’…”

 

Sorrisos, expressões engraçadas e foliões, eis várias coisas que colidem com uma questão grave, por muito politicamente correctos que desejem ser, por muito insensíveis que se queiram assumir, por muito inteligentes que queiram parecer, com assumpções de sabedoria sociológica e simbólica. Estas demagogias caem por terra apenas com a simples frase “atão se morressem não tinha graça nenhuma”, o que explica liminarmente que esta é uma questão de pura diversão. Ninguém sabe por que é feito, é feito porque sim, porque nem se sabe quando começou, porque os diverte. Expliquem os sábios pivots, comentadores e sociólogos onde se encaixa a “tradição” nisto.

 

Nenhum animal, incluindo o ser humano, reage bem ou prazerosamente a estas quatro coisas, isoladamente e muitos menos simultaneamente: ser enfiado num recipiente encurralado de forma a não poder escapar, sofrer uma queda abrupta de grande altitude, seguida de um estrondo violento e estilhaçar do recipiente onde está encurralado, ter fogo no corpo. É TÃO SIMPLES COMO ISTO! Não existe qualquer ser vivo senciente que retire prazer de uma situação destas, e todo e qualquer ser vivo senciente sente medo, terror e fica traumatizado com uma situação destas.

 

Se fizessem isto a qualquer um dos habitantes alarves e acéfalos desta localidade, gostaria de ver qualquer pessoa - jornalistas, comentadores, sociólogos e simbologistas incluídos, e até os desafio a fazê-lo - a dizer que essa criatura (mesmo acéfala como demonstra ser) não sofre.

 

Mas claro que, ainda por cima, se deve juntar a isto a particularidade de a criatura não o fazer por vontade própria, mas sim porque é enfiada à força e obrigada a sofrer o suplício. Ou vão dizer a seguir que o gato entrou sozinho no pote (e a rede presa à boca do pote é só para o aconchegar), e ronronou de prazer antecipado, sabendo perfeitamente o que lhe ia acontecer?

 

Só uma pessoa totalmente desprovida de cérebro pode defender uma coisa destas, atribuindo-lhe estatuto de tradição.

 

Que fique bem clara a definição de tradição, que em rigorosamente nada se enquadra em rituais macabros de divertimento colectivo… pois então terão também de considerar a bruxaria e o voodoo como “tradições”.

 

“Tradição: (do Latim traditione, entrega), s. f. acto de transmitir ou entregar; transmissão oral de lendas, factos, etc., de pais para filhos; transmissão de valores espirituais de geração em geração; conhecimento ou prática que provém da transmissão oral ou de hábitos inveterados; hábito; uso; notícia de um facto transmitido oralmente ou por testemunho que livros, sucessivamente publicados, confirmam; recordação; memória.”

 

Uma tradição explica-se. Uma tradição é referenciável no tempo. Mesmo que queimar um gato um dia tivesse sido uma tradição, a partir do momento em que a memória se esvai e se perde o sentido e significado essa tradição está morta. A partir daí torna-se apenas e tão só um acto de pura diversão e entretenimento macabro de populações retrógradas e desprovidas de cultura e inteligência.

 

in

http://animasentiens.com/queridos-defensores-queima-gato

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:03

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Segunda-feira, 27 de Fevereiro de 2012

NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA: OS POVOS CULTOS DO MUNDO COLOCARAM A TOURADA AO NÍVEL DE LIXO

 

 

 

O TOURO TEM TODA A RAZÃO...

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:15

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Segunda-feira, 4 de Agosto de 2008

Matando o tempo...

 

 Copyright © Isabel A. Ferreira 2008
 
 
 
 
 
 O vento sopra com fúria. A chuva cai desnorteada. O mar revolta-se. As pessoas agitam-se como que confundidas. Apressadas, sobem e descem as ruas. De onde vêm? Para onde vão?... Não sei, nem me interessa.
 
O “café” está cheio de gente. Não! De homens. Aqui há só três mulheres além de mim. Uma, aliás, acaba de sair.
 
Da mesa onde me encontro, vejo o mar. Olho a sua revolta. Estou a fazer horas. Que ironia! Como se tal fosse possível! Estou é a perdê-las, uma a uma. Rapidamente. Não! Demasiado lentamente para me aperceber de que as desperdiço não fazendo nada. Ou melhor, gasto-as, gastando papel, tinta, palavras e pensamentos inúteis. Gasto-as sonhando de olhos abertos, esperando que algo aconteça e me afaste desta tempestade.
        
Tempo perdido!...
Lá fora, a chuva continua a cair insistentemente. E as pessoas correm. Na certa, sem saberem para onde. E molham-se também, sem quererem molhar-se. E os automóveis circulam, devagar. E o barulho é intenso. E o meu cérebro rodopia. Corre. Entra em órbita. Espanta-se. Rebenta...
 
E as conversas são loucas.
A recente visita do Papa à Austrália. Para uns bem-vindo. Para outros inutilidade.
 
– Peregrinos somos todos nós. Ele (o Papa) é apenas um peregrino privilegiado. Os países gastam milhares de contos com estas visitas. Não faziam melhor os Governos gastá-los a matar a fome aos povos que morrem por não terem o que comer?
 
Esta é a conversa de um idoso. Um descrente, talvez! Um anti-Papa. Ou simplesmente um descontente!
 
Outro dia foi dia de greve geral! Os pobres deviam fazer greve também –diz o mesmo homem a um pedinte, deficiente mental, que se encostou a uma cadeira à minha frente – Hoje não ganhaste nem para a gasolina – continua o idoso – As pessoas não te deram quase nada. Levas pouco dinheiro. É melhor ires embora. Por causa dos ladrões, claro!
 
Conversa de quem não tem mais nada para dizer, numa tarde de chuva. Conversa para matar o tempo e a consciência de quem a ouve!
 
Tarde agitada, esta! Mais homens. Tomam a sua bica, apressadamente, e saem como autómatos. Conversas. Correrias. Chuva. Rebuliço. E a minha revolta, nesta tarde tempestuosa, vai aumentando. É do vento. Da tempestade. Da fúria do mar. É do medo do nada. Do vazio.
 
Vou embora. Não! Não quero! Estou bem aqui. Ouço as conversas. Olho o movimento. Que confusão! O vidrado dos meus olhos quebra-se. E os meus sentidos fogem. E os meus sentimentos confundem-se. Sinto-me entontecer... Ah!... Eis que uma lufada de ar vem refrescar-me a fronte!
 
Outro homem. O dos longos cabelos brancos. Cabelos à poeta. Será poeta? Talvez! Pois poetas não somos todos nós quando nos sentimos sós?...
 
Estou farta do barulho deste “café”. Apetecia-me estar noutro lugar. Não! Aqui está-se bem. Mas... este sujeito da mesa ao lado está a ver o que escrevo. Incomoda-me. Porque não irá embora? É boa!... E porque não mudo eu de mesa?
 
Um casal idoso está na mesa junto à janela. Cabelos brancos. Olhares cansados, olhando a chuva, a tempestade, a fúria do mar. Não falam. Olham apenas. Mas vê-se que não se sentem sós. O silêncio entre dois seres pode transformar-se na melhor das companhias, quando existe cumplicidade.
 
Cansei-me de todo este ruído. Da chuva. Do vento. Do mar. Das pessoas. Das caras. Das vozes. Cansei-me desta tempestade...
 
 
publicado por Isabel A. Ferreira às 15:27

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